The Gângster escrita por AnonimaAa


Capítulo 8
Tudo a perder


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é com a Karla narrando sua parte e etc.Espero que gostem dessa nova personagem ;), aproveitem!



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              Karla Narrando:

   Me sinto sozinha, na verdade, sempre me sentir sozinha, mas agora, nesse apartamento, me sinto ainda mais.
  Depois da morte de meus pais, tudo que me resta é a falência e a solidão.Minto, Cloe está comigo, ela me acolheu quando ninguém da minha família me quis, Cloe não havia pensado duas vezes.
   Cloe é tão maravilhosa, entretanto acho que ela esconde coisas, não coisas do tipo "assombrosas", coisas do tipo do seu passado, soube que ela é adotada.Bom, todos já devem saber, ela não parece nem um pouco com a família Simons, por mais que tenha o andar e postura firme e com um cheiro de riqueza.Mas ela diz que quer ter seu próprio dinheiro, nada mais vindo de seus pais.

Meus pais...

   Não posso dizer que eles eram maravilhoso, tivemos momentos mais ruins do que bons.Meu pai havia me vendido, me vendido para um traficante, um Gangster para sermos mais exato.Eu quis fugir, fugir, mas eles foram atrás de mim...E bem, e foi assim que paramos no meio beco estreito e quase morremos, porém, minha mãe tomou os tiro por mim.
   Esfrego meus olhos.O atirador...Ainda me lembro de seu rosto.Me vingarei da minha mãe, podem apostar! Me levanto, já estava com roupa, as vezes a noite eu saio na chance de alguém me assaltar, eu reagir e ele atirar em mim em troca.Abro a porta, tenho que refrescar a cabeça.

xxxx— Já na rua...

   Eu continuo a caminhar e olhar para as poucas pessoas que andavam nas ruas, eu dava só uma volta no quarteirão.Não queria ir longe, não conheço muito esse bairro.Passo novamente pelo bar da outra parte da rua, uns bêbados saem e me olham.

Fudeu

    Eles assobiam e eu começo a andar rápido.Droga, droga, droga, eu sabia que ia dar ruim.Merda, porque eu tinha que ficar longe do apartamento? Corro, mas ele vem atrás de mim.Olho para trás e eles realmente estão me seguindo.Olho para frente e acabo caindo com um lata de lixo, porra, não dou uma dentro! Tiro todo o lixo sobre mim.

—Porque tanta pressa, gatinha? - Diz um deles.

   Começo a recuar.Ah claro, que merda de clichê, ficar na parte que não tinha realmente pessoas passando, e também na parte escura.

—Meu namorado está chegando. — Invento algo. - Ele sabe lutar!

    Eles três riram entre si.Me levanto rápido.

—Não tão rápido. — Um deles me segura pelo braço.

   Tento dar um soco em sua cara, mas é fraco.Se fudeu Karla, só digo isso.Que Deus traga um anjo, por favor!

—Vamos se divertir? — Ouço o som de um carro parando.

Depois passos...

—Ficou muda, garotinha? — O outro diz.

Dedos se estrelando....

—Ela não vai esquecer dessa noite. — Seus hálito eram de bebida PURA.

....E por fim, uma risada irônica.

—Ela tem namorado. — Essa voz me estremece.

    Nós quatro olhamos para trás.Era um anjo? Um homem alto, misterioso aparece.

—Vai cuidar da sua vida, cara. — Um dos caras diz.

    Tento me soltar e consigo.Quando me solto finalmente, aquele homem misterioso começa a bater nos três.Era três contra um, não que aqueles homens tentassem fazer algo, na verdade, eles estavam apanhando demais.Dois conseguem fugir, o último o homem o pega pelos cabelos e faz o encarar bem.

—Ela é minha namorada.E se eu ver vocês por aí de novo, miolos vão voar. - Ele aponta para sua cintura.

    Em sua cintura estava uma arma.Eu congelo, devo confiar nele? Começo a andar para trás.Ele solta aquele homem e o vemos correr choramingando.

—As ameaças se foram. — Sua voz era tão firme e forte, mas com sutileza.

    Ando mais e mais para trás.Sua cabeça se vira e ele me olha.Sorrir e anda rapidamente até mim.Antes mesmo que eu note, ele me prensa pelo vidro da pet shot de uma loja fechada, por ali.Ele fica muito perto de mim, sinto até sua respiração, nossos corpos estão bem pertos.

—Não precisa temer... - Ele sussurra.

   Observo mais suas feições.Loiro, alto, peito extenso, olhos marrons bemmmmm claros.Usava um chapéu reto preto, uma blusa de mangas azul escuro, uma calça preta e tênis.Estilo, isso o define.

—Você não vai fugir mais de mim. — Ele diz. - Você é minha propriedade.Perdemos uma boa grana por causa do seu paizinho. — Ele segura meu queixo. - Ele te vendeu pra mim.

—Eu nunca serei sua. — Digo firme - Pessoas não são objetos, para serem vendidas.Eu mesma poderei pagar a dívida.

—Ha garotinha, você terá que trabalhar a sua vida toda para pagar.E seria mais fácil você pagar com outra coisa. — Ele me olha por inteira.

Sexo...A única coisa que homens pensam, inclusive do tipo dele, bonitão, deve ter todas em seus pés.

   Viro meu rosto.Eu nunca venderei meu corpo, nunca perderei minha vingindade com esse traste.Okay, ele pode ter me salvado e blá blá blá, mas isso não vem ao caso.

—E então...Karla— Ele sabe meu nome?! - Isso vai ser por bem ou por mal?

   Eu preciso fugir.Poderia achar algo para atacar em sua cabeça e depois eu poderia sair correndo! Genial.Entretanto, para acabar com minha alegria, não há nada em volta, que eu poderia usar como arma.

—Sei o que está pensando.Não ha nada em volta para você usar de arma, não sou burro Karlita. — Minha esperança morre, desgraçado! - Vai ser por mal? Então okay.

    Eu o olho apreensiva.Ele aproxima seu rosto e me....beija...Um beijo bom, sútil, calmo e sem pressa.Eu coloco minhas mãos em sua nuca, e ele em minha cintura, deixando nos mais perto um do outro.Isso estava bom.

Ele é do tráfico Karla...

    Nesse momento não me importo, o importante agora era que...Eu nunca sentir um beijo assim.Nunca beijei alguém que me fizesse dar pulinhos na mente.Felicidade, é o nome que eu sinto agora.
   Nos afastamos, ofegantes.Ele me pega pelo braço e sorrir travesso.

—Você vem comigo. — Ele diz.Engoli um seco, fudeu.

   Eu me deixei levar por um maldito beijo! Droga! Me remexo e é inevitável.Ele me puxa até ao carro e me coloca dentro, depois entra.Cruzo meus braços e me afasto dele um pouco.O que você fariam se tivesse um Gangster gostosão no mesmo carro com você? Bom, não sou capaz de opnir.
    O caminho foi todo em silêncio.Até chegarmos em um prédio luxuoso.Saímos do carro e eu fico com medo do que vem por vim.

—Não vou fazer nada contigo, se é isso que você está pensando. — Eu deixo tanto na cara com o que eu penso? - Só quero te proteger.

   Meu coração de garotinha palpita.Quando você tem 17 anos, qualquer um 'eu te amo' se torna mentira, depois de tantas ilusões.Formos pro elevador e eu fico eufórica de repente.Parece que ele transpira hormônios sexy! O que está acontecendo aqui mesmo?! Ele apertou o último botom e passa um cartão num negócio que parece a máquina de passar cartão.

Explicação do ano, toma o prêmio!

   Depois de alguns segundos, a porta do elevador é aberta.Já dando de cara com o último andar luxuoso.Uau e uau.Saio do elevador e olhos pros lados.Que apartamento em!

—Fica na sala, já já te mostro a surpresa. — Ele diz.

   Mal faço ideia de seu nome.Eu deveria perguntar? Claro que devia! Devia mesmo...? Vou para a sala e me sento na poltrona, meio indecisa e desconfortável.Ele chega perto do corredor.

—Espera aí! - Digo - Qual é seu nome....?

    Ele sorrir para mim e diz:

—É Andrew, garotinha. — Ele vai pro corredor.

   Fazia minutos que eu estava sozinha, nem ao mesmo ele voltou.O som do elevador é ecoado pelo apartamento, um som leve.As portas é aberta e aparece homens....Ele riram entre si e entram.Depois me olham surpresos.

—O Andrew chamou uma prostituta? — Eu olho pro de cabelo azul incrédula.

—Mais respeito com a moça, seus puto. — Diz o ruivo. - O pronunciamento certo é garota de programa.

   O olho incrédula.Quem esses cara pensam que são?! Minha paciência tá aqui oh! Passou da minha altura!

—Me respeitem! — Digo pistola.

—Ta bravinha é? Tá putinha? — Diz o moreno.

    Cerro meus punhos.Me segura Brasil, para não lascar um tapa na cara desses viados! Andrew aparece e nos olha.

—Já estão mechendo o saco dela? — Ele cruza os braços, só aumentando mais seu charme. - Não bastou só a Clô, não?

   Ele sorrir de olhos fechados.É um tesudo mesmo, ainda tem a ousadia de ficar sem camisa.

—Em falar nela, ela já está subindo com o Ian.Ela tá bem na Bad, vamos animar ela geral, entenderam? — Diz o ruivo.

     Quem é essa tal de Clô? E quem diabos é Ian? Ian....esse nome não me é estranho, nem um pouco estranho.Eles vêem até a sala e sentam no sofá.Volto a me sentar em minha poltrona.O som do elevador é ouvido novamente.As portas se abrem, meu queixo quase caiu.

—Cloe! — Eu a chamo rapidamente.

   Ao seu lado está....Deus...ele não.Me levanto e esfrego meus olhos.Ele está bem próximo a ela, seu braço está em volta do pescoço dela, como um possessivo.

—Karla? O que faz aqui? — Ela me questiona surpresa.

   Um medo me invade.Os olhos de Ian vem até a mim, ele me olha com desprezo.Ou um certo desprezo, corrigindo.Recuo e paro na parede.

—Você...você não. — Digo meio baixo - Tudo menos você.

—O que foi garotinha? — Andrew veio até mim. - É a Cloe, olhe!

   Eu me agarro em seu braço.Ian, O Desgraçado!

—Eu sei Andrew, mas é dele que eu estou falando. — Engoli um seco. - Foi ele que matou meus pais naquele beco, foi ele que quase me matou ali mesmo! por causa de dinheiro! — Eu estou com medo, mas também com ódio.

   Eu não posso mais ficar aqui, no mesmo ambiente que meu assassino.Passo por todos correndo e vou pro elevador.Cloe se vira e ela parecia tão triste, na verdade, ela transborda tristeza, só não mostra.Clico no terrio e Andrew se aproxima correndo até o elevador.

—Espera, Karla! — Ele diz.

   As portas se fecham.O elevador vai descendo aos poucos.Vou para trás e choco com o espelho do elevador, frio.Me abaixo e me encolho.Começo a chorar, a tristeza me invade.Perdi tudo por causa dele.Ele! Ian! Eu vingarei minha mãe! Pode apostar que na próxima vez que eu o ver, eu vou meter uma bala em sua cabeça.Não que isso custe minha vida.
   Me levanto e me olho no espelho.Nem parece que sou eu, me sinto diferente.Cerro os punhos e soco a parede, odeio ver meu reflexo, essa pessoa horrível, e feia que sou.Meu punho sangra, mas não me importo.As portas se abrem e me viro.Saio do elevador.Eu preciso achar qualquer arma e arrumar um plano.

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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado desse capítulo.O que acharam?



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