Dear diary, I fell in love. escrita por Melina


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Primeira nota da autora: não me responsabilizo por corações partidos.

Não acredito que histórias felizes sejam o meu forte, mas em meio a um dos meus devaneios de amor durante a minha adolescência, escrevi este singelo conto com o objetivo de tocar os coraçõezinhos dos meus leitores e saciar a minha vontade teen de viver um amor tranquilo. Hoje, aos meus 21, volto ao Nyah! e retomo o desejo de repostá-la, desta vez até o final, com algumas correções.
Postei à nível de lembrança, mas se lerem, espero que gostem!

Sinceramente, Lyn.



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1, 2, 3...

Um tapa.

4, 5, 6...

Um soco.

7, 8, 9...

Agora um olho roxo.

10...

— P-por favor...

 

Aquele cômodo era repleto de lembranças. Brinquedos, segredos, informações que Nina jamais tivera durante toda a sua vida... há quanto não pisava ali? Ah, sim. Desde o dia em que encontrara a caixa.
O barulho da mão pesada batendo contra sua pele ecoava no mesmo volume das vozes em sua cabeça. Queria que ela estivesse ali. Aos menos a protegeria.

— Você pediu por isso, pirralha! - vociferava enquanto a espancava sem dó.

— E-eu não... me arrependo... de nada...! - disse com a respiração falha. Tentava parecer forte, mas era nítido o quanto já estava exausta daquilo. Sua pele ardia a cada golpe desferido, mas seu coração doía muito mais.

— Pois deveria se arrepender! Eu vou te fazer se arrepender, nem que seja a última coisa que eu faça!

Outro golpe.

Respirou o mais fundo que conseguia. Sentia o gosto ferroso de sangue. Mal podia raciocinar, mas conseguia visualizar a figura de cabelos negros em sua mente. Um sorriso triste se formou em seus lábios.

— E-eu te amo... - sussurrou.

Tudo parecia escurecer a sua volta. Seus sentidos falhavam, suas memórias fugiam e a morte parecia a única opção. Tudo perdera o sentido no minuto em que fora jogada no chão e o primeiro tapa foi desferido em seu rosto delicado. Queria fugir, mas suas pernas não tinham mais forças para levantar, nem sabia como o faria. A única coisa que ainda lhe restava era o amor que sentia perdidamente por um rapaz. Aquele rapaz. Não era justo que não pudesse ao menos se despedir. 

Naquele momento, já não falava, via ou sequer ouvia mais. Exceto pelo estrondo. Aquele estrondo devia significar alguma coisa. 

 


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