Louco de Amor escrita por Brainstorm Bluish


Capítulo 1
Capítulo Único!




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Nós éramos perfeitos juntos. Você me fazia tão bem, tão feliz. Eu queria ter tido a chance de te apresentar a minha família, mas eles nunca quiseram te conhecer, diziam que eu estava louco, que você não existia e que eu estava mentindo.
Quando eu te contei você riu e disse que não se importava com o que os outros diziam e que eu também não deveria e eu te ouvi. Parei de me importar, aos poucos deixei de ir a casa dos meus pais e dos poucos amigos que tinha. Não queria ouvir os absurdos que diziam sobre nós.

E então aconteceu.
Certa tarde cheguei em casa do trabalho e você ainda não havia chegado, levaria algum tempo ainda. Quando abri a porta encontrei meus pais e mais alguns estranhos na nossa sala. Eu não tinha ideia de como entraram. Minha mãe chorava copiosamente e eu me assustei, perguntei o que tinha acontecido, qual era o problema.
­­-- Eu sinto muito querido, é para o seu próprio bem – disse ela em meio a lagrimas.
Eu não entendi a princípio, mas então as outras pessoas se aproximaram, me seguraram e foi quando eu percebi que eram enfermeiros, me deram uma injeção mesmo eu me debatendo, tentando sair, e então eu apaguei.
Acordei num hospital psiquiátrico. Me levaram para uma consulta. O doutor me disse que eu sofria delírios, que você não era real. Eu disse seu número de telefone, disse o local em que você trabalhava. O doutor pesquisou na minha frente: não existiam. Ele perguntou se havia alguma foto. Não tinha, você odiava fotos.
Eu esperei você me visitar. Esperei dias, semanas. E então eu desisti.
Tomava todos os remédios que eles me passavam e me comportava bem, então eles me deram alta.
Eu voltei para casa, a nossa casa.
Era tão estranho estar lá sabendo que você não era real. Você foi a melhor coisa que me aconteceu e no final não passava de um delírio. Eu nunca fui tão feliz como quando estava com você. O que eu faria?
Me disseram para viver, sair, conhecer pessoas e tomar os remédios. Eu tentei por um tempo, conheci pessoas, beijei outras bocas, mas parecia tão errado. Eu sentia sua falta, a sua ausência doía como o inferno. Eu nunca estive tão mal. Eu percebi então que te amaria para sempre e que você era insubstituível. Perder você foi a pior coisa, eu perdi tudo, toda  a minha alegria, toda a minha motivação, meu rumo.

Eu joguei os comprimidos na pia. Eu não os tomaria mais, eu precisava que você voltasse. Você tinha que voltar para mim. Eu faria qualquer coisa para te ter de volta.
Para minha família eu fingiria que ainda tomava os remédios, diria a eles o que quisessem ouvir, mas eu precisava de você. Do fundo da minha alma, eu precisava de você para voltar a ser feliz.
Não foi tão rápido como eu gostaria, levou meses para o meu corpo se livrar por completo da medicação, e esse período foi horrível, eu me sentia mal, eu senti náuseas, dores no peito, mas eu não podia ir ao médico. Enfim passou e valeu a pena.
Num sábado de manhã, quando voltei do mercado, abri a porta e la estava você, sentado no chão, bebendo café e lendo, como gostava de fazer. Você levantou os olhos do livro e sorriu para mim. Eu mal pude acreditar. Lagrimas rolaram pelo meu rosto, mas dessa vez eram de alegria.
E então você disse; disse o que eu precisava desesperadamente ouvir:
—- Eu te amo, hoje muito mais do que ontem e infinitamente menos do que te amarei amanhã.
Finalmente! Finalmente eu seria feliz de novo. Ninguém nunca mais te tiraria de mim, eu não permitiria.
Meu grande amor, vamos ficar juntos para sempre!


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