The Gângster escrita por AnonimaAa


Capítulo 3
Verdadeira face


Notas iniciais do capítulo

Olá seres, mais um capítulo aqui para vocês, bjs da anônima ;)



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****Três meses depois....

 

                 Cloe Narrando:

    Mas que caralho! Meu dia já começou bem(sarcasmo).Porque esses velhos, simplesmente, não desaparecem?! Um mais pior que o outro.Vou para trás do balcão, bem impaciente.Ali (ou Aline), minha fiel amiga de trabalho, fecha a conta de alguém, e depois me olha.

—Eu vi que ele fez quase com você. -  Ouço ela dizer.

   A olho rapidamente.Ela sabe o porquê da minha impaciente.Eu passava tranquilamente entre as mesas, até sentir uma mão perto de mim.Me virei e vir que um velhote iria tocar minha bunda, não muito descretamente.Acho isso completamente nojento.

—Não foi nada de mais...— Tento não criar muito caso sobre isso.

    Meu emprego, minha vida, já dizia a frase.Como eu já havia dito: Trabalho em uma cafeteria, quase no centro, bem espontânea.Todas as paredes de dentro eram revestidas a tijolos amarelos, enquanto o chão era branco, o local é até grande.Duas jenelas perto da porta de entrada.Bonitinho e tudo mais. Trabalho a mais de 3 anos aqui.
   De repente.Vai chegando Kerol, a mais nova entre nós.Quando eu a olho, lembro me da minha juventude. Mentira, eu odiava ser adolescente.Eu nunca me encaixava e nunca, nunca, fui igual as outras.Resumo: não fui bonita como o resto.

—Se eu fosse você, já teria armado um barraco com o velhote. - Diz Kerol.Eu a olho surpresa.

    Me diz alguém que não viu aquela cena? Vou tentar esquecer tudo isso.

—Desculpe senhora, mas falta três reais ainda. - Ouço Ali dizer.

  Viro meu rosto e a vejo.Ela olhava incomodada para a senhora em sua frente.A senhora arruma seu óculos e diz:

—Oh! Deus...Eu não tenho mais dinheiro. - A senhora abre sua bolsa e balança pro chão, mostrando que ela não tinha nenhum custam furado.

   Ali suspira pesado, isso raramente acontece aqui.Me aproximo.Coloco a mão no ombro da senhora e ela me olha.

—Desconte de meu salário, Ali. - Não poderia ficar parada ali e assistir.

—O quê? Não moça, não pode fazer isso.Deixa que eu pago minha dívida. - A senhora insiste.

—Tudo bem senhora.Fechou o assunto, em? - Pisco pra ela.

    Ele agradece e depois vai embora do estabelecimento.Vejo atrás de Ali, sucos e comidas no balcão.O Sr. Lee, nos olhou feio.Ele é o cozinheiro/dono da cafeteria.Me levanto pegando a minha bandeja.E lá vamos nós!

 

****A algumas horas depois....

    
  Já havia acabado meu turno.Era por volta das 11 horas da noite e eu estava exausta.Hoje foi cansativo.Arrumo minha bolsa em meu ombro. Automaticamente vejo a pulseira.Foi no natal... Sim, ele me deu uma pulseira, de prata com uns pequenos pingentes, simples, mas amei.Depois daquele beijo, eu não soube mais nada dele e nem conversamos direito depois.
     Entro no beco que eu sempre passo.Na metade, pude ouvir falatórios meio altos.Olho para minha frente.Três homens, um no chão e dois em pé.Fodeu.Antes que eu pudesse dar meia volta e correr dali. Um deles dava uma arma e aponta pro do chão.

—O chefe não vai gostar nada disso quando saber, seu traíra. - Diz o homem um.

—Por favor...Eu tenho família. - Diz o homem no chão, suplicando.

      Antes de mais alguma cena. Ele atira no homem.Tapo meus ouvidos bem nessa hora e dou um gritinho de susto.Parabens Cloe.Os dois homens me olham.Eles andam e depois começaram a correr em minha direção.Dou um giro e saio correndo.Quando saiu do beco, um carro derrapa e aparece ao meu lado. Começo a correr mais e mais. Ouço sons de mais carros.
    Depois de segundos correndo.Acabo entrando numa rua sem saída.Droga, mil vezes droga! Meu peito subia e descia.Os carros se aproximam e os faroes vão em mim.Muito carros me cercam.Alguns homens saem e ficam em frente de seus carros. Um sai e me chama a atenção.Alto e acho que loiro, não dava para ver bem.

—Por favor, deixa eu ir.Prometo não contar nada a ninguém! 
— Digo ofegante com medo.

—Isso não será possível gatinha. - Diz o loiro.

     Ele se aproxima e uau.Loiro, bem alto, lindo, porém, cheira perigo.Ele se encosta em seu carro, cruzando os braços.Mais três homens ficam ao seu lado.Um meio moreno, o outro com o cabelo tingido de azul bem escuro e um outro ruivo, todos lindos.Ouço outros falatórios, dos outros homens ou até assovios.

—Chefia, tem alguém que viu algo que não era pra ver. - Diz o ruivo, com um sorriso sacana nos lábios.

   No centro daquilo tudo. Havia uma Lamborghini azul escuro, brilhante e polida.Acho que o chefe deles está aí dentro.Mordo meu lábio inferior, é o meu fim. Meu coração palpita só um pouco.Eu soava frio, não sabia o que estava havendo.
    Meu coração para quando a porta daquele carro é aberta.Todos calam, ele é tão "bam bam bam" assim? E o que esta havendo?! Vejo sua sombra, bem alto, cabelos curtos e o peito extenso.Ouço seus sapatos no chão da rua, raspando na sujeira. Ele fecha a porta e vai se aproximando lentamente.Se ele quer fazer mistério, ele tá de parabéns.Ele fica no meio e agora dar para ver seu rosto...Ele é more....Espera....Calma aí.Reprimo meus olhos.Ian?!?!

—Ian?! - Pergunto incrédula.

    Ele me olha direito e suspira irritado, colocando uma mão na cintura.Depois volta a me olhar. Eu não acredito que ele é bandido ou sei lá o que.Ele se aproxima de mim. Seguro com força a minha bolsa, com as duas mãos.Meu coração está palpitando tanto... Mas tanto, que poderia saltar pra fora.Agora estamos cara a cara.E ele continua o mesmo gostoso de sempre, vamos deixar claro aqui.

—Vamos pra casa. -  Ele diz quase suavemente.

—Ian...o que está acontecendo? - Digo quase sussurrando.

    Ele segura meu braço e começa a me puxar, na direção daqueles carro ou para ser mais exata, na direção de sua Lamborghini.

—Tu conhece a gata, Ian? - Pergunta o ruivo surpreso.

     Ian não respondeu.Me jogou dentro do carro. O vejo dar a volta pelo vidro da frente.Ele diz algo para os outros ali, e ouço pneus cantando. A rua se torna escura novamente.Me encolhi no banco e ele entra no carro. Seguro com força a minha bolsa em meu colo. Ele dá uma ré estridente, jogando o carro pro lado.Quando o carro para, eu me remexo no banco.Não sei o que tenho mais medo agora, ele dirigindo ou de eu não saber que ele é bandido.Ele acelera. Coloco o cinto rapidamente.Percebo que, seus dedos estão brancos de tanto fazer força no volante.

—Ian...- Eu o chamo - Ian? Na onde estamos indo?

—Só cala boca. - Seu maxilar trava um pouco.

     Encosto minha cabeça na janela do carro.Eu deveria confiar onde ele irá me levar? Ou mais, eu deveria confiar nele? Eu sabia que ele cheira perigo, mas não sabia que era tanto assim. Agora tenho mais motivo para o evitar.Ele diz nada e eu prefiro evitar dizer algo.A única coisa que eu ouvia é o som dos pneus deslizando na rua. Ouço mais coisa.Olho pra janela e vejo dois carros, um de cada lado.Encosto minha cabeça na janela.Enguli seco. Isso está acontecendo realmente? 
   Com o cansaço e tudo mais.Acabo adormecendo, contra-gosto, claro.

****

—Ela morreu? - Ouço uma voz masculina diferente.

—Claro que não teu burro.Ela só tá dormindo. - Depois essa... -

—O que ela tem, para que o Martinez a traga até aqui -  ...e outra.

     Abro meus olhos lentamente.Dou logo de cara com quatro rostos familiares.É aqueles homens! Me levanto num pulo.Eu estava deitada num sofá branco de couro.Eu estou num apartamento! E tenho certeza que não é o meu! Olho para os quatro homens.Meus sequestradores.

—O que vocês vão fazer comigo? -  estava eufórica.

—Nada gatinha arisca, por enquanto....- Fala o ruivo.

      Olho para a cômoda ao lado do apartamento.Nenhum telefone.E agora? Ouço um barulho na porta. Mas eu não tiro os olhos deles.É sempre bom, manter contato com pessoas que desconfiamos.

—O que tá acontecendo aqui? - Ouço a voz de Ian.
    
     Ian! Digo seu nome rapidamente.Corro até ele e fico atrás dele.Acabo me tocando sobre aquele dia...Espera, aquele dia? Não foi a alguns horas ou minutos atrás? Olho para sacada grande da sala de estar e vejo que já é dia.Merda, mil vezes merda.Me afasto rapidamente dele.Vou me afastando e me choco com um abajur.Olho para o abajur e vejo um telefone na parede.Olho para eles.

—Nem pense nisso. - Diz o loiro.

—Já pensei, loiro. - Digo.

     Pego o telefone rapidamente.Quando eu ia discar, Ian vem pra cima de mim.Me esquivo e saiu andando rápido.Discando o número da polícia.O loiro quase pula em cima de mim.Me esquivo, desviando.O ruivo se joga no chão e tenta me pegar pelas pernas.Dou um pulo.Consigo discar o número da polícia.O de cabelo tingido de azul escuro, aponta uma arma pra mim.Engoli seco.

—Policia de São Paulo, qual a emergência? - Ouço a voz da atendente.

Alô? Eu fui....- O telefone sem fio é tirado de minhas mãos.

    Sou puxada para trás e minhas costas e chocada com um abdômen. Olho pro lado, ainda imóvel.

—Desculpem, minha filha é criança, e queria passar trote para vocês. 
Claro claro.Desculpem o incômodo. - Fingido do caralho.Ele desliga o telefone.

   O empurro e me viro.Eu os olho.Eu agora estou com medo.Medo desses homens desconhecidos.Medo de quem esse Ian é de verdade.

—Bem espertinha, né? - Diz o loiro, com um tom de zombo.

—Cloe, você viu uma coisa que não podia, sabia? E agora, o que faremos a você? - Ian põe as pontas dos dedos no queixo, com um sorriso diabólico nos lábios.

—Vender ela no mercado negro! - Fala o loiro.

—Vender ela para um cafetão? - Agora é a vez do ruivo.

Ser nossa empregada sexual! - levanta a mão pro alto, o azulado.

      Eu engoli seco.Já sentia meus olhos doendo.Isso não pode estar acontecendo! Tenho certeza que eles estão blefando.Na real, o que eles são? Ouço uma risada gostosa, é do desgraçado do Ian.Cerro meus punhos.Ele suspira, depois de dar uma risada grande.Ele me olha, parecia estar se divertindo com isso tudo.

—Relaxe Clô, não vamos fazer nada disso. - Diz o desgraçado.

—Ah claro. Acreditarei muito.Porque não me matem logo de uma vez? - Digo o que estava preso em mim.

—Se insiste. - O tingindo de azul aponta novamente a arma pra mim.

—Sussega teu cu, Thomas - Diz Ian. - Andrew, já descobriu quem é a nossa convidada? - Ele pergunta para o loiro.Como assim descobriu?

— Já havia feito isso á horas atrás. - Ele empina o nariz.

     O loiro saiu correndo para um corredor.Depois volta com uma pasta marrom.Ele se aproxima do Ian e entrega a pasta.

—Cloe Blutter Simons.... - Ele diz meu nome lentamente. - Quem é você realmente?

     Ele dá um sorriso sacana.Era tudo o que menos queria, que alguém descobrisse sobre minha vida toda.

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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :) foi meio grande o capitulo (meio?!) Espero que tenham gostado :).Votem e comentem se quiser!



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