Entre Conselhos e Bisbilhotagem escrita por ClaireBonnefoy
Notas iniciais do capítulo
Uma Kagehina com uma pitada de Iwaoi porque eu não resisti. Um agradecimento especial para a minha beta maravilhosa Camyarsie. ♥ Aproveitem!
— Eh? Tobio-chan, o que você tá fazendo aqui? - Tooru o encarou presunçoso, com o queixo empinado. Então sorriu, convencido. – Veio se deliciar com o prazer de minha companhia?
— Não – respondeu Tobio. – E-Eu queria perguntar uma coisa... – disse, ruborizando e desviando o olhar.
Tooru ficou surpreso. Nunca pensou que viveria para ver Tobio tão sem jeito.
— C-Como faz pra s-se confessar para alguém? – Perguntou, enfim, deixando Tooru ainda mais surpreso. Mas ele logo assumiu a pose de galanteador.
— Fico honrado, Tobio-chan, mas eu já tenho namorado.
— Não é você, idiota!
Tooru, então, sorriu malicioso.
— Então é o Chibi-chan! – Disse, presunçoso, deixando Tobio ficou ainda mais vermelho.
— E-Eu nunca disse que era... – murmurou, mas sabia que não conseguiria convencê-lo do contrário.
— Oikawa, com quem você... ah, oi Kageyama – Cumprimentou Iwaizumi, indo até eles. – O que faz aqui?
— Tobio-chan estava pedindo conselhos amorosos para o senpai aqui – respondeu, gabando-se.
Iwaizumi revirou os olhos.
— Bem, Tobio-chan, como eu estava dizendo... – Tooru disse.
— Na verdade você não dizia nada.
— ... você devia chamá-lo para sair – continuou, ignorando-o.
Tobio assentiu.
— Mas nada de levá-lo para jogar vôlei! – acrescentou, adivinhando a intenção dele.
— E-Eu não estava pensando nisso... – mentiu, corando.
— Leva ele para tomar sorvete na sorveteria que abriu agora – sugeriu Iwaizumi.
Tooru tinha que admitir que era uma ótima ideia. Por que Iwa-chan não usava essas ideias românticas com ele?!
Tobio assentiu novamente.
— E não esqueça de pagar! – Acrescentou Tooru. Não podia dixar Iwaizumi ganhar.
— E-Eu sei...
— Boa sorte, Kageyama – desejou Iwa-chan.
— Ele não precisa de sorte, Iwa-chan. Meus conselhos nunca falham!
Iwaizumi revirou os olhos novamente.
— O-Obrigado – murmurou Tobio, curvando-se minimamente.
Então ele ouviu o barulho de alguém tirando foto. Hajime sinceramente não entendia o porquê de Oikawa gostar tanto de tirar foto do Kageyama agradecendo, mas não disse nada.
— De nada! – Respondeu, com uma piscadela. – Vamos, Iwa-chan.
— Tchau, Kageyama.
°°°
Hajime amaldiçoava o momento em que havia concordado com aquilo. O maldito Oikawa conseguia ser bastante persuasivo quando queria. E o pior é que Hinata e Kageyama ainda nem tinham chegado! Já estava cogitando sair daquela sorveteria e ir para a sua casa. O idiota do seu namorado que se virasse sozinho!
— Iwa-chan, eles chegaram – sussurrou Oikawa, nem um pouco discreto. Não conseguia entender como eles não haviam visto eles ali. Dava para perceber quem eram com o boné e os óculos escuros!
Os dois se sentaram na mesa, escolheram e fizeram os pedidos e, enquanto esperavam, começaram a conversar sobre vôlei. Não que ele quisesse prestar atenção, mas a conversa era tão exageradamente alta que era impossível não ouvir.
— Aqueles dois idiotas não sabem falar de outra coisa? –Oikawa reclamou.
Pouco depois os pedidos chegaram, o que fez com que o volume da conversa diminuísse. Bem pouco.
Eles terminaram os sorvetes e pediram a conta.
— Deixa que eu pago – Kageyama disse, e um sorriso de orgulho surgiu no rosto do Oikawa. Hajime não pode deixar de sorrir também. – E-Eu que te convidei... – explicou, corando, fazendo Hinata sorrir e agradecer.
Os primeiranistas logo saíram da sorveteria e, um pouco depois, foram seguidos por ele e pelo seu namorado. Andaram até uma praça tranquila, com um laguinho, algumas árvores e bancos ao seu redor. Tinha uma vista muito bonita.
— O Tobio-chan tem mais jeito do que eu pensava – disse Oikawa, e ele concordou.
Porém os dois se dirigiram para uma quadra de vôlei ao lado da praça e começaram a jogar.
— Não acredito! – Exclamou Oikawa, indignado.
— De onde eles tiraram esta bola?! – Perguntou Hajime para ninguém em especial.
Sentaram-se escorados em uma árvore, perto do lago, Oikawa resmungando. No começo, observavam os mais novos com atenção, mas logo perderam o interesse. Hajime deitou-se no colo do namorado. A brisa balançava delicadamente as árvores, amenizando o calor do verão. Oikawa acariciava distraidamente os fios escuros de Hajime. O barulho foi diminuindo. Então Hajime deixou-se mergulhar no mundo dos sonhos.
°°°
A bola caiu no lago espirrando água, consequentemente molhando todos os que estavam ao redor, incluindo Hajime, que acordou assustado. E é claro que seu namorado de merda quase rolava de tanto rir de sua cara.
— Ai, ai, Iwa-chan, você tinha que ter visto a tua cara!
— Cala a boca, maldito!
Quando ele parou de rir, puderam ouvir Kageyama e Hinata gritando, uma acusando o outro de ter jogado a bola na água. Pouco depois os dois pararam de discutir e foram tentar recuperar a bola.
Quase não deu tempo de os terceiranistas saírem de lá. Depois de um tempo se debruçando e quase caindo no lago, Kageyama (que foi o escolhido para salvar o objeto, já que era mais alto) finalmente conseguiu recuperar a bola.
Como já estava ficando tarde (Hajime dormiu mais do que imaginava!), os mais novos decidiram ir para casa, o que arrancou um suspiro exasperado de Oikawa. Ele não ia se confessar?!
Mesmo assim continuaram seguindo os dois (principalmente porque a casa de Hajime era para aquele lado, e Oikawa se auto convidou para dormir lá. Não que Hajime fosse contra ou algo do tipo...). No caminho eles conversaram sobre vôlei (o que o deixou mais certo de que eles não sabiam falar de outra coisa).
De repente, Kageyama parou de andar e ficou em silêncio.
— Kageyama? – Chamou Shouyou, virando-se.
— H-Hinata, eu... – começou Kageyama, fazendo uma cara assustadora para Shouyou.
— Desculpa, Kageyama! Eu juro que não fiz de propósito!
— O quê? Não é isso! Droga! – Praguejou.
Devia se conformar que ia morrer sozinho. Nem se confessar conseguia sem assustar Hinata!
— Kageyama – chamou Hinata, receoso, percebendo a sua frustração. – E-Eu não fiquei realmente com medo – disse, tentando consolá-lo. – Não tem como eu ficar com medo da pessoa que eu gosto... – acrescentou, baixinho.
Porém Tobio ouviu e sentiu um calor gostoso em seu peito. Então era assim que as pessoas se sentiam quando eram correspondidas?
Quando Shouyou percebeu que tinha dito a última frase em voz alta, ele achou que tinha assinado sua sentença de morte.
— K-Kageyama, e-eu.... n-não é-é... – Tentou pensar em algum jeito de concertar. Ele não podia perder a amizade dele!
— E-Eu também gosto de v-você, idiota – Kageyama interrompeu, vermelho.
O rosto de Shouyou se iluminou. Então Kageyama não ia odiá-lo e parar de fazer levantamentos para ele? Ele- Ele também gostava dele?
Tobio não sabia o que fazer. Ele já tinha se confessado, de um jeito ou de outro, mas e depois? Se estapeou mentalmente por não ter perguntado isso para Oikawa. Mas ele não achou realmente que seria correspondido.
Porém Hinata acabou com seu martírio, jogando-se em cima dele em um abraço, que foi desajeitadamente retribuído.
Um pouco atrás, os dois terceiranistas observavam com um sorriso no rosto.
— Ele conseguiu, no final – comentou Hajime.
— Claro que conseguiu! Meus ensinamentos não falham – gabou-se Oikawa.
Hajime revirou os olhos.
— Podemos finalmente deixar os dois sozinhos e ir para casa? – Perguntou. – Não aguento mais segui-los.
— Eu sei que você gostou, Iwa-chan!
— Claro que não, idiota! Nunca mais me envolva nesses teus planos malucos!
— Malvado, Iwa-chan!
Apesar de tudo, não havia sido tão ruim. Foi divertido espionar os dois ao lado de Tooru. Gostava de passar um tempo com o namorado, não importa o que estivessem fazendo. Mas isso era algo que nunca admitiria em voz alta.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Muito obrigada por lerem! Espero que tenham gostado! Se você quiser deixar um comentário, ele é muito apreciado! Prometo que respondo todos em algum momento! Até uma próxima!