The Gângster escrita por AnonimaAa


Capítulo 22
Em família




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/784796/chapter/22

*
*
*

 

  Olhei para trás.Sebastian olhava para seu novo óculos estranho.

—Você vai se acostumar com eles, Sebastian. — Digo.

—Você acha, Clô? — Diz Sebastian, como sempre, com um tom calmo.

—Não acho, tenho certeza. — Sorrio.

  Já se fazia quase um mês que Sebastian está conosco.Eu e Ian nos tornamos os responsáveis por ele.É como se ele fosse nosso filho...Não deixo de sorrir meia boba.Claro, eu penso na ideia de ter filhos.
 Hoje é quarta-feira, estamos indo fazer compras com Sebastian, indo comprar seu material escolar.Eu fiquei tão feliz quando Ian se ofereceu para nos levar.

—Você também acha meio estranho o Ian se oferecer para nos levar as compras? - Sebastian colocou o óculos.

—Pensava que era só eu que estava achando isso. - Digo. - Talvez ele só esteja sendo legal.

—Ele me assusta, isso sim. - Sebastian faz uma careta.

—Ele também me assustava no começo. - Comento.

—Mesmo!? Quando vocês dois vão casar? — Sebas muda totalmente de assunto.

   O olhei sorrindo de lado.Peguei a casca da banana e abrir a gaveta do lixo da cozinha.Antes de fechar a gaveta, algo me chama atenção.Pego meu celular e ligo a lanterna.

—Mãe? - Sebas me chamou.

   Enfiei minha mão dentro do lixo e de lá tirei um testa de...Gravidez!? O peguei e olhei direito, deu positivo, isso deixou claro.

—Cloe...Isso é uma teste de gravidez!? — Sebas tentou se aproximar. - VOCÊ TÁ GRÁVIDA!?

—Xiiu! - Faço sinal de silêncio para ele. - Isso não é meu, obviamente.

—Então de quem é?

   Nesse momento, Ian entrou na cozinha.Escondi o teste atrás de mim.Ele nos olhou, eu sabia qual era esse olhar.

—O que você tem aí atrás, em? - Ian se aproxima de mim.

—Nada não, amor. - Sorrir de lado.

—Amor? - Ele levantou uma sobrancelha.

—Ian. - Reviro os olhos.

—Eu gostei desse apelido. - Ele sorrir de lado um pouco. - Amor...Enfim, o que você tem aí atrás.

—Ah...B-bem... - Eu e Sebas nos olhamos.

—Ian, olha! Eu fico bem de óculos? - Sebas chama à atenção de Ian.

—Fica parecendo um Nerd, pirralho. - Sebas mostrou a língua para Ian.

  Com apenas uma mão, Ian pegou meu braço e puxou para frente, mostrando na minha mão direita o testa de gravidez.Ele pegou o testa.

—Ian, eu posso explicar. - Engoli um seco.

—Você está... - Ele me olhou de cima abaixo.

  Sua mão apertava com força meu braço, e isso estava começando a doer aos poucos.

—Não é meu esse teste. - Ele chegou bem perto do meu rosto. - Eu encontrei no lixo.

—Ah é? Jura? - Seu tom saiu zombeiro.

—Ela está dizendo a verdade, Ian. - Sebas se intrometeu.

—E daí se fosse meu? O que você faria? Em? - O olho seria.

—Esse é o problema: eu não sei. 

  Ele me soltou e se afastou de mim.Colocou o teste na bancada e suspirou.

—Quem é que vai ter um pirralho? - Ian colocou as mãos na cintura.

—Eu não sei, por enquanto, isso só fica entre nós, okay? 

  Ambos assentiram.Pego o teste e o coloco em minha bolsa.Acenei para Sebastian, para irmos.Ele deu um salto, saindo da cadeira.Coloquei minha mão em suas costas, o direcionando para fora da cozinha.

—Acho que eu ficaria feliz. - Ouço Ian dizer.

   Sebastian saiu da cozinha.Parei ali mesmo e virei meu rosto.

—Por algum motivo eu me sentiria feliz, não sei porquê. - Ele me olhou confuso.

Uma onde de sentimentos me atacou.Me recomponho e saiu da cozinha.Ele disse que ele ficaria feliz se eu...Engravidasse? Não Cloe! Esta fora de cogitação, você tem o Sebastian e uma carreira! Tire isso de sua cabeça.

—Você não vem? - Sebastian me chamou.

   Me recuperei e assentir para Sebas.Pare de pensar nisso.Sebastian sorrio e correu sorrindo até lá para fora.


   —_________°Já mais tarde°___________




—Aí essa louca, foi lá e me deu um tapa na cara, acredita!? 

Eu e Sebastian rimos.Já era final da tarde, quando terminamos de fazer as compras.Estavamos na lanchonete, enquanto Ian contava a história de como nos conhecemos.

—Então espera aí...Você que teve a ideia de conhecer também a Cloe? - Sebastian sorrio confuso.

—Claro.Meu mano tinha uma irmã, e eu estava curioso para saber como era essa irmã. - Sorrir de lado. - Ah, esse cara aí, é um pau no cu.

—Mas ele não era irmão da Cloe? - Diz Sebastian, com a boca cheia de batatinhas.

—Não de sangue. - Corrigir. - Ainda preciso te apresentar meus pais verdadeiros.

—Ei pirralho, vai querer mais refri?

—Quero!

   Ian pegou o copo do Sebas e foi lá encher mais.

—A gente poderia ir agora conhecer seus pais, né?  — Sebas deu sua última mordida no mistinho.

—Seria uma boa, se Ian gostasse dos meus pais. - Tomo um gole da minha água. - É uma longa história entre eles, nem eu sei direito.

Ian chegou rapidamente até nós.Olhei para suas mãos, ué, cadê o refrigerante?

—Vamos embora. 

  É a única coisa que ele diz, antes de sair andando.Eu e Sebas nos olhamos.Deixei o dinheiro ali em cima da mesa e puxei Sebastian pela mão.Saímos da lanchonete, indo até o carro de Ian.

—Ian, o que foi? - Pergunto.

—Só entra dentro do carro.

  Entramos dentro do carro.Como antes, eu estava no banco de passageiro.Nem ao menos deu tempo para colocar o cinto de segurança e Ian já foi acelerando.

—Ian, vai devagar! - Seguro na porta do carro.

—Não começa! - Ele apertava forte no volante.

  Engoli um seco.Eu sabia que o dia estava sendo ótimo até demais.




    Ian entrou dentro de casa raivoso.Entrei logo em seguida, junto com Sebastian.

—Ian para! - Digo alto.

  Joguei as chaves de casa nas suas costas.Ele parou.Engoli um seco.Fudeu, será?

—Sebastian, leva as suas coisas lá pra cima. - Falo baixinho para Sebastian.

  Ele não falou nada, apenas assentiu.Ele subiu correndo.

—Ian, diz algo. - Falei tristemente.

—Só me deixa pensar, porra! - Seu tom aumenta.

  Olhei pros lados impaciente.Eu sabia que algo atormentava ele, mas como sempre, ele nunca me fala o que está acontecendo.
  Todos começaram a chegar.Dylan, Nícolas, Andrew, Thomas junto com Jhonathan, Sarah e Karla.

—O que está acontecendo? - Diz Sarah.

—É briga de casal galera, é melhor a gente ralar. - Diz Nícolas.

—Foda-se, briga de graça, vou assistir. - Falou Thomas.

—Para de ser enxerido Thomas! — Diz Jhonathan.

  Jhonathan pegou Thomas pela orelha e saiu o arrastando até os quartos.

—ISSO DÓI CACETE! - Choramingou Thomas, alto.

—Karla, você ia me dizer algo não? Podemos continuar essa conversa depois? - Dylan acariciou a bochecha de Karla.

  Karla apenas assentiu.Os dois saíram andando em direções opostas.

—Mas que coisa! Andrew, eu tenho que te mostrar algo! - Sarah pareceu se lembrar de algo. - Vamos! 

Sarah pegou Andrew pela mão e o saiu arrastando.Apenas Nícolas ficou ali, ele olhei para Ian - que ainda estava de costas para mim - e para mim.

—Bom, tenho coisas a fazer.Vou deixar vocês dois sozinhos!

  Nícolas fez um "positivo" na mão e sorrio para mim, depois saiu andando, como os outros.Enfim era só eu e Ian sozinhos.

—Ian? - O chamo.

—Eles sabem demais da sua existência. - Ele começou a falar. - Você está na mira de tanta gente, eu não queria te dizer nada, não queria te deixar com medo.E a ideia de que sua cabeça está lendo leiloada entre minhas gangues rivais, só me deixa puto. - Ele virou seu rosto. - Eu não quero que você corra risco de vida.

—Podemos dá um jeito.É só falar com meus pais, eles vão poder acabar com isso. - Dou um passo.

—Não! Fora de cogitação a ajuda de seus pais. - Seu tom saiu raivoso. - Eu mesmo vou arrumar essa bagunça.

—Como? E quem te disse isso tudo?

—Tinha alguns da gangue rival lá na lanchonete, ambos estavam olhando para você e comentando a ideia de te matar, junto com mais de três gangues envolvidas nisso.Isso irá me atingir, inconsequentemente, me tirando as forças e me fazendo agir irracional, por causa da perda. - O plano era todo esquematizado.

—Podemos dá um jeito. - Digo, tentando manter a calma.

—Não é tão simples assim, Cloe! Por Deus! — Ele se vira com as mãos na cabeça, raivoso. - Eles querem você morta! 

  Ouço um zumbido.Que som meio estranho.Algo afiado passa por dentro da minha barriga.Sinto pingos caindo em meu tênis.Abaixo minha cabeça.Isso é...Sangue...? Sinto todas minhas forças acabando lentamente.Ian corre fechando as portas e vem até mim.

—Cloe calma, respira!

  Eu levei um tiro? Fui me deitando no chão aos poucos.Ian se agachou e me manteve em seu colo, pressionando meu ferimento

—Fica comigo!

  Eu via o desespero em seu olhar.Eu me sentia sonolenta cada vez mais e mais.Fechei meus olhos aos poucos.
    


*
*
*


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :)))



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Gângster" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.