Nature and Gods. escrita por Lord JH
Notas iniciais do capítulo
Margarete recebe uma visita e um pedido de ajuda inesperado de seu primo Hiago.
Era um dos poucos dias de folga que a escola de magia, feitiços e bruxaria do mago Urukulik dava para os seus vários e dedicados alunos.
Em seu quarto, isolada e sozinha como sempre, estava Margarete, conhecida por todos por Meg, a sábia.
Margarete é uma garota loira e de olhos verdes usuária de óculos de grau bastante forte para o qual ela usar para ler todos os livros de feitiços e poções existentes na biblioteca de qualquer que seja o lugar que ela esteja presente.
Porém, neste quente e entediante dia, Meg não se sentia e também não estava nem um pouco motivada para ler nenhum livro que ela provavelmente já conhecera por completo; pois talvez incentivada pelo forte calor externo, Meg estava com bastante “calor interno”, o que meio que forçou a jovem feiticeira a fazer uso do computador de sua irmã Lisa que naquele momento estava ajudando sua amiga Ciri a finalizar uma poção bastante complicada para a garota de cabelos cinzas e tamanho curto.
— Hum.... Eu acho que talvez ela não vá chegar tão rápido. — Murmurou Meg ao se sentar na mais confortável cadeira do quarto e ligar o computador, onde logo em seguida pesquisou um tipo de vídeo que lhe agradaria bastante.
Alguns segundos se passaram até que o vídeo começou e já na primeira cena havia duas mulheres de corpos esculturais se acariciando e olhando uma para outra com extremo desejo de atração sexual.
O olhar das duas atrizes funcionou como uma pilha de madeira seca para o calor interno que o corpo da jovem bruxa sentia naquele momento; e quando as duas mulheres do vídeo começaram a se beijar e despir uma a outra, Margaret não pode evitar de começar a se acariciar e imaginar que estava ali no meio das duas belas e sensuais moças.
— Façam de tudo... — Sussurrou a bruxa loirinha antes de escutar o súbito barulho da porta se abrindo e avistar o seu estranho primo Hiago entrando de vez no quarto.
— Mas o que droga você está fazendo aqui!? — Exclamou Margarete desesperada ao parar de se acariciar e estalar os dedos polegares para fazer o computador se desligar sozinho.
Hiago então conseguiu apenas vislumbrar um pouco da cena que se passava na tela, mas para não constranger ainda mais a sua furiosa prima com quem ele já não se dava bem e que não queria ter uma pequena discussão agora, o jovem feiticeiro apenas ignorou aquele fato e falou — Peço desculpas, minha querida e amada prima por atrapalhar o seu descanso, mas eu vim por que eu necessito extremamente de sua ajuda. —
Margarete até pensou em não desculpar o seu primo pelo o que ocorrera, mas devido a sua enorme curiosidade e ao fato do rosto de seu primo, que costuma ser bastante sério, estar bem mais sério que o normal, fez a talentosa garota suspirar profundamente e perguntar — Em que eu posso lhe ser útil, bruxinho? —
Hiago então se aproximou rapidamente de sua prima e ao lhe entregar uma pequena foto de papel bastante antiga para a de olhos verdes, o garoto respondeu — A faca mágica que o papai mantinha em sua coleção de itens raros foi roubada. —
Meg então permaneceu em silêncio enquanto analisava a imagem da antiga, rara, estranha e dourada adaga cujo o mago Urukulik em pessoa havia presenteado o seu tio no passado.
O silêncio se manteve por mais alguns segundos no quarto até que Meg devolveu a foto para o seu primo e perguntou — Os feitiços de proteções não funcionaram? —
Hiago apenas balançou a cabeça em negação e ao guardar a foto dentro de seu bolso esquerdo, falou — Quem fez isso, Meg, ou é imune a magia ou é um bruxo extremamente poderoso.
Margarete teve que concordar naquele ponto com o seu não tão querido primo, mas ao perceber que a casa do mesmo possuía mais de uma pessoa morando nela, perguntou — Nenhum de vocês viu o roubo? —
Hiago então balançou a cabeça em negação mais uma vez e, ao puxar uma cadeira de madeira pintada de rosa para se sentar, explicou — Eu creio que no momento apenas eu e a Rapunzel estávamos na casa, pois mamãe, Leo e o “senhor magnifico” estavam visitando vocês. —
— Espera! — Exclamou Meg surpresa — Você está me dizendo que o roubo aconteceu ontem de manhã quando sua família foi passar o dia lá em casa? — Perguntou a loira totalmente descrente com aquela situação.
— Isso mesmo. — Respondeu o bruxo de intensos cabelos negro como a noite. — Nós descobrimos hoje que a adaga foi roubada. Aposto que você até consegue imaginar o quão feliz o papai ficou comigo. —
Margarete até conseguiu sentir um calafrio na espinha devido á frase proferida pelo seu azarado primo, mas ao olhar para o seu olho direito e perceber que o mesmo ainda estava no correto lugar e completamente funcional, zombou — Bem, eu vejo que ele ainda não te cegou por completo, então devo supor que ele estava de bom humor hoje. —
Hiago apenas conteve o risinho de sarcasmo e ao apontar para o próprio rosto com sua chique e enfeitada varinha, falou — Ele poupou meu olho apenas porque me mandou procurar pela adaga e me fez jurar que eu não retornaria até tê-la encontrada; se eu falhar ou recusar ele vai arrancar uma orelha minha para me ensinar a escutar melhor quando invadirem nosso lar novamente. —
A explicação de seu primo pelo pedido de ajuda se mostrou mais cruel do que a jovem feiticeira poderia imaginar, mas como Meg não morria de amores pelo seu primo, apenas deu uma risadinha baixa e zombadora e comentou — Eu acho que você ficaria bastante interessante com apenas uma orelha. —
Hiago então bufou de desdém pela piada sem graça de sua prima e ao fazer um movimento simples com a varinha fez o vidro do óculos de Meg ficar negro como carvão e falou — E você ficaria perfeita sem língua e sem quatro olhos, mas infelizmente nem sempre as pessoas são como a gente deseja. —
Meg apenas sorriu e ao dar um simples toque com a ponta de sua varinha no óculos, fazendo-o voltar ao seu estado anterior, provocou — Hiago você sabe que eu sou melhor nisso do que você, acha mesmo que me ameaçar vai te ajudar a resolver o seu problema? —
— Não. — Respondeu o jovem bruxo de imediato — Mas é divertido e infelizmente é apenas você que possui o dom de ter visões durante o sono compartilhado. — Assumiu o pálido com uma voz extremamente impaciente e já cansada.
— Ah, então é por isso que você veio até mim. — Deduziu Meg ao abrir um sorrisinho vitorioso no rosto. — Agora me diga, amado e azarado primo, por que eu deveria lhe ajudar quando você nunca fez nada por mim aqui?
Hiago então bufou e suspirou mais uma vez, mas ao olhar diretamente nos olhos esverdeados da loira baixinha, perguntou — E que tipo de ajuda a feiticeira mais sábia da escola precisa? —
Margarete então gargalhou alto e ao retirar os óculos por um breve momento para limpar as lentes, respondeu — Não existe nada no momento que eu precise que você possa me dar, priminho. —
Hiago:— Então você não vai me ajudar. —
— Eu não falei isto. — Replicou Meg ao recolocar o seu óculos — Apenas quero deixar claro que você terá que me dar algo bastante valoroso em troca. —
— E o que seria isso? — Perguntou Hiago já sem paciência, mas sem alterar a voz.
— Bem, eu creio que a sua lealdade e submissão eterna sejam suficientes. — Ironizou a jovem bruxa ao sorrir e apontar a varinha para o rosto de seu pacato primo.
Porém, Hiago não pretendia perder tempo com joguinhos ou brincadeiras de sua insuportável prima, e ao se levantar de vez e estender a mão direita para mesma, disse — Está feito, eu aceito os seus termos. —
Margarete tomou um enorme susto com o movimento repentino de seu primo e ao avistar a sua mão pálida esperando pela sua para selar o acordo, a esperta e jovem maga, falou — Eu não vou aceitar apenas um aperto de mãos como jura de lealdade. Isto precisa acontecer de uma forma mais simbólica. —
— Então, como? — Perguntou Hiago já perdendo o controle sobre a raiva na sua voz.
Meg então retirou a meia listrada cinza com vermelho que a bruxinha estava usando sobre os seus pequeninos pés e ao estirar o pé direito e apresentá-lo para o seu primo, falou — Beije o meu pé, primo. Mostre-me o quanto me ama e me respeita e eu lhe ajudarei a manter as suas duas orelhas no mesmo lugar. —
Hiago sabia que aquilo se tratava de uma humilhação, já que a sua prima não gostava nem um pouco dele e que na verdade, bem lá no fundo, a loira sentia bastante inveja do primo por ser bem mais poderoso em quantidade de magia do que ela.
Mas como estava desesperado e ela era a única pessoa que poderia ajudá-lo naquele momento, Hiago se submeteu aos desejos mais fúteis de Margarete ao se ajoelhar como um nobre cavaleiro e beijar o pé direito de sua prima sem nenhuma cerimônia.
— O outro também! — Ordenou a menor ao oferecer o pé esquerdo desta vez.
Hiago apenas aceitou a situação mais uma vez e ao finalizar o beijo do pequeno pé esquerdo da sábia, perguntou — Mais alguma coisa, senhorita adorável? —
— Hahahahaha.... — Gargalhou Margarete de imediato — Aí primo, sabia que o seu ódio por mim deixa toda essa situação com um gosto bem mais especial? —
Hiago apenas suspirou mais uma vez e ao se levantar e limpar os lábios da boca com a manga negra de sua camisa, respondeu — Eu imagino que sim, prima. Mas agora que você já se divertiu o bastante, será que podemos prosseguir com a minha ajuda? —
Meg então apenas riu novamente e ao apontar para pedir que seu primo se sentasse novamente, Provocou — Calma, priminho. Você por acaso está com pressa? Você ainda não me falou como com duas pessoas com magia em casa nenhum dos dois percebeu o roubo. —
Hiago: — Isso não vem ao caso, Meg. —
— Ah, tem sim! — Exclamou Meg totalmente autoritária. — Me diga agora. O que você e a Rapunzel estavam fazendo no momento em que a faca foi roubada! —
Hiago então teve que controlar a sua raiva um pouco mais, mas ao perceber que não teria como escapar da pergunta totalmente inconveniente de sua prima, respondeu — Nós estávamos fazendo aquilo que você nunca fez nessa vida. sexo! —
Meg então se levantou da cadeira onde esteve sentada por durante todo aquele tempo, e de repente, ao apontar a varinha por sobre o peito de seu azarado primo, falou — Escuta aqui seu caolho imbecil! Se você ousar novamente me provocar, não será apenas o seu pai a sua única preocupação! —
Hiago sentiu toda a raiva de sua prima na ponta da varinha dela e, para não causar nenhum duelo entre primos, pediu desculpas para Margarete e perguntou — Nós podemos conversar sobre a minha ajuda agora? —
Meg, porém, não se tranquilizou pelo falso pedido de desculpas e ao apontar a varinha, agora para o rosto de Hiago, explicou — Não é tão simples assim que funciona a visão de sono compartilhado, seu idiota! Eu preciso passar um bom tempo com você antes que anoiteça e nós infelizmente também teremos que dormir juntos por esta noite se você quiser que isto funcione! Então trate de me obedecer e estreitar bastante os seus laços comigo por hoje ou senão pode dar tchau para a sua vida inútil, entendeu? —
A voz de Meg estava visivelmente consumida por raiva e furor, mas Hiago permaneceu com a expressão facial calma e pacata de sempre, antes de perguntar — Então isso significa que temos o resto do dia todo para tentarmos fazer isso funcionar? —
Margarete apenas concordou com a cabeça e ao abaixar a sua varinha, explicou — Sim, e quanto mais tempo passarmos juntos e mais estreitos e próximos ficarem nossos laços afetivos hoje, maior será a possibilidade que a visão ocorra esta noite mesmo. —
— Excelente, e como nós podemos estreitar nossos laços afetivos em apenas uma tarde? — Perguntou Hiago totalmente infeliz com aquela odiosa condição.
— Ah, eu não sei. — Assumiu Margarete ao ajeitar o óculos em seu nariz e colocar sua varinha por sobre a mesa onde estava o computador. — Talvez se você me fizer uma massagem, me pagar um oral, me der um beijo ou pentear os meus cabelos ajude. — Zombou a bruxinha egoísta com um sorriso bastante sádico e sarcástico no rosto.
Porém Hiago apenas abriu um sorriso provocante para com sua prima e ao usar a ponta da sua varinha para cutucar o seio direito da menor, falou — Nossa Meg, e eu que pensei que você não gostasse de homens. —
Infelizmente a piada do jovem bruxo serviu apenas para deixar a loira mais furiosa ainda; e quando ela arrancou a varinha dele e jogou no outro lado do quarto, Meg segurou o maior pela gola negra da camisa e ameaçou — Se você voltar a falar sobre isso mais alguma vez na sua miserável vida, serei eu mesma que irei arrancar uma parte do seu corpo! Mas desta vez não será a sua orelha ou olho que estará em risco, e sim esta porcaria pequena e fina que você tem aí e chama de pau! —
Hiago então percebeu que aquele tipo de piada e assunto incomodava bastante a sua prima mais jovem; e para não provocar e enraivecê-la ainda mais, o mesmo apenas segurou as suas mãos com delicadezas e disse — Peço perdão pelo o que falei, Meg. Eu quero que você saiba que eu nunca mais julgarei você por motivos parecidos; você tem minha palavra, prima. —
Meg então sentiu verdade e confiança nas palavras de seu primo, e ao finalmente soltar Hiago de seu forte aperto, a sábia jovem bruxa falou — Ótimo. Agora que você finalmente percebeu o quão inútil, ineficaz e idiota você realmente é, está na hora de começarmos com uma bela massagem nos meus ombros e nas minhas costas que estão bastante doloridas e tensas por causa de toda a tensão e raiva que você me causou hoje. —
Hiago apenas riu com o tom falso controlado da voz de sua prima e ao abraçá-la forte e de repente por trás, o bruxo sussurrou — Pode deixar comigo Meg, quando eu finalizar a minha técnica de massagem, eu vou fazer você se arrepender de todas as suas palavras ditas agora pouco sobre mim. —
A jovem loira então corou fortemente como nunca e ao dar uma cotovelada rápida no seu primo que já quase lhe beijara sua bochecha esquerda, a sábia falou — Continue me provocando assim e eu vou fazer justamente aquilo que eu acabei de falar! —
O jovem e azarado bruxo então sorriu apenas mais uma vez e ao inspirar e suspirar profundamente, replicou — Tudo bem prima, eu também te amo. —
Meg apenas aceitou aquela frase como outra piada e ao se deitar na cama com a barriga virada para baixo falou — Comece, agora! — E esperou pelas mãos habilidosas e bastante delicadas e carinhosas de seu primo bruxo.
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Continua...