A Garota e o vampiro escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 3
Clarissa Dragomir




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P.O.V. Sebastian.

É fascinante o que essas caixinhas mágicas podem fazer. Você encontra toda e qualquer coisa com elas. Inclusive uma pessoa.

Clarissa Adelaide Dragomir. Nascida dia 10 de junho de 2012, ela tem dezessete anos de idade. E como essa é uma cidade pequena, eu rapidamente me encontrei na porta da casa dela.

Uma casa suburbana com cerca branca e gramado verde. Fiz o caminho até a varanda, subi os degraus e notei um balanço pendurado ao lado.

Bati á porta e uma senhora com cabelos grisalhos atendeu.

—Pois não?

—Estou procurando a Clarissa.

—Certo. Você é ele não é? O tal do Sebastian.

—Temo que sim.

A senhora respirou fundo e disse com resignação:

—Vou fazer um pouco de chá.

Ela entrou e eu fiquei pra fora.

—Ahm, seria gentil de me convidar a entrar?

A mulher já de idade riu. E veio carregando o bule e as xícaras de porcelana chinesa pintada á mão.

—Bela tentativa. Não vamos fazer rodeios, certo? Eu sei o que você é. Não vou te convidar a entrar e sei que entende o porque.

Ela sabia que eu era um vampiro. Sem poder dizer nada eu só lhe lancei um olhar significativo e assenti com a cabeça.

—E o que a senhora, seria?

—Sou uma bruxa. A sua Cassandra, ela era minha ancestral.

Nunca soube que Cassandra tinha tido filhos.

—O que sabe dela?

—Sei que ela liberou um monstro sob um bando de humanos para defender um vampiro. E isso irritou os ancestrais. E Cassandra foi amaldiçoada.

—O monstro a matou.

—Eu não duvido. Olha, você pegue as suas coisas e vá o mais longe que puder da minha neta.

Expliquei á ela que eu não podia. Que eu havia me apaixonado por Clarissa no momento em que a vi pela primeira vez.

—Então, já começou. 

—O que começou?

—O tanto que fizemos para protegê-la, minha filha foi viver na Califórnia, nunca vinha visitar, para manter ela longe de Mystic Falls, mas agora... a Katherine morreu e eu fiquei com a guarda da Clary.

—Clary?

—Ela não gosta que as pessoas a chamem de Clarissa.

—Porque não?

—Porque de acordo com ela, a faz se sentir velha.

—Protegê-la de que? Eu posso protegê-la.

A mulher riu.

—La Mort por La Amour.

—A Morte Pelo Amor.

—Você não vai protegê-la. Vai matá-la.

—Eu tenho mais controle sob mim mesmo do que pensa.

Ela serviu mais um pouco do chá de mel de camomila.

—Quando Cassandra sacrificou tudo e todo mundo para salvar você, colocando um vampiro, uma criatura da noite, uma praga de bruxa sob seu dever sagrado. Os ancestrais não gostaram e amaldiçoaram vocês dois. Você, por matar toda aquela gente e ela por não te deter. Por convocar um mal ainda pior. Minha neta é o modo que a maldição encontrou que se concretizar. Há uma razão para ela se parecer tanto com a sua amada Cassandra. Ela não se lembra de nada do que aconteceu. Se quer se lembra de você, não duma forma consciente ao menos.

Minha mente levou alguns minutos para processar aquela informação.

—Está me dizendo que Cassandra e Clarissa são a mesma pessoa?

—Não. Elas são a mesma alma. Clary não tem memória de nada do que aconteceu á quatrocentos e tantos anos atrás, minha filha e eu estamos procurando uma brecha a anos, uma maneira de salvá-la. De impedir a maldição. Nós não encontramos nada.

—Encontrou algo. O que foi?

—Começou com sangue e acabará com sangue. O amor foi o princípio e ele será o fim.


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