Festa de Halloween escrita por Anna Jongin


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que goste!



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—Cam, você não vem? - perguntou Kristen

— Vão indo, eu encontro vocês lá, Moose deve chegar a qualquer momento.

 

Kristen olhou sua amiga, mas antes que pudesse chegar à ela um dos garotos do grupo pulou nela e disse para eles irem logo.

 

Camille ficou lá, sentada na poltrona, esperando.

 

Meia hora se passou e Camille estava basicamente pegando no sono quando de repente…

 

—Camille…

— Kristen?

— Amiga, você não pode ficar aqui! É nossa primeira festa na NYU. Você merece aproveitar!

— Eu sei e eu vou! O Moose…

— Ai Cam! Olha, eu sei que o Moose é importante pra você. E, honestamente, eu gostaria muito que vocês dessem certo como casal.

— Eu já falei, nós somos só…

— Amigos, eu sei que você disse isso, mas as expressões do seu rosto dizem outra coisa. Por exemplo, agora… você está com a cara de uma menina que acabou de levar um bolo do garoto que gosta.

 

Camille não sabia como responder.

É, Kristen estava certa. Camille gostava de Moose. Desde quando? Desde uma dança que eles fizeram juntos no final do primeiro semestre do último ano da escola. Eles dançaram uma espécie de valsa e foi a primeira vez que haviam ficado tão próximos. Ela percebeu naquele momento o quanto o moreno mexia com ela. E depois disso basicamente qualquer coisa que ele fizesse tinha um efeito forte nela.

 

—Eu… sei lá! Sou burra! Eu achei mesmo que ele ia perceber que sentia algo por mim também… - falou Camille chateada e decepcionada com sigo mesma.

— Você não é burra! Está apaixonada!

— É a mesma coisa…

 

Kristen deu um sorriso triste e abraçou a amiga.

 

—Olha, se o Moose não percebe a mulher incrível que você é, então ele não te merece! Vamos! - disse ela puxando Camille em direção à porta.

— Vamos pra onde?

— Pra festa ué! Ainda tá rolando.

— E-eu… Não estou mais no pique.

— Por isso mesmo! Quem disse que eu vou deixar você ficar assim o resto da noite?

 

Camille percebeu que não adiantaria contestar mais e só aceitou ser arrastada para a festa.

 

—Ah! Espera! Têm que mudar essa roupa!!

— Agora??

— Claro! Você não poder ser as gêmeas Olsen sem uma Mary-Kate!

— E o que eu faço? Eu não tenho outra roupa.

— Hmm… Eu me trocaria, mas não tenho uma peruca que combine com a sua.

 

As duas ficaram pensando e Kristen estalou os dedos.

 

—Já sei! E se você se vestir como uma dançarina de hip hop?

— O quê?

— É sabe! Com um top, uma calça daora, boné, sei lá!! Daí quando falarem alguma coisa da sua roupa você pode fazer uns passos legais! Vai ser demais!

 

Camille pensou um pouco e acabou topando. Demorou para as duas concordarem com uma roupa, já que Camille escolheu uma roupa hip hop que não mostrava a quantidade de pele que Kristen queria. (Roupa escolhida https://youtu.be/5C0iNTW34lI)

Quando finalmente chegaram na festa, demorou uns minutos, mas ela realmente começou a se divertir.

No começo as pessoas falavam que a fantasia dela não estava muito elaborada, mas era só Camille começar a dançar que todos ficavam quietos. Ou melhor… Começaram a gritar de animação e aplaudir.

No fim, aquela foi uma boa noite!

 

Enquanto Camille arrasava na pista de dança, Moose chegou no lugar que havia combinado de encontrar sua melhor amiga.

Ele procurou por algum bilhete, olhou seu celular para ver se tinha mensagens ou ligações perdidas, mas… nada.

Ele sabia que tinha mandado mal. Decidiu ir então até o quarto de Camille para ver se ela estava lá.

 

Bateu na porta e ficou feliz em ver a maçaneta se mexer. Ele então decidiu se ajoelhar para pedir desculpas à ela.

 

—Quem é você? - perguntou a menina que abriu a porta.

— Oh! Ahn… Eu sou o Moose.

— Ah, o amigo da Camille.

— ISSO! Eu mesmo! Ela tá aí?

— Hm? Não, ela está na festa. Aliás, você não ia com ela?

— Eu ia, mas…

— Ela saiu bem animada! Não se encontram ainda?

 

Moose se sentiu ainda pior. Será que Camille estava tão mal que nem voltou pro próprio quarto porque sabia que ele iria procurar por ela lá?

Ele se despediu da colega de quarto de Camille, e pensou onde mais ela poderia estar.

Foi então até o alojamento de Kristen. Afinal, ela e Cam haviam ficado próximas e ele já tinha ido até lá buscar Camille pra almoçar outras vezes.

 

Chegando lá viu a porta entre aberta. Quando foi dar uma batidinha pra ver se tinha alguém a porta abriu e ambos se assustaram.

 

—Moose! Que susto!

— Que susto tomei eu!

— O que faz aqui??

— Estou procurando a Camille.

— Ela não está no quarto dela?

— Não.

— Uuuh - disse Kristen assobiando enquanto fechava a porta de seu quarto e ia andando pelo corredor.

— O que isso quer dizer? - perguntou o moreno confuso.

— Quer dizer que você não estragou completamente a noite dela.

 

Moose sabia que Kristen não gostava dele. Ele sempre a via revirando os olhos pra ele, ou fazendo caras feias quando ele aparecia ou estava com Cam.

 

—Eu não fiz por querer. Eu tive uns problemas e…

— Sabe Moose, eu não preciso ouvir nada disso.

— Têm razão. Cadê a Camille?

— Em algum lugar da festa, eu acho.

— Acha? Você deveria estar cuidando dela!

— Eu? Olha, a Cam não é um bebê em um carro fechado, ela sabe se virar! E quem é você pra me dizer isso? Você nem apareceu! - Moose ia responder mas Kristen não deu nem tempo, ela o olhou triste e ele achou muito estranho - Moose… A Cam esperou você por uma hora…

 

Sentindo que não precisava dizer mais nada, Kristen saiu andando e Moose ficou encarando o nada.

 

Ele estava bravo que Kristen jogou tudo aquilo na cara dele, mas sem dúvida estava mais bravo com ele mesmo.

Moose ficou se perguntando se deveria só ir para seu quarto, ou se deveria ir atrás de sua melhor amiga.

 

“Ela provavelmente não quer me ver. Talvez seja melhor conversarmos amanhã. Mas se eu não resolver isso agora, ela vai ficar brava comigo a noite toda.”

 

Pronto. Aquele pensamento final decidiu tudo. Moose não gostava que Camille ficasse brava com ele, e se uma briga hoje significasse resolver as coisas, sem dúvida seria melhor.

 

Ele foi até a festa pensando em como acharia Camille. Em todas as poucas festas que eles foram da escola, ela nunca era de chamar atenção para si mesma. Ficava sempre em algum dos cantos e dançava só quando ele a puxava para a pista. Seria difícil encontrá-la no meio de todos aqueles universitários.

 

E assim que chegou percebeu que ele não poderia estar mais errado.

 

Lá estava ela. Dançando. Brilhando graças às luzes que atingiam o suor em seu corpo.

Ela estava linda.

 

Moose ficou longos minutos encarando a mulher que estava perto e longe ao mesmo tempo.

Ele conseguia vê-la claramente, mas parecia que para chegar até ela seria preciso passar por milhares de pessoas que a rodeavam enquanto ela dançava.

E uma coisa que o incomodou em um nível absurdo: Camille dançava com um cara. Um cara aleatório. Um cara que Moose nunca tinha visto. Um cara que… não era ele.

 

 

Camille estava se sentindo livre e invencível. Nem parecia ser ela mesma! Mas ao mesmo tempo sentia como se, pela primeira vez em um ano, ela fosse quem ela queria ser.

 

Não demorou para alguns caras tentaram dançar com ela. No começo ela recusou, mas um dos garotos tinha um estilo que a atraiu. Sim, ela não ia negar, ele dançava de uma forma parecida com a de Moose, mas eles não se pareciam em mais nada! Aquele garoto era loiro, tinha o cabelo curto com um topete que agora caia e grudava de leve no suor de sua testa. E digamos que o corpo dele era um pouco mais… desenvolvido.

Sim, ela estava se divertindo, mas um pedaço de sua cabeça, e de seu coração, inevitavelmente pensavam em Moose a cada passo.

 

 

O que ele podia fazer? Como ele podia chegar até ela?

Ele poderia entrar e dançar com ela? Sim, claro! Já tinham dançado juntos centenas de vezes! Afinal, Moose era o único parceiro de dança de Camille, certo?

 

Era aquela questão que não parava de ecoar naquela cabeça repleta de cachos.

Ela parecia feliz, parecia genuinamente feliz dançando com aquele garoto idiota.

Moose nem o conhecia e sentia algo forte contra ele! Mesmo sem saber bem como se aproximar, cada vez que as mãos daquele cara encostavam em Camille, Moose sentia a necessidade de ir até ela. De puxá-la para si. De mostrar para todos que Camille era sua…

 

Foi então que ele parou. Era sua… amiga? Melhor amiga, certo?

Amigos não deveriam ser assim. Se ela estava feliz, ele, como melhor amigo, deveria ficar feliz também! Feliz por ela!

Por que ele não conseguia?

Por que ver Camille feliz alí, longe dele e nos braços de outro cara, o deixava tão enjoado?

 

Em meio de todos aqueles pensamentos enquanto encarava Cam, ele percebeu que seus olhares se encontraram.

Camille diminuiu o ritmo da dança e enquanto ia em direção às pessoas à sua volta para sair de onde estava, Moose acelerou o passo para chegar até ela o quanto antes.

 

Camille saiu por uma pequena fresta em uma das janela que dava para uma área que estava, em teoria, fechada e não poderia ser acessada.

 

—Hey! - gritou uma voz atrás dela - Podia ao menos me dizer seu nome. O meu é Thomas. - disse o loiro com quem Cam dançava até então.

— Camille - respondeu ela - Desculpe por aquilo, eu só… precisava de um tempo.

— Relaxa. Normal! Às vezes parece que o ar do lugar acaba, não é?

— É, foi bem isso mesmo.

— Você estava incrível - falou ele chegando um pouco mais próxima dela, que estava sentada em um banco em frente a uma piscina.

— Obrigada - falou ela um pouco envergonhada - fazia muito tempo que eu não dançava daquele jeito. Você também estava ótimo.

 

Ele sorriu e continuou se aproximando.

 

—Devia dançar mais daquele jeito - disse ele dando uma leve risada - Eu adoraria ver mais.

 

Cam não sabia bem o que dizer. Ela não era cega, ele era bonito. E estava claramente dando em cima dela. Mas será que ela deveria entrar naquela? Tentar esquecer Moose daquele jeito… Seria uma boa?

 

E como se o universo tomasse essa decisão por ela, enquanto Thomas se aproximava ainda mais e estava prestes a dar um beijo nela, Moose apareceu praticamente voando pela janela.

 

—CAMILLE! - gritou ele impedindo com sucesso que o beijo acontecesse.

 

Ela levantou, mas não olhou para ele.

 

—E você é? - perguntou Thomas.

— Robert Alexander III. E você?

— Pode me chamar só de Thomas - falou caçoando do moreno que havia dado seu nome completo em tal situação.

— Ok, Thomas, dá pra você sair daqui? Preciso conversar com a minha parceira de dança.

— Depois de hoje, ela é minha parceira também - falou Thomas com um leve tom de brincadeira que Moose decidiu ignorar.

— Não é não. A Cam não é, nem nunca será sua parceira.

— E quem é você pra decidir isso? - falou Camille virando para encarar os dois garotos - Eu danço com quem eu quiser, Moose.

— Moose? - questionou Thomas confuso.

— Você não pode me chamar assim - falou o moreno encarando o loiro - Camille, a gente precisa conversar.

— Agora não - falou ela.

— Por favor - falou ele com o tom de voz que ele sabia que funcionava com ela - Camille…

 

O silêncio naquele momento era insuportável até mesmo para Thomas que não sabia o que estava acontecendo.

 

—Camille, quer que eu tire ele daqui? - perguntou Thomas.

 

Camille ficou olhando os dois e acabou desistindo e seguindo seu coração.

 

—Na verdade, Thomas, hoje foi incrível e eu quero te agradecer por isso, mas você poderia nos deixar sozinhos?

— Certeza?

— Sim - responderam Camille e Moose ao mesmo tempo.

 

Thomas olhou para Camille, se aproximou dela e deu um beijo em sua bochecha.

Moose ficou tão nervoso com aquilo. Como ele ousava dar um beijo nela? Ela tinha acabado de pedir para ele sair de lá!

 

O loiro voltou pelo mesmo caminho de onde os três haviam vindo. Mas mesmo com sua ausência, os dois ficaram quietos.

 

1 minuto, 2, 3…

 

—Não vai falar nada?

— EU? - perguntou Camille incrédula - se alguém deveria falar alguma coisa, com certeza é você, Moose!

— Têm razão - falou ele um tanto chocado em ouvir os gritos dela. Camille era sempre tão calma - Me desculpe.

— Pelo quê? Por não ter me encontrado no horário que combinamos? Por não ter me avisado que ia demorar mais de meia hora? Por ter me feito de idiota? Por aparecer aqui como se estivesse tudo bem e ainda dizer que eu nunca seria parceira do garoto que, diferentemente de você, dançou comigo pela primeira vez em muito tempo?

 

Moose não sabia por onde começar.

 

—Sim, me desculpe por ter atrasado. Me desculpe por ter agido igual um idiota. Me desculpe por tudo isso.

 

Ele ficou preocupado ao não receber uma resposta de Camille.

 

—E-eu… Eu não sabia que você queria voltar a dançar.

— O quê?

— Você disse que deveríamos focar no mundo real, que iríamos para a NYU e viraríamos adultos. Eu não sabia que você ainda queria dançar.

— Quem disse que não se pode dançar no mundo real? Quem disse que adultos não dançam? Quando eu te disse que eu não queria mais dançar? Especialmente com você.

 

Ao ver as lágrimas se formarem nos olhos de Camille, Moose começou a se aproximar dela.

 

—Cam, eu sinto muito mesmo!

— Por que se atrasou afinal? Você parece estar sempre distante desde que viemos para cá!

— E-eu… tenho… dançado. Com um grupo que…

— O quê? Por que escondeu isso de mim?

— Você disse que queria focar no mundo real, eu achei que ficaria chateada se eu dissesse que estava dançando de novo…

— Moose, você deveria me conhecer melhor que isso.

— Eu sei! Eu sei disso! Eu sinto muito mesmo, Camille!

— E quer dizer que eu não posso ter outros parceiros de dança mas você pode?

 

Aquela pergunta pegou Moose desprevenido. Era verdade que ele dançava com outras pessoas, mas nunca pensava nelas como parceiras.

 

—Não é a mesma coisa - falou ele.

— Não? Lógico que é!

— Não é não! Estamos em um grupo, é normal dançarmos juntos.

— Bom… Eu estou em uma festa, é normal ter caras diferentes como meus parce…

— Não é não! - falou Moose mais alto que o esperado.

 

Naquele momento os dois já estavam de frente um pro outro, mais próximos do que costumavam ficar.

 

—Eu não entendo… - falou Camille.

— Eu danço em grupo, dançou com várias pessoas. Mas você estava dançando COM aquele cara.

— Moose, essa sua ênfase não explicou nada.

 

O moreno suspirou e bagunçou seus cachos enquanto pensava em como explicaria o que se passava dentro dele para ela.

 

—É tipo… Eu danço ao mesmo tempo que aquele pessoal, temos uma coreografia!

— Tá, então a única diferença é que eu e o Thomas estávamos improvisando.

— Não, não é a única diferença.

— Qual a outra?

— Ele…. Ele estava…. - mais uma vez ele apenas conseguia mexer no cabelo

— Ele estava o quê?

— ELE ESTAVA MUITO PRÓXIMO DE VOCÊ!

 

Camille se assustou com a resposta rápida e direta de Moose.

 

—Ela ficava o tempo todo colocando a mão em você, assim! - Moose disse isso e colocou as mãos na cintura de Camille, a puxando ainda mais pra perto.

 

Ela instintivamente colocou suas mãos no ombro do moreno. Mas foi só isso. Nenhum deles tentou se afastar. Nenhum desviou o olhar. E mais importante, os dois começaram a diminuir o pequeno espaço entre si.

 

Mas um barulho de dentro da festa fez com que se afastasse pelo susto.

 

—E-entendeu a diferença? - falou o moreno sentindo seu corpo inteiro esquentar.

— Entendi - respondeu Camille sem olhar para ele - Mas, de qualquer forma, não é como se as pessoas não se encostassem durante uma dança. Nós quando dançamos aquele tango na escola ficamos bem próximos também.

— Eu sei! Exatamente! Me dá raiva só de pensar que ele pode ter pensado nas coisas que eu pensei!

 

Aquela frase parecia bem confusa para Camille em um primeiro momento, mas depois de alguns segundos ela olhou para Moose e o viu em um tom de vermelho que nunca tinha visto antes e com os olhos com um leve tom de pânico.

 

—O que você pensou?

— …

— Quando dançamos na escola. O que você pensou?

— E-eu… não me lembro.

— Lembra sim!

 

Ele ia desviar o olhar, mas não conseguia.

 

—Eu só… Eu só pensei em como você estava linda. E como você dançava bem.

— Só isso? - perguntou ela se aproximando dele.

— E… em como seu corpo parecia caber perfeitamente no meu. E como dançar com você era relaxante e estimulante ao mesmo tempo.

 

Sem perceberem ambos pegaram nas mãos um do outro e começaram a se aproximar.

Dessa vez não teve uma pessoa interferindo, nem um barulho para os assustar.

O beijo que deram foi simples. Um selinho, mas que durou longos segundos, como se nenhum dos dois quisesse se separar. Um beijo que ao mesmo tempo respondia muitas perguntas, também criava várias outras, e nenhum deles parecia querer se separar para ter que pensar em respondê-las.

 

— Moose - falou Camille ofegante quando eles interromperam o beijo para poderem respirar - Isso…o que acabou de acontecer… você acha que foi certo?

— Como assim?

— Moose, eu...e-eu… - Camille travou olhando para os olhos do menino que ela sabia que poderia perder ao dizer o que passava em sua cabeça. E sem perceber começou a lacrimejar.

— Ei ei! Camille, desculpe! Se esse beijo era algo que você não queria que acontecesse…

— NÃO! Não é isso! - falou ela rapidamente secando as lágrimas e pegando as mãos de Moose - Eu queria! Eu queria te beijar, mas…

— Foi ruim? - perguntou ele em um tom leve de brincadeira que não teve o efeito desejado já que Camille não sorriu.

— Eu estou com medo do que vai acontecer à partir de agora entre a gente. Eu não quero te perder.

— Camille, você é minha melhor amiga no mundo inteiro, não têm chance nenhuma de você me perder! Na verdade, acho que esse beijo muda a nossa relação pra melhor. Você não acha?

— Mas você gosta de mim? Até hoje você sempre negou rápido e…

— Você também ué!

 

Eles ficaram se olhando e começaram a rir, eram realmente parecidos.

E Moose ficou olhando o sorriso de Camille. Aquela era a primeira vez em algum tempinho que ele via o sorriso que mais gostava no mundo!

 

— Camillion, você me conhece melhor do que ninguém, e sim, eu tenho um certo receio de que se tentarmos namorar e brigarmos feio eu vá perder a minha melhor amiga.

— É, eu sinto o mesmo - disse Cam abaixando a cabeça.

— MAS - falou Moose colocando o dedo indicador no queixo de Camille e a fazendo olhar para ele - Eu não sei se aguentaria ficar ao seu lado e fingir que não sinto algo além de amizade por você. Na verdade, eu não quero ter que fazer isso!

— Moose…

— Cam, eu penso em você mais que o normal ultimamente! Cada parte do meu dia eu penso em coisas que queria te contar, e não poder te contar sobre a dança dos últimos tempos foi péssimo! E… Eu sei que vai soar muito egoísta e idiota, mas eu odiei ver você com aquele cara!

 

Camille sorriu com a cara ciumenta que o moreno fez.

 

— Não é que você não possa dançar com outros caras. Aliás, você é você! Pode fazer qualquer coisa! Mas… eu quero ser seu único parceiro.

— Você é meu único parceiro de dança, Moose! - falou ela tentando tranquilizar a expressão do menino.

— Não só de dança. Quero ser seu parceiro na vida, Cam.

 

Nesse momento Camille conseguiu ver a seriedade no olhar de Moose. A mesma seriedade que ela via quando ele dançava pra valer, na verdade… Talvez até mais sério, e ela não conseguia conter a alegria.

 

— Bom! Mas eu já falei bastante do que eu penso e sinto! - disse ele coçando a nuca com as bochechas corando - E você o que sente?

 

Camille pensou em uma forma boa de começar a explicar como se sentia. Puxou Moose pela camiseta e o beijou. Mas dessa vez não foi um selinho, foi um beijo profundo.

As mãos de Moose ao redor da cintura de Camille a impedindo de se afastar e as dela agora bagunçando ainda mais os cachos do moreno.

 

Quando finalmente se afastaram:

 

— Boa forma de se expressar - brincou Moose ainda sem tirar as mãos da cintura dela.

— Eu sinto as mesmas coisas que você.

— Certeza?

— Absoluta!

 

Moose respirou aliviado.

 

— Então… antes de eu chegar… entre você e aquele cara…

— O Thomas? - perguntou Camille só para provocar.

 

Moose apenas a encarou.

 

— Esse seu lado ciumentinho é engraçado.

— Eu não acho.

— Não aconteceu nada. E se quer saber, eu só topei dançar com ele porque o estilo dela me lembrava o seu.

— Quê? Nem vem! Eu danço bem melhor que ele e...

— É eu sei.

 

Moose ia continuar falando, mas a resposta de Camille o parou.

Ela sabia.

Ela sabia de tudo.

Ela o conhecia melhor que ele mesmo.

 

— Eu te amo, Camille.

 

Ela não esperava por isso. Não naquele momento e nem daquele jeito direto. Mas não poderia ficar mais feliz.

 

— Eu também te amo, Moose.

 

Os dois se beijaram e em seguida já começaram a fazer o que os uniu pela primeira vez: dançar.

E os dois sabiam que dançariam juntos para sempre.


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Notas finais do capítulo

Bom é isso! Nem sei se tem gente que lê fic de Step Up hahaha espero que sim, pq esse casal dá muito material!!!

Se você leu, curtiu e gostaria de ler mais sobre esse casal, me avisa nos comentários!



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