Secrets: Year One escrita por Moony Dragon


Capítulo 6
Capítulo 5




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NICO

Compartilhar um dormitório com outros quatro meninos é bizarro, mas estranhamente familiar. Faz lembrar Nico de Westover Hall, onde ele não tinha nada a esconder. Além de ser um pouco estranho com sua agitação e seu card de Mitomagia, ele era como todo mundo, mas aqui Nico tinha muitos segredos.

— Hora de acordar! – Will grita, pulando na sua cama.

— Vai se foder – resmunga, se escondendo debaixo das cobertas.

— Modos! – Will exclama.

— Muito bem, então em italiano. Vaffanculo! – Nico fala e Will o encara incrédulo.

— Ele tem razão. Você deve se vestir, tomaremos café da manhã daqui a pouco – Ernie Macmillian diz. Resmungando, di Angelo se arrasta da cama.

Nico ainda estava um pouco drenado da viagem das sombra de ontem, mas um sono sem pesadelos em um marshmallow gigante sempre ajudava. Tomou um banho rápido e colocou as vestes, ignorando a gravata amarela.

Will o encara se dirigindo para saída. – Coloque. A. Gravata – Nico franziu o cenho a colocando.

— E aí, Drácula – Kat cumprimenta, sorrindo para o menino. Seu uniforme estava desgastado, com a gravata pendurada sobre os ombros e os cabelos pálidos puxados em uma rabo de cavalo desarrumado.

— Olha quem fala. Você é ainda mais pálida do que eu.

— É verdade, mas isso me faz parecer linda e misteriosa, você é apenas pálido – ela brinca.

— Um problema que eu nunca tive – Will acrescenta. Kat revira os olhos e gesticula para que a sigam pelo corredor. Por que eles estão saindo comigo? 

Quando chegam à mesa da Lufa-lufa, Tonks já estava sentada na ponta com os pés sobre a mesa. – Olá, pirralhos – ela cumprimenta. Nico revirou os olhos e se sentou ao lado de Will, que estava olhando para a comida sonhadoramente.

— Eu sei que as bruxas são conhecidas por engordar crianças para assá-las como tortas, mas isso é ridículo – Kat diz, sinalizando para as centenas de diferentes alimentos do café da manhã. Os puro-sangues a encaram, alarmados.

Tonks ri. – Eu acredito que esse é o objetivo dos elfos domésticos.

— Elfos domésticos? – Nico pergunta.

— Certo, você é novo. Eles são os escravos do mundo mágico – ela explica.

— Escravos? – Nico cerra seus dentes.

— Depende. Hogwarts os paga e trata bem, mas a maioria das famílias puro-sangues, nem tanto. 

— Eles não têm direitos? – Hermione pergunta, virando-se para a mesa da Lufa-lufa.

— Não. O mundo bruxo não é só magia e unicórnios – Tonks suspira, seus cabelos ficando azuis.

— Isso é nojento! – exclama Kat. Hermione concorda com a cabeça, indignada.

No momento seguinte, várias corujas estão voando sobre as cabeças dos alunos com cartas entre suas garras. Uma coruja marrom escura pousa na cabeça de Nico, deixando cair uma carta nas mãos de Kat.

— Obrigada Mojo – ela diz, alimentando a coruja com um pouco do seu lanche.

— Sua mãe adotiva? – Nico pergunta.

Ela bufa. – Sim, claro. Ela provavelmente tem fobia de pássaros agora. É a minha irmã adotiva.

— Como ela é? – Will pergunta.

— O nome dela é Alex. Ela é como a Annie, mas mais sarcástica – ela responde, sorrindo com carinho.

— Então, ela é como você? – Will perguntou, sorrindo.

— Eu? Sarcástica? Não sei do que você está falando – ela diz, piscando os olhos de forma inocentemente cômica.

— Uh huh e minha cor favorita é rosa – Nico responde sarcasticamente. Ele não podia deixar de se sentir ciumento com seus relacionamentos fraternais. Nunca mais receberia cartas da irmã, ou qualquer outra coisa.

De repente, a comida não parecia mais saborosa.


••• 

No caminho para a transfiguração, um poltergeist voa entre os lustres se pendurado acima dos alunos gritando. – Oh, olha quem é! A mais inútil e ridícula de todas as casas-... – ele começa antes de reconhecer Nico. – Meu senhor! Eu não quis te perturbar! – o poltergeist lamenta, tentando beijar seus pés.

Eles poderiam ser menos óbvios?

Kat abandona sua conversa com Susana para rir de Nico. – Nicky, eu acho que você tem um admirador.

— Você está dispensado – Nico sibila, fazendo o espírito fugir gritando.

— Eu deveria ficar surpresa que até os fantasmas estão com medo de você? – Kat pergunta. Nico apenas revira os olhos e segue adiante. Realmente preciso fazer algo sobre esses fantasmas.

•••

Transfiguração era mais difícil do que Nico pensava. Não era magia o seu problema, mas sim as anotações.

— Nico Di Angelo com Blaise Zambini – McGonagall fala.

— Ciao, Anjo – Zabini cumprimentou com um sorriso insolente. Will olha para Nico com a cara distorcida em confusão.

— Chiamami ancora una volta così e perderai un arto – Chame-me disso mais uma vez e você vai perder um membro. Nico ameaça, falando em italiano. Blaise é um jovem alto, de pele escura, com maçãs do rosto altas e olhos longos e inclinados.

— Che noia! Penso che ti chiamerò da ora em poi. –  Que paranóico! Acho que vou chamá-lo assim a partir de agora.

— Possiamo andare avanti con questa incantesimo? – Nico suspira. Podemos continuar com o feitiço?

— Bene – Tudo bem. Ele concorda relutantemente. Nico olha para as instruções, mas as frases são confusas e impossíveis de entender.

— Você não pode se sentar com um parceiro que não esteja enojado com o seu mundo, seu imundo sangue ruim – a voz muito familiar de Malfoy sibila atrás de Nico.

O menino se vira para ver Kat fazendo um falso beicinho. – Parece que eu vou ter que parar de fazer nossos braceletes de amizade. Isso significa que a festa de pijamas está cancelada? – Draco a encara, claramente confuso.

— Oh, eu sinto muito, foram muitas palavras para o seu pequeno cérebro entender? – ela pergunta com falsa preocupação.

— COMO SE ATREVE-…

— Sr. Malfoy, Srta. Williams, por favor, evitem discutir durante a aula. Quinze pontos de Sonserina por falar durante a aula e pela linguagem – McGonagall diz com um olhar afiado. – E cinco pontos de Lufa-lufa por perturbar a classe – eles trocam olhares idênticos de ódio antes de retornar ao trabalho.

Depois de alguns minutos de fingir escrever, McGonagall caminha para a mesa de Nico. – Você não pode ler Sr. Di Angelo? Ou talvez eu precise explicar o que é uma pena? – Mcgonagall pergunta com uma expressão severa.

— Na verdade, eu não consigo ler – Nico responde. Malfoy resfolega em descrença. – Eu cresci na Itália, eu nunca aprendi a ler Inglês – mente, encarando Draco.

— Bem. Espero que você tente aprender – ela diz, seu rosto suavizando, antes de obter uma cópia das anotações e trazê-las para o menino – Transferendum italiano! – exclama Mcgonagall, sacudindo a varinha.

— É uma magia simples. Você deve claramente dizer t-r-a-n-s-f-e-re-n-d-u-m, em seguida, o idioma de sua escolha. O movimento da varinha é um simples chacoalhar – ela explica antes de traduzir os papéis de volta ao inglês e sinalizando para que o menino tente.

Nico acena e tenta fazer o mesmo. Para seu alívio, as palavras se traduzem instantaneamente. Podia jurar por um momento que viu um sorriso em Mcgonagall. 

— Certo. Espero que você trabalhe rápido para acompanhar o resto da turma – ela acrescenta antes de sair para repreender Crabbe e Goyle novamente.

— Uau, eu só passo meus verões na Itália – Zambini comenta.

Nico encolhe os ombros. – Eu vivo na América agora, mas nunca aprendi.

— Honestamente, o porquê deles permitirem você frequentar a escola quando nem pode ler está fora da minha compreensão – Draco diz com seu ar usual de superioridade.

— Você está me dizendo que seus amigos… – Nico começa, apontando para o Crabbe e Goyle que tinham voltado a bater um no outro com suas varinhas. – Sabem ler? – Draco apenas faz uma expressão de desprezo, na qual Nico recebe como um sinal para voltar ao trabalho.

O menino balançou a varinha em direção ao papel e fala silenciosamente “Transferendum Grego Antigo!"

— Eu não sabia que você tinha sido criado na Itália e na América – Will diz, virando-se.

— Eu escondo meu sotaque – explica, permitindo que o sotaque engrosse. 

Ele sorri. – Por que você faria isso? É adorável!

Nico cora. – Eu não sou adorável.

— Por favor, evitem conversar durante a minha aula – McGonagall diz.

— Seu animago deveria ser um falcão, não um gato – Nico resmunga, lembrando de sua demonstração anterior.

Depois que a maioria dos alunos terminou as anotações, um fósforo apareceu na frente de cada um deles.

— Transfiguração é uma magia técnica, você deve balançar sua varinha no movimento exato ao dizer o encantamento. Não desanime se você não tiver sucesso no início. Repita depois de mim. Vertistis acus! – McGonagall diz, sacudindo sua varinha antes de bater no fósforo, transformando-o em uma agulha. Kat deu um assobio lento atrás de Nico.

— Você está se oferecendo,  Srta. Williams? – Mcgonagall pergunta com um olhar severo.

—Hm, tudo bem, eu acho – Kat chia, claramente nervosa. – Vertistis acus! – sibila sem sucesso. – Vertistis acus! – ela tenta novamente.

Malfoy resmunga. – O que mais podemos esperar de um sangue sujo imundo.

Kat cerra os dentes, virando-se para Malfoy. – VERTISTIS ACUS! – Draco para de rir. Ele está congelado no lugar, uma coloração prateada surgindo em sua pele.

— Para a enfermaria – McGonagall suspira, não parecendo incomodada. – Vinte pontos da Lufa-Lufa!

Os guarda-costas de Malfoy pegam um Draco catatônico e levam-no embora, batendo a cabeça dele contra a porta.

— Isso conta como ter feito o feitiço corretamente? – Kat pergunta depois de alguns segundos fazendo todos rirem.

— Talvez na próxima vez você deva apontar para o fósforo – McGonagall responde, parecendo tentar não sorrir.

Até o final da aula, Kat tinha sido a única a chegar perto de completar o feitiço, mas a maioria estava muito feliz por ter visto Draco Agulha para se importar.

— Chamá-lo de homem de lata, que precisa de um coração, é muito previsível? –  pergunta Kat.

— Eu entendi essa referência! – Nico exclamou sem pensar. Will e Kat quase caem em risos. O italiano mal percebe as palavras "macacos voadores" e "Capitão América". Revirando os olhos e corando diz. – O que significa sangue sujo de qualquer maneira?

Kat se torna subitamente séria. – É um termo nojento usado para descrever nascidos-trouxas. É como chamar negros de macaco ou gays de viadinho – Nico tentou não reagir ao final dessa frase.

— Eu ouvi Draco dizer isso pelo menos três vezes – Will sibila com os dentes cerrados.

— Parece que ele merece uma revanche – Nico diz, com um sorriso malicioso nos lábios.

— Eu gosto do jeito que você pensa Di Angelo – Kat diz com uma expressão correspondente.

— Você vai socar ele novamente? – Will perguntou nervosamente.

— Novamente!? – pergunta Kat, parecendo impressionada. – É oficial, você é meu novo melhor amigo – ela adiciona,  colocando seu braço nos ombros de Nico.


••• 

A próxima aula era Herbologia com a Senhora Sprout, professora da casa Lufa-lufa. Quando ela terminou de explicar o básico da Herbologia e de os recepcionar por serem de sua casa, ela os fez plantar algo chamado Bulbos Saltadores, que desesperadamente tentavam escapar das mãos de Nico, claramente tão aterrorizadas quanto os animais quando chegam perto dele.

Após cinco minutos de luta com o bulbo Nico estava muito irritado e frustrado.  O bulbo finalmente parou de saltar, em vez disso, estava murchando em suas mãos até a morte.

— Oh, desculpa querido, o seu bulbo deve ter estado doente antes disso – disse a Sra. Sprout com uma expressão triste. Nico acena, sabendo que não era o caso.

•••

— Que tal bombas de fedor em seu dormitório? – Kat sugere.

Nico arqueia as sobrancelhas. – Não é muito criativo. Além disso, algo a ver com trouxas seria melhor – adiciona, melancolicamente.

— Que tal você fazer a pegadinha no dormitório com um objeto trouxa – Will sugere sem entusiasmo.

— Você é um gênio! – Kat exclama, seus olhos iluminando.

— Uhh…

— Eu vou esconder uma caixa de som em seu dormitório e acioná-la para tocar uma música trouxa em alto volume na madrugada! Ele nem sequer sabe o que é uma caixa de som então não será capaz de desligá-la – ela explica com um sorriso. 

— A magia não interfere com a eletricidade? – Nico lembra. 

— E sua caixa de som? Você não pode arriscar perdê-la – Will acrescenta.

— Merda – ela murmura. – Eu acho que poderia encontrar um feitiço que age como uma caixa de som…

— Nós podemos encontrar um na biblioteca mais tarde – Will sugere. – E não foi suficiente enfeitiçar Draco durante a aula?

— Por favor, isso não foi nada – ela diz revirando os olhos, – eu vou ter que aprender alguns feitiços mais adequados… – murmura. Antes que qualquer um de deles pudesse dizer qualquer coisa, uma menina da Sonserina raivosa, entrou na sala.

— Por causa do seu feitiço Draco esteve na enfermaria a manhã toda – a menina que Nico reconhece como Pansy Parkinson sibila.

— Que trágico – Kat responde em um tom sarcástico.

— C-Como você se atreve! – ela balbucia.

— Como me atrevo? Tenho certeza de que foi você quem começou esta conversa – Kat diz revirando os olhos.

— Eu não vou aceitar um lufano sangue sujo imundo falando comigo assim – ela chia. 

Antes que qualquer um deles pudesse reagir, um garoto de quarto ano aparece e segura sua varinha perto do queixo de Parkinson.

— Eu percebo que você é nova aqui, mas sob nenhuma circunstância você pode usar esse termo – ele diz calmamente.

Ela encara a varinha com raiva. – Desde que você pediu tão bem – o menino abaixa a varinha, dando-lhe um olhar de advertência. Parkinson lança um olhar furioso para Kat antes de ir embora.

— Desculpe por isso –, o garoto diz – alguns sangue-puros não são particularmente agradáveis. Sou Cedrico Diggory.

— Não me diga – Nico murmura.

— Por acaso você não quer ensinar alguns feitiços para nós, crianças amigáveis – Kat pergunta piscando seus olhos inocentemente.

Cedric ri. – Acho melhor não.

Kat faz uma careta antes de olhar para a mesa da Sonserina. – Eu volto já.

— Oh não – Will murmura. Nico escuta Kat falando sobre como ela era viciada em donuts, estendendo-se sobre uma menina loira na mesa da Sonserina pegando um prato cheio deles.

— Ugh, pode pegar todos eles. Você já os contaminou mesmo! –  Di Angelo escuta alguém gritar.

— O que você fez? – Nico pergunta.

— Aparentemente eu profanei o precioso nome da Sonserina chegando perto de sua mesa – ela responde, ainda comendo os donuts. Will e Nico lhe encaram com expressões de descrença e ela responde com um sorriso malicioso.

No caminho para próxima aula, Kat sussurra. – Sonserina tem Astronomia quarta-feira à noite, então podemos fazer a pegadinha.

— Como você sabe disso? – Nico pergunta.

— Eu olhei cronograma da loira na mesa – ela encolhe os ombros.

— Como é que vamos entrar de qualquer maneira? – o menino pergunta, ignorando o desejo de lembrá-la que ela também é loira.

— Nós não temos exatamente muitos amigos na Sonserina para nos dar a senha – Will lembra.

— HEY, CLONES! – Nico grita para as cabeças vermelhas a sua frente.

— Como podemos servi-lo? – eles respondem juntos.

— Como entramos nos dormitórios da Sonserina? – pergunta, sabendo que eles provavelmente conhecem as entradas secretas e senhas com o dorso de suas mãos idênticas.

— Por que lufanos inocentes como vocês querem saber sobre isso? – , perguntou o gêmeo do lado esquerdo.

— Curiosidade – Kat mente. – Embora eu tenha certeza que nenhum de vocês poderia ser inteligente o suficiente para saber o caminho.

— É claro que nós sabemos! – eles exclamaram juntos. – Nas masmorras, ao virar a esquina da sala das Poções.

— Você está revelando todos os nossos segredos Jorge! – exclama Fred, cobrindo a boca de Jorge com a mão.

— Você é o Jorge, idiota – o outro responde.

— Oh, é verdade.

— E a senha? – Will perguntou, interrompendo a pequena disputa.

Ambos cobrem a boca um do outro com suas mãos.

— É “puro-sangue”, não é? – Nico suspira. 

Eles fazem beicinho antes de acenar com a cabeça

— Obrigado. – Nico diz antes de começar a ir embora.

— Boa sorte com a sua pegadinha, jovens lufanos! – eles gritam.

— Nós devemos ir. Provavelmente estamos atrasados ​​para a aula de Feitiços – Will lembra.

— Se pudéssemos descobrir onde está a sala – Kat suspira.

— Nós poderíamos perguntar aos gêmeos, mas eles se foram e provavelmente teriam nos direcionado para um poço com lava como uma pegadinha – Nico acrescenta. Caminhando mais um pouco, pôde ver uma fantasma roxa flutuando perto deles.

— Com licença, senhora – , diz. – como chegamos na sala de aula de Feitiços?

— Segunda porta à esquerda no terceiro andar – ela responde. – As escadas que levam até a sala estão atrás daquela porta, lembre-se de fazer cócegas nela para abri-la, meu senhor.

— Obrigado – o menino diz. – E você pode dizer ao resto dos fantasmas para me tratar como qualquer outro estudante – sussurra.

Ela acena com a cabeça. – É claro.

— O que foi isso? – Will pergunta.

Felizmente, Kat responde por ele. – Nico é um garoto estranho. Já estou acostumada – ela encolhe os ombros, antes de enrolar as mangas e começar a fazer cócegas na porta. Depois de alguns segundos a porta abre. – Há! Eu sou a mestra das cócegas! 

— Isso vai ser muito útil se você estiver lutando contra um bruxo das trevas – Nico murmura sarcasticamente.

— Na verdade, seria porque eles estariam muito ocupados rindo para me matar – ela salienta. Nico revirou os olhos e subiu as escadas.

Quando chegam à aula, um pequeno homem que Nico reconhece do banquete volta às aulas está sentado em uma pilha de livros esperando pacientemente.

— Olá! – ele cumprimenta com uma voz estridente. – Ainda há alunos que não chegaram, então vamos esperar mais alguns minutos. 

Eventualmente, Harry e Ron entram correndo na sala.

— Bem-vindos! – o pequeno homem cumprimenta novamente. – Os salões podem ser bastante complicados. Por favor, tentem ser um pouco mais rápidos no futuro – eles acenam obviamente aliviados por não estarem em apuros, antes de tomar um assento.

— Sou o professor Flitwick. Eu vou fazer a chamada, por favor, levante a mão quando for responder para que eu possa aprender todos os nomes – ele diz.

Finalizada a chamada, Flitwick explicou a classe o que estariam estudando este ano. Kat sussurra para Nico. – Ele é tão pequeno e adorável que eu quero colocá-lo em minha bolsa como um Chihuahua – Nico olha para ela perturbado e volta a ouvir o professor. A maior parte da lição é dedicada a explicar a matéria e ler sobre levitação básica e encantamentos convocatórios.

— Que tédio! – Kat geme andando na direção de Nico que já que estava esperando por ela fora da sala de aula.

— É uma escola, o que você esperava?

— Eu esperava bichos brilhantes e enfeitiçar idiotas! – ela lembra.

— Tenho certeza que você terá muitas oportunidades para enfeitiçar as pessoas – Nico suspirou. – Você tem o resto do dia livre de qualquer maneira.

— Com isso você quer dizer escrever dois rolos de pergaminho para McGoogle sobre a ciência da transfiguração? – Kat os lembra.

— Eu vou ignorar este apelido terrível e ir para a biblioteca – Nico diz antes de sair. Tinha descoberto que a biblioteca de Hogwarts é o equivalente aos sonhos molhados dos filhos de Atena. A biblioteca tinha centenas de prateleiras empilhadas com mais livros do que Annabeth poderia contar.

Nico começou a procurar um canto na biblioteca cheio de almofadas macias para sentar. Depois de terminar o tema de transfiguração foi para a seção de encantos sobre objetos trouxas antes de desistir já que nem sabia o que era uma caixa de som. Em vez disso, dirigiu-se aos livros sobre a sociedade bruxa e escolheu alguns livros. Se ele fosse fingir ser um puro-sangue, precisaria saber algo pelo menos.

Depois de alguns minutos de leitura sobre magos italianos, Will entra na biblioteca. – Hey Neeks! Desculpe, estou atrasado. Kat me arrastou para jogar um jogo de estalo explosivo. Quase perdi as sobrancelhas.

— O que é estalo explosivo? – Nico pergunta.

— É como um jogo de cartas normal, mas as cartas espontaneamente explodem durante o jogo – ele explica, sentando ao seu lado.   

— Parece divertido – Di Angelo diz sarcasticamente.

— Kat parece pensar que sim – ele encolhe ombros, pegando um rolo de pergaminho.

— Ela vai estar aqui em breve? Duvido que tenha escrito algo até agora – Nico fala.

— Aparentemente, ela tem uma fobia de bibliotecas derivado de um evento assustador em sua infância – ele explica.

— Como é que eu a conheci em uma loja de livros? – o menino se pergunta.

— Ela estava realmente lendo?

— Ela jogou um livro na minha cabeça – diz, fazendo Will rir.

— Você encontrou alguma coisa para a pegadinha? – ele pergunta.

— Eu peguei este livro sobre encantos com objetos trouxas, mas eu realmente não sei o que é uma caixa de som então… – explica, encolhendo os ombros. Will acena com a cabeça pegando o livro antes de obter mais alguns da seção de encantos e se juntar a Nico em silêncio confortável.

•••

No momento em que Nico volta para a sala comunal era quase hora do jantar.

— Você gostaria de jogar conosco? – Justino pergunta quando Di Angelo entra. Ele e alguns dos outros alunos do primeiro ano estavam reunidos em torno de algo que parecia um jogo de bolinha de gude.

— Não, obrigado – Nico responde. Quando estava na metade do túnel para o quarto dos meninos, ouve a voz de Zacarias Smith.

— Por que nós ainda perguntamos? Esse garoto é a coisa mais longe que existe do termo amigável. Como, em nome de Helga, ele está em Lufa-lufa? Basta olhar para ele! 

Ele tinha razão. Não era amigável ou honesto, não pertencia a Lufa-lufa ou mesmo em Hogwarts. Nem era um bruxo, mas sim uma aberração.

Felizmente, o dormitório estava vazio quando chegou lá. Nico cai em sua cama. Por que importava o que eles pensavam? Ele não vai ser aceito em lugar nenhum, então por que se incomodar?

Nem todo mundo pensa assim. Uma voz em sua cabeça o lembra.

Só porque Will e Kat foram bons com ele não significava que eles o aceitariam. A maioria das pessoas no acampamento eram legais ​​antes de saberem a verdade, seria o mesmo se eles descobrissem.

Uma batida na porta interrompe seus pensamentos. – O jantar estará pronto em dez minutos – um garoto sorridente usando um distintivo de monitor diz. Nico acena, indicando para ele sair.

Will e Kat passaram este jantar tentando explicar algo chamado “Avatar: A Lenda de Aang” para os puros-sangues, mas Nico não estava prestando atenção. Eles ainda ficariam animados em serem seus amigos se soubessem a verdade?

— O que estragou seu humor? Comeu comida estragada? – Kat pergunta enquanto caminham de volta para a sala comunal. Nico a ignora e corre para o seu quarto.

Estava sendo irracional. E daí que alguns dos seus companheiros de casa não gostavam dele? O que mais ele esperava? Além disso, ninguém vai descobrir o que ele é.

Com este pensamento se força a dormir.


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