My Dear Babysitter - Concluída escrita por Julie Kress


Capítulo 14
Caminho sem volta


Notas iniciais do capítulo

Hey, amores!!!

Como estão? Estou ótima.

Aqui está esse capítulo aguardado.

Espero que gostem.

Boa leitura a todos.



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P.O.V Do Freddie

Cheguei no hospital trazendo o que Sam havia pedido, junto com a bolsa da Hannah. A babá estava conversando com uma mãe, havia outros bebês ali no mesmo leito em que minha filha estava em observação. Me aproximei cumprimentando a mulher de semblante abatido que conversava com a Sam.

Minha princesinha estava dormindo.

— Vocês são pais de primeira viagem, Sam? - A mulher de cabelos curtos e olhos castanhos perguntou.

— Não, Milla, ele é meu patrão, sou a babá de Hanhah. - Sam disse sorrindo toda sem graça.

— Oh, me desculpe, pensei que Hannah fosse sua filha. - Milla ficou constrangida.

— Milla foi minha vizinha. - Sam apresentou a mulher. - Esse é o Freddie, pai de Hannah. - Me apresentou.

— Prazer em te conhecer, Milla. - A cumprimentei.

— Igualmente, Freddie. - Apertou minha mão, sorrindo.

Elas eram ex-vizinhas, por isso Sam estava mais relaxada, conversando à vontade.

— Onde posso me trocar? - Sam perguntou.

— No banheiro, fica bem ali. - Apontou para a porta cor de creme.

O leito pediátrico tinha paredes azuladas, com desenhos de nuvens e aviãozinhos. A loira foi se trocar, Milla e eu ficamos conversando.

Diferente dos quartos hospitalares com camas, havia encubadoras no leito e pequenos berços especiais para acomodar os bebês.

— O que o seu bebê tem? - Me aproximei dela que olhava para um garotinho enrolado numa manta verde.

Ele não parecia ter mais de um ano.

— Garganta inflamada e febre, ele estava todo roxo e inchado quando meu marido e eu o trouxemos. Ainda não sabemos o diagnóstico. Ele vai passar por uma bateria de exames amanhã. - Disse triste, era nítida toda a sua aflição.

— Espero que ele fique bem. Como se chama? - Observei o bebê dormindo de bruços.

— Caleb. - Ajeitou a touca dele.

— Bonito nome. Seu filho é lindo. Vou torcer para a melhora dele. - Toquei seu ombro, lhe dando um pouco de conforto.

— Obrigada. - Ela fungou, chorosa.

Ouvi um choramingo familiar. Era Hannah acordando. Me apressei indo ver minha filha.

— Oi, amor. Papai tá aqui. Não precisa chorar. - A peguei do pequeno berço branco.

Sam retornou nesse exato momento, de roupa troca, trazendo o aroma de seu sabonete para o ambiente.

Isso explicava sua pequena demora, a loira estava no banho.

— O que aconteceu? Ela piorou? - Largou a bolsa sobre uma cadeira acolchoada e correu para ver a minha bebê.

— Não se preocupe, ela apenas acordou. - A tranquilizei pondo a pequena em seu colo.

Hannah piscou os olhinhos e se acomodou nos braços da babá, já reconhecia seu rosto, a voz e o cheiro.

Como um bebê que conhece o colo da mãe. Vi minha filha se acalmar, ainda sonolenta e molinha por conta da febre.

Mais um dentinho estava nascendo. Por isso nos últimos dias ela estava tão manhosinha.

— Vou dar uma olhada na fralda dela. - Sam pegou a bolsa infantil e rumou indo para o trocador.

— Sua única filha? - Milla tirou o Caleb do berço e se ajeitou numa poltrona marrom, para poder amamentá-lo.

— Não. Tenho mais um casal. - Respondi.

— Filhos são uma benção, não é mesmo? Tenho uma filha de 12 anos. Ficou em casa com o pai. - Disse colocando o bebê para mamar.

— Verdade. Filhos são presentes de Deus. - Confirmei.

— Pai solteiro? - Deve ter notado a ausência da minha aliança.

Apenas assenti e agradeci mentalmente por ela não ter perguntado mais nada sobre o assunto.

As pessoas sempre me questionavam sobre a mãe dos meus filhos.

— Você me deu um susto enorme, sabia? Não me mata do coração, anjinho. - Ouvi a voz da Sam.

Ela estava conversando com Hannah enquanto a trocava.

Milla sorriu observando a cena.

— Sam é uma boa moça. Eu a vi crescer. Não que eu seja tão velha assim, mas ela têm idade para ser minha irmã caçula. Cuide bem dela, a Sam merece ter pessoas boas ao lado dela. - Milla disse para mim, Sam estava tão entretida que nem ouviu.

— Não se preocupe, ela já faz parte da família. Enquanto estiver comigo e com meus filhos, nada de mau vai acontecer com ela. - Garanti.

[...]

P.O.V Da Sam

— Não tem em gotinhas? - Perguntei para a enfermeira que preparava a medicação da Hannah.

— Não, senhora. É só uma agulhadinha. - Limpou o bracinho da bebê para receber a injeção.

Segurei a pequena que estava começando a se agitar. A enfermeira chamada Anny, apertou a liga de borracha, aquilo ficaria marca.

Virei o rosto agoniada, Freddie permanecia quieto.

O choro estridente de Hannah inundou o ambiente.

Agulhadinha uma ova... Como conseguiam ser tão insensíveis?

A bebê se remexia em meu colo aos prantos. Olhei para a tal de Anny com raiva.

Ela descartou o material usado no cesto embaixo do carrinho, tirou as luvas e sorriu para nós.

— Não se preocupem, pais, ela vai melhorar. Passo daqui à 1 hora para vê-la. Vou precisar medir a temperatura. - Ajeitou as coisas no carrinho de medicamentos.

— Obrigado. - Freddie agradeceu.

Se ela viesse com mais uma injeção para aplicar na Hannah, eu ia dar na cara dela... Nunca é apenas uma simples agulhadinha, sempre dói. Ainda mais em bebês frágis e indefesos.

A pequena soluçou agarrada em minha blusa e eu peguei a fralda para limpar seu rostinho de boneca.

— O jantar será servido na cantina. Hoje é noite de sopa de legumes, se preferirem comer na lanchonete lá embaixo, eu sugiro o empadão de frango. Boa noite. - Ela sorriu para nós e se retirou sem pressa.

— Não gosto dela. Nenhum pouco. - Milla colocou o filho de 10 meses para dormir.

— Por quê? - Freddie a olhou confuso.

Eu não era a única que não tinha ido com a cara da tal Anny.

— Meu radar apitou, a Sam sabe do que estou falando. - Me fitou.

— Sei mesmo. - A olhei cúmplice concordando com ela.

O moreno continuou confuso, como ele é homem. E homens nunca percebem o que nós mulheres logo de cara percebemos. Continuaria sem saber.

[...]

— Ela tinha razão, esse empadão é muito bom. - Cortou mais um pedaço.

Estávamos jantando na lanchonete, Milla e Cinthia, outra mãe com o bebê internado, ficaram no leito dando uma olhada em Hannah para nós.

— Obrigado por ficar, sabe que não é sua obrigação, certo? - Seus olhos castanhos fitaram os meus.

— Hannah precisa de mim, eu não podia ir. Não precisa me agradecer, Freddie. Não é nenhum favor, estou aonde preciso estar. E faço isso de coração. - Afirmei.

— Você nem imagina o quanto isto é bom e amável de sua parte. Você é generosa e dedicada, sou muito grato por tê-la por perto, Sam. - Repousou a mão esquerda sobre a minha.

Aquele gesto me pegou de surpresa.

Olhei para sua mão sobre a minha. Grande e máscula, quase cobrindo-a com o toque acolhedor.

Nossos olhares se encontraram, e ele sorriu sem notar o quanto aquilo mexia comigo.

Minhas bochechas ardiam e meu coração só faltava saltar por minha boca...

Sentimentos por meu patrão se agitavam dentro de mim. E naquele momento, eu sabia que estava perdida num caminho sem volta.

Seus dedos se entrelaçaram nos meus, me deixando ainda mais boba e atordoada.

E ficamos ali como se não houvesse mais nada ao nosso redor. Somente nós dois. Olho no olho, mãos unidas.

Será que Freddie também estava sentindo o mesmo?

Após jantarmos, voltamos para o leito.

Hannah estava dormindo tão serena num sono profundo.

— Aproveitaram bem o jantar? - Milla nos lançou um olhar cheio de curiosidade.

— Sim, obrigado por ficar de olho nela. - Freddie foi para perto do berço.

Cinthia se encontrava adormecida na poltrona. A filha estava esperando por uma cirurgia. Tinha problema no coração. Pelo que nos contou, a bebê iria ser operada em breve.

— Vou sair um pouco, preciso comer algo e ligar para o meu marido. - Minha ex-vizinha levantou.

— Pode ir tranquila. Olharemos o Caleb para você. - Falei.

Ela sorriu para nós agradecendo e se retirou.

Freddie estava calado, parecia pensativo.

[...]

P.O.V Do Freddie

Como Sam tinha passado o dia com as crianças, ela estava cansada, além da tarde no hospital, a noite havia chegado e a loira foi vencida pelo sono. Acabou dormindo no sofá de dois lugares ao meu lado, debaixo da coberta lilás, toda encolhida e com a cabeça descansando em meu ombro.

Cinthia e Milla também estavam dormindo, ambas dividindo o outro sofá.

Já se passava das 21h. A luz se encontrava apagada.

Por mais cansado que eu estivesse, o sono não vinha. Sam ressonava aconchegada em mim, uma de suas mãos sobre meu braço.

Eu podia ouvir perfeitamente o som tranquilo de sua respiração. O calor do seu corpo colado ao meu.

Podia perfeitamente beijar seus cabelos cacheados se eu quisesse. Sua cabeça estava próxima do meu queixo.

Mas eu não podia, e nem devia.

Sam não era minha para eu poder tocá-la livremente.

Meu coração batia acelerado em meu peito. Pensamentos à mil. Meus sentimentos estavam misturados num turbilhão.

O que era aquilo?

"Deus, o que estou sentindo?"

Minha filha dormia feito um anjinho.

Sam também, como o anjo que sua beleza representava.

No momento, eu não me sentia nada angelical.

Dentro de mim ardia um sentimento que era fora do comum... Nunca senti nada igual por outra mulher.

É, eu realmente estava perdido num caminho sem volta.


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Notas finais do capítulo

E aí???

Gostaram dos momentinhos Seddie???

Vamos com calma. Estou morrendo de amores por essa Fic. #AutoraBabona

Alguém mais não simpatizou com a enfermeira Anny???

Ambos estão num turbilhão de sentimentos hahaha

Até o próximo. Bjs



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