Eijirou comemorava seu 5º aniversário, suas mães fizeram uma pequena festa e convidaram os amiguinhos que moravam próximos. Izuku, Ashido, Denki e Katsuki foram os primeiros a chegar. O tema da festinha era, obviamente, do herói Crimson Riot. Os detalhes na mesa e no painel eram bonitos e bem chamativos. Eijirou trajava uma imitação da roupa de seu herói favorito, ele era de longe uma mistura de fofura e virilidade.

— Feliz aniversário, Eijirou-kun! — Izuku lhe entregou um pequeno embrulho.

— Obrigado!

— Sai da frente Deku! — Katsuki o empurrou levemente — ‘tá na hora de olhar o meu presente, Eiji!

— Ele tem que ver o meu também! — Ochako acabava de chegar e já dava pequenos pulinhos ao redor dos amigos.

As crianças continuavam animadas e corriam de um lado para o outro. Os pais mantinham vigilância enquanto conversavam, tudo na perfeita paz até Denki rir e dar um pequeno choque em Izuku.

— Isso é muito legal, Denki-kun! — O menino de cabelos verdes o admirava com lágrimas nos olhos — mas agora ‘tá doendo...

Izuku chorou. Katsuki gritou para ele parar e, Eijirou tentava consolá-lo. Inko pegou o filho no colo para acalmá-lo, Mistuki logo chamou atenção do filho.

— Por que você está gritado com o Izuku? — A mulher zangou-se.

— Porque ele é um chorão! — O menino se defendeu.

— É normal chorar, Katsuki. Eijirou já chorou tantas vezes e você não brigou com ele. — Sua mãe o lembrou de forma gentil, ou pelo menos acreditava que era.

— Mas o Eiji é diferente!

— Ei crianças, vamos cortar o bolo! — Sakumi, mãe do aniversariante, os chamou interrompendo o que Mitsuki iria dizer ao filho.

Os pequenos amontoaram-se ao redor da mesa. O bolo tinha a cobertura com glacê vermelho vibrante, um topo de bolo do herói favorito de Eijirou estava em sua pose clássica, ao lado de uma pequena placa escrito “parabéns”. Tinham também muitos docinhos e balas espalhados na superfície da mesa. Keiko, sua mãe, o colocou em cima de um banquinho para que ficasse na altura do bolo. As luzes foram apagadas, as crianças bateram palmas alegremente. O aniversariante soprou as velas e fez um pedido. Sakumi pegou a espátula e o ajudou a cortar o primeiro pedaço.

— O primeiro pedaço vai para... — Sua mãe sorriu entregando o pratinho nas mãos de Eijirou.

— ‘Pra pessoa mais legal que eu conheço no mundo todo! — Girando o corpo, colocou o prato na frente de Katsuki — Toma ‘Suki!

Katsuki ficou com as bochechas coradas enquanto as demais crianças faziam um coro de “puxa saco”. Em seu pequeno coração uma alegria latente se instalava; para seu melhor amigo, ele era a pessoa mais legal do mundo.

Katsuki prometeu não deixar isso mudar.