A Vida e as Mentiras de Zaniah Black escrita por Bells


Capítulo 8
A Promessa


Notas iniciais do capítulo

oieee
gente, demorei um pouco mais dessa vez pq estou em temporada de festas de formatura dos meus amigos (e a minha tbm)
Eu vou viajar para um lugar com pouca internet dia 25 e volto dia 6, então deixarei dois capítulos agendados pra fic não ficar parada.
Queria agradecer a quem está acompanhando (chegamos em 400 visualizações :D), em especial a Aly e a Tapioca que estão sempre comentando ♥ maravilhosas!
Espero que gostem do capítulo!



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Era dia 31 de agosto de 1974 e os onze Black’s, Orion, Walburga, Sirius, Régulos, Zaniah, Cygnus, Druella, Bellatrix, Andrômeda, Narcisa e Alphard, estavam reunidos na mesa de jantar, finalizando as férias dos adolescentes que ainda frequentavam Hogwarts.

Na mesa, o assunto principal era o casamento de Bellatrix com um moço de boa família, Rodolphus Lestrange.

— E onde vocês vão morar depois do casamento, querida? – Walburga questionou a sobrinha mais velha.

— Em uma propriedade dos Lestrange no país de Gales, tia. – Bellatrix respondeu. – É altamente luxuosa e tem muito espaço.

— Espaço é bom. – Orion disse ao terminar sua taça de vinho branco. – Quando os filhos começarem a nascer, você verá que espaço é valioso.

Bellatrix engoliu em seco após a fala do padrinho.

— Ah sim, claro. No entanto, eu e Rodolphus achamos que é melhor esperar um pouco mais para sermos pais.

— Por quê? – Orion indagou. – Quanto antes vocês começam, mais filhos vocês têm. O que é importante para a nossa sociedade puro-sangue.

— Nós não estamos preparados agora, tio. – Ela explicou. – Uma criança é muita responsabilidade.

— Não se os criar da maneira correta.

Zaniah estreitou os olhos para o pai, que não percebeu.

Você não pode estar sugerindo que nos criou corretamente.

— Bem, é claro que filhos são importantes depois do casamento. – Druella disse - Mas nossa preocupação agora é o casamento de Andrômeda.

— Eu já falei que não vou casar com o Flint. – Andrômeda disse no mesmo momento.

Cygnus pareceu irritado.

— Não vejo nem mesmo um motivo para não aceitar. – Cygnus disse. – Vocês são do mesmo ano, são da mesma Casa, conhecem-se desde que nasceram. – Cygnus falava numerando com os dedos todos os motivos para o acontecimento.

— E isso já é uma grande vantagem, Andrômeda! – Walburga disse. – Antigamente os pais nem mesmo perguntavam as preferências dos filhos. Uma tia-avó minha conheceu seu marido apenas no dia de seu casamento, ele era vinte e dois anos mais velho que ela.  

— Não me surpreendo, tia. - Andrômeda disse seca. – Afinal, você casou-se com seu próprio primo.

Uma tensão se instalou no ar. Era óbvio para todos que a situação de Walburga e Orion era delicada.

Alphard resolveu quebrar o gelo que havia se instalado.

— Mas explique-nos, Andie. Por que não quer se casar com Flint?

— Não gosto dele, tio. Não para passar o resto da minha vida ao seu lado.

— Bobagem. – Disse Orion. – A convivência cria uma intimidade que torna a relação o suficiente.

— Eu não quero uma relação suficiente, tio! – Andrômeda disse rispidamente, levando um cutucão de Narcisa, que estava ao seu lado. – Eu quero um relacionamento que me complete. Onde eu me sinta segura e valorizada.

— Acho que você anda lendo muitos contos de fadas, Andrômeda. – Disse Cygnus.

— Bem, não parece um conto de fadas para Narcisa.

— Não é minha culpa se eu e Lúcius sempre nos gostamos, Andie. – A mais nova das irmãs se defendeu rapidamente. – Mas não pense que nosso relacionamento não tem seus altos e baixos.

— Mas pelo menos é um relacionamento, não apenas um contrato.

Bellatrix revirou os olhos.

— Se você não lembra, irmã, lembrarei. – A mais velha falou em direção à irmã. – Eu e Rodolphus também tivemos um contrato. E nos damos muito bem.

— O contrato de vocês foi feito quando você nasceu, Bella! – Andrômeda disse agitada. – Vocês cresceram sabendo que um dia iriam se casar, essa ideia é tão normal para vocês que é o certo. O que torna muito diferente do meu caso.

— Está dizendo que eu deveria ter assinado um contrato com os Flint quando você nasceu, Andrômeda? – Cygnus perguntou.

— Para começar, acho muito errada essa história de contrato, papai.

— Mas não é você quem decide isso. – Cygnus falou irritado. – Se era melhor ter assinado um contrato para casar você com Flint quando você nasceu, que pena, pois não podemos mudar isso! O que estou dizendo é que não vai fazer diferença seu contrato ter sido feito ao você nascer ou agora. Se você aceitar e se casar, o resultado será o mesmo. – Cygnus respirava fundo, contendo-se. – Então, Andrômeda, qual o problema? – Falou friamente. Novamente se instalou um clima de tensão no cômodo e a filha do meio baixou sua cabeça.

Andrômeda segurava o choro, o qual estava prestes a sair pela sua garganta em forma de soluço.

— Andrômeda. Seu pai fez uma pergunta. – Druella disse ríspida.

Uma coisa que as famílias sangue-puro sempre abominaram, num geral, era a demonstração de sentimentos em público. Alegria demais, medo demais, raiva demais, ansiedade demais. A frase “Mantenha-se neutro” era como um lema e retumbava na mente de todos aqueles que foram educados nas famílias de grandes nomes.

Então, quando Andrômeda Rosier Black ergueu sua cabeça e mostrou as lágrimas que escorriam livremente pelo seu rosto, nenhum dos participantes da mesa achou normal. As reações de todos se dividiam em nojo, porque afinal ela chorava, e surpresa, pois Andrômeda sempre foi impassível quanto a tudo.

— A diferença, papai – sua voz saiu embargada. – é que eu não teria me deixado apaixonar por outra pessoa se eu soubesse desde sempre que já estava prometida.

Cygnus e Druella pareciam extremamente surpresos, mesmo que contidos.

— Por quem você está apaixonada, Andie? – Druella falou de forma doce para a filha. Se fosse um casamento benéfico às duas famílias, não via motivos para impedi-lo.

Mas Andrômeda não respondeu.

Bellatrix, agora vermelha, olhou a irmã com um notável nojo na voz.

— Você não está falando daquele sangue-ruim da Lufa-Lufa, está?

Andrômeda olhou Bella em choque, perguntando-se como a irmã teria conhecimento.

A castanha apenas conseguiu engolir em seco, enquanto todos os presentes entendiam a questão.

Andrômeda está apaixonada por um sangue ruim.

Cygnus levantou-se furioso e bateu fortemente na mesa, fazendo Andrômeda, que nunca havia sido motivo para um acesso de raiva de seu pai, encolher-se contra sua cadeira.

— Você acha que é quem, pirralha? – O Black perguntava indo em direção da filha, seu rosto vermelho, as juntas dos dedos brancas pela força que fazia, os olhos, normalmente cinzas, agora pretos brilhando em raiva. – Acha que é quem para sujar o nome dos Black, envolvendo-se com um maldito sangue-ruim?

Andrômeda respirava tensa. Suas pernas, abaixo da mesa, estavam bambas e duvidava que conseguiria levantar-se. Engoliu o choro que a assolava novamente e tentava manter a calma.

— Você sabe o que vai lhe acontecer se resolver ficar com ele? – Cygnus perguntava frio. Andrômeda não conseguiu responder nada, apenas olhava o pai totalmente paralisada. – Nós vamos acabar com a sua vida.

Andrômeda engoliu em seco.

— Nós temos relevância social e prestígio no Ministério suficientes para, se quisermos, impedir você de ser contratada em qualquer lugar. Você e seu sangue-ruim. Vocês morreriam de fome. – Orion disse para a sobrinha, sendo apoiado pelo primo, Cygnus.

— Ou se obrigariam a ir para o mundo trouxa. – O pai disse. – De onde a ralé nunca deveria ter saído.

— Na verdade, meu caro Cygnus, poderíamos fazer pior. – Orion disse pensativo. – Todos nos prestigiam. Somos a nobreza do mundo bruxo. – Orion começou a apresentar os fatos. – Não seria a primeira vez que nossa família se livraria de alguém que possa nos prejudicar em algo e sairia impune.

Os olhos de Andrômeda se arregalaram. Bem como os de Sirius. Zaniah, Régulos e Narcisa se entreolharam, levemente assustados. Já Bellatrix parecia se divertir com toda a cena. Diferente de Alphard que, mesmo que não demonstrasse, estava envergonhado pelas palavras do irmão e do cunhado, que também era seu primo.

— O-o que você quer dizer, tio Orion? – A irmã do meio perguntou enquanto tremia.

— Seu tio quer dizer, Andrômeda, é que se você não mudar de ideia sobre o sangue-ruim, nós apagamos ele do mundo. – Cygnus respondeu friamente. – Ninguém vai nem mesmo lembrar que um dia ele existiu.

Andrômeda estava apavorada.

— Mas é claro que a escolha é toda sua. – Cygnus falou ironicamente. – Então, o que me diz?

A castanha respirou fundo para responder.

Sabia o poder dos Black no meio em que viviam. Sabia que eles realmente cumpriam suas promessas, independentes do que fossem. Sabia que se seu pai e tio prometeram apagar Ted Tonks do mundo, assim o fariam. Sem remorso algum.

Seu amor pelo lufano era puro. E, com certeza, preferia ele vivo do que ele morto ao tentar ficar do seu lado.

A decisão que estava sendo obrigada a tomar era a mais dolorosa que já havia sentido.

— Pode avisar aos Flint para marcarem o casamento. – disse em direção ao seu pai.

Cygnus sentou-se novamente, satisfeito. Sorriu para a filha.

— Eu sabia que você tomaria a decisão certa, minha querida.

Andrômeda estava apavorada, no entanto, apenas assentiu para o pai que se cobria com uma máscara falsa.

Naquela noite, Andrômeda não respondeu a carta de Ted. Mas sim, a que Rigel Flint havia mandado.

A partir da manhã seguinte, tudo seria diferente na vida da Black.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Lembrem de comentar (aos fantasminhas que eu sei que estão aí, apareçam!)
See you guyys
FELIZ NATAL PESSOAL ♥



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