My First Love - BoruMitsu escrita por MattSunshine


Capítulo 1
Mensagem


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal, tudo bom? No momento estou escrevendo um livro, então essa fanfic é algo bem secundário em meus planos. Mas como estava com saudades de ter contato com vocês, decidi voltar a escrever alguma coisa e postar aqui. Espero que gostem ♥



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Não havia nada para fazer. Não naquela tarde chata e tediosa. Eu queria mais, queria sair para me divertir, infelizmente não havia ninguém disponível, o que era péssimo, pois me obrigava a ficar em casa, já que não saíria daqui sozinho. Minha irmã tampouco estava disponível, pois como era de se esperar, estava dormindo agora que era dia, somente acordaria à noite. Ela sempre preferia a noite, era mais ativa.

Me espreguicei na cama, enquanto esperava o tempo passar miseravelmente, não havia muito o que fazer ali, não havia quase nada de entretenimento ou de diversão. Principalmente naquela tarde quente, quando estava esperando certo alguém, esperando uma notícia em particular.

Quanto mais se queria uma coisa, mais difícil era esperar por ela. E agora sentia isso na pele. Só precisava de uma mensagem, uma pequena notícia para ajudar-me a superar todo aquele tédio e acalmar-me de minha ansiedade. Afinal, era amanhã o grande evento e todos estavam ansiosos pelo resultado. Já era de se esperar, a ansiedade de amigos e familiares era aguardada e, além de tudo, não havia como saber se voltaríamos vivos. Era uma grande aposta. Queríamos subir na vida, avançar, mesmo que aquilo custasse nossas vidas. Pois muitos tinham suas próprias preocupações: ajudar a sustentar a família com o salário de ninja ou para seu próprio sustento, outros simplesmente por status. Ser ninja ainda era algo de muito reconhecimento, por mais que muitos morressem ainda no treinamento, nos exames e, principalmente, em missões.

Por mais treinamento que recebessemos, meros treinamentos nunca chegariam aos pés do que realmente seria uma missão de verdade, com ninjas renegados e inimigos, sendo que muitos matavam as pessoas por diversão, como uma pesca esportiva, só que sendo um massacre esportivo, e outros usavam as pessoas como sacrifício em rituais para aumentarem o seu poder. Era nojento e desprezível. Por esse motivo os ninjas recebiam missões para matá-los e manter as pessoas seguras, arriscando suas próprias vidas no processo. Inclusive, era essa minha função, minha escolha, e amanhã eu provaria o meu potencial.

Claro, se sobrevivesse.

Não tive muito mais tempo para pensar sobre o dia seguinte, pois não demorou para ouvir uma batida em minha porta, indicando que havia alguém ali além de mim. E certamente não fora Himawari que batera. Ela dormia o dia inteiro e sua condição não permitia que ela se expunha ao sol por muito tempo. Exatamente por esse motivo costumavam fazer as missões à noite, que também era o período em que os ninjas renegados eram mais ativos. Era difícil sair durante o dia quando seu rosto era procurado no país inteiro.

Mas não importava muito, pegá-los era apenas um trabalho e questão de tempo, matá-los era o certo, não era uma coisa que poderia ser questionada, não quando eles matavam as pessoas a bel prazer.

— Konohamaru-sensei! — disse alegremente. Não estava surpreso, afinal esperava a sua vinda com notícias. — Eu fiz um chá enquanto esperava, espero que não se importe.

Konohamaru sorriu agradecido, com a expressão gentil de sempre, enquanto eu o guiava para a cozinha. Olhei para trás, apenas para ter certeza de que ele me seguia. Como sempre, sua presença era difícil de ser notada. Ele era um ninja poderoso demais, esconder sua presença era uma das habilidades fundamentais.

— Ele acabou esfriado um pouco — disse me referindo ao chá. Me sentei em uma das cadeiras e esperei que ele fizesse o mesmo. — Espero que não se importe.

— De maneira alguma — respondeu suavemente, sentando-se de frente para mim. — Foi muita gentileza sua. Tenho muito o que lhe dizer.

Engoli em seco, nervoso com o que ele diria. Sabia muito bem do que se tratava, afinal eu estava esperando por isso. Mas esperar não tornaria as palavras dele mais fáceis de serem digeridas, eu sabia disso. E agora, ali estava ele, prestes a falar o que tanto desejava.

— Podemos conversar logo? — Quase implorei a ele, mas controlei o tom de voz. Não queria que percebesse o quão nervoso eu estava. — Estou ansioso.

— É claro — respondeu com compreensão enquanto eu o servia com chá. — Bom, a data você já deve saber. Está preparado para a última prova do exame Chunnin amanhã?

No momento em que o sensei tomava o chá, servi a mim mesmo, optando por deixar a bebida de lado, ao menos até responder sua pergunta.

— Na medida do possível. Sinto que nunca estamos preparados para esse tipo de coisa.

O exame costumava ser fácil, mas desde o ano retrasado, mudanças foram feitas, fazendo o exame voltar a ser como era décadas atrás. Agora, assim como em missões, nossa própria vida corria perigo. Muitos não retornavam com vida. As mudanças foram feitas para elevar o nível dos shinobis, pois a maioria era de baixa qualidade, morrendo facilmente nas mãos dos ninja renegados.

— Boa resposta. — Tomou outro gole de chá. — Enfim, esteja preparado. A prova será na Floresta da Morte.

Quase me engasguei com o chá. A Floresta da Morte? Eu me recusava a acreditar. As coisas que as pessoas falavam sobre aquele lugar eram... eram... tão terríveis. Eu me negava a acreditar que fariam isso conosco. Era simplesmente inacreditável.

— Você deve levar seu equipamento, inclusive suas kunai.

— Okay, vou verificar tudo logo antes de sair. — Me permiti um gole de chá, ele desceu com dificuldade pela garganta. Eu estava certo: o chá estava frio.

Por alguns momentos, me perdi em meio a meus pensamentos, Konohamaru me trouxe de volta a realidade com um barulho em sua garganta. Olhei-o firmemente, tentando esconder o quão nervoso eu estava. E o quão apavorado também.

— Sinto muito, mas não posso te contar mais coisas sobre a prova. Sabe, regras. Tudo vai ser melhor explicado antes que ela comece.

Konohamaru se levantou, prestes a deixar o aposento e ir para outro lugar. Talvez sair de novo. Mas eu o detive.

— Só mais uma coisa. — Ele parou, me encarando, esperando minha pergunta. Não o deixei esperando. — Sabe me dizer se podemos fazer a prova em dupla?

— Sobre isso acho que não há problemas em contar, acho até que pode ser tido como um conselho. — Ele não só se virou para falar, como também apoiou as costas na porta. — Não há regra nenhuma sobre isso. Muitos preferem seguir soinhos pela prova, outros preferem fazê-la em grupo. Você deve ver o que fica melhor para você e procurar parceiros com as mesmas considerações.

— Entendo... E para onde você vai agora? — perguntei, curioso.

— Tenho uma missão. — Sorriu e abriu a porta da casa. — Mas voltarei aqui de manhã, para ver se você não esqueceu nada. Afinal foram longos anos de treino na Academia, não foram?

Assim que ele deu as costas para sair da casa eu sorri, mesmo que ele não pudesse ver meu sorriso. Mas logo em seguida, esse sorriso morreu.

Eu não estava preparado. Nenhum pouco preparado.


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