Onimusha: The Journey by the Five Warriors escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 2
A Caixa Misteriosa


Notas iniciais do capítulo

Bom galera aqui esta o primeiro capitulo de Onimusha: The Journey by The Five Warriors, espero que gostem e e divirtam muito lendo a história.

Desde já uma boa semana!



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Reino de Arendelle

Mais um dia se iniciava no reino, o Sol nascia no horizonte e os pássaros cantavam dando boas-vindas ao novo dia.

No castelo, a rainha despertava para enfrentar mais um dia exaustivo de trabalho. Senta-se em sua enorme cama, coça os olhos, para logo em seguida despreguiça-se soltando um grande bocejo.

— Aí, aí... que vontade de ficar na caminha... – Múrmura a jovem rainha de olhos fechados e por pouco não voltou a dormir, se não fosse uma batida na porta a despertando. – SIM!

— Bom dia alteza! Sou eu Gerda e as outras meninas, podemos entrar?

A jovem monarca boceja mais uma vez antes de responder:

— Sim, por favor, antes que eu acabe dormindo de novo!

Algumas risadas são ouvidas atrás da porta após o comentário da rainha a fazendo rir também. Logo depois a porta é aberta por uma senhora de cabelos grisalhos presos em um coque, trajava vestes de cor verde musgo que cobriam todo seu corpo com detalhes em flores bordados na saia, mangas e no colete. Sobre sua cabeça uma touca da mesma cor do vestido e usando luvas brancas que cobriam ambas as mãos.

— Bom dia alteza. – Cumprimenta a velha governanta.

— Bom dia alteza! – Repetem outras três servas botando as cabeças para dentro do quarto sorrindo. Trajavam veste como as de Gerda, só que eram mais novas.

— Bom dia meninas! – Retribui a jovem monarca se descobrindo e levantando-se. – Vamos começar mais um dia de tortu... digo... trabalho!

As meninas mais novas riem da reação da rainha, enquanto Gerda meneia a cabeça com as mãos sobre os quadris.

— Menina Elsa... olhe os modos!

— Desculpa! – Responde a rainha com um fino de voz enquanto sorria sapeca.

Tal sorriso fez com que a governanta mais velha sorrisse também. Como era bom ver sua menina irradiando felicidade depois de tanto tempo. Poderia ficar observando-a daquele jeito o dia todo.

Mas...

— Bom, chega de enrolação a muito que se fazer e o dia só começou então... para o banho jovenzinha! Antes que as meninas eu te carreguemos e a joguemos na banheira!

Elsa arqueou uma sobrancelha.

— Vocês não se atreveriam?

Porém Gerda estala os dedos e o trio de governantas surgem rapidamente atrás da jovem monarca a segurando.

— Acho que se atreveriam sim...

— Com toda a certeza! Meninas... BANHO!!!

— SIM SENHORA!!! – Bradam o trio carregando a rainha no ar.

— Espera gente eu tava brincando, podem me soltar!!!! – Exclama a jovem monarca no ar agitando os braços.

— De jeito nenhum! Meninas, pra banheira!!!

— SIM!!! – Exclamam as três empregadas levando Elsa para o banheiro cantarolando. Abrem a porta com um chute, botam a rainha no chão, duas a despem de sua camisola branca a deixando nua e desfazem sua trança, deixando seus longos e belos cabelos platinados soltos. A terceira rapidamente abre a torneira por onde jorra água morna que em poucos instantes enche o invólucro e por fim as três jogam a rainha dentro.

— Ahhhh!!!! – Grita a rainha ao ser jogada.

Segundos depois...

— PUAF!!! COF, COF, COF!

Ela emerge sem folego, tossindo e encarando suas servas com ódio.

— SUAS MALUCAS PERDERAM O JUÍZO! – Exclama a rainha esbaforida. – Eu devia.... uaaaahhhhh...

A intensão de Elsa era reclamar até dizer chega, mas ao sentir a sensação quente e relaxante que a água quente lhe proporcionou a fez esquecer de tudo rapidinho.

— Estão perdoadas. – Sussurra a rainha sentindo-se relaxada e escorregando lentamente para dentro d’água, a encobrindo por inteiro.

Alguns minutos depois...

— Aí, aí, eu queria muito poder ficar o dia todinho dentro daquela banheira.

— E não pode senhora? – Pergunta uma das meninas fazendo a jovem monarca rir.

— Quem dera! Assim como o povo tem que trabalhar duro para ganhar o seu pão de cada dia eu preciso trabalhar ainda mais duro justamente para garantir que não lhes falte o que comer... além de cuidar da segurança do reino! Comenta a rainha já fora da banheira sendo secada pelas governantas.

— Nossa... deve ser difícil! – Comenta outra menina.

— E é! – Responde Elsa. – Eu mesma no início me senti insegura e sem confiança de que conseguiria reger o reino tão bem quanto meu pais. – Diz caminhando até uma janela. – Mas quando eu vi o sorriso do povo quando me receberam de volta depois da... vocês sabem...

As meninas se calaram, sabiam bem como sua rainha se sentia pelo mal entendido que causou. Ninguém a culpava, ou apontava o dedo para recrimina-la, mais era obvio que ela se sentia culpada e por isso trabalhou e ainda trabalha duro para reconstruir tudo o que destruir e a dor que causou.

— Eu ainda tenho uma longa estrada pela frente.

Comenta a rainha pegando uma flor branca de um vaso próximo a janela.

— Uma estrada cheia de espinhos...

Observa a singela flor com mais cuidado.

— ... de obstáculos e desafios.

Fecha os olhos sentindo seus poderes fluírem por suas veias, quando abriu os olhos a flor havia se tornando uma bela e formosa flor de gelo cristalino.

— E para isso...

Sorri colocando a flor de volta no lugar.

— ... me tornarei mais forte!

Declara a rainha removendo em um movimento a toalha que cobria seu belo corpo ainda húmido. As gotículas de água sobre seu corpo cristalizam, se expandindo, criando uma fina camada de gelo sobre sua pele e cabelos. As jovens governantes arregalam os olhos em espanto e admiração, a rainha estava fazendo uma demonstração de seus poderes bem ali diante delas... meras mortais!

— Me segura que eu vou cair! – Berra a mais nova.

— Cala a boca! Eu preciso memorizar esse momento!!! – Exclama a do meio.

— Tão... linda... – Sussurra a terceira com lágrimas nos olhos.

A jovem rainha nem as ouviu, estava concentrada em seus próprios pensamentos, suas motivações que a faziam seguir em frente e em seus poderes que a tornavam poderosa e ao mesmo tempo...

— Livre...

Entoa a jovem monarca juntado as mãos sobre o peito. Nesse momento a camada de gelo já a havia coberto por completo criando uma espécie de segunda pele sobre ela que se parte em pequenos e delicados cristais por onde luzes azuis brotam. A jovem rainha então abre os braços e a casca de gelo se parte em uma lufada fazendo as meninas cobrirem o rosto e a janela se aberta com foça. Quando descobriram os rosto as três olhavam abismadas para a rainha que não mais estava envolvida pela camada de gelo fina. Não... ela havia se partido como um casulo libertando uma bela borboleta que estava parada de costa para elas. Não estava mais desnuda, mais sim trajando um belíssimo vestido azul da cor do céu. Cristais cintilavam por toda a sua extensão dando uma riqueza imensurável ao vestuário que seria impossível de ser feito por mãos humanas. O vestido cobria seus braços, busto e cintura deixando uma abertura par as pernas que ficavam a mostras. De suas costas um tecido logo e claro coberto por cristais de gelos bordados esvoaça como se fossem asas. Com um movimento dos dedos a água de seus cabelos solidifica tornando-se pequenas flores de gelo enfeitando sua trança que já havia sido feitas antes pelas meninas. E ali estava a rainha Elsa de D.Arendelle em toda sua gloria e beleza pronta para seguir em frente e ser livre!

— E assim mais um dia de luta se inicia! – Entoa convicta e cheia de forças a jovem monarca pronta para o que der e vier... só que...

— Muito bonito, hein mocinha!

— Hum? – A monarca se volta para a porta onde uma senhora nenhum pouco feliz a encarava.

— Seu discurso foi lindo, forte e arrebatador... mais me responda uma coisa? – Questiona a velha governanta apontando para fora. – O que eu faço com o belo e suntuoso vestido que levei meia hora para preparara para a senhorita vestir... e sozinha!!! – Essa última Gerda berrou olhando para as três meninas que cobriram as bocas em pânico, haviam esquecido completamente de ir ajudar a velha governanta a arrumar o quarto e escolher o vestido do dia para a rainha.

— Ops! – Elsa deixa escapar.

— Ops, triplo! – Deixam escapar as meninas.

— E então? – Gerda bate o pé várias vezes com as mãos na cintura. – Estou esperando uma resposta, menina?

A rainha mexe os dedos nervosa, podia ser poderosa e valente, mas bastava um olhar mortal daquela velhinha para ela voltar a ter sete anos e levar puxões de orelha dela.

 “Calma, pensa! Deve ter uma saída para tudo isso sem levar puxão de orelha!”

A velha apertas as luvas.

“Ela vai dar puxão de orelha, ela vai dar puxão de orelha, ELA VAI DAR PUXÃO DE ORELHA!”

Pensa a rainha desesperada.

“Então só me resta uma coisa a fazer...”

 Que é...

— Gerda... OLHA PARA LÁ! – Grita a monarca apontando na direção contraria da governanta que se volta imediatamente.

— Mais... não tem nada aqui menina... – Ao ser virar a rainha havia sumido. – Mais o que?!

—Pela janela! – Exclama uma das meninas e Gerda rapidamente corre até lá e se depara com a rainha deslizando sobre pelo que parecia ser um escorrego de gelo que a levou até a entrada do castelo.

— Não... creio... – Murmura a velha governanta pela cena que presenciou e ficou ainda mais irada ao ver a rainha acenar de lá e ouvir um sonoro...

Desculpas!

... da rainha que depois entrou correndo pra dentro do castelo!

— Essa menina!!! – Rosna a governanta trincando os dentes. – E vocês!

— SIM!!! – Gritam as três governantas batendo continência como soldados.

— Cortar batatas... por um mês!

— O QUÊ?!

— Querem que eu aumente para dois?

Na mesma hora as três correm pra fora do banheiro e pôr fim do quarto deixando uma governanta idosa seria.

— A animação dela voltou como era quando mais jovem! – Ralha. – Se bem que... eu prefiro ela assim. – E olha para a flor de gelo sobre o vaso. – Todos nós preferimos. – Sorri a velha governanta ao acariciar a bela e cristalina flor que emanava felicidade... assim como sua dona que andava normalmente pelos corredores do castelo cumprimentando a todos que a olhava abismados e admirados. Por fim chega ao salão de refeições para tomar seu dejejum que já estava pronto. Pãezinhos de queijo, bolos, chocolate quente, entre outras guloseimas que fez até mesmo a jovem rainha lamber os beiços.

— Isso está com uma cara boa! – Cochicha com um dedo sobre os lábios.

— Bom dia majestade! – Diz um dos serviçais se aproximando.

— Oh! Bom dia, Kai. – Cumprimenta a rainha para o mordomo real.

— Gostou do preparo do dejejum desta manhã?

— E como! Vocês capricharam dessa vez! – Diz a rainha elogiando o preparo de tudo.

— O melhor para nossa gentil soberana e para sua irmãzinha, temos o enorme prazer em servi-las. – Diz o mordomo se curvando.

— Obrigada, Kai! Suas palavras me alegram muito. – Responde sorrindo e sentando em sua cadeira ao qual seu fiel mordomo a ajudou a sentar. – E Anna? Sabe se ela já acordou?

— Bom, pedi a algumas criadas para chama-la. Sabe como a princesa é um... com posso dizer?

— Meio lerda para se levantar?

— Eu ia dizer preguiçosa mesmo! – Exclama o mordomo rindo e acompanhado pela rainha que quase se engasga com um pedaço de pão.

— Aí, Kai! Só você mesmo!

— Sim! Mas podemos deixar isso só entre nós, não gostaria que a princesa soubesse desta minha revelação?

— Pode deixar, minha boca é um... – Antes de Elsa terminar sua frase, ela e o mordomo ouvem um imenso barulho vindo do andar de cima. – O que foi isso? – Exclama a rainha largando o pedaço de pão que comia.

— Não sei majestade, mais vou avisar os guardas imediatamente!

— Não! Não a necessidade. – Exclama a rainha se levantando.

— Minha senhora?!

— Acho que tenho uma ideia do que está havendo. – Indaga a rainha pensativa. – Kai pode preparar o prato de Anna, eu mesma vou chama-la.

— C-Como queira majestade!

Então a rainha se levanta deixando o salão de refeições e se dirigindo para o andar de cima onde fica o quarto de sua irmã caçula, sempre olhando pelos lados para não dar de cara com Gerda que ainda deveria estar brava com ela.

“Depois me desculpo com ela, mais agora...”

Ao chegar ao local, vê três criadas em frente à porta que ao perceberem a rainha correm até ela.

— Vossa majestade!

— Olá, senhoras. Algum problema? – Pergunta sorrindo.

— Sim senhora, estamos há vários minutos chamando a princesa, mas ela não responde, achamos que possa ter acontecido algo! – Responde a mais velha delas.

— E pra piorar estamos ouvindo vários barulhos vindos do quarto! – Responde à segunda.

— Será que estão atacando a princesa? – Pergunta a última.

Elsa ouve atentamente todas as criadas até ouvir um forte estrondo vindo do quarto de sua irmã. Todas as serviçais se assustam menos ela, que suspira e sorri dizendo:

— Por que vocês não dessem e deixam que eu mesma acordo minha irmã? – Questiona a jovem monarca para as três. – Com certeza a muita coisa para ser feita ainda, deixem os documentos e papeladas prontas para mim quando eu chegar, tudo bem?

As três se entreolham, não podiam recusar uma ordem da rainha, então fazem uma reverencia e a deixam a sós.

Então a rainha fica de frente a porta dando três batidinhas dizendo:

— Anna querida, sou eu sua irmã! Você está viva ai dentro?

Ao dizer essas palavras ela ouve algo se mexer dentro do quarto e pensou ter ouvido uma risadinha.

— Anna? – A rainha agora ficara com a pulga atrás da orelha, então decide tomar uma atitude mais drástica. – Anna D.Arendelle se você não abrir esta porta até eu contar até três eu vou pô-la a baixo! Sabe que eu tenho poderes mágicos, não sabe?! – Diz a rainha sorrindo e balançando os dedinhos.

Na mesma hora um grande barulho é ouvido dentro do quarto, como se fosse uma correria, a rainha tenta segura o riso, pois já tem uma ideia do que está acontecendo. Então para deixar a situação mais constrangedora possível ela começa a contar:

— Uma, dois, e... – Ela dá um leve peteleco na porta que se abre instantaneamente! – Três! Aí, aí, adoro ter poderes mágicos... acho que eu devia trabalhar como arrombadora de portas daria um bom lucro, he, he, he, he. – Então a rainha adentra o quarto de sua irmã que para sua surpresa parecia estar em ordem. Ela olha ao seu redor e vê tudo no lugar, só não estava vendo o mais importante. – Anna, cadê você?

Na mesma hora uma menina ruiva sai correndo do banheiro que nem louca parando de ante da irmã.

— BOM DIA MANA!!!! – Diz ela em auto e bom som, fazendo a rainha tapar os ouvidos.

— AÍ! Meus tímpanos!

— Bom dia maninha! Tudo bem? Dormiu bem, teve ótimos sonhos? Sonhou com seu príncipe encantado, congelou o Hans de novo, ou de morar em um castelo todo feito de chocolate?!!! – Pergunta a princesa que nem uma matraca.

Sua irmã a encara com os olhos semicerrados e diz:

— Sim, estou bem. Tive uma boa noite de sono, já você... acho que não?

A princesa pisca diversas vezes e engole um seco.

— P-Porquê você diz isso?

— Vem cá e se olha no espelho.

— Por quê?  O que tem o... AHHHHH!!!! – A princesa mais nova dá um tremendo berro ao olhar para o espelho. – ELSA É O MONSTRO DO ESPELHO!!!

— Não minha querida, infelizmente não é?

— Então o que é essa coisa medonha em frente ao espelho com cabelos que mais parecem cobras?!

A rainha fica sem palavras. Sabia que sua irmãzinha era meio burrinha, mais nem tanto. Então a monarca simplesmente puxa as bochechas de sua irmã dizendo:

— É você criatura!

— OI!?

— São seus cabelos matutinos! Esqueceu? Se bem que só de um lado, né?

Quando Anna ouve isso percebe que sua irmã estava certa. O monstro do espelho era ELA! Estava com tanta pressa que só fez uma de suas habituais tranças, a da direita e deixou a da esquerda desarrumada e toda para o alto, além de estar usando um vestindo todo amassado e ao contrário.

— OPS! – A princesa fica toda sem jeito, bate as mãos uma na outra rindo que nem boba. – Puxa vida que coisa não, me deixa endireitar isso! – E corre para o banheiro para terminar de se arrumar enquanto sua irmã fecha a porta do quarto. Dez minutos depois ela já sai do banheiro mais arrumada e com outro vestido de cor bege. – Desculpa mana, não sei o que me deu, mais vamos descer e tomar nosso café da manhã, eu tô faminta! Barriguinha vazia entende? – Diz Anna agindo com seu habitual jeito infantil.

— Sim claro! Mais... que tal descermos nós três?

— Ehhhh, como?

— Foi o que você ouviu. – Reitera a rainha. – Que tal você, eu e seu convidado descerem para o café?

— Mais que convidado mana? – Pergunta ela sem entender. – Ah! Já sei é o Olaf, né? Danadinho ele!

— Quem dera fosse o Olaf. Esqueceu que ele sai para brincar com o Sven essa hora da manhã? – Pergunta Elsa arqueando as sobrancelhas, para desespero de sua irmã que começa a suar frio e para piorar a situação elas ouvem um espiro!

Anna fica muda e paralisada, sorri que nem uma boba, então Elsa caminha calmamente até a cama de sua irmã e com um simples levantar de dedo cria quatro pilares de gelo que levantam a cama da caçula em um instante revelando seu segredo... um grande e jovem rapaz todo encolhido.

— Ora, ora o que temos aqui? – Diz a rainha em tom maléfico.

O Jovem ouve uma voz fria, abre os olhos e vê que seu esconderijo havia sumido e ao levantar a cabeça dá de cara com uma rainha do gelo nem um pouco feliz.

— Oi, Elsa... – Diz com um sorriso amarelo.

— Oi, Kristoff! Dormiu bem?

O jovem mestre do gelo engole um seco ao ouvir a pergunta da rainha.

— Bom... sabe como é né? – Ele se levanta tremendo. – Muito trabalho nas geleiras, sabe? Frio demais, blocos de gelos demais, muito esforço e trabalho e já falei muito frio também?

— Já! E por acaso veio se esquentar logo no quarto da minha irmã? – Pergunta a rainha com seus olhos azuis safiras em chamas.

Um silencio envolve todo o quarto, o mestre do gelo suava como nunca, não conseguia olhar para a rainha e logo atrás via uma Anna desesperada fazendo gestos para ele calar a boca.

— Estou esperando sua resposta?

— Ahhhh.... beeeemmmm.... tinha, mas a presença de sua irmã era mais confortável, sabe?

Os olhos de Elsa se arregalam, Anna coloca as mãos na cabeça desesperada! Kristoff dá um pequeno sorriso inocente, até ver a rainha estalar os dedos e o gelo que suspendia a cama desaparecer e cair em cima do dele.

— KRISTOFF!!!! – Berra Anna que corre para socorrer o amado, porém...

— Vem aqui mocinha! – Elsa segura à orelha de sua irmã impedindo-a de prosseguir.

— AÍ, AÍ, AÍ!!!! TÁ DOENDO MANA!!!

— E É PRA DOER MESMO! – Ela solta sua irmã a fazendo girar para depois e a fulmina-la com os olhos. – Escuta aqui mocinha, quantas vezes eu tenho que repetir para vocês não ficarem fazendo sem-vergonhices dentro do castelo?!

— Mas Elsa nós...

— Não quero desculpas Anna! Eu não tenho nada contra vocês namorarem, acho saldável e tudo mais, mas agora irem para a cama e escondidos! Por Deus o que vocês tem na cabeça? – Berra a rainha, fazendo sua irmã ficar vermelha.

— Espera um pouco! Você entendeu tudo erado o Kristoff eu não estávamos...

— Não tente me enganar mocinha! O que acha que vou pensar ao ver dois jovens sozinhos num quarto?

— Fazendo uma surpresa... – Diz Kristoff tirando um de seus braços para fora cama.

— Você cala a boca! – Outro estalar de dedos e cama sobe e cai em cima de Kristoff de novo.

— KRISTOFF!!! – Berra Anna. – Da pra você para de bater nele?!

— Não estou batendo nele, só o estou esmagando! – Responde Elsa com simplicidade.

Essa última frase deixou Anna possessa.

— Olha aqui Elsa, você não tem nenhum direito de criticar a mim e ao Kristoff entendeu? O que acha que fizemos aqui? Sexo?!

O olhar de Elsa nem precisou de explicação, era obvio que era isso que ela pensava.

Uma mão tremula emerge debaixo da cama.

— A-Amor... acho melhor você... explicar logo o que aconteceu... pois eu não aguento mais ser... esmagado! – Diz o rapaz com sua voz também tremula.

A rainha estava pronta para estalar os dedos novamente quando foi impedida por sua irmã que a olhava com fogo nos olhos.

— Quer saber o que fazíamos? Vou te mostrar! – Responde Anna soltando a mão de sua irmã e se dirigindo até seu armário, ela o abre e sua irmã percebe que ela tira algo dele. Uma caixa feita de madeira com vários símbolos estranhos.

A jovem princesa se aproxima da irmã e diz:

— Era isso que estávamos fazendo! – E coloca a caixa em uma mesinha que havia em seu quarto bem de ante de sua irmã que olha para o objeto sem entender.

— O que é isso?

A princesa encara sua irmã e responde:

— Uma caixa de madeira, ora?

— Eu tô vendo que é uma caixa de madeira, o que ela tem de mais?

— Não é só uma caixa de madeira é; A caixa de madeira misteriosa!— Responde Anna mexendo os dedos.

— Hein?! – Responde Elsa boba.

— Isso que você ouviu maninha desacreditada! Esta pequena mais misteriosa caixinha foi encontrado por meu amor e ele a trouxe para cá e advinha onde ele achou esse troço?

— Não faço ideia? – Responde Elsa de braços abertos confusa.

— Dentro das geleiras! – Responde Kristoff saindo de baixo da cama. O jovem se levanta com dificuldade e num rápido movimento estala sua coluna fazendo um enorme barulho. – AÍ! – Exclama.

— Essa doeu até em mim Kriss! – Exclama Anna.

— Desculpa... mais continuando. – O mestre do gelo se aproxima das irmãs. – Eu encontrei essa caixa quando pegava gelo, estava dentro de um bloco de gelo, acredita? – Explica – Então com muito esforço consegui tira-la dê-la, levei o dia todo! Depois tentei abri-la, mas não consegui, usei todas as minhas ferramentas e NADA!!! Nenhuma lasquinha dela saiu! Isso não é estranho?

— Aí, ele decidiu vir até o castelo falar conosco. Só que os guardas não o deixaram passar, porque será majestade? – Pergunta Anna brava.

Agora foi a rainha que ficou muda. Será que a história que eles estavam contando era verdadeira ou estavam inventando para se safarem. De qualquer maneira ela ia tirar a prova.

— Muito bem, digamos que eu acredite nessa história e respondendo a sua pergunta irmãzinha. Eu pedi para que ninguém entrasse no palácio até certa hora, para nossa proteção, depois do que houve com o Hans eu preferi me cerificar. – Explica Elsa. – Agora voltando ao assunto, como vou saber se não estão mentindo para mim?

Aquele jogo de perguntas estava irritando Anna, mais ela sabia que havia errado em um ponto, devia ter chamado sua irmã assim que Kristoff chegou com a caixa misteriosa, mas já era tarde e ela estava trabalhando muito nos deveres do reino, suas intenções foram boas, mas as consequências não. Ela olha para sua irmã e vê seu olhar de decepção, lembrou-se de como ela lhe olhava nos anos de separação e quando disse que ia se casar com o príncipe safado das Ilhas do Sul...

Aquilo a machucava... e muito. Então para provar sua inocência respira fundo e toma uma atitude drástica.

— Kristoff me empresta sua machadinha.

— Pra que? – Pergunta seu namorado.

— Pra provar para minha irmã que estamos dizendo a verdade e que... AINDA SOU VIRGEM!!! – Brada Anna fazendo Elsa arregalar os olhos.

Kristoff olha para as duas, não gostava de velas brigando e também queria provar sua inocência, amava Anna, mais nunca faria nada que a desonrasse ou a prejudicasse em seu relacionamento com sua irmã. Então um pouco reluto entrega sua machadinha que carregava no sinto para sua namorada que sem pestanejar golpeia a caixa e para a surpresa da rainha o que se quebrou não foi o objeto de madeira e sim a machadinha que havia virado literalmente pó!

Silencio, Elsa estava paralisada, mais precisamente incrédula com que viu.

— O que foi isso? – Pergunta a rainha.

— E não foi só essa! – Exclama Anna indo até o biombo onde troca seus vestidos, o abre e Elsa vê vários pedaços de cadeira, moveis e vasos quebrados. – Martelamos essa droga de caixa a noite toda e ela simplesmente não abriu! Ficamos cansados e acabamos dormindo abraçados apenas! – Explica Anna que assiste sua irmã indo até os destroços escondidos e logo em seguida se vira encarando os dois, não sabia o que dizer.

— Anna eu... – Estava se sentindo péssima. – Desculpe-me eu...

— Preferiu pensar em pensamentos vulgares ao invés de ouvir sua irmã antes, muito bom mana! Muito bom mesmo! – Diz a princesa se virando e saindo do quarto deixando seu namorado e irmã sozinhos.

Elsa estava desolada, havia desconfiado de sua irmãzinha e nem deixou dala a chance de se explicar primeiro. Ela olha para Kristoff que abaixa sua cabeça e diz:

— Quando nos demos conta já era de manhã, então acordamos assustados e corremos para pôr tudo em ordem. – Diz o homem do gelo que era ouvido por Elsa. – Ela ficou com medo que se você me visse acharia que nos... bem você entende? – Explica o rapaz sem jeito. – Então me escondi debaixo da cama e depois do café eu desceria pelo jardim e apareceria com a caixa, peço desculpas em meu nome e do dela, devíamos ter te chamado logo que achamos a caixa, mas ela achou melhor não te incomodar.

— Por que não? – Pergunta Elsa.

O mestre do gelo a encarava agora de frente e responde:

— Porque você carrega um reino inteiro nas costas e ela não quis te preocupar atoa, apenas isso, nada mais!

A rainha estava se sentindo uma pessoa horrível, havia desconfiado de sua única irmã e de seu namorado, ele que provou ser fiel e leal as duas há dois anos atrás ao ajuda-las a salvar o reino. Ela tinha que evoluir muito ainda como rainha e como pessoa.

“Do que adianta eu querer governar e ajudar os outros se não consigo nem confiar na minha irmãzinha!”

­Seus olhos azuis se enchem de lágrimas e sem pensar duas vezes corre atrás da irmã, deixando sozinho o jovem com a caixa que a segura em suas mãos e reclama:

— Se eu não tivesse te achado, elas não estariam assim agora! – E num impulso joga a caixa janela a fora caindo nos jardins. – Caixa maldita! – E corre atrás da rainha.

Enquanto isso em um lugar distante onde as medidas não podem ser contadas, em uma cidade feita de concreto um jovem também despertava. Tinha cabelos acinzentados e estava sentado em sua cama sem camisa. Tinha 13 anos agora, estava mais velho e mais forte, porém ainda sentia um enorme peso sobre seus ombros.

— Aquele sonho de novo... – Murmura o menino esfregando o rosto, para logo em seguida pegar o despertador perto de sua cama olhando a hora. – 07h30min da manhã... nossa acabei passando meia hora do horário. – Diz ele se levantando. – Minokishi, porque não me acordou?!

Ao chamar esse nome um estranho e peculiar ser brota do teto do quarto. Estava dependurado de ponta-cabeça por uma corda, sua roupa era um saco de batas velho todo decorado com desenhos infantis, seus pezinhos balançavam animadamente assim como seu cabelo espetado e suas grandes orelhas. Seu par de enormes olhos castanhos fitavam seu mestre que logo abre um grande sorriso dizendo... ou melhor gritando:

— YOHOOOO!!! BOM DIA MESTRE ASH! Como dormiu essa noite? – Pergunta a estranha criatura.

— Bem... na medida do possível. – Responde o menino se despreguiçando. – Mais por que não me acordou as 07:00hs, como lhe pedi?

— Ora mestrinho, o senhor está de férias da escola, então achei que seria melhor deixa-lo descansar pouquinho mais. – Responde o pequenino.

— Sim estou de férias, mais preciso ajudar minha mãe nos cuidados do restaurante, lembra? – Diz o garoto se alongando.

— OH! Mil perdões mestrinho! Minokishi está envergonhado por desonra-lo! Irem cometer haraquiri agora mesmo! – Diz o pequenino ser berrando e girando.

— Dá pra você parar de frescura! Que haraquiri o que?! – Diz o rapaz fazendo seu pequeno ajudante parar de girar e lhe puxando uma de suas grandes orelhas. – Eu não estou brigando, só te dando um conselho, criatura!

O pequenino olha seu mestre, pisca várias vezes e pergunta fazendo biquinho:

— Verdade?

O desgraçado tinha sua fofura isso era inegável.

— SIM, É! Agora para de drama e me ajuda a arrumar esse quarto, tá uma zona!

— SIM SENHOR!!!

Rapidamente os dois arrumam o quarto deixando tudo em ordem, depois o menino vai para o banheiro e toma um banho.

Alguns minutos depois...

— Mestrinho, está tudo em ordem aqui no quarto, vou descer e ajudar a mamãe na cozinha!

— Vai lá, já tô indo! – Manda o rapaz.

— TÁ! FUI!!!! – Responde o pequenino descendo por um buraco que havia no canto do quarto.  Logo depois o jovem sai do banheiro, anda em direção a cama onde Minokishi tinha deixado suas roupas, uma calça e uma camisa branca, além de um colete preto. O rapaz se veste, coloca dois sapatos de cor marrom, terminado por fim de se vestir, em seguida olha para três porta-retratos na cabeceira de sua cama. No da esquerda estavam seu pai, sua mãe, Minokishi e ele ainda bem novo, no do meio uma foto com seus amigos e no ultimo da direita estava ele e uma menina de cabelos esverdeados claros. O jovem se aproxima do último porta-retratos e faz um carrinho na foto.

— Bom dia Esme... – Diz sorrindo e por último coloca sua mão embaixo do travesseiro puxando um cordão com uma grande pedra de cor azul claro que logo o coloca no pescoço por dentro da roupa, deixando assim a pedra perto do coração. O jovem bate os punhos um no outro e diz em voz alta:

— E ASSIM MAIS UM DIA DE LUTA SE INICIA!

E desce correndo as escadas para se juntar a sua mãe e seu amiguinho!

Realmente um novo dia estava começando para ele e para duas irmãs.

 


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Notas finais do capítulo

E assim as irmãs de Arendelle começam seu dia... não muito bem... e quem será o jovem Ash e sua ligação com esta historia? Continuem acompanhando esta jornada!

Desde já um feliz natal para todos!



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