Boston 1997 no campus do MIT

Oliver observou a pequena morena gótica, com cabelos roxo nas pontas e vários piercings industriais, falar ao telefone nervosamente e depois seu semblante cair ao ouvir a pessoa do outro lada da linha, foi então que ele resolveu intervir.

— Oi, desculpe, mas eu ouvi você ao telefone, posso ajudá-la?

— Acabei de perder a minha carona por causa da tempestade, mas nem está nevando ainda!

— Eu não culpo ela, porque parece que está vindo uma nevasca feia, onde você mora?

— Em Central City. Fica umas quatro horas…

— Eu moro em Starling City, são 2 horas de lá, posso te dar uma carona, se você quiser, é claro.

— Sério? É claro que eu quero.

— É importante passar o Natal em casa. Então vá pegar suas coisas, e nos encontramos aqui em uma hora.

— Muito obrigada. Felicity Smoak!

— Prazer, Felicity Smoak, eu sou Oliver Queen.

Uma hora depois um porscher estacionava ao lado de Felicity.

— Felicity Smoak, está pronta para ir?

— Com certeza.

— Legal! Deixe-me pegar as suas coisas.

— Obrigada!

— São uma e quinze, você estará em casa para o jantar. E por falar em jantar, pegue um salgadinho.

— Beleza.

— Natal aí vamos nós!

Oliver sorriu para Felicity e ela sorriu de volta, então ambos se acomodaram no carro e partiram.

O trânsito continuava lento ao chegarem na rodovia, e flocos de neve caiam sem parar.

— Parece que vamos demorar mais que o esperado. – falou Oliver. – Está fazendo faculdade de quê?

— Ciência da comutação com mestrado em segurança cibernética.

— Uauu, uma hacker!

— Essa palavra é tão feia! Eu não hackeio….- Felicity revirou os olhos. - E você?

— Eu estudo negócios, a minha família tem uma empresa e futuramente vou substituir o meu pai na direção. Você é muito bonita para ser uma nerd, quero dizer… Não que uma nerd tem que ser feia, usar óculos, aparelhos de…. Você sabe. – Oliver gesticulou sem graça.

— Às vezes eu que falo em fragmentos de frases. – Felicity deu uma risadinha. – Eu quero mudar o mundo, estou trabalhando em um bioestimulante, quero ajudar as pessoas a voltarem a andar.

— Felicity Smoak, você é notável!

— Obrigada por comentar sobre isso.

— Olha só isso, não saímos do lugar ainda.

Oliver ligou a radio e as notícias não eram nada satisfatórias. “…. A temperatura está caindo, e a nevasca bloqueio indefinidamente a E72, entre Bludhave e Central City, recomenda-se não sair de casa pessoal. Susan Willians para o Canal 52 ”

— Vamos perder o Natal! – Felicity choramingou. – Minha família vai decorar a árvore sem mim.

— Bom acho que vou te dar seu presente mais cedo!

— Comprou um presente para mim? – perguntou Felicity surpresa.

— Mas é claro que eu comprei, é Natal. – Oliver riu.

— O quê??

— Olha, me deixa triste ver você ficar triste, e eu decidi te dar o melhor presente de Natal de todos bem aqui. O que me diz?

— Agora?

— Sim, agora, vamos pegar a próxima saída.

Oliver manobrou o carro e saiu pela outra rodovia. Ele parou alguns quilômetros depois em uma área florestal e saiu do carro indo se deitar na neve.

— O que você está fazendo? – Felicity perguntou saindo do carro atrás de Oliver e quando o viu deitado começou a rir.

— Um anjo. Vamos lá, não me deixa no vácuo, vai, deita aí. Eu sempre faço isso com a minha irmãzinha, Thea. Ela é a pessoa mais apaixonada pelo Natal que eu conheço, e desde que ela se entende por gente, coleciona Estrelas de Natal, aquelas que você coloca no topo da árvore. Meu amor pelo Natal vem dela.

— Obrigada, Oliver.

— Nós só estamos começando, este vai ser o seu melhor Natal, Felicity. – Felicity gargalhou pela determinação de Oliver. – Viu, era isso que eu queria ver, seu sorriso. E aposto que esse sorriso é mais luminoso que qualquer árvore de Natal. Bom, você está pronta para o segundo dia de Natal?

— Estou.

Oliver arrumou um trenó, e fizeram um boneco de neve.

— Vamos tirar uma selfie. BONECO DE NEVEEE. – gritou Felicity, então um clima diferente surgiu entre eles.

Ao anoitecer, Oliver estacionou o carro em frente à casa de Felicity.

— É isso, fim da linha, eu disse que você ia chegar em casa para o Natal.

— Disse mesmo. Muito obrigada, Oliver, e não me lembro qual foi a última vez que me divertir tanto.

— E agora você sabe a diferença entre um tobogã e um trenó.

— Não sei como sobrevivi sem saber esse tipo de coisa.

— Nem eu, e não te custou nada.

— Quer entrar e conhecer a minha família!?

— Olha eu adoraria, mas Speed está me esperando, e minha mãe planejou toda a agenda, jantar, abrir os presentes, músicas de Natal, e ai de quem se atrasar ….

— Entendi. Obrigada mais uma vez, Oliver.

— Você não precisa me agradecer. Até mais Felicity.

— Bom, dirija com cuidado, nos vemos em Boston. Feliz Natal, Oliver!

— Hei, Felicity, para mim esse foi o melhor Natal que já tive.

Cinco anos depois …..

— Curtis, por que você marcou uma reunião com o CEO da Queen Consolidated, faltando vinte dias para o Natal? Eu não posso viajar até Starling City.

— Porque o CEO não tem interesse pelo Natal?? E nós temos que fechar a parceria para colocarmos o bioestimulante no mercado?? E você não vai precisar de ir lá, ele vira para Central City.

— Nunca ouvi falar que Robert Queen não gostasse do Natal.

— Mas quem falou no Sr. Queen, falo do filho dele, Oliver.

— Você quer dizer, Oliver Jonas Queen?? - Felicity franziu a testa surpresa. Ela digitou em seu tablete para confirmar se o seu Oliver e o Oliver grinch eram a mesma pessoa, e para sua surpresa. – Oh, frack!

Horas depois, Felicity estava saboreando seu café no Jitters, acompanhada de sua irmã postiça, Sara Lance, falando sobre o seu Oliver, doce Oliver, ter se transformado no Oliver grinch Queen.

— Aquele Oliver Queen, tem certeza que é ele? – perguntou Sara surpresa.

— Eu também não acreditei e fui ver no site da empresa, é ele.

— Uau, como está se sentindo?

— Estou me sentindo…

— Feliz?

— Nope, surpresa. – Felicity revirou os olhos. – Nunca quis tanto ver alguém novamente quando voltei para a faculdade, só que ele não estava mais lá, e agora que ele está aqui. Não sei se quero vê-lo novamente.

— Por que não, é sua chance de saber o que aconteceu com ele nesses últimos cinco anos. Você devia ligar para ele e remarcar a reunião.

— Ele não vai querer remarcar, e pelo que o Curtis falou, ele detesta o Natal. Logo ele que respirava Natal, mas sei lá, isso foi no passado, as pessoas mudam. Olha pra mim, eu mudei, somos até parecidas, sou loira.

— Felicity, você tinge o cabelo!

Felicity deu uma risadinha, e quando estava tomando um gole de seu café quase engasgou ao ver quem entrava pela porta do Jitters.

— Oh, meu Deus! Ele está aqui!

— Quem? – Sara perguntou virando a cabeça para onde Felicity estava encarando.

— Oliver!

— O quê, onde? – Sara virou a cabeça novamente e viu um homem loiro no caixa e arregalou os olhos. – Uauu, ele é lindo. Hei, Oliver. – ela gritou para desespero de Felicity.

Oliver olhou para o lado, onde duas loiras estavam sentadas olhando em sua direção, então uma delas acenou freneticamente chamando-o, ele andou até elas.

— Sara, me lembre de te matar depois. – Felicity riu sem graça ao ver Oliver se aproximar levantando a sobrancelha em interrogação.

— Oi.

— Oi. – respondeu Sara sorridente.

— Eu conheço você? - Oliver olhou para Sara. - Você eu conheço. – Oliver falou apontando na direção da Felicity.

— Essa é a Felicity, vocês tiveram uma aventura natalina há cinco anos.

— É isso, claro! Felicity Smoak!?

— É.

— Eu sou a irmã dela, Sara Lance. E eu… - Sara olha para o relógio fingindo estar aborrecida. – Nossa perdi a hora, vocês terão que me desculpa. Prazer Oliver, e aproveita e senta para tomar um café com Felicity, para relembrar os velhos tempos. Tchau, irmãzinha.

Sara sai quase correndo deixando para trás uma Felicity sem graça.

— Felicity, você está ótima!

— Você também.

— Então, voltou para sua cidade?

— Sim, depois que me formei, eu fundei a minha empresa.

— Como você falou que faria. – Oliver sorriu em reconhecimento e Felicity mordeu o lábio surpresa por ele se lembrar disso. – Espera, você é a CEO da Smoak Tecnologies? Uauuu.

— Sim, eu sou. E você, é o novo CEO da Queen Consolidated, eu não sabia que você ... que você era esse “Queen”. – Felicity fez aspas com os dedos.

— Teria feito diferença?

— Não, acho que não.

— Então meu pai aposentou e eu assumi a empresa.

— Você chegou na hora certa, Central City é linda no Natal.

— É, eu fiquei sabendo. Mas eu não sou mais um amante do Natal.

— “Amante”. Soa bizarro não importa como você fala. – Felicity fez um biquinho fazendo com que Oliver risse dela. –Oque houve? Você amava o Natal. Disse que sua irmã enfeitava a casa toda.

— Sei lá, as coisas mudam. – Oliver passou a mão pelo pescoço e coçou os dedos nervosamente. – Eu tenho que ir, até mais Felicity. Foi ótimo te ver, e até a nossa reunião. – ele levantou e antes que pegasse seu casco, foi abortado por uma mulher.

— Oliver Queen, oi, sou Laurel Lance, irmã de Felicity.

— Prazer.

— Eu trabalho no jurídico da cidade, sou a promotora. E Felicity não me avisou que já te conhecia. - Olhh, eu… eu…

— Está tudo bem, Felicity. Que recepção calorosa, Laurel!

— Somos todos amistosos aqui.

— Nem tanto assim. Olh, eu falei isso alto? Claro que falei, mas vou parar de falar em 3,2,1

— Fe.li.ci.ty!

— Eu tenho que ir. Até mais na reunião Oliver, Laurel.

Felicity quis que o chão abrisse e a engolisse, ela saiu deixando Laurel e Oliver sozinhos e antes de chegar na porta de saída ela olhou para trás e viu que eles estavam sentando na mesa que ela e Sara haviam ocupado antes, com a linda Laurel sorrindo para o seu Oliver.

Naquele mesmo dia, ao anoitecer, Sara e Felicity, que dividiam um apartamento, decoravam a árvore de Natal, e quando Felicity foi pegar outra bola ela viu uma antiga foto dela e de Oliver com o Papai-Noel.

— E aí, como foi com o Oliver, foi muito bom revê-lo?

— Foi interessante, até que Laurel apareceu.

— Laurel???

— Sim, a linda Laurel, a poderosa Laurel! Ele mudou muito, realmente virou outra pessoa, estou falando sério, ele gostava muito do Natal.

— E você não perguntou o motivo dele ter sumido na época da faculdade?

— Queria poder fazer algo por ele. – Felicity olhava outra foto quando teve uma ideia. - Já sei.

No dia seguinte, numa loja de decoração, Felicity comprou alguns adereços para fabricar seus próprios cartões de Natal e os presentes de Oliver, ela decidira fazer para ele 12 presentes que o fizessem lembrar do quando ele gostava do Natal.

Felicity estava sentada fazendo os cartões de Natal quando Sara chegou

— Vamos fazer cartolina no jantar?

— O quê? Ahh, é mesmo, o jantar. – Felicity enrugou a testa. – Era para eu ter pedido hoje chinesa. Desculpe, Sara, eu esqueci completamente.

— Eu estou vendo. – falou Sara olhando para o que Felicity estava fazendo. – O que você está fazendo?

— Eu vou ser o amigo secreto do Oliver. Ele me deu um dos melhores Natal mais mágico da minha vida, daquela vez que quase não cheguei aqui. Decidi tentar devolver essa magia para ele, vou retribuir.

— Está certo. Mas por que isso agora?

— Para animar a vida dele, ajudar a ele fazer as pazes com o Natal. São só uns presentinhos.

— É sério isso?

— Vai ser inspirado na música “Os doze dias de Natal”, ele vai ter que adivinhar.

— E quais vão ser os presentes?

— O primeiro será um boneco de neve, igual ao que fizemos, foi a primeira coisa que ele fez para me alegrar.

— Não acha que ele vai descobrir que é você? Afinal você é a única pessoa que ele conhece na cidade.

— E talvez sim, mas e daí? É algo legal de fazer, e é apenas um lembrete meigo que o Natal foi, é, e ainda pode ser.

— E isso é apenas para retribuir o que ele fez né? – Sara perguntou maliciosamente.

— Está bom! Se foi legal eu reencontrá-lo? Sim. Se eu quero saber porque ele não voltou para a faculdade? Quero. Se eu fiquei com ciúmes da Laurel dando de cima dele? Um pouco.

— E a verdade veio à tona.

— E se é a coisa certa a fazer? Com certeza.

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Oliver estava na recepção deixando as chaves quando o atendente pediu que ele assinasse o protocolo de entrega de encomenda, ele olhou para o pequeno pacote com curiosidade, e antes que perguntasse de onde veio, foi abordado por Laurel.

— Oliver, que surpresa!

— Laurel, é Laurel né!?

— Sim, Laurel Lance. E olha, você está aqui a pouco tempo e já recebendo presentes!

— É, não sei quem poderia ter mandado.

— Um amigo secreto? – Laurel riu como se fosse um segredinho. – Ou “amiga”.

— Bom, vamos acabar com o segredo. – Oliver puxou Laurel até o sofá e abriu o pacote, ele pegou o cartão que estava dentro e começou a ler em voz alta. – No primeiro dia da Natal eis o que seu amigo secreto te dá, não é de ferro, nem de palha e nem de madeira, faça-o logo antes que derreta. Feliz Natal do seu amigo secreto.

— Acho que alguém teve muito trabalho para fazer isso.

— Por que alguém teria esse trabalho todo comigo?

— Bom, vejamos, porque você é um homem atraente e bem-sucedido!? Olha, são botões, é um boneco de neve!

Oliver pegou tudo e amassou jogando o conteúdo na caixa de lixo que estava próxima dali, sem ver que estava sendo observado por nada mais nada menos que a repórter Iris West.

Iris levantou-se rapidamente antes que Oliver e Laurel deixassem o hotel indo até eles.

— Sr. Queen, sr. Queen. Oi, sou Iris West, repórter do Jornal Central Diário, eu queria lhe fazer algumas perguntas.

—Srta. West, eu ….

— Só uns minutos do seu tempo.

— Tudo bem. Mas me chame de Oliver, por favor.

— Tudo bem. Oliver, o que você pode nos dizer sobre a parceria entre as empresas Queen Consolitadated, e a Smoak Tecnologies? ……

Tão logo Oliver saiu, Iris correu e pegou o pacote que ele havia jogado fora, leu o cartão e achou que talvez poderia ter alguma matéria ali, depois foi até o recepcionista.

— Oi, sou Iris West, e eu queria lhe fazer algumas perguntas?

— Allen, Barry Allen.

— O Sr. Queen jogou isso no lixo, você pode me dizer quem o enviou?

— Desculpe-me, Srta West…

— Iris, pode me chamar de Iris. – Iris sorriu sedutoramente para Barry. – Então….

Barry se deixando levar pelo charme da repórter, prometeu que se houvesse mais entregas ele a informaria. E foi o que aconteceu no dia seguinte.

— Sr. Queen, tem outra entrega para o senhor. – anunciou Barry assim que Oliver saiu do elevador.

— Obrigada! – Oliver pegou o novo pacote e foi sentar-se no mesmo lugar que havia aberto o primeiro, ele rasgou o papel pardo e olhou intrigado para a caixa com desenhos de trenó na tampa, ao abrir um novo cartão e guizos embrulhados em papel de seda verde. Então começou a ler o cartão silenciosamente. “Segundo dia de Natal eis o que seu amigo secreto te dá, para começar um dia no embalo, só um passeio de trenó puxado a cavalo. Feliz Natal do seu amigo secreto.

— Para que seu amigo secreto não vai ficar só no primeiro.

— O que?? – Oliver olhou assustado para a voz atrás dele.

— Iris West, nós nos conhecemos ontem. Eu estava falando do seu amigo secreto. – Iris falou apontando para o pacote nas mãos de Oliver. – Eu posso ver?

Oliver sem saber o que estava fazendo, entregou o pacote e o cartão para Iris, e ela o pegou rapidamente antes que ele mudasse de ideia.

— Isso é tão meigo! Ela quer que você ande de carruagem!

— Como sabe que é uma mulher?

— Claro que é. E ela quer que você faça um boneco de neve.

— Como, como.. .você sabe disso? – Oliver perguntou fazendo biquinho.

— Sr.. , Oliver, eu estava aqui ontem, lembra? Eu vi quando você jogou fora o primeiro pacote ontem. E como boa repórter, eu vi que tinha algo ali. Então…

— Então, o que?

— Você não quer saber quem está te enviando esses presentes? Eu posso descobrir? Mas com uma condição …..

Mais tarde, Iris conversava na redação com o seu diretor, Cisco Ramon.

— Iris, isso é fantástico! Quando isso for à publico, todas as mulheres dessa cidade vão ficar se olhando e perguntando “será que é ela”. É isso que queremos. Quem sabe haja romance quando a identidade for revelada. Já pensei na chamada: Oliver Queen recém-chegado na cidade, vindo de Starling City, tem um “amigo secreto” no Natal.

— Eu farei o meu melhor.

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Sara e Felicity caminham num dos corredores do Shopping, quando viram uma caixa de correios.

— Ele comentou algo com você sobre os dois presentes?

— Comigo? Não. Não ouvi nada.

— Você poderia dizer a ele o que sente.

— Eu não sei o que sinto. - Felicity abriu a caixa de correio e jogou o terceiro presente. – Vamos, quero olhar outras lojas.

Felicity estava analisando os projetos quando um aviso de notícias da sua amiga, Iris, piscou a direita da tela, ela clicou no link e à medida que lia a matéria, seus olhos se arregalaram e sua boca abria e fechava como um peixe fora d´agua.

— FE.LI.CI.TY - Oliver chamou Felicity preocupado , depois ele se inclinou para a tela de seu computador para ver o que havia deixado ela congelada e viu surpreso as fotos dos seus presentes.

Felicity despertou do seu estupor quando Oliver começou a gritar com alguém ao telefone.

— Iris, você publicou os meus presentes!

— Tecnicamente sim. Mas você deixou, conversamos sobre isso ontem, lembra?

— Sim, eu me lembro. – Oliver passou a mão pelo rosto. – Eu só. .. eu só …

— Oliver, é só uma história qualquer, daqui a pouco todos vão esquecer.

— Você está certa.

— Legal! E Oliver, eu acho que ela vai mandar doze presentes.

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— Sara, postaram os meus presentes no site!

— Iris está fazendo essa matéria? Não seria antiético? Porque ela é sua amiga.

— Não, desde que a Iris não saiba que sou eu.

— Você vai mandar os doze presentes né? – Sara falou quando viu um pacote nas mãos de Felicity.

— O que pode dar errado?

Mais tarde na Smoak Tec…

— Terminamos aqui. Você quer almoçar, Felicity?

— Você está me chamando para um encontro? Não encontro, encontro, eu sei que são duas coisas diferentes na minha cabeça …

Oliver colocou a mão sobre o ombro de Felicity acalmando-a e riu do seu balbucio.

— É só um almoço.

— Claro, quem podia imaginar um encontro entre nós dois, isso é impensável.

Assim que Oliver e Felicity saíram do restaurante, ele viu a frente um ring de patinação e muita neve, então ele puxou Felicity pelas mãos e foi fazer o tal boneco de neve.

— Não acredito que estou fazendo isso, pronto. – Oliver apontou para o boneco de neve inacabado, faltando apenas os olhos.

— A ideia foi sua.

— É eu sei. - ele apontou para Felicity com os botões na mão. – Você quer fazer as honras?

— Bom, eu sou uma observadora aqui, não posso me envolver na história.

— E que tal ajudar um amigo? – Oliver fez cara de cachorrinho empurrando os botões para Felicity novamente, ela inclinou a cabeça para o lado e sorriu, depois pegou os botões da mão dele e os colocou no boneco de neve.

— Ai está!

— Espera, vamos tirar uma selfie, a Iris vai querer isso. Segure em mim Felicity.

— Eu imaginei você falando isso em outras circunstâncias, circunstancias bem platônicas.

— Pronto, agora vamos tirar uma só de nós dois.

Ambos sorriram para a câmera e um clima diferente surgiu.

— Você está interessado em descobrir a identidade do seu amigo secreto?

— Não muito, me sinto mal por ela, para ser sincero. A Iris acha que é uma mulher.

— Sim, ahh, eu tenho certeza que é uma mulher.

— Quer dizer, ela está gastando maior tempo e energia para me dar esses presentes incríveis, e eu só estou deixando Iris usar isso para promover ela.

— Bom, ao menos você está preocupado com os sentimentos dela.

— É, afinal nunca se sabe, ela pode ser minha alma gêmea.

— Você acredita em almas gêmeas?

— Por que não!? Você não acredita?

— Eu acredito que qualquer coisa pode acontecer no Natal.

Horas mais tarde Oliver combinou com Iris de fazer uma live no seu blog, e abriria o próximo presente ao vivo e responderiam as perguntas.

No dia seguinte, na redação do Jornal Central Diário.

— Oliver, hoje chegou várias cartas de fãs, isso é fantástico!

— Iris, eu preciso perguntar uma coisa, e não se ofenda, é você que está fazendo isso tudo? Que está me mandando os presentes?

— A ideia é brilhante, eu gostaria de assumir a autoria, mas não, não sou eu.

— Iris, em posição. – gritou Cisco Ramon ao fundo.

— Bom dia com Iris, estamos aqui ao vivo com Oliver Queen, mande suas perguntas e responderemos na hora. Então, Oliver, você tem alguma ideia quem seja sua amiga secreta?

— Não faço ideia Iris, e espero encontrá-la para agradecer todo esse carinho.

— Bem, temos uma ligação. Fala conosco Ketlen, manda a ver.

— Eu nunca conheci pessoalmente o homem que está recebendo os meus presentes.

Felicity ouviu horrorizada a ouvinte da sua casa e fez uma careta de surpresa pela mentirosa.

— Poxa, isso foi bem inesperado, muito obrigado Ketlen, por se revelar. – falou Oliver. – Na verdade, estou aqui com um dos seus presentes bem em minhas mãos, mas antes de

abrí-lo, queria que você dissesse a todos que estão nos assistindo agora o que tem no pacote.

Felicity deu uma risadinha e olhou para o próximo presente dentro da sua bolsa.

— Não, não, assim eu vou estragar a surpresa.

— A surpresa foi nossa por você ligar. Vamos lá, nos fale o que tem dentro do pacote.

— Ahh, estou sem graça, bem desculpe, mas o meu chefe chegou e eu tenho que ir.

— Bem, obrigada por ligar Ketlen, bom dia novamente, aqui é Iris West, ao vivo para toda Central City. E encerramos por agora pessoal, fiquem ligados, voltados mais tarde.

Oliver despediu-se de Iris assim que eles combinaram o passei de carruagem para mais tarde, e a abertura do presente, e ligou para Felicity assim que saiu da redação.

— Oi.

— Oi, você viu a live?

— Sim, eu vi. Você se saiu muito bem.

— Vamos almoçar?

— Big Belly Burguer?

Depois de almoçarem, Oliver e Felicity caminhavam pelas ruas tranquilamente.

— Então, eu tenho que andar de carruagem.

— Tem um cara na cidade que faz passeios a cavalo de carruagem no parque.

— A última vez que fiquei perto de um cavalo, foi num acampamento, e o cavalo não foi com a minha cara.

— Como assim, não foi com a sua cara? – Felicity perguntou rindo.

— Ele tentava me morder toda vez que eu chegava perto.

— Bem, eu te garanto que não será o mesmo cavalo, e eu te protejo.

— Promete?

— Prometo.

— Então, eu acho que sei quem é a minha amiga secreta.

— Sabe! Quem é?

— Tecnicamente pode ser qualquer mulher desta cidade, até você, mas isso seria loucura.

— Sim, impensável, eu e você. – Felicity revirou os olhos.

— É Laurel, sua irmã, ou meia irmã. Ela estava no hotel no dia que recebi o primeiro presente,e ontem quando nos falamos ele meio que deu a entender.

— O que ela disse? – Felicity mordeu o lábio inferior para não mostrar sua ansiedade.

— Deu umas dicas, tipo que já me acompanhava pelas redes sociais.

— Ela disse isso é?

— Só tem um jeito de descobrimos isso. – Oliver puxou o celular do bolso. – Laurel, é o Oliver. Tem algum compromisso agora? Queria saber se você gostaria de andar de carruagem comigo.

Algum tempo depois.

Iris, Oliver e Felicity aguardavam Laurel chegar para o passei de carruagem, juntamente com um bando de mulheres que ficaram ao redor tirando fotos.

— Desculpe pelo atraso. – Laurel chegou correndo. – Você não estava brincando. – ela falou jogando o cabelo e olhando para a carruagem. – Me sinto lisonjeada por ter me escolhido para esse passei de carruagem com você.

— Hei, Laurel!

— Felicity, você também vai fazer o passeio?

— Não, nope, só estou aqui para acompanhar o Oliver. Olha, a carruagem vai dar várias voltas pelo parque, então vai demorar um pouco, você quer mesmo fazer isso Laurel, não tem nada na promotoria?

— Claro que tenho. – Laurel sorriu e abraçou Oliver pela cintura. – Faço tudo pelo Ollie.

— Ahh, bom. – Oliver coçou a cabeça sem graça.

— Tudo nem. – respondeu Iris. – Vamos começar tirando as fotos aqui…..

— E voltamos para mais uma live, eu sou Iris West para o Jornal Central Diário. Então Oliver, vamos abrir o presente?

Oliver rasgou o papel pardo e surgiu uma caixinha com o desenho de Papai-Noel.

— Vou descrever para vocês, a figura é do Papai-Noel, ele está com o saco de presentes e tem olhos vermelhos, vamos ver o que tem dentro. – Oliver abriu a caixinha afastou o papel de seda ver e eis que surge. – Ahh, olha só isso, é uma meinha, vou ler o cartão. “No terceiro dia de Natal eis o que lhe dá o seu amigo secreto, para uma alegria que ultrapassa o Céu, vá falar com o Papai-Noel. Você já foi criança e agora cresceu, mas a magia dele jamais pereceu Feliz Natal da sua amiga secreta.”