My Dear Babysitter - Concluída escrita por Julie Kress


Capítulo 4
Babá Valente


Notas iniciais do capítulo

Hey, galera!!!

Obrigada pelos favoritos e comentários. Amo quando participam, respondo todos com carinho!!!

Mais um capítulo aí, aproveitem!!!

Boa leitura!!!

P.S.: Gente, não sei porque a formatação do texto está saindo tão espaçada. Está atrapalhando a leitura de vocês??? Ou tá tudo bem? É tão chato ter que ficar editando tudo e encurtando os espaços... Rsrs



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P.O.V Da Sam

 

Esquentei o jantar o do Sr. Benson, ele disse que jantava na cozinha mesmo, na bancada. Raramente usava a sala de jantar, era só utilizada em ocasiões especiais com a família e amigos reunidos, segundo ele. Ele chegou na cozinha, vestia uma camiseta branca e calça cinza de moletom, usava chinelos, o cabelo estava úmido e sem o topete impecável, mesmo assim ele continuava charmoso.

 

Era um homem de boa aparência, muito atraente.

 

"O quê? Que raios de pensamentos são esses, Samantha? Ele é seu patrão, não ouse olhá-lo de outra forma. Foco, foco no trabalho. Você está aqui para trabalhar e não reparar no Sr. Benson, lembre-se que ele é o seu patrão e nada mais..."

 

Repreendi a mim mesma, eu não sabia se me retirava ou se tocava no assunto sobre seu filho do meio. O Noah precisava de ajuda, e após pensar um pouco mais, resolvi não importuná-lo com aquilo, ele era um homem bem ocupado, pelo simples fato de chegar um pouco tarde em casa. Já devia ter preocupações e problemas demais, coitado... Decidi que resolveria o problema do Noah, já que as crianças eram a minha responsabilidade e passariam a maior parte do tempo comigo.

 

Por quê não? Eu podia ir na escolinha, conversaria com a professora, com a diretora ou diretor, e tudo certo. Problema resolvido. E eu faria aquilo por conta própria.

 

— Vou para o meu quarto, com licença. - Eu já ia me retirar.

 

— Você cozinha muito bem. Está delicioso. - Elogiou minha comida.

 

— Obrigada. - Agradeci.

 

— Boa noite, Srta. Puckett. - Sorriu.

 

— Boa noite, Sr. Benson. - Retribuí o sorriso.

 

Me retirei e ele ficou jantando sozinho, devia ser bem ruim. Eu não gostava de fazer as refeições sozinha, pelo que notei, ele era um homem meio fechado, solitário, não era de falar muito e percebi também que ele era meio distante das crianças... Ou era apenas impressão minha?

 

Fechei a porta e passei a chave, era bom ser precavida. Eu mal o conhecia e se ele invadisse o quarto e... Só de imaginar já me dava um nó horrível no estômago, embora ele não parecesse ser do tipo aproveitador. Portanto, nunca se sabe, certo? Era melhor manter a porta sempre fechada, só por precaução mesmo...

 

Programei o despertador para tocar às 06:00h. Eu tinha que acordar cedo e ir me acostumando com a nova rotina, tomar banho, me aprontar, fazer o café-da-manhã, acordar e arrumar as crianças, levá-las para escolinha e tudo mais. Os dias seriam bem longos e agitados.

 

Me acomodei na cama confortável debaixo do edredom quentinho, meu primeiro dia não tinha sido muito exaustivo, no entanto, eu estava morta de sono...

 

No dia seguinte...

 

Às 06h:25min, eu já estava pronta e na ativa no meu segundo dia na casa dos Benson, Alyson e Noah não queriam colaborar de jeito nenhum comigo. Foi um sacrifício tirar eles da cama, tive que carregar o menininho e a mini-rebelde bateu a porta na minha cara.

 

Hannah estava um pouco enjoadinha, a manhosinha só queria estar no colo. Limpa, devidamente arrumada e de barriguinha cheia, a pequena estava no meu colo, grudada em mim. O Sr. Benson tinha saído cedinho, tomando apenas um café preto e umas torradas puras. Cruzes, o homem era apressado, nem se despediu dos filhos.

 

— Solta, é meu! - Ally puxou a caixa de cereal.

 

— Meu! - Noah agarrou da mão dela e puxou também.

 

— Coma o seu, esse é meu! - Tomou a caixa num puxão, fazendo a tigela com leite cair no irmão que logo abriu um berreiro.

 

— Alyson! - Exclamei, alarmada. - Olha o que você fez! - Peguei um pano e um fui limpar o pequeno.

 

— A culpa é toda dele! - Disse amuada.

 

— O que custa dividir? - Ajeitei a bebê no colo, ela não queria descer de jeito nenhum.

 

 - Ele é um invejoso, quer tudo que é meu! - Atirou a caixa no chão com raiva.

 

Foi cereal para tudo quanto é lado, se espalhando no piso que estava limpo.

 

— Vamos pôr outro uniforme, não chore. - Passei a mão no cabelo dele. - E você, mocinha, pode ir limpando o que sujou. - Mandei.

 

— Eu não. É você que tem que limpar, não eu! - Retrucou.

 

— Dona Valentina fez a limpeza ontem. Você sujou, você que deve limpar, entendido? E você vai me ajudar, vai retirar a louça e levar para a pia, não custa nada e mais tarde vou te ensinar a arrumar a sua cama. Você já vai fazer 8 anos, e não é nada bonito ser uma mocinha desleixada e preguiçosa. E nós duas daremos um jeito no seu quarto hoje, você é muito bagunceira, sabia? - Falei a encarando.

 

— Não vou fazer nada disso, o papai te contratou para...

 

— Cuidar de vocês. - Completei. - E é isso que estou fazendo, e você tem que colaborar comigo. Agora teremos regras, as minhas regras. Querendo ou não você tem que me obedecer. - Avisei.

 

Pulso firme... Eu tinha que ter pulso firme.

 

— BRUXA! BRUXA! BRUXA! - Gritou comigo e assustou Hannah que se pôs a chorar. 

 

Ela saiu pisando duro passando por cima do cereal derramado.

 

— Shh, shh, não foi nada, Han. Não chore, neném. Já passou, já passou... - Dei palmadinhas nas costas da pequena que esperneava em meu colo.

 

[...]

 

— Bom dia. Com licença, vou entrar. - Falei para o porteiro da escolinha.

 

O senhor de meia idade assentiu e liberou a passagem para mim. Entrei segurando a mão do Noah, Ally passou na frente ainda emburrada comigo, e Hannah estava no meu colo agarrada ao Sr. Orelhudo, o coelhinho amarelo. O pequeno me levou até a sala dele, logo avistei a tal professora imprudente, parada na soleira da porta recepcionando os alunos.

 

— Bom dia. - Abriu um sorriso ensaiado. - Em que posso ajudá-la? - Ela devia ter uns 25 anos, era morena, bonita e se vestia de uma forma inadequada para quem dava aulas para criancinhas.

 

— Bom dia. Sou a babá dos Benson, você deve ser a Srta. Milan, vim aqui tratar de um assunto relacionado ao Noah. - Expliquei quando o garotinho entrou à pedido da professora e foi para o lugar dele.

 

— Tem algum problema? O Noah é um menino quieto e nunca me deu trabalho. - Estranhou aquilo.

 

— Sei que ele é comportado, mas não é sobre algo que ele faz ou fez. Tem a ver com os coleguinhas dele, o Noah chegou ontem em casa com fome, e a Alyson contou que os coleguinhas dele tomam o lanche do Noah e você nunca faz nada enquanto à isso, e que isso sempre acontece. Conversei com ele e o próprio me afirmou. Então, realmente temos um problema aqui, não é Srta. Milan? - A coloquei contra parede. 

 

Ela se aprumou toda ajeitando a postura e me olhou de cara feia.

 

— Isso não é verdade. - Mentiu na cara dura. 

 

— Está dizendo para mim que é mentira das crianças? - Me indignei. - Escute aqui, agora sou a responsável por essas crianças e não admito que o Noah continue passando por isto. Preparei o lanche dele, e espero que ele coma na hora do recreio. Que tipo de educadora você, é? Como permite que isso aconteça? Ele só tem 4 anos e você, professora, tem que pôr limite nos outros alunos, por acaso acha bonito o que as outras crianças fazem com o Noah? Pois eu não! E se você não resolver isso, amanhã eu venho falar com a diretora! - Falei séria e a mulher enguliu em seco.

 

— Isso é uma ameaça? Quêm você pensa que é para falar assim comigo? - Me fitou toda esnobe.

 

— Já disse, sou a babá, Srta. Milan. Estou aqui pelas minhas crianças, e uma delas está sendo oprimida por coleguinhas que roubam lanche. E pelo amor de Deus, comece a usar roupas mais decentes quando vier para o seu trabalho, você dá aulas para criancinhas e vai por mim, esse vestido está decotado demais e um pouco curto! - Eu disse antes de lhe dar as costas. - Vamos para casa, Han. Por quê está rindo, anjinho? Gostou de me ver dando um duro naquela lambisgóia? - Cutuquei a barriga da bebê que soltou mais uma daquelas gargalhadinhas gostosas.

 

[...]

 

Arrumando as coisas da bebê, notei que seus sapatinhos e roupas não cambiam ou estavam apertados demais nela. Hannah já tinha 9 meses, e suas roupinhas eram para bebês menores, o que só confirmava que seu pai não tinha renovado o enxoval da pequena. Era mais um problema para ser resolvido, comprar roupas e calçados para a caçulinha.

 

— Vou conversar com seu pai, lindinha. E nós duas vamos às compras, tá? - Tirei sua calcinha e a fralda. - Hum... Tá sujinha, que tal um banho? - A peguei no colo, sua banheira já estava preparada.

 

Após o banho, a enrolei na toalha felpuda e a deixei deitada no trocador. Tinha separado um conjuntinho azul-bebê e meias da cor lilás... Terminei de vestí-la, seus cabelos eram macios e o cheirinho do shampoo infantil era bom demais, doce e suave.

 

— Agora fique aqui brincando, vou preparar o almoço. Daqui à pouco, temos que ir buscar seus irmãos. - Falei a deixando no cercadinho, seus brinquedos de borracha estavam espalhados ali.

 

Fui até a geladeira, tinha carne moída e carne para bife. Peguei a bandejinha de carne moída e coloquei dentro de uma vasilha com água para descongelar. Eu ia preparar bolinhos com macarrão e molho vermelho.

 

O telefone fixo da cozinha tocou, meu coração disparou e acabei derrubando a panela onde faria o macarrão. Ajuntei rapidamente e fui atender o telefone preso à parede, olhei para a Hannah, ela me fitava com os olhinhos castanhos brilhantes...

 

— Alô? - Atendi hesitante, estava com mau pressentimento.

 

— Aqui é da Hector Middle School, gostaria de falar com o responsável por Noah Alec R. Benson. - A voz era de uma mulher.

 

Aquilo me deixou ainda mais apreensiva.

 

— Sou a babá, o que aconteceu? - Indaguei preocupada.

 

— Sou a diretora Morgan, e estou aqui na enfermaria com o menino Benson, sinto lhe informar que o Noah se acidentou brincando no parquinho... - Oh, Deus! Não. Não. Não. - Já tentamos contatar o Sr. Benson e não conseguimos. - Disse num tom profissional.

 

Ouvi o choro dele e meu coração se apertou.

 

— Já estou indo para aí! Obrigada por me informar, diretora. - Desliguei rapidamente, não podia perder tempo.

 

Peguei Hannah e sua bolsa, com mamadeira pronta e fraldas extras.

 

Tirei o celular do bolso, tinha o contato do pai deles. Liguei para o Sr. Benson, chamava e sempre caia na caixa postal. Desisti de ligar, cheguei na garagem, prendi a pequena na cadeirinha e manobrei o Chevrolet Spin para fora, fechei o portão com o controle e rumei para a escolinha.

 

Noah estava machucado e precisava de mim.

 

[...]

 

P.O.V Do Freddie

 

A reunião finalmente havia acabado, tirei o celular do bolso, estava no modo 'reunião', me assustei com as 13 chamadas não atendidas. Eram 6 ligações da escola e 7 da babá. Logo retornei as ligações da escola, já sabendo que coisa boa não era, meu instinto de pai já me dizia aquilo... Falei com a diretora enquanto pegava o elevador, e fui informado que meu filho havia se machucado no parquinho e que a babá tinha acabado de chegar, e estava alterada.

 

Quando cheguei na Hector Middle School, Alyson estava ao lado do porteiro, já me aguardando. 

 

— O que aconteceu com o seu irmão? - Perguntei apreensivo. - Ele caiu do escorregador? Foi isso mesmo? - Indaguei.

 

— Ele disse que foi empurrado. - Foi andando na frente, me levando até a enfermaria.

 

Logo avistei a babá, e ela estava discutindo com uma moça. Logo vi que era a Srta. Milan, a professora do meu filho. A diretora estava ali tentando contê-las em vão, me apressei.

 

— Que bom que chegou, Sr. Benson. A sua babá está muito nervosa, o senhor precisa acalmá-la ou chamarei o segurança! - A diretora veio para perto de mim.

 

Olhei para Hannah que estava ao lado da loira, dentro do bebê-conforto entretida com o coelhinho de pelúcia. Suspirei e fui em direção à Srta. Puckett, ela nem sequer havia notado a minha presença, apesar de ser baixinha, a loira não tinha medo de enfrentar a professora, as duas discutiam e temi por aquilo, e se as coisas saíssem do controle? 

 

— Srta. Puckett, ei, Srta. Puckett! - A peguei pelo braço, era menor do que eu, é claro, não devia ter mais do que 1,60 de altura. 

 

A loira se virou para mim, o rosto avermelhado, a expressão de quem estava realmente brava, os olhos azuis-esverdeados se arregalaram e seus cachos revoltos lhe davam um ar de selvageria... O que era estranhamente encantador.

 

— Se acalme, por favor. - Pedi ainda segurando seu braço.

 

— Essa mulher é louca, veio hoje mais cedo reclamar comigo e ainda criticou a minha roupa. E agora está me culpando pelo que aconteceu com o seu filho! - Disse a Srta. Milan também alterada.

 

Minha babá bufava de raiva e tentou partir para cima da mulher, a segurei com mais firmeza, a detendo.

 

— Se contenha, Srta. Puckett, violência só piora as coisas! - Avisei, sério.

 

— Além de hipócrita, imprudente, ela ainda é indecente. Que tipo de educadora ela é? Olhem para a roupa dela, e se ela estivesse fazendo o trabalho direito, o Noah não teria sido empurrado, a Srta. Milan estava supervisionando os alunos e muito mal por sinal, e tem mais, todo esse tempo os outros alunos tomavam o lanche do Noah e ela não faz absolutamente nada para impedir! - Esbravejou.

 

— Vá agora a mesmo para a minha sala e me espere lá, Srta. Milan! - A diretora ordenou.

 

— Sim, senhora! - Assentiu a professora, notei o vestido impróprio para o ambiente escolar, os sapatos com saltos, além da maquiagem forte.

 

A Srta. Puckett tinha razão.

 

— Perdão, Sr. Benson. E também peço desculpas, Srta. Puckett. Isso não vai mais se repetir, eu lhes garanto! - Jurou a diretora Morgan.

 

— Tudo bem. Só quero ver meu filho, como ele está? - Olhei para a porta da enfermaria.

 

— Me acompanhem, por favor. - Pedi.

 

A babá tirou a Hannah do bebê-conforto e me seguiu, Ally ficou ali fora com aquele bendito vídeo game portátil, não dando a mínima para nada.

 

[...]

 

Fiquei impressionado com a valentia da Srta. Puckett, nunca imaginei que ela fosse tão esquentadinha, tomou partido em defesa do meu filho e enfrentou a professora falando poucas e boas, gostei de ver aquilo. Adentramos a enfermaria, Noah correu para a loira, se agarrou à perna dela, feliz por vê-la. Sorri para ele que nem deu bola para mim, suspirei e me mantive no mesmo lugar, observando-os.

 

— Onde se machucou? - Ela se abaixou mesmo com minha filha no colo e olhou para o meu menino.

 

— Aqui. - Apontou para os braços ralados. - E aqui, tia Sam. - Apontou para o curativo na testa. 

 

— Não se preocupem, foi apenas um corte de leve. - Nos tranquilizou a enfermeira que era uma senhora de meia idade.

 

— Dá um beijinho para sarar, tia. - Pediu o espertinho me fazendo sorrir.

 

— Claro, Nonôh. - Srta. Puckett o chamou pelo apelido e deu um beijinho sobre o curativo dele, meu filho sorriu e abraçou ela.

 

— E eu? Não ganho nenhum abraço, não filhão? - Fiquei um pouco enciumado.

 

Noah a soltou e me olhou, deu um sorrisinho e se aproximou acanhado, me abaixei para examiná-lo. Os ralados estavam bem avermelhados.

 

Ele me abraçou e com cuidado o envolvi em meus braços. Não era um pai tão presente, admito, chegava sempre tarde em casa e quase não tinha tempo para as crianças, mas eu amava os meus filhos, eles eram tudo para mim e eu tinha que trabalhar bastante para sustentá-los e também para poder manter a casa.

 

Quando nos soltamos, olhei para a babá que tinha um sorrisinho, suas bochechas estavam coradas, a minha bebê estava puxando uma de suas madeixas douradas, os cachos fartos e revoltos chamavam atenção...

 

— Vamos para a casa? - Os chamei, encontramos a diretora nos aguardando, segurava a mochila e a lancheira do Noah.

 

— Você lanchou? - A loira perguntou para ele.

 

— Sim, tia Sam. - Respondeu.

 

Eu nem sabia sobre os lanches furtados. Me reprimi por aquilo. Que tipo de pai eu havia me tornado? Que não sabia sobre nada que se passava com os próprios filhos... Como pude me desleixar tanto? Precisava me informar e conversar mais com as crianças.

 

Alyson levantou e passou por mim me ignorando. Ela se mantinha distante, fechada. Eu também era um estranho para Hannah, toda vez que eu a pegava no colo, a pobrezinha se danava a chorar e vê-la tão apegada à babá em tão pouco tempo, só comprovou o quanto eu era distante e não tinha apego com os meus filhos.

 

Peguei as coisas do Noah, Alyson ia na frente, e a Srta. Puckett carregava o bebê-conforto com Hannah dentro, meu filho ia andando ao lado dela.

 

Suspirei, a culpa era minha por eu ser tão ausente.

 

— Já está mais calma? - Perguntei para a moça que prendia a minha filha na cadeirinha. Já íamos para casa.

 

— Me desculpe por aquilo. Ai, que vergonha, senhor! - Cobriu o rosto corado.

 

Alyson e Noah já estavam sentados no carro. Ela verificou o cinto de segurança de ambos e trancou a porta.

 

— Tudo bem. Agradeço pelo que fez hoje. Você provou o quanto é capaz, além de ser uma mulher com atitude, e foi um ato de coragem e foi muito gentil da sua parte. - Fui sincero e ela sorriu.

 

— Só coloquei aquela professora no lugar dela. Onde já se viu ser tão negligente? Um dos coleguinhas empurrou o Noah e ela nem ajudou a socorré-lo. Merece ser demitida, isso sim! - Disse indignada e com razão.

 

— Verdade. - Concordei. - Dirija com cuidado, Srta. Puckett. - Recomendei.

 

Eu não ia voltar para a empresa e já tinha avisado. Pedi para o meu assistente desmarcar meus compromissos. Meus filhos eram mais importante, e Noah havia se machucado.

 

— Sam. O senhor pode me chamar de Sam. - Avisou.

 

— Okay. Só se me chamar de Freddie, combinado? - Nada de tanta formalidade, nos veríamos todos os dias já que ela iria morar comigo e com meus filhos.

 

— Combinado. - Assentiu um pouco hesitante.

 

[...]

 

O almoço ainda não estava pronto, embora o cheiro vindo das panelas era bom demais, de dar água na boca. Hannah tomava a sopa de legumes, se lambuzando toda. Sam era paciente e alimentava a pequena que se sujava e espirrava caldo em ambas. Ri com aquilo. Alyson estava no quarto e o Noah não queria tomar banho com medo de molhar os ralados que iriam arder com o contato da água.

 

Não era bobo e nem nada.

 

— Freddie? - Me chamou, sua voz era bonita, voz de menina-mulher, meia rouquinha com o toque suave.

 

— Oi? - Franzi o cenho.

 

— Me faz um favor, apaga o fogo do macarrão. - Como ela sabia que já estava no ponto? 

 

Ah, claro, ela sabia cozinhar, bem diferente de mim. 

 

— Pronto. - Falei apagando.

 

— Obrigada. - Agradeceu.

 

— Disponha. - Sorri.

 

 - Ah, já ia me esquecendo, hoje fui arrumar a Hannah e notei que ela precisa de roupas e calçados. Os que ela tem já não servem mais e os que dão para vestir nela ficam apertados. - Me informou.

 

Claro. A última vez que comprei roupas e calçados para a minha filha caçula, ela tinha 6 meses e com 9 meses, precisava usavar do tamanho dela.

 

— Mais tarde podemos sair e comprar tudo que ela precisa. - Eu disse para ela que assentiu. - Ally e Noah precisam de alguma coisa? - Precisava saber.

 

— Já dei uma olhada, o Noah precisa de calçados, ele tem muitas roupas e ainda servem nele. Tem umas que ele nunca usou e estão com as etiquetas. A Ally está crescendo e precisa de um espaço maior, o guarda-roupa dela está cheio, tem muita roupa que ela não usa, e reparei também que ela tem brinquedos demais... - Hesitou. - Ela poderia doar aqueles que ela nem brinca mais, tem um monte bonecas, jogos de loucinhas de plástico, ursinhos e só estão abandonados, pegando poeira... Você que é o pai poderia conversar com ela, podemos organizar o quarto dela, reformar as prateleiras para pôr os livros, colocar uma escrivaninha com um Laptop no lugar da caixa de brinquedos e doar as roupas e os calçados que não servem mais nela, eles só estão ocupando espaço. - Explicou.

 

Concordei com ela. A Sam era muito inteligente. Era uma ótima ideia.

 

Almoçamos todos juntos e a comida da Sam, macarrão com bolinhos de carne com molho estava tão bom, que repetimos.

 

[...]

 

Não foi nada fácil convencer a Ally, ela tinha o gênio temperamental. Mas quando falei que compraria um Laptop vermelho e outro vídeo game, com muito custo, ela mudou de ideia e se animou. Juntos e com a ajuda da Sam, enchemos 4 caixas de papelão empacotando os brinquedos após serem limpos pela loira. Noah também quis doar por vontade própria e enchemos mais 2 caixas.

 

Minha bebê engatinhava pelo tapete felpudo, agitada, não parava quieta. Rimos dela.

 

Ally e Sam separaram as roupas para doar. Uma sacola bem grande e lotada.

 

Decidimos ir no Chevrolet Spin, como era tamanho família, todo mundo ficaria confortável. Sam não era como as outras moças que demoravam horrores para se arrumar. Ela era simples e prática.

 

Sem dúvidas, sua beleza chamava a atenção. Os olhos claros, os cabelos cacheados num tom dourado e a pele alva. Era muito, muito bonita.

 

Havia colocado uma blusa coral, um jeans básico, jaqueta preta e sapatilhas combinando com a pequena bolsa azul. Eu também estava com uma roupa mais básica, camisa de abotoar por cima de uma camiseta branca, jeans casual e sapatênis.

 

Passamos primeiro no Centro de Doações para crianças carentes, deixando as roupas e os brinquedos, não só da Ally, como roupinhas que não davam mais na Hannah e alguns brinquedos do Noah.

 

Dirigi para o shopping. Era a primeira vez indo com as crianças e certamente com uma babá. E nas vezes que fui comprar as coisas para eles, eu ia sempre sozinho. Aquilo com certeza seria diferente.

 

— Chegamos! - Anunciei manobrando o carro para o enorme estacionamento do shopping.


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Notas finais do capítulo

Em breve saberemos o que aconteceu com a mãe das crianças. Não vou ficar enrolando tanto, prometo.

Gostaram do ponto de vista do Benson???

A Sam provou que é uma babá valente kkkkkkkkkk

A professora do Noah se ferrou haha

O que acharam do capítulo??? Curtiram???

Ansiosos para o próximo???

Continuem comentando, é importante. Significa muito a colaboração de vocês e eu amo interagir com todos. Bjs



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