Learning To Love escrita por Anieper


Capítulo 1
Capítulo 1




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Claire se mexeu na cama e soltou um resmungo ao ouvir seu celular tocando. Ela virou para o lado e enterrou a cabeça em seu travesseiro tentando abafar o som. Ela soltou um gemido quando não conseguiu e esticou a mão pegando o aparelho.

Claire Dearing estava sempre para seu celular. Independente da hora ou do dia da semana. Isso era parte de ser a gerente se operações e ativos do maior parque de diversão do mundo. Claire trabalhava para Marsani Global desde que saiu da faculdade e trabalhava no parque a quatro anos.

Desde que tinha se mudado para a Ilha, ela só tinha saído duas vezes para voltar para a casa e tinha ficado apenas um dia quando a irmã operou e o avô morreu. Claire era uma pessoa ilhada. Ela vivia na Ilha e não abriria mão disso. Nem mesmo para a família.

— Dearing? – ela atendeu mal-humorada.

Claire Dearing? — uma mulher perguntou.

— Sim, é ela.

Aqui é do hospital de Madison, estou ligando para falar sobre sua irmã.

— Karen? – ela perguntou confusa, tentando acordar. – O que aconteceu?

Sua irmã e o marido sofreram um acidente de carro, eu sinto muito informar, mas ela não resistiu.

— O que? – Claire se sentou na cama e acendeu a luz.

Sua irmã faleceu, eu sinto muito.

— Não.  Eu falei com Karen ontem. Não, isso não aconteceu.

Eu sinto muito. Mas sua irmã e seu cunhado bateram o carro e não sobreviveram.

— E os meninos? – Ela se levantou rapidamente e acabou batendo no abajur e o derrubou.

Eles estão bem. Eles também estavam no carro, mas conseguiram sair a tempo.

— Como aconteceu? O que aconteceu?

Eles estavam voltando para a casa depois de uma festa e seu cunhado perdeu o controle do carro. O carro caiu no rio. Zach conseguiu sair e tirar Gray, mas a correnteza levou o carro e os dois.

— Conseguiram recuperar os corpos?

Ainda não.

— Claire? – uma voz rouca chamou quando ela desabou no sofá. – Ei, o que aconteceu?

Quando pode vim aqui? Você é a única listada como guardiã.

— Eu não sei. Eu morro na Costa Rica. – Ela fez sinal para o homem esperar. – Eu vou falar com meu chefe e ligo assim que tiver uma resposta. Mas acho que posso ir em vinte e quatro horas.

— Tudo bem.

Claire e a mulher falaram um pouco e Claire pegou o telefone para que pudesse se manter em contato.

— O que aconteceu? – Owen perguntou se sentando ao lado dela.

— Minha irmã morreu. – Ela disse e começou a chorar.

Owen a abraçou e deixou que ela colocasse o que estava sentindo para fora. Owen e Claire se conheciam a quatro anos. Eles se mudaram para a Ilha no mesmo período. Eles estavam na mesma balsa e saíram pouco tempo depois que chegaram na Ilha. O encontro foi horrível, mas a noite de sexo selvagem que eles tiveram para acabar com a frustração mostrou que pelo menos os corpos deles tinham alguma ligação e que poderiam dá certo.

Claire não queria que comentassem sobre o relacionamento deles, por isso quase ninguém sabia. Apenas a assistente de Claire, Zara. O segundo no comando do piquete dos raptores, Barry. E os seguranças do piquete dos raptores. Já que sempre que ela passava a noite na casa de Owen, eles notavam o carro parado.

Eles nunca deram um nome para o que eles tinham. Geralmente era apenas sexo. Bom, pelo menos nos primeiros meses. Depois eles começaram a conversar sobre os trabalhos, sobre como tinha sido o dia deles, eles até mesmo trocavam mensagens durante o dia falando sobre coisas banais. Zara disse que eles eram namorados, já que ela já tinha visto ambos recusarem convites para saírem e se fosse apenas sexo casual, isso não teria acontecido.

— O que eu faço? – ela perguntou pouco tempo depois.

— Você liga para Simon e vai para lá.  – Owen disse antes de beijar a testa dela. – O que aconteceu?

— Acidente de carro. – Ela fungou.  – Eu preciso ir para pegar meus sobrinhos.  Owen, eu não entendo nada de criança.  Eu não posso ficar com eles.

— Tem mais alguém que pode ficar com eles?

— Bom, tem meus pais, mas eles já são idosos.  Não acho que podem criar os meninos. E os pais de Scott, mas eles não têm condições financeiras para cuidar deles.

— Quantos anos eles têm?

— Acho que o Zach tem nove e o Gray seis.

— Acha?

— Eu te disse que sou péssima para isso. Eu nem sei quantos anos eles têm.  Não posso fazer isso.

— Sim, você pode. Sabe como sei disso? Sei por que já vi você acabando com todos esses homens machista com os quais é obrigada a trabalhar todos os dias. Sei por que minha garota é a melhor no que faz e ela deixa todos no chinelo.

— Eu não sou sua garota.

— Claro que é. Nosso relacionamento, que não é um relacionamento, é o namoro mais longo que eu já tive. Quatro anos não é para qualquer um.

— Acho que você pode estar um pouquinho certo. Também é o meu relacionamento mais duradouro.

— Viu? Agora ligue para Marsani e vamos arrumar tudo para que você possa ir buscar seus sobrinhos.

Claire concordou com a cabeça e pegou o telefone novamente. Ela ligou para o chefe enquanto Owen preparava um chá para ela. Depois foi arrumar uma mala de roupas para ela. Owen já estava acostumado a fazer isso. Eles sempre tiveram isso. Se Claire estive muito ocupada em um telefonema e tinha que viajar no dia seguinte, Owen que prepararia a mala dela.

Quando Claire terminou o telefonema ela foi até o quarto para ver Owen terminar a mala dela.

— Tem um helicóptero vindo para cá agora. Simon quer que eu vá imediatamente para perto dos meus sobrinhos.

— Ele está certo. Você precisa ficar com sua família agora. – Owen se virou para ela. – Precisa de mais alguma coisa?

— Não. – Ela disse olhando para a janela. – Bom, talvez uma carona até o heliporto? Eu não quero deixar meu carro lá.

— Claro. 

Owen pegou a mala dela e saiu do bangalô. Apesar de não morarem juntos oficialmente, Claire e Owen passavam mais tempo no bangalô dele do que no apartamento dela. Claire sempre disse que lá era mais íntimo e pessoal. E seria mais difícil alguém pegar eles juntos.

O caminho até o heliporto foi feito em silêncio. Owen desceu do carro com Claire e levou a mala dela até em cima. O heliporto principal ficava na Central de comando. Naquela hora tardia, tinha apenas alguns funcionários responsáveis por ver se os hóspedes não tentariam ver os animais em horários inoportunos.

— Me liga se precisar de qualquer coisa. – Owen disse entregando a mala para ela.

— Pode deixar.

— Quando for voltar, me avisa que dou um jeito no seu apartamento e compro comida.

— Obrigada, Owen. Eu não sei o que fazer quando chegar lá.

— Apenas mostre para eles que você estar lá. Que eles têm você e que vão ficar juntos. É tudo o que pode fazer agora.

— Eu posso fazer isso.

Owen a segurou pela à cintura e a puxou para ele. Ele a beijou profundamente para dá força e coragem para o que ela precisava fazer e se afastou enquanto ela entrava no helicóptero.

— Cuidado. – Ele sussurrou e se afastou assistindo ela entrar no helicóptero.

Claire falou no celular com o pessoal do hospital.  Eles não falaram muito sobre o estado de saúde dos meninos. Assim que ela chegou ao hospital uma mulher da assistência social estava esperando por ela.

— Senhorita Dearing?

— Sim.

— Sou Amélia Clarkson, sou a assistente social responsável pelo o hospital e pelos seus sobrinhos. – Ela disse guiando Claire para o hospital.  – Podemos ir ver os documentos e conversar sobre os...

— Eu quero ver os meninos primeiro. – Claire tinha se lembrando do que Owen tinha dito quando eles estavam no carro. A prioridade dela agora era os meninos.

— É claro. – Ela disse.

As duas foram andando pelo o hospital enquanto a assistente falava sobre o que aconteceria agora. Claire respondeu o que precisava e o que sabia.

— Eles estão aqui. – A assistente parou na porta. – Zach está bem. Ele bateu a cabeça e teve um corte que precisou de pontos, mas ele está bem. Gray teve uma costela quebrada e ele está com um braço imobilizado. Ele está bem, mas precisa de mais cuidado. Você disse que mora em uma Ilha, certo?

— Sim. E sim, temos um hospital.  Ele tem ótimos médicos e é completo. Temos animais perigosos e nossa maior preocupação é com a segurança e bem estar dos nossos hóspedes.

— Eu não tenho dúvidas contra isso. Podemos?

A assistente abriu a porta e Claire entrou. Gray estava deitado na cama enquanto Zach estava sentado na cadeira ao lado dele. Ambos dormiam. Claire se aproximou deles e parou sem saber o que fazer.

— Zach fugiu do quarto dele a pouco tempo. Vamos colocar outra cama para ele.

— Tudo bem.

Claire se aproximou dos sobrinhos e passou a mão delicadamente pelos cabelos dos dois antes de se virar e sair com a assistente.   Claire assinou todos os papéis precisos e falou com o policial responsável pelas as buscas. A correnteza da água era forte, mas ele estava confiante de que encontrariam os corpos.

Quando Claire voltou para o quarto, tinha outra cama e Zach estava deitado nela. A mulher se sentou na poltrona que o sobrinho ocupava antes e pegou o celular mandando uma mensagem para Owen saber que já tinha chegado e estava com os meninos.

Ela se arrumou e fechou os olhos. Ela poderia dormir algumas horas.

Gray acordou por causa da dor. Ele fez uma careta e tentou se sentar, apenas para se lembrar como isso doía. Ele piscou algumas vezes antes de tentar de novo e conseguir.

A primeira coisa que ele fez foi tentar encontrar o irmão. Ele olhou para o lado onde Zach estava na noite passada e ficou surpreso ao ver a tia ali. Zach falou que provavelmente ela não iria. O menino olhou para o outro lado e encontrou o irmão dormindo em outra cama.

— Tia Claire? – O menino chamou voltando sua atenção para a tia.  – Tia?

A ruiva se sentou ereta e olhou em volta. Ela relaxou quando viu o menino de seis anos olhando para ela.

— Gray, querido, como você está se sentindo? Estar com dor? Precisa de um médico?

— O que a senhora está fazendo aqui?

— Eu vim ficar com vocês. Assim que me contaram o que tinha acontecido, eu vim o mais rápido que pude. – Ela se aproximou da cama e pegou a mão boa do menino.

— Já acharam a mamãe e o papai? Eu quero eles.

— Ainda não.  – Claire disse sem saber o quarto o menino sabia. – Vão vim falar com a gente sobre isso. Como você está se sentindo?

— Minha cabeça dói.

— Eu vou chamar o médico.

— Não. Fica aqui comigo.

— Eu vou. – Claire apertou o botão para chamar a enfermeira e voltou a se sentar segurando a mão do menino.

O médico entrou pouco tempo depois e examinou Gray. Zach acordou nesse meio tempo e não falou muita coisa enquanto o médico o examinava também. Claire passou o dia conversando com as pessoas para organizar a mudança dos meninos. Naquela noite ela se sentou com os dois e falou que seus pais tinham morrido. A mulher não sabia o que fazer além de se sentar na cama de Gray e abraçar os dois enquanto os três choravam.

No dia seguinte, eles foram liberados e Claire cuidou do velório e enterro da irmã e do cunhado. Os corpos não tinham sido encontrados ainda, mas por causa das chuvas dos últimos tempos, a Polícia encerrou as buscas alegando que o carro poderia ter sido arrastado e era quase impossível encontrar os corpos.

Seus pais e os de Scott chegaram poucos dias depois. Ela e o pai de Scott tiveram uma briga feia por que ele queria levar os meninos. Mas ele não tinha condições para manter os meninos. Scott estava atualmente pagando as contas deles e Claire tinha certeza que ele queria apenas o dinheiro que os meninos iam receber do seguro.

Simon tinha contratado o melhor advogado familiar que encontrou e ele conseguiu a guarda dos meninos facilmente. Zach não queria ir embora com a tia, Gray não queria ficar na casa.

Duas semanas após o acidente, Claire e os meninos pegaram um avião para a Costa Rica e de lá pegaram uma balsa para a Ilha. Gray estava cansado e os remédios davam sono nele, por isso ele se sentou no colo da tia e dormiu. Zach estava em pé ao lado dela olhando para longe. Eles tinham pegado a última balsa e estava a noite. Essa balsa geralmente era para funcionários de folga que iam para San José curti a folga.

— Como vai fazer para sair com ele e pegar nossas coisas? – Zach perguntou olhando para o irmão dormindo no colo da tia. – Você aguenta carregar ele?

Essa era uma boa pergunta. Claire tinha tentado carregar Gray quando chegaram em casa após o velório, mas ele se mostrou mais pesado do que ela acreditava. Ela deixou ele dormi na sala com ela naquela noite, então não tinha dado mais do que trinta passos com o menino no colo.

— Eu vou pensar nisso. – a ruiva disse e olhou para a Ilha. – Estamos quase lá.

Zach olhou para a Ilha e se sentou ao lado da tia. Aquela seria sua nova casa e o menino não sabia como se sentia sobre isso.

Owen estava na doca esperando a balsa. Claire não tinha falado muito com ele nas últimas duas semanas. Para falar a verdade, ela apenas mandou algumas mensagens quando estava em dúvida sobre o que fazerem relação aos meninos. Owen tinha sido de muita ajuda.

— Onde está a senhorita Dearing? – ele perguntou quando viu alguns empregados descendo.

— Ela está lá com dois meninos. Acho que o mais novo estar dormindo e ela não sabe como pegar as coisas.  – um dos homens falou dando de ombros. – Eu é que não vou oferecer ajuda.

— Valeu.

Owen subiu na balsa e olhou em volta. Claire estava sentada com um menino no colo enquanto o outro tentava pegar todas as malas.

— Ei, estranha. – Ele disse chamando a atenção dos dois se aproximando.

— Owen, o que faz aqui? – a ruiva perguntou aliviada.

— Pensei que fosse precisa de uma mão e que não ia querer pegar o monotrilho depois de passar horas em um avião. Estou com seu carro.

— Obrigada. Será que pode levar Gray? Ele dormiu e eu não quero acorda ele.

— Claro.

Owen se curvou e pegou o menino no colo sem problemas.

— Esse é Zach. – ela apontou para o outro sobrinho que olhava para eles com curiosidade.

— Oi, Zach.

— Você é o namorado da tia Claire?

— Quase isso. Sua tia ainda não aceitou meu pedido de namoro. Acha que se eu pedir ela em casamento ela muda de ideia?

— Como vocês vão casar se não namoram?

— Bom, ela nunca aceitou meu pedido de namoro, mas ela também nunca recusou nenhum dos meus convites para sair. Somos quase namorados.

— Somos amigos.

— Se você diz. – Owen pegou uma mala com a outra mão e desceu.

Zach e Claire seguiram ele com o resto das malas e foram para o carro. Owen já tinha colocado Gray lá dentro e já tinha guardado a mala. Claire guardou o resto com Zach e eles entraram no carro enquanto Owen ligava o veículo.

O caminho até o apartamento de Claire foi rápido e silencioso. Zach olhava pela a janela tentando ver alguma coisa, mas não tinha muita coisa para ver das estradas as secundárias no meio da noite.

— Como está tudo por aqui? – Claire perguntou olhando para Owen.

— Bom, continuamos cheios de hóspedes, o tanque do Mosassauro estar quase pronto, as meninas finalmente seguiram uma ordem minha e Alise, a loira do Zoológico, me chamou para sair.

— E o que você disse?

— Que tudo depende do que ela queria fazer depois do jantar.

— Você o que?

— Como você disse somos amigos. Que mal tem se eu sair com outras mulheres?

Owen parou o carro e saiu pegando Gray logo em seguida. Ele subiu para o apartamento de Claire e colocou o menino no quarto dele. Claire mostrou para Zach aonde era o dele e mandou ele ir arrumar tudo para dormir também.

— A geladeira está cheia, passei em uma loja na cidade e comprei algumas roupas de cama novas e alguns brinquedos para os meninos. Eu também deixei meu videogame caso eles queiram jogar.

— Você não precisava fazer isso.

— Eu sei que não, mas eu quis. Eu conversei com Zara, ela vai passar aqui amanhã para atualizar as coisas. Você pode estar de licença, mas sei que está doida para saber como estar tudo.

— Obrigada, Owen.

— Não foi nada.

O homem deu um beijo na testa dela e foi em direção a porta.

— Você saiu com Alise? – Claire perguntou quando ele chegou a porta com quem não quer nada.

— Não. Ela queria sexo depois do jantar e eu já te disse que meu corpo é seu. – ele piscou para ela e saiu.

Claire soltou um suspiro e se jogou no sofá.


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