Santuário de Atena - 1975

Shion, o mestre do santuário estava muito animado ultimamente, era o dia 15 de dezembro e ele estava lembrando de como esse ano foi especial para o futuro do santuário, foram encontradas no decorrer desde ano, 11 crianças especiais, todas elas mesmo sendo tão jovens, tinham entre 5 a 10 anos, já tinham despertado o cosmo e surpreendentemente, isso aconteceu de forma natural a cada uma delas, sem que tivessem qualquer tipo de treinamento o que fez Shion não ter nenhuma dúvida que essas crianças se tornariam cavaleiros de ouro.

Lembrou de como conheceu cada um dos pequenos, das dificuldades que foram os primeiros meses de convivência entre eles, além de não falarem o mesmo idioma, havia também dois problemas chamados Kanon e Mask, eles deram tanto trabalho, perturbaram tanto os outros meninos que foi necessário os mandar para ficarem com Dohko.

Shion continuava preocupado com o nascimento de Poseidon, pois sentia que nessa época o deus dos mares estaria mais forte e numa possível guerra seria difícil o vencer, mas não adiantava pensar muito nisso agora já que Julian tinha poucos meses de vida.

O ariano lembrou que dentro de dez dias comemoraria o natal, ele nunca comemorou essa data por não fazer parte de sua crença religiosa, mas como os meninos vieram de diferentes países e culturas, ele decidiu abrir excessao e fazer uma festa para os meninos que mereciam viverem alguns momentos como se fossem crianças normais, o que infelizmente para eles era impossível, pois mesmo sendo pequenos, já possuíam obrigações.

A primeira coisa a se fazer era ir às compras, assim Shion tirou suas tradicionais roupas de mestre e usando roupas comuns foi para Rodorio, como nunca tinha realizado nenhuma festa em toda a sua vida, ele teve dificuldades, mas conseguiu comprar tudo o que precisava: comprou uma grande árvore de natal, vários enfeites diferentea para que ela ficasse linda, comprou também alimentos típicos da tradição natalina como peru, doces e refrigerantes e para finalizar comprou um presente para cada um dos meninos, na verdade, eram roupas e calçados, Shion não fazia nenhuma diferença entre as crianças mesmo que um deles fosse seu filho, sabia que deveria tratar todos por igual pois esse era o único jeito de ganhar o respeito e o carinho de cada um deles, mesmo que no futuro eles se tornassem guerreiros, agora eram apenas crianças e precisam receberem carinho, coisa que a maioria deles nunca teve. 

Quando terminou as compras, ele percebeu que não faltava nada para uma festa simples, colocou tudo em caixas e voltou para o santuário, usando telecinese não precisou de fazer muito esforço para carregar tantas coisas, ao chegar ao 13 templo, guardou os presentes no seu quarto, as comidas na cozinha e foi para o salão do templo, onde após mais de hora conseguiu montar a árvore e a enfeitar.

Naquele dia os meninos ficaram felizes ao verem a árvore de natal ligada, alguns nunca tinham visto um enfeite de natal mas todos ficaram alegres ao saberem que comemorariam uma festa e também por saberem que nesse dia haveria muitas comidas gostosas.

Os dias passaram rapidamente e finalmente chegou o dia 24 de dezembro, a cozinheira do 13 templo estava cheia de afazeres que não era acostumada a fazer pois sempre o cardápio era muito simples, mas ela utilizou receitas e fez uma comida muito especial que seria servida no almoço do dia 25, pois as crianças eram acostumadas a dormirem cedo.

No dia 25 bem cedo Shion buscou Kanon e Mask que estavam na China,  ele não achava correto comemorar o natal sem os meninos, alguns minutos depois, Shion, Dohko e os dois meninos chegaram no 13 templo.

Quando todos os outros meninos acordaram, todos foram para o salão do templo e receberam seus presentes, que estavam com nomes para não que ninguém pegasse o outro, alguns não ficaram muito felizes ao abrirem os embrulhos e verem que eram roupas e calçados, mas em geral os meninos ficaram felizes pois alguns deles nunca tinham recebido um presente.

Com alegria todos se abraçaram e foram brincar enquanto esperavam chegar a hora do almoço.

Como eles viram na televisão que o dia do natal nevava, Camus usou os seus poderes para produzir neve e assim houve uma guerra de bola de neve, onde todos acabaram se jogando na neve e brincando, nesse dia não houve nenhuma briga, era como se os pequenos entendessem o que é o espírito de natal.

Na hora do almoço, por pedido de Shion e Dohko, todos agradeceram a refeição que realizariam, os olhos dos pequenos brilharam ao verem que nesse dia teria refrigerante e carne de peru, algo que nenhum deles já tinham provado, havia também uma deliciosa salada, afinal o pequeno virginiano não comia nada de carne, o almoço foi em um clima muito alegre e descontraído, todos conversavam durante a refeição e após o almoço foi servida uma deliciosa sobremesa, havia queijo, doce de leite e pudim, os meninos comeram bastante doce, algo que era muito raro eles terem no santuário.

Depois de fazerem prazo de almoço, os meninos voltaram a brincarem na neve, não era uma neve verdadeira, mas isso não importava para os pequenos, os gregos nunca tinham visto neve e aqueles que conheciam neve se alegraram por sentirem pelo menos por alguns minutos que estavam em seus países de origem.

Shion e Dohko ficaram felizes por verem os meninos brincando em paz e aproveitaram o dia para conversarem bastante já que raramente se viam. 

Quando anoiteceu, Dohko voltou para a China junto com Kanon e Mask.

Aquele dia foi simples para os meninos que nunca tiveram uma festa de natal, aquele foi muito especial e sempre o guardariam na memória e nos seus corações.

O mais importante nesse dia é que não houve brigas, não houve treino, nesse dia havia apenas doze meninos que brincaram e sorriram juntos.