Só sei dançar com você escrita por Apaixonada sama


Capítulo 1
A-m-o-r.


Notas iniciais do capítulo

+ Aquele shipp precioso que sempre amamos e queremos proteger. Se você não gosta, desgoste aí na sua casa.
+ Free spoilers!
+ Centralizada em ObaMitsu, porém com referências à outros shipps.



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      Havia um pouco de tristeza em seu olhar.

            Os olhos esmeraldinos se dirigiam ao assoalho de madeira, que parecia vibrar com cada pisoteada e passos que os vagantes ali ofereciam. Com as costas curvadas, não deixava de esboçar o ar chateado em sua expressão, que às vezes era disfarçado após uma pergunta simples, como um “está tudo bem?”, e sua simulação era apenas um sorriso afirmando.

            Seu esmalte rosado aos poucos se escondia no canto da unha, de tanto ser roído, como forma de distrair a mente. Os sapatos tamborilavam no soalho, de forma impaciente. Estendeu a mão para trás de si, alcançando a bancada com diversas comidas, logo os dedos finos alcançaram uma travessa de doces que foram encaminhados à boca, tentando não borrar o batom avermelhado que delineava seus lábios.

            Estava acontecendo novamente.

            A mesma coisa que sobrechegou em sua formatura.

            Sentada da mesma forma abatida, a professora podia se ver ali, com pelo menos, metade de sua idade. O cabelo moldado em um coque alto e arrumado, as vestes sofisticadas e o tamanco que adornava seus pés, lhe traziam recordações daquele tempo catastrófico que foi sua festa de formação.

            Ninguém tinha a tirado para dançar.

            Apesar de ter escolhido as melhores roupas no dia, como o vestido que era o mais chamativo da loja naquela época, sua noite inteira foi resumida em ficar sentada olhando os pares dançando. Seus colegas de turma estavam todos encaixados uns com os outros. E seu par, por desdita do destino, havia ido viajar e a pobre desafortunada, só descobriu na hora.

            “Se eu sair, alguém vai se importar?”, seus pensamentos importunos começaram a lhe assolar a mente. Mitsuri ergueu a cabeça, espionando alguns alunos que deambulavam conversando. Apesar de sentir orgulho de eles estarem se formando, sentia um pouco de inveja leve, por eles terem se dado tão bem. A turma era excelente e embora mal tenha os visto, os dias com suas aulas eram incríveis.

            Não saía triste, como era no início de sua profissão. Brotava um sorriso a cada minuto que se passava da aula. E ao final do período, ansiava pela próxima semana para vê-los novamente.

            Ah, a alegria de uma professora de Educação Física.

            Abaixou a cabeça, dando uma leve risada, ao lembrar-se de uma cena memorável de uma de suas aulas. O sorriso abobado tomou seus lábios, antes que pudesse se repreender por isso. Os sons de passos, apesar do som alto, puderam ser auscultados com total clareza. Mitsuri ergueu a cabeça, ao escutar dizer:

            — Sozinha, professora Kanroji?

             E seu questionador, sentou-se ao lado, em uma cadeira próxima. Cruzou as pernas, pegando um copo descartável e enchendo com o líquido roxo, que denominaram de ponche. A professora não deixou de observá-lo com certa curiosidade e, deu de ombros, após lembrar-se de que tinha uma pergunta a ser respondida.

            — Não exatamente sozinha. — Disse. — Alguns alunos passam e me cumprimentam! Outros até mesmo tiram fotos comigo. Estou mais vigiando o pessoal mesmo, para caso dê um problema eu poder correr e ajudar.

            — Ah. — O moreno ergueu outra colher de ponche, enchendo o copo novamente. — É que as cadeiras ao seu lado estão vazias... Aí pensei que talvez você quisesse alguma companhia, sabe?

            — Gentileza sua!

            — Que nada.

            O ciciar da cobra chamou a atenção da mulher, que se não fosse acostumada com o animal, estaria arrepiada da cabeça aos pés. Com um receio, recostou a mão na cabeça do animal peçonhento, que retribuiu o carinho.

            — Seus alunos não tem medo do seu animal de estimação? — Questionou, com uma risadinha agraciada pela suavidade e docilidade que o animal oferecia. O que era incomum se fosse de considerar a espécie.

            — No início, tinham. — Obanai respondeu, depositando o copo na mesinha atrás deles. Retornou a fitar a professora. — No final, ainda pareciam que estavam no início... O pessoal é bem medrosinho mesmo.

            — Ah, puxa... Não fale assim. Acho normal eles terem medo. — Se pronunciou, deixando de acariciar o ofídio. Cruzou as pernas, virando de lado no assento, olhando para a sua companhia. — Até mesmo a Kanao tem medo?

            — Ela? Não, não. Parecia mais fascinada do que assustada. Acho que é uma das únicas que não ficou apavorada quando entrei com o Kaburamaru no pescoço. O resto foi um sufoco para tirar do fundo da sala.

            Mitsuri riu, levando uma das mãos à boca, evitando com que se escandalizasse em sua risada. Obanai ofereceu um olhar confuso, mas não deixou de esboçar o sorriso satisfeito.

            — Você se dá bem com teus alunos também? — Ele questionou, ajeitando as mangas de punho. Retornou a olhar para a docente, que afirmou com a cabeça, embora tentasse parar com as risadas que escapavam ao imaginar a cena.

            — Todos são bons nas minhas aulas... — Suspirou, tentando acalmar-se. Passou as mãos na barriga, pois estava dolorida de tanto gargalhar. — Meu problema é o Inosuke chutando a bola de vôlei e ameaçando o Zenitsu.

            — Ele é uma peste. — Reclamou, falando baixo.

            — Eu disse para ele parar, umas duas vezes... Ou teria problema com o diretor. Mas no fim, nunca fiz nada demais. É que a mãe dele é adorável, não quero que ela fique com esse peso de seu próprio filho ser um menino tão... Eufórico?

            — Eu diria mais que ele é perturbado.

            O silêncio fez-se presente entre ambos. Enquanto a pedagoga remexia os dedos de forma ansiosa, o catedrático passava a mão atrás da cabeça, não deixando amostra seu pesar. Ambos levaram seus olhares aos alunos que se dirigiam à pista de dança, algo que chegava a ser comum no final da formatura.

            Enquanto uns corriam apressados, outros ousavam caminhar com total dedicação e charme, como se fosse um desfile de moda. Ao fundo, Mitsuri achava graça de Shinobu tentando arrastar seu parceiro de trabalho, Giyuu para o centro do baile. – Que apesar de negar com bastante rigidez, se deu por vencido e foi até lá. Orgulhosamente, Shinobu deu um sorriso largo enquanto cutucava o braço dele. A relação de ambos parecia estranha, que chegava a ser engraçado.

            — Qual é a deles dois? — Obanai indagou, com a mão perto de sua boca, sufocando uma risada descontraída. Mitsuri olhou para ele, sorrindo de canto. — Eles dois se irritam tanto que chegam a combinar.

            — Você acha?

            — É que você não pegou o início de tudo, quando os dois foram contratados juntos. Ambos caíram na mesma sala do concurso... Vish, foi uma ironia só. Pra piorar, ou melhorar a situação... Até pouco tempo atrás, os dois pegavam o mesmo ônibus para vir pra cá.

            — Oh, meu Deus! — A rosada riu novamente. — Pobre Giyuu, ele é tão... Imperturbável e a Shinobu faz questão de testar a paciência dele infinita.

            — Paciência infinita... — Caçoou, de forma mínima. — Até ele ver alguém entrando com o uniforme fora das normas. Ele solta os cachorros, quando isso acontece. Você tem que ver. É toda segunda-feira isso.

            — Puxa, só pego pra dar aula nas quartas e terças... E também é final do ano, ‘né? Não vou poder ver isso tão cedo.

            Obanai parou, por um minuto. Suas bochechas remexiam, como se ele tivesse buscando um argumento que soasse convencível. Enquanto a docente pegava mais um dos doces da mesa, ele estava ali, ponderando.

            — Vamos torcer para que você consiga pegar um horário bom no ano que vem. — Expressou-se, depois de um período em silêncio. — Se não, eu vou acabar filmando e mandando para você. Sério! Tu vai ficar horrorizada vendo isso.

            — Que horror, filma para mim quando puder! Eu te passo o meu número.

            Mitsuri pegou o celular dentro da bolsa tiracolo, desbloqueando a tela. Quando apertou em contatos, reparou que já tinha salvado o número do Obanai. Deu um sorriso tomado de vergonha para o moreno, que observava atentamente. Provavelmente, nenhum dos dois sabia o que dizer.

            — Há quanto tempo você tem meu número? — O professor perguntou, curioso. Pegou o celular do bolso da calça, reproduzindo a mesma ação, encontrando o nome da companheira de trabalho acompanhado por um emoji de coração. Editou rapidamente, após perceber a distração dela. — U-uh, deve ter sido no início? Tipo, qual é a última mensagem?

            — A última mensagem? — Ela arrastou o dedo até a janela de conversa, clicando. Visualizou o recado, sendo apenas um vídeo. Apesar de não gostar de bisbilhotar conversas, Obanai espiava com o canto do olho, as mensagens que enviou. Ainda, tentava ler as mensagens que chegavam pela barra de notificação. Mas os dedos esmaltados de rosa eram mais rápidos. — É um vídeo... De gatinhos comendo biscoitos. É bem fofinho!

            Ah, sim. Aquele vídeo...

            O professor havia achado que a melhor forma de quebrar o gelo com a professora “fofa” era um vídeo de felinos mais fofinhos ainda. Apesar de ter dado certo – algo que ele não esperava –, não conseguia pensar em outros assuntos para desenvolver com ela. Infelizmente, parecia mais um covarde. Embora quisesse chama-la para sair, a oportunidade sempre escapava por pouco.

            — Gosta de gatinhos? — Mitsuri perquiriu.

            — Não é meu animal preferido, mas gosto. Acho inteligente a forma como percebem o mundo ao redor, além da flexibilidade! É realmente encantador. Outra vez, vi um passando por baixo de um portão, mas a fresta era fininha... Sem contar que eles são uns animais muito espertinho e astuto.

            Mitsuri estava boquiaberta. A princípio, Obanai não entendeu o motivo.

            — Ah... — Ela suspirou, ajeitando o cabelo. — Você é professor de Biologia, certo?

            — Sim. É tão óbvio assim? — Questionou.

            — Pela sua maneira de falar... É. — Afirmou.

            A mudez começou a pairar novamente entre os dois, que assistiam os pares dançando em uma leve sincronia.  Enquanto uns dançavam da esquerda à direita, outros faziam o inverso. Chegavam a parecer ensaiado, o que soa surreal. Talvez fosse algo olhando de fora. Podiam ver algumas cabeças governando a dança, mas o restante parecia baixo demais e camuflados à multidão. O professor ao lado atendeu ao telefone, explicando baixinho que estava ocupado e retornaria outra hora.

             Mitsuri não evitava olhar fixamente para os pares bailando em sincronia, como um filme encantado de princesas. Com os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos suportando o queixo, o ar de sua admiração não passava despercebido por ninguém. Os pés no tamanco rodopiavam o chão lentamente, como se estivesse acompanhando os passos dos dançantes. O sorriso bobo adornava seus lábios, e Obanai não conseguia desviar o olhar.

            Para ele, era encantador, vê-la ali. Quase sonhando acordada.

            — Você não vai dançar? — Analisou, quebrando o silêncio entre a dupla. A utópica devolveu o olhar a ele, esboçando uma reação que mais parecesse sentida. Remexeu os dedos finos, não dando uma resposta concreta.

            — Eu meio que... Não tenho com quem dançar. B-bem, isso é-é algo meu... É besteira, não liga não. — De forma hesitante, ela desandou a gaguejar nervosamente. O sorriso constrangido que aos poucos desmanchava em vergonha e desamparo, mal conseguia se mantiver em pé. — Ai, ai... Como isso é infantil.

            — Infantil?

       — Tipo... Ah, cara. — Bufou, passando a mão no canto do olho. — Minha vida acadêmica foi um desastre... Eu não tive a oportunidade de dançar na minha formatura! O meu par havia ido viajar e nem me avisou nada... Eu só pude ficar olhando os meus amigos dançando lá. Sobrei. Não sei dançar, mas... Eles terem me convidado não iria matar ninguém.

      Obanai não reagiu tão abertamente, como Mitsuri esperava. Ele apenas olhou, arqueando as sobrancelhas confusamente. Levantou-se, estalando os dedos e as mãos. Deixou sua serpente sentada no lugar dele, além de pegar a bolsa tiracolo da moça e depositar ali. Seus olhos bicolores se dirigiram a direção da companheira, em seguida de uma das mãos:

            — Quer dançar?

Você me chamou pra dançar aquele dia,
mas eu nunca sei rodar...

            Os olhos da professora piscaram incrédulos com a pergunta feita. Com pressa, secou os cantos dos olhos sem hesitação alguma. Ergueu-se rapidamente, quase tropeçando em seu acompanhante. Apesar da vergonha que tomava conta de si, por topar o tamanco no sapato de Obanai, ela apoiou sua mão na dele, ajeitando o cabelo, ainda sem-graça. Ambos encaminhavam-se para a pista de dança, onde muitos dos pares abriram espaço, intrigados com o que vinha a seguir.

            Ao pararem no centro, Mitsuri mal podia acreditar que iria dançar com alguém. Era um desejo se realizando, de sua adolescente interior, que havia ocultado profundamente. Antes que pudessem iniciar o bailado, por um descuido, acidentalmente pisou no pé de Obanai, que tentou não expressar sua dor facial.

            A díade desencadeou lentamente breves passinhos com o máximo de cuidado possível. Para as pessoas ao redor, eles pareciam estar se conhecendo aos poucos. Apesar de tentar fazer Mitsuri rodar, ela parecia sem jeito e tímida demais para isso. Mas no fundo de si, a jovem docente estava perdida e sem saber o que fazer.

Cada vez que eu girava parecia
que a minha perna sucumbia de agonia,

            Os passos incertos e duvidosos tomavam conta de si. Apesar do professor não ter dotes dançarinos, sabia o básico de uma valsa. E notava cada detalhezinho oscilante que a rosada executava. Logo, os passos foram diminuindo, até que ficasse em um nível manso.

Em cada passo que eu dava nessa dança,
ia perdendo a esperança...
Você sacou a minha esquizofrenia
e maneirou na condução.

            E mesmo devagar, Mitsuri atuava desajeitadamente. Não sabia como se portar e, morria de vergonha internamente. Se soubesse que era tão ruim assim na dança, teria reconsiderado o pedido. Mas, infelizmente, era emocionada.

            — Mitsuri. — Obanai a chamou, baixinho. — Não precisa ter vergonha, pode se soltar.

            — Mas... — Antes que pudesse ser refutado, ele ergueu um dedo e tampou os lábios dela.

            — Estou te conduzindo... Só seja você.

            Ela devolveu um olhar desconfiado pela situação. Parou de dançar, olhando os passos de seu acompanhante atentamente. Logo, começou a repetir os gestos, mas de forma inversa, afim de não pisar-lhe o pé. O moreno deu-lhe um sorriso agraciado, pela sua parceira pegar o jeito rápido.

Toda vez que eu errava ‘cê dizia
pra eu me soltar porque você me conduzia.

Mesmo sem jeito, eu fui topando essa parada
e no final achei tranquilo...

            O ritmo da música acalmava ambos, que dançavam como nunca, porém a felicidade era a de sempre. Por uma diferença leve de tamanho, ela apoiou seu queixo serenamente acima da cabeça dele, que arqueou os ombros, tomado pelo espanto. Deram risadas, retomando a dança. Para Mitsuri, a presença do biólogo era algo confortavelmente estranho... Estar bailando com Obanai, parecia mais era uma sensação de sonho. Não que fosse surreal, mas a música e os passos calmos eram complementares. Kanroji sentia-se em uma valsa com o príncipe encantado que um dia, sua criança interior desejou encontrar.

Só sei dançar com você...
Isso é o que o amor faz!

            E ele também dançava tranquilamente. Seus olhos não conseguiam desviar da professora, da qual um dia desejou tanto se aproximar. Sorria de forma boba e orgulhosa, por estar gratificado por aquilo estar acontecendo. Enlaçou os dedos nos dela, rodopiando cuidadosamente pela pista inteira, tomando a atenção de outros pares, que paravam e assistiam saciados pela a alegria jovial de ambos. Em questão de segundos, muitos abriram espaço para eles continuarem valsando com total liberdade.

Só sei dançar com você!
Isso é o que o amor faz...

            Os minutos pareciam infinitos para ambos, que pareciam apenas estarem sozinhos ali. O soneto romântico, apesar de não exibir frases sentimentais, para os dois aquilo era como uma confissão. Seus olhos se encaravam apaixonados, mesmo não esboçando nenhuma palavra. Com as palmas das mãos unidas, Obanai fez com que Mitsuri realizasse um rodopio, que fora feito com total maestria, como se fosse profissional. Uniram-se novamente, ficando mais próximos.

Você me chamou pra dançar aquele dia,
mas eu nunca sei rodar...
Cada vez que eu girava parecia,
que a minha perna sucumbia de agonia.

 

Em cada passo que eu dava nessa dança,
ia perdendo a esperança...
Você sacou a minha esquizofrenia
e maneirou na condução.

            O bicolor sentia-se em um abismo, que podia ir e voltar, sem apreensão alguma. Estar ali, oscilando em movimentos romanescos sempre lhe trazia de volta à realidade, mas de uma forma fantasiosa. Apesar de estar se considerando ser precipitado demais, para ele, Mitsuri era a coisa mais linda que havia contemplado. E ficava bobo, ao pensá-la em um luar.

Toda vez que eu errava ‘cê dizia
pra eu me soltar porque você me conduzia.
Mesmo sem jeito, eu fui topando essa parada
e no final achei tranquilo...

            Os passos estavam incertos, porém a acompanhante passou a guia-lo tranquilamente, com o total cuidado, para que não perdesse a linha. Fechou os olhos, respirando fundo. Era como se um desejo interno tivesse sido realizado com total exatidão. Os lábios avermelhados exibiam uma fileira de dentes, que estava exaltada com tanta felicidade.

Só sei dançar com você...
Isso é o que o amor faz!

            Pararam então, olhando fixamente um para o outro, corando intensamente. A faceira da parelha estava próxima, rente ao nariz um do outro. Enquanto Mitsuri encarava sem reação, Obanai parecia aos poucos, transtornado. A respiração ofegante tomava conta de si, por não saber como reagir.

            — Beija! — A voz de Rengoku tomou conta do salão. Ambos os bailadores se assustaram, vergando os ombros. Apesar de permanecerem com as mãos enlaçadas, não sabiam se soltavam ou continuavam juntos. Estavam petrificados naquela situação. — Beija! Vai!

            Apesar de Tanjiro tentar chamar a atenção para não fazer isso, o pessoal inteiro começou a gritar no recinto, incentivando. Logo, o jovem desistiu e começou a estimular a ação.

            Obanai não sabia se corria ou matava alguém ali. Sempre soube que era evidente o fato dele gostar da Mitsuri, mas não imaginava que isso iria ser exposto tão abertamente naquela situação. Antes mesmo que pudesse realizar algum ato indevido ou não proposto, o par de mãos femininas toma seu rosto para si, o beijando, que logo fora retribuído sem hesitação; Ao som de palmas e gritos, contando com assobios exagerados.

Eu só sei dançar com você,

E isso é o que o amor faz...

           Ao se separarem do beijo, os dois continuaram se encarando com um sorriso manhoso em suas feições. Não havia palavras a serem ditas, mas Obanai Iguro agradecia internamente a ousadia de Rengoku, por incentivar aquilo.


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