Entre Vampiros & Lobos escrita por Mad Love, Alina Black


Capítulo 86
37x4- Audiência




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/784442/chapter/86

Eu estava sentada entre Renee e Sue no bando de trás da viatura de Charlie, Jacob estava sentado a frente, mas seu olhar sempre se voltava para mim a cada dois minutos.

—Querida você esta gelada!

Renee falou enquanto tentava aquecer minhas mãos entre as dela, o olhar de preocupação de Jacob se fixou em mim e eu sorri tentando mostrar que tudo estava bem, mas ele sabia que não estava.

—Chegamos!

Charlie sussurrou estacionando a viatura diante do prédio, não era tão grande, na verdade parecia mais um casarão, Jacob saiu abrindo a porta de trás para que saíssemos, Renée agradeceu ao gesto olhando para o advogado que já estava a nossa espera.

— Renesmee terá que vir comigo, ficará em uma sala de espera enquanto o juiz recolhe os depoimentos de ambas as partes – O advogado falou de forma gentil, Charlie concordou e me deu um abraço junto com Renee, ao sair de seus braços eu olhei para Jacob.

—Vai ficar tudo bem! Ele sussurrou beijando a minha testa.

— Eu queria ter certeza disso! Suspirei em seus braços.

Entramos juntos pela porta principal e assim que chegamos a recepção meu olhar se voltou para um canto, Esme estava ao lado de Afonso acompanhados de um homem que eu deduzi que fosse seu advogado, o olhar de ambos se voltou para mim.

— Vamos Renesmee! O advogado falou me mostrando um corredor, concordei com a cabeça e após selar os lábios de Jacob eu o segui.

Eu me sentia como uma criança indefesa como se não soubesse o que era bom ou mau e precisasse que os adultos decidissem, após alguns minutos caminhando por um corredor cheio de portas finalmente eu entrava em uma sala, era pequena mais tinha duas portas, a que entrei e a outra eu deduzi que dava a sala da audiência.

— Precisamos acertar alguns detalhes!

O advogado falou gentilmente enquanto eu sentava em uma confortável poltrona, apesar de pequena a sala era aconchegante, havia uma pequena mesa com café e biscoitos.

— Sim senhor! Respondi

— Primeiro por mais difícil que possa ser não fique nervosa, no final a sua palavra é a final, e não se deixei levar por qualquer coisa que o outro advogado possa dizer, você me entendeu? Ele olhou em meus olhos.

—Eu entendi! Concordei com a cabeça.

— Qualquer coisa que falem de seus pais, de Renee e Charlie, não deixe nada influencia-la, o advogado deles sabe que isso é um caso perdida, mas tentará de tudo para mudar isso.

— Certo!

— Eu estou aqui para protege-la caso haja exageros!

— Obrigada senhor! Respondi sorrindo.

—Não precisa agradecer, agora preciso tomar meu posto e um funcionário virá busca-la quando chegar sua vez – Ele falou de forma gentil e em seguida levantou caminhando até a porta e saiu.

Eu respirei fundo.

Não sabia por quanto tempo eu esperaria, abri a bolsa e peguei o livro que estava lendo e resolvi me distrair, tudo acabaria logo, eu só precisava responder as perguntas do juiz, talvez não fosse algo tão difícil assim.

A quem eu queria enganar, eu estava desesperada.

Imaginar que eu corria o risco de ter que ir morar com um casal que nunca havia visto me aterrorizava, ficar longe de Renee e Charlie, de Jacob e até da minha irmã vampira era algo que eu não conseguiria, por um momento pensei em Bela, fazia mais de uma semana que eu não sabia noticias dela, enquanto Charlie continuava em busca de respostas para o fato dela não ter nem sequer ligado.

Eu admitia que havia pego pesado com Bela, não imaginava como era ser uma vampira, e muito menos acordar de um parto com a filha crescida, sem poder aproveitar os momentos que uma maternidade trás, toque, detalhes, eu suspirei e sorri acariciando minha barriga

A porta da sala se abriu e uma moça entrou – Senhorita venha comigo! Ela falou educadamente abrindo a porta do outro lado da parede – Você pode deixar suas coisas na sala, ninguém pode entrar aqui.

Eu concordei largando o livro e a bolsa sobre o sofá e levantei a seguindo, havia mais um corredor um pouco mais estreito e vazio, uma nova porta era aberta e quando eu passei por ela entrava em uma sala um pouco maior, havia uma grande mesa, na cabeceira da mesa havia um homem sentado, deduzi ser o juiz,  e de ambos os lados dois rapazes, um tinha um notebook em mão e o outro um caderno onde ele fazia umas anotações, de ambos os lados da mesa estavam Charlie, nosso advogado e Renee e do outro Esme, o advogado deles e Afonso.

— Bom dia senhorita Renesmee! O juiz falou de forma educada enquanto a moça que me acompanhava puxava uma cadeira um pouco mais distante para que eu sentasse.

— Bom dia senhor! Eu respondi com a voz tremula.

— Você está se sentindo bem? O juiz perguntou – Acha que pode responder as perguntas?

—Sim senhor! Eu respondi olhando para meus pais, Charlie e Renee, os únicos pais que eu tinha.

— Então vamos iniciar – O juiz falou olhando o papel que tinha em mãos – Me diga seu nome completo e idade.

—Renesmee Dwyer Swan, tenho 16 anos! Respondi.

— Você estuda onde e que séries faz? O Juiz perguntou.

—Estudo na escola secundaria de Forks, e faço o segundo ano! Respondi.

— A quanto tempo mora com Charlie Swan?

— A mais de um ano!

— Pode nos falar como é sua relação com seus pais?

Eu dei um sorriso e senti que meus olhos estavam enchendo de lagrimas mas respirei fundo – Para ser honesta senhor eu não entendo razões para essa audiência, eu tenho pais maravilhosos, enquanto vivia com minha mãe Renee ela sempre deu a minha irmã e eu todo amor e carinho do mundo, Renee é nossa melhor amiga até quando corta a mesada e nos deixa de castigo – Olhei para Renee e ela sorriu – Depois que vir morar com Charlie eu ganhei um melhor amigo também, ele sempre fez de tudo para que minha irmã e eu não sentíssemos tanto a mudança e ausência de Renee, Charlie é um bom pai e meu protetor – Meus olhar se voltou para Afonso – Não vejo outro pai além dele...

—Senhor! O advogado de Afonso me interrompia – A menor está falando algo que talvez possa ter sido instruída a falar, peço que não seja considerado.

— Desculpe senhor, mas creio que uma garota de 16 anos fale por si mesma, como posso induzi-la a falar algo se ela é praticamente adulta? O advogado de Charlie falava levantando.

— Está certo, o depoimento da menor será aceito, peço que os advogados mantenham a compostura! O juiz respondeu em seguida olhou para mim -

Você acha que seus pais biológicos merecem uma oportunidade de conhece-la e conviver com você?

—Não senhor! Respondi – Desde que ambos se aproximaram de mim nunca fizeram nada para conquistar isso, só me machucaram.

O juiz balançou a cabeça – Dou a palavra aos advogados.

O advogado de Afonso levantou e caminhou em minha direção – Senhorita Swan você sabe quantos anos sua mãe verdadeira Esme tinha quando engravidou?

—Sim senhor – Respondi- a minha idade, 16 anos.

— Então nunca parou para pensar o quanto foi difícil para ela? Ele me olhou – sua mãe tinha apenas 16 anos e uma criança par cuidar, ela acreditou que outra pessoa cuidaria melhor do que ela, mas isso não significa que ela não a amava, a amava tanto que achou melhor o sofrimento de abrir mão de você por saber que estaria melhor sem ela.

Eu comecei a rir e todos olharam para mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Entre Vampiros & Lobos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.