She's got the look escrita por nyssua


Capítulo 1
And I go: lalalala, she's got the look


Notas iniciais do capítulo

HOHOHO TIA NY COM A ONE DE NATAL CHEGOU!
Antes de liberar vocês preciso dizer que: Roxette foi tema de muitas festas de família aqui em casa.
TODO mundo aqui em casa é ALUCINADO com essa banda.
E foi eu mandar a one pro pessoal do astrogallery que recebi a noticia da morte da Marie.
Então além de comemorar porque eu consegui escrever alguma coisa que não fosse SasuSaku, e escrever romance sem tragédia, deixo aqui uma singela homenagem à Marie Fredriksson!
Ah e LEIAM AS NOTAS FINAIS! Tem muito link e agradecimento por lá!
Agora sim: boa leitura!



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Ela estava linda, como sempre. Não existia um dia que não estivesse.

Apesar de estar diariamente acostumada com tudo que caracterizava Sarada Uchiha, ela seguia linda dentro do estilo que representava a mulher que era.

Uma calça preta estava abraçando as pernas; não de uma forma muito justa, mas sim de forma descolada. Ela caminhava de forma firme e apressada quase sempre, um pé na frente do outro com uma distância quase medida, os passos rápidos, que seriam chatos de acompanhar se ela não fizesse questão de andar no meu ritmo quando estávamos juntas. Nos pés o velho costume: por coturnos gastos ou algum par de all star.

O cachecol também preto estava enrolado no pescoço e colocado para dentro da gola do moletom. As mãos estavam cobertas por luvas de couro —  adivinhem só? — pretas. E por algum milagre, hoje usava uma blusa de moletom pelo menos um número maior que ela, cinza e estampado com o álbum Look Sharp! do Roxette.

O gosto dessa garota para as músicas da época da mãe dela às vezes parece absurdo. Não que eu nunca tenha escutado músicas que meus pais escutavam quando tinham minha  idade, mas gostar muito é um pouco ultrapassado para mim, até porque meus pais não gostam exatamente do que os pais da Sarada gostam.

Nós somos praticamente dois polos muito distantes um do outro. Ou deveríamos ser.

Basicamente, a família Uchiha é a família Adams com roupas escuras, distintivos da polícia, tatuagens e muito rock n' roll. Muito mesmo, eles inclusive têm um bar rock na zona Sul da cidade. O pai de Sarada e o irmão dele — policiais reformados — ficam por conta de manter o bar em ordem. Os avós, paternos e maternos — passam horas sentados jogando baralho e tomando cerveja, por vezes reclamando quando  música é recente demais.

Eu diria que a mãe de Sarada é a normal na família, já que seguiu carreira médica e parece ser a única a não fumar dentro de casa, mas nem isso posso afirmar. A mulher tem quase cinquenta anos e pinta o cabelo de rosa desde os doze. Talvez ela seja a única cor dentro daquela casa, inclusive.

Sarada tem muito dela na personalidade e no sorriso. Mas uma outra característica marcante de Sarada Uchiha é a constante cara de quem comeu e não gostou. O sorriso herdado da mãe só é visto de perto, por quem realmente importa para a morena.

Fico inteiramente feliz que eu receba mais desse sorriso do que muita gente.

Os cabelos repicados e curtos estavam recém lavados, e sei disso por causa do cheiro que invadiu minhas narinas assim que ela me alcançou, passando o braço por meu pescoço da forma desleixada que ela sempre faz quando nos encontramos depois do trabalho, ou em qualquer lugar. O distintivo da polícia ainda está pendurado em seu pescoço, porque ela provavelmente esqueceu de tirá-lo, no braço direito, ela carrega uma jaqueta de couro que Boruto a deu de presente de aniversário no ano passado.

Pensar no garoto me faz prender a respiração e conter a vontade de revirar meus olhos.

Eles iam e voltavam com uma frequência absurda, e eu acompanhava de perto o quanto aquele relacionamento no qual eles insistiam machucava a ambos. O fato do pai de Boruto ser um amigo muito próximo dos pais de Sarada tornava o relacionamento deles ainda mais cansativo. Mas apenas porque os dois queriam pensar daquela forma, em que eles como adultos ainda precisam de aprovação dos pais.

Uma vez passei horas conversando com tia Sakura sobre isso. E ela pensa o mesmo que eu: prefere Sarada saudável e feliz a que insistindo em uma coisa que não é para ser. Mas também é muito egoísmo de minha parte achar que saudável e feliz seria Sarada comigo. E não digo isso por que sou uma mulher, isso não é nem de longe um problema para ela. Ou para mim.

A verdade é que foi a própria Sarada quem me ensinou a me apaixonar por pessoas e não por opções sexuais. E de uma forma muito menos romantizada, vale ressaltar. Sarada não é adepta de romantismo, nunca foi. Flores, mãos dadas, caixas de chocolate em formato de coração e datas comemorativas não são a praia dela.

— Ei, fofinha! Porque está tão quieta hoje? — Odeio quando Sarada me chama assim e bufo indignada, fazendo-a dar uma sonora gargalhada antes de continuar. — Nem adianta fazer essa cara Cho, você é fofinha sim! Olha esse cinto de flores que coisa mais fofa da Terra! Faz eu ter vontade de te apertar! — Sei que a fala dela foi totalmente inocente, mas minha cabeça não anda sadia quando estou perto da Uchiha, e isso faz meu rosto queimar. então desvio meus olhos para qualquer outra coisa ou lugar. A morena parece perceber minha súbita vergonha e escuto sua risada se tornar sem graça.

— Nada demais, Sarada. — Digo mais para apaziguar a situação, no entanto eu queria mesmo era entrar em algum buraco ou milagrosamente sumir dali. — Apenas cansaço do trabalho. — Mentira. Amo o que faço e quase nunca o uso como desculpa, e Sarada obviamente sabe disso quando sussurra ”uhum, sei" perto de mim.

Trabalho no restaurante dos meus pais desde que aprendi a lavar pratos. Hoje, graduada em Gastronomia, sou praticamente a chef oficial da cozinha. Só perco minha autoridade para meu pai, que quando tem vontade de cozinhar aparece lá animando todo mundo com seu entusiasmo.

— Então… — Escuto a voz arrastada e sem graça perto de mim e engulo seco antes de olhar em sua direção, porém perco o sentidos quando meus olhos captam Sarada Uchiha sendo iluminada pelas luzes constantes de natal que já cobrem as ruas. Quase sou capaz de apostar que ela está corada, mas vou culpar o pisca pisca vermelho pelo qual passamos.

Ela é definitivamente meu ser humano favorito no mundo. O ser humano que me aceitou exatamente como eu era e que segue me aceitando todos os dias. Quando as crianças eram cruéis por causa do meu peso, ela me defendia e dizia que me amava com tudo o que eu tinha. Na adolescência, quando as pessoas criticavam meu corpo, cor, estrias, Sarada estava lá dizendo que eu era linda independente do que as pessoas achavam, e por isso hoje eu devo minha autoestima a ela.

Eu diria que a Uchiha é meu anjo da guarda, no entanto ela diria que isso é brega. Mas a verdade é que com Sarada eu não tinha o mínimo medo de ser eu mesma, até me pegar apaixonada. Estar com ela é meu anseio e meu medo o tempo todo: se estou longe dela, sinto saudade e, se estou perto, sinto pavor.

— Então? — Encontro minha própria voz quando percebo que estou encarando demais e ela nem sequer olhou em minha direção. Sarada sorri sem graça e finalmente me olha com seus olhos escuros e intensos. Às vezes tenho a sensação de que eles vão se tornar dois buracos negros e sugar tudo à sua volta, mas então ela sorri, e tudo se acalma.

— Vai passar o Natal lá em casa ou não? — Ela pergunta direta, e eu desvio os olhos pensando em uma perfeita desculpa para fugir do momento família. Meu estado de nervos nunca me permitiria ter um momento de paz ao lado de Sarada e os Uchiha sem imaginar coisas demais. — Pode parar de procurar desculpas, Akimichi! Seus pais vão passar o feriado com seus avós, e você me disse que não ia fechar o restaurante mesmo assim.

— Exatamente, não vou fechar! — Uso minha primeira desculpa a meu favor e continuo na mesma estratégia. — Vou encerrar o expediente lá pelas três ou quatro da manhã, vai depender da clientela. Não quero atrapalhar vocês.

— Só fecha o restaurante mais cedo, garota! É natal!

— Você nem se importa com feriados religiosos Sarada, por que isso agora? — Minha pergunta sai mais ríspida do que eu gostaria, e ela fecha a cara irritada.

— Eu me importo de ficar perto das pessoas que eu amo, Chouchou, mas se isso não vale muita coisa pra você eu sinto muito. — O tom de voz que Sarada usa me machuca, e me arrependo de não ter apenas dito que iria à bendita ceia, mas sem realmente aparecer por lá. Ela desvia os olhos para a rua, olhando em volta, e o clima fica mais pesado do que eu poderia suportar, fazendo com que meu coração se acelere e meus olhos acumulem mais água que o normal. Tento me desculpar, reprimindo a vontade de chorar mas não consigo, e quando fungo, os olhos negros e grandes viram-se para mim.

— Ei, desculpe, eu não queria ter falado assim com você…

— Esquece Sarada! — Minha voz é carregada pelo choro,  desisto de segurá-lo, pelo contrário,  decido continuar expondo tudo o que eu sinto. — Você tem razão. Não me importo mesmo. A única coisa com a qual eu me importo é em ficar o mais longe de você que eu conseguir. Não quero me lembrar de você em qualquer porcaria que eu ver na rua. Quero rasgar nossas fotos e apagar tudo que tem seu nome da minha mente. Quero me afastar da sua família, porque eu não suporto me imaginar convivendo com ela pelo resto da vida. Não quero ouvir sua voz, o som da sua risada, sentir seu cheiro, e nem quero ficar perto de você o tempo todo. Só me importo em tentar arrancar essa droga que eu venho sentindo por você para fora do meu peito. — – Tenho certeza de que minha voz está mais alta do que gostaria, mas não tento controlar o volume dela e fecho meus olhos com força para não encarar a mulher a minha frente.

— Chouchou, por favor…

— Sarada, por favor digo eu… Eu não quero escutar o que você tem a dizer, nem quero passar mais um natal sendo sua melhor amiga. Eu não quero ouvir sua voz agora. — Ao contrário de minutos atrás, minha voz é quase um sussurro, e não sei de onde tiro forças para abrir os olhos e encarar a imensidão negra dos olhos de Sarada antes de continuar. — Na verdade, eu não quero ouvir sua voz tão cedo.

A expressão de Sarada é de surpresa e mágoa ao mesmo tempo, os olhos escuros brilhando de forma diferente, como se ela fosse chorar — coisa que a Uchiha nunca faria — e sua boca está levemente aberta. Logo ela fecha os lábios com força comprimindo-os e franzindo o cenho.

Dou uma risada amargurada antes de passar por ela, fazendo o caminho de volta pela avenida em que estávamos, e ela parece incrédula ao perceber que eu realmente vou deixá-la ali, provavelmente sem notícias minhas por dias e não desfaço minhas ações quando paro a suas costas e digo sem olhar para trás: — Tenha um Feliz Natal, Uchiha.

***

A semana arrastou-se de forma absurda.

A única coisa que mantinha minha mente em perfeito funcionamento costumava ser cozinhar. Quando eu entrava em minha cozinha, e assumia o meu posto de chef, eu esquecia todos os meus problemas. Porém na semana seguinte em que briguei com Sarada, absolutamente tudo me lembrava dela e seus lábios rosados e olhos negros. Por vezes quase queimei pratos que eu faria de olhos fechados e bebi mais vinho do que deveria durante o expediente.

O fim de semana foi melhor. Deixei meus pais na rodoviária na sexta, tirei o sábado para cuidar de mim e passei o dia todo no meu salão preferido, conversando sobre inúmeros assuntos o dia todo com meu amigo e dono do salão, Inojin. Quando o assunto Uchiha finalmente surgiu, eu já estava no meu horário de ir para o restaurante e fugi da conversa como uma criança do castigo.

Ao contrário do que imaginei, o movimento do sábado foi muito leve, dando-me bastante espaço para pensar em Sarada. Então mais uma vez eu estava abusando do vinho, e Shikadai — que passou por lá para me dar um “oi” antes do natal — foi obrigado a me ajudar a fechar o comércio e me deixar em casa porque eu me encontrava incapaz de dirigir.

No domingo, não levantei antes das duas da tarde, remoendo-me por beber demais e por beber demais por causa de alguém. Quando me levantei finalmente, tomei duas aspirinas e me joguei no sofá, assistindo muitos filmes de romance e tomando muito chocolate quente.

Depois de pegar no sono — ainda no sofá — acordei com meu celular vibrando por causa das notificações constantes das inúmeras fotos que meu pai me enviava. Abri a conversa com Sarada e ela não estava online. E não era possível que eu soubesse o horário da última vez que ela acessou o aplicativo e nem tinha confirmações eles leitura por sua parte. A foto de perfil, tirada literalmente de perfil, mostrava o corte de cabelo recente que ficava ridiculamente bonito nela, além dos lábios cheios e rosados. Eu poderia ficar ali apreciando aquela imagem por horas, mas preferi bloquear o celular e jogá-lo para longe de mim enquanto fungava.

Dessa vez deitada em minha cama, não precisei chorar até pegar no sono porque eu estava cansada demais até para isso. E a segunda feira não foi melhor. Eu precisava comprar ingredientes frescos para levar para o restaurante e o frio estava apertando bastante, fazendo a neve se tornar um incômodo para mim. Na verdade, com o peso de arrependimento e culpa que eu carregava tudo me incomodava. Até compras para o restaurante — coisa que eu amava fazer. Costumava ser ainda mais divertida com Sarada, que fazia perguntas sobre tudo mesmo sabendo a resposta, com o intuito de me irritar.

A terça foi mais movimentada. Tínhamos até muitas reservas para o restaurante, e tudo foi muito cheio de luzes, sorrisos, fotos e alegria, até eu liberar o pessoal e me sentar no fundo do restaurante sozinha para fumar. Mais um hábito ridículo que eu adquiri por culpa de ninguém menos do que Sarada Uchiha. Já passava das quatro da manhã quando finalmente tranquei a última porta e entrei no meu carro. Sem pressa alguma de chegar em casa, dirigi tranquilamente, mesmo não existindo praticamente nada de trânsito.

E bastou que eu entrasse pela porta do apartamento para tomar um grande susto.

Meu aquecedor estava ligado, minha sala tinha a luz baixa e Sarada estava de pé, com uma taça na mão direita, de costas para mim enquanto encarava a estante a sua frente; provavelmente encarando as fotos que enfeitavam o móvel.

— Que demora hein, fofinha? — Quando ela se virou para mim eu preferia que não tivesse feito. Seu rosto estava tranquilo, com um sorriso de saudade estampado, assim como tenho certeza de eu fazia a mesma coisa.

— Invasão de domicílio é crime, dona policial. — Brinquei, desfazendo-me do sobretudo, touca e cachecol, que agora estavam deixando meu corpo quente demais por causa do aquecedor.

— Não é invasão se eu tiver a chave. — Ela devolveu, colocando a taça de vinho pela metade sobre a mesa de centro e caminhando até mim com seus passos firmes e silenciosos, tendo nos pés apenas um par de meias brancas. — A propósito foi a proprietária quem me deu a chave.

O sorriso sincero e verdadeiro — aquele que ela herdou da mãe — cobriu a expressão de Sarada e eu senti minha pele esquentar de novo, não podendo culpar o aquecedor desta vez. Hoje ela usava uma blusa vermelha sem detalhes e uma calça jeans escura. Seus rosto não carregava nenhuma maquiagem, mas suas bochechas estavam coradas. Os olhos negros me encaravam com firmeza, não sendo capazes de perder um único movimento meu, e os lábios rosados estavam agora comprimidos, antes do suspiro pesado que ela soltou. Quando ela abriu a boca para falar alguma coisa, eu a interrompi.

— Escuta, esquece aquilo tudo semana passada, eu não estava legal. — Usei minhas mãos nervosas para manter meu cabelo longe do meu rosto enquanto falava e Sarada sorriu em descrença — aquele maldito sorriso de lado debochando do qual eu havia falado — fazendo-me perder a linha do raciocínio que usava.

— Não consigo esquecer, Chouchou, simples assim. — Ela disse de forma direta, fazendo eu me sentir uma estranha dentro da minha própria casa. Ainda mantendo o sorrisinho maldoso no rosto ela se aproximou mais de mim, e minha respiração falhou de forma ridícula, tornando o sorriso ainda maior na boca da Uchiha. — Pensei muito sobre isso tudo, sobre nós. — Ela falou de forma pausada usando os dedos da mão direita para indicar nossos próprios corpos separados por uma distância ridícula. — E eu decidi que ficar pensando demais não vai levar nós duas a lugar nenhum.

— Sarada, eu…

— Só me escuta, ok? — Assenti positivamente sabendo que qualquer palavra que eu emitisse podia ser ridícula ou caótica. — Eu não preciso esconder de ninguém o quanto eu amo você, e o quanto você é importante pra mim. A verdade é que está para nascer nesse mundo alguém que me conheça de verdade como você me conhece, que aceite todos os meus defeitos, que me entenda com um simples olhar. E eu não estou disposta a perder você, por nada nessa vida. Então será que nós podemos tentar?

— Eu… — E não fui capaz de formular nada em minha mente. Eu estava hiperventilando, e sei disso pelo olhar preocupado que Sarada assumiu, franzindo o cenho de forma graciosa. Poderia ser a realização do meu sonho ouvi-la me dizendo isso, contudo sei que pode ser da boca para fora. — Eu acho que você está bêbada.

— Está de brincadeira comigo? — Ela soltou uma gargalhada de descaso, negando com cabeça. — Estou em total sanidade mental. Não é mentira nada do que eu estou te dizendo. Por Deus, Chouchou! Eu vivo meus dias com mais diversão vendo suas reações de irritação, quando eu causo elas. Fico o dia todo vendo coisas e pensando o que você acharia delas. Falo de você o tempo todo e durante essa semana ridícula eu mal mal consegui trabalhar, porque você, seus olhos de âmbar, seu cheiro e seu sorriso não saíram da minha cabeça por um mísero minuto. — As reações de Sarada agora são exageradas, principalmente por virem dela, que começou a andar em círculos pela sala enquanto falava, as mãos balançavam de forma anormal, porém quando ela cravou os olhos escuros em mim eu sabia que era verdade.

— E eu precisei gritar com você no meio da rua para você perceber que eu sou a mulher da sua vida? — As palavras saltaram automaticamente da minha boca quando ela finalmente parou de se mover. O sorriso dela cresceu enquanto eu me aproximava, parando diante dela.

— Minha mãe disse a mesma coisa. — E então nós rimos, ficando sem reação logo em seguida, cada uma aproveitando de sua própria vergonha e falta de jeito particular. — Ei, fofinha… — Ela sorriu de lado mais uma vez, apontando o teto, atraindo minha atenção para o ramo pendurado no meio da sala, que eu nem sequer havia notado antes, um ramo verde muito vivo, com pequenas frutinhas vermelhas despencando entre as folhas. — Você não vai me deixar em pé feito idiota debaixo de um cisco, certo?

Quando tirei meus olhos do ramo, Sarada já estava perto demais, fazendo minha pele queimar, e meus pelos se eriçarem de ansiedade. O cheiro do perfume doce invadia meus pulmões, e meu dedos se moveram sem autorização, tocando o rosto branco com carinho. Senti as mãos de Sarada em minha cintura e colei meu corpo ao dela, sentindo sua respiração em meu rosto quando ela sussurrou "Feliz Natal, Akimichi". Meu sorriso acabou contagiando o dela, antes de selar seus lábios aos meus.


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Notas finais do capítulo

Eu estou in love por essa one, sério.
E por que? Porque o pessoal do @astrogallery DESTR?“I CORAÇÕES COM MUITO AMOR, por isso.
Isso aqui é TUDO deles, é sim! Melhor presente de Natal EVER!
Mas vou dar ênfase em três seres humanos, que tem meu coração!
A capa: aquela linda e maravilhosa é mais um dos magníficos trabalhos de @Ellkie
O banner: esse perfeito sem defeitos que eu estou abrindo TODA hora pra ficar namorando é mais uma das muitas obras de arte de @Baekhyon
A betagem: o trabalho cheio de amor e talento que mais me ensinou do que tudo nessas páginas é coisa de @morphoria
Sério gente, eu não sei agradecer mais, de verdade!

Pessoal não deixem de conferir o perfil do @astrogallery que vai abrir pedidos em janeiro e eu sei que a galera vai a loucuuuura!

E agora é oficial: última atualização de histórias do ano!
Esse fim de ano foi punk pra mim viu! Hoje mesmo cheguei em casa depois de 31 horas de hospital porque minha mae fez uma cirurgia e eu fiquei lá corujando como a boa preocupada que sou.
Agradeço a você que está lendo até aqui, é muito amorzinho de sua parte!

Feliz Natal e boas festas galera, eu amo vocês!



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