Passeio sob o luar escrita por Aislyn


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fanfic no fandom. Espero que gostem!
Boa leitura!



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Aquele depósito não era o lugar mais confortável e limpo da cidade, mas não podiam se dar ao luxo de serem vistos juntos, exceto em casos excepcionais. Osamu Dazai estava longe de ser considerado um Romeu; não tinha nada de romântico nele, assim como Nakahara Chuuya não era uma Julieta, já que donzelas apaixonadas não combinavam com ele, mas era fato que estavam em lados opostos.

 

Desde que Dazai deixou a Máfia de Porto e começou a trabalhar para os Detetives Armados, precisavam se encontrar escondidos. Chuuya não sabia o que o chefe dos detetives diria se os visse juntos, mas tinha certeza que Ougai Mori, o chefe da Máfia, não ia gostar da situação.

 

Nakahara foi tirado de seus pensamentos com uma estocada funda, gemendo alto enquanto arranhava as costas do parceiro. Aquele maníaco suicida podia não ser muito confiável, mas não podia negar que era bom de cama. Talvez por se meter em diversas situações estranhas, na tentativa de acabar com a própria vida, tenha acabado por ficar com o corpo flexível, permitindo que testassem as mais diversas posições.

 

Palavras sussurradas em seu ouvido, os lábios roçando por seu pescoço e mais algumas estocadas foram o suficiente para fazer Chuuya gozar, relaxando sob o corpo quente de Dazai. Naquele momento, e somente naquele, sentiu vontade de ser uma Julieta, para poder puxar e abraçá-lo de encontro ao seu corpo. Nunca seria assim.

 

— Você é pesado, seu idiota. Saia de cima de mim. – contrariando seus desejos, aquelas foram as palavras proferidas por Chuuya, enquanto empurrava o outro para o lado, suspirando fundo de olhos fechados, odiando o vento frio que passou por seu corpo desnudo.

 

— Chuuya-kun, você é tão cruel comigo. – choramingou Dazai, que podia não ser um Romeu, mas foi atencioso o suficiente para pegar seu sobretudo e cobri-lo, usando apenas a manga longa para cobrir seu próprio corpo. Uma certa parte, na verdade.

 

— Eu sou cruel? Olha o lugar que trouxe a gente! – com um resmungo enfurecido e um soco no braço, Chuuya conseguiu se aproximar do detetive, a cabeça a centímetros de seu ombro.

 

— É? Não sabia que era tão exigente assim… achei que seus gostos refinados eram destinados apenas a vinhos e sapatos.

 

— Viu o modelo novo que comprei? – Chuuya pareceu realmente empolgado naquele momento, já que haviam entrado num assunto que ele gostava.

 

— Ah, vi sim! São horríveis! – Dazai comentou em tom de deboche, sabendo o quanto afetaria o outro. Gostava tanto de provocar aquele baixinho.

 

— Ora, seu…

 

O palavrão foi abafado pelos dedos de Dazai em seus lábios, pedindo por silêncio. E então ele ouviu os passos, leves e cuidadosos, mas não muito distantes. Uma troca rápida de olhares e chegaram à mesma conclusão: foram descobertos. Chuuya vestiu o casaco e procurava por suas calças, mas Dazai foi mais rápido, levantando-se enquanto amarrava o sobretudo e se postava à sua frente, dando-lhe tempo para vestir.

 

— Rashoumon!

 

O golpe veio rápido e certeiro, mas foi anulado assim que tocou em Dazai, arrancando um resmungo de desagrado do recém-chegado.

 

— É só você…

 

Reconhecendo a voz e sabendo que era seguro, Chuuya se levantou para receber o colega, ignorando o olhar enviesado.

 

— O que está fazendo aqui, Akutagawa? – Nakahara questionou enquanto ajeitava o chapéu sobre os fios ruivos, aliviado por não precisar inventar uma desculpa. Akutagawa era, por assim dizer, membro do fã clube de Dazai, não ia dedurá-los, por mais que desconfiasse da situação.

 

— Só… dando uma volta…

 

A hesitação não passou despercebida pelos dois, arrancando um sorriso de canto de Dazai, que não segurou a língua no comentário.

 

— Dando uma volta ao luar, é? Talvez levando seu gatinho pra passear?

 

Como resposta, dois pares de olhos brilhantes surgiram atrás de Akutagawa, provando que Dazai estava certo.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de fazer uma autora feliz! Digam o que acharam da história.
Até a próxima!



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