;à marte escrita por imensiflor


Capítulo 1
à marte irei


Notas iniciais do capítulo

olá olá olá! como é que tu está? espero de coração que esteja belezinha, mesmo ♥

tô uma loucura e resolvi vir com este textinho perdido entre minhas notas, escrito em julho deste ano, e que se passa em agosto, carregado de referências e sentimentos a um certo lindo homem de daegu :')

aaaa espero, mais uma vez, que tenha uma boa leitura (apesar da baguncinha de coisas que nele contêm) ♥



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segurar em tuas mãos trazia-me a sensação de estar em casa. era naquele teu brincar com os meus dedos. era no sentir do teu selar em cada um deles - tu dizia que era por todos os carinhos.

naquela noite de agosto, lembrei-me de ouvir o teu riso baixinho e de tua aproximação repentina, o que acabou arrancando-me um sorriso e fazendo-me perder mais uma batida. "confia em mim?", tinha as bochechas vítimas do vento, o que fizera com que eu concordasse, ainda que desnorteada e com o meu interior inteiro florindo por causa do cheiro que tu exalava. levei minhas mãos, aquecidas pelo teu recente segurar, até o teu rosto branquinho e gelado.

queria lhe ter dito que, com todo o meu ser perdido em algum bloquinho de carnaval fora de época, confiava em ti.

vi os teus olhos se fecharem e se tornarem ondinhas enquanto eu permanecia a te tocar. era tamanha graciosidade. era delicadeza. era pureza. era amor. era tu.

lhe deixo um beijo debaixo dos olhos e, naquele instante, observei a querida lua nos iluminar, mas, principalmente, iluminar-te, tendo a certeza que tu era feito de pó de estrela.

o universo estava em cada parte e cantinho de ti. no teu fechar e esticar de lábios. nas orbes de teus olhos. era como se tu fosse saturno e eu podia sentir-me nos anéis, amando-te dali e pertencendo, uma vez e pela eternidade, somente a ti.

tu era planetário, amor.

tua gargalhada abraçou meus ouvidos e, então, voltei a ter teu olhar sobre mim. perco o ar com a tua imensidão. tuas mãos pousaram nas minhas e tu soprou meu rosto como de costume.

"confia?", em um piscar, te vi inseguro e jurei sentir as pontinhas de seus dedos entrarem em choque com a minha pele. estávamos no meio fio, em pleno inverno que amávamos de daegu, enlaçados e nem por um segundo pensei que o nó de nós poderia ser desfeito.

 

e enquanto lhe tinha olhando para o cenário ao nosso redor, menos para mim, sorri.

o peito chacoalhou sem dó.

"juro à marte", eu disse em um fio de esperança que tu juntasse os pedacinhos e soubesse que não o queria incerto sobre o meu amor por ti.

porque tínhamos muitas incertezas; como se o amanhã existiria, quantas estrelas habitariam o céu, se o teria mais uma vez adormecido ao meu lado no sofá, holly no meu colo, e tu com a mão enterrada na minha cabeleira e a outra entrelaçada à minha.

mas uma coisa era certa:

"juro amar-te, y. por toda a eternidade. por isso, por favor, não duvide. o teu amor é infinito e já me embaracei todinha nele, querido. não tem volta, não. não tem como desembaraçar. tu se fez em mim", e mesmo com a visão embaçada, consegui admirar o dançar calminho de teus lábios.

e, no instante seguinte em que segurou cada lado de meu rosto, senti-me segura.
senti-me em casa.

tu beijou minha testa e minh’alma saiu para um dançar com a tua. encarei tua íris, me encontrando, mais uma vez, nos anéis, antes que minhas pálpebras se fechassem por completo para que eu conseguisse me embolar ainda mais naquele amor que tu era feito. 

 

de repente, virei plutão.

e, então, virei pó.
tu selou meus lábios.
a lua nos assistiu.
e acabei fazendo mais juras à marte.

amar-te.


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Notas finais do capítulo

aaaaa
muito muito obrigada se chegou até aqui, isto realmente faz meu coração feliz demais da conta ♥

lhe desejo uma linda (o) noite, tarde, dia, vidinha ♥