Eu encontrei um amor para mim
Querida, entre de cabeça e me siga
Bem, eu encontrei uma garota, linda e doce
Oh, eu nunca soube que era você quem estava esperando por mim

Sue Clearwater sempre teve um sexto, um sétimo e talvez até mesmo um oitavo sentido para os problemas de seus filhos.

É por isso, que ela sabe que algo aconteceu no verão de 2010, algo que Leah pode nunca lhe contar, mas ela sabe que tem a ver com um garoto, possivelmente o que a fez ficar tão furiosa com Sam.

Mas ela também tem um sexto sentido que diz que alguns problemas devem ser resolvidos por conta própria.

São anos depois que ela descobre o que realmente aconteceu no verão de 2010.

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5 anos depois

Sue tem certeza que algo está acontecendo, algo grande, porque Leah está sorrindo, contente, como se algo bom estivesse acontecendo, ela está cantarolando quando arruma a casa.

Cantarolando enquanto arruma a casa.

Sue tem certeza que Leah enlouqueceu.

E ela também tem certeza que Seth também sabe, se seus olhares culpados e curiosos forem alguma indicação.

É uma sexta-feira de noite quando Sue visita a casa de Leah, porque agora ela mora com Charlie Swan em Forks, Seth praticamente se mudou para lá na última semana - o que basicamente prova seu ponto, Leah está fazendo alguma coisa -, a casa continua a mesma.

Bem, continuava, ela se lembra claramente de nunca ter visto as botas de couro preto encostada na porta, a jaqueta de couro marrom também é novidade.

—... ali Leah. — a voz masculina grita, diretamente do topo das escadas.

Ela e Charlie se entreolham, porque em todos os anos que se conhecem, Leah nunca trouxe ninguém para casa, nem mesmo amigas do Ensino Médio, que ela abandonou após se transformar.

— Eros, não tem nada aqui. — Leah insiste, sua voz parece cansada, quase como se ela não acreditasse no que estava fazendo.

— Eu juro que vi, e era do tamanho da minha mão. — a voz responde.

Não demora muito para um grito agudo seguir a declaração, logo, um homem branco desce correndo as escadas, pavor escrito em seus olhos castanhos e grandes.

— Mata essa coisa. — ele grita, desesperado, segurando firmemente a toalha branca enrolada em sua cintura.

— É só uma aranha. — Leah resmunga de volta.

— Não é apenas uma aranha. — ele praticamente rosna de volta, furiosamente. — É um monstro de oito olhos com perninhas satânicas e ferrões do diabo.

Leah parece divertida quando desce as escadas, um sorriso zombeteiro em seus lábios, ela parece mais divertida do que brava.

— Eros é só uma aranha. — o rosto dela tem essa suavidade gentil que Sue não vê a anos, um tipo de carinho que ela dava para Sam tem muito tempo, algo doce, mas parece muito mais genuíno.

Oh.

Oh.

As coisas fazem muito mais sentido agora.

— Não era assim que eu esperava conhecer o seu... namorado. — Sue diz por fim, o homem solta outro grito de susto quando Leah ri, seus olhos se enrugando.

Ela parece mais feliz do que Sue a viu em muito tempo.

Leah sussurra alguma coisa no ouvido do homem, sua bochechas tingem em um tom de vermelho antes dele sorrir brevemente e subir as escadas correndo, lá em cima, uma porta batendo rapidamente.

— Quem é esse? — Charlie parece particularmente surpreso, mesmo tendo sua carranca habitual no rosto.

— Eros. — Leah em um sorriso ladino quando diz o nome dele, como se ele fosse a melhor coisa que aconteceu na vida dela. — Ele tem 22 anos ele é fotografo e trabalha na National Geographic. É a melhor coisa que já aconteceu comigo.

Parece um daqueles filmes de comédia que ela e Charlie adoram assistir, os olhos de Leah brilham, ela tem um sorriso suave e puro amor no rosto.

— Posso falar com ele sozinha? — ela pede, depois que Eros desce as escadas, os cabelos ainda molhados.

— Mãe, não o ameace. — ela adverte, levantando e entrando na cozinha. Sue sabe que sua filha ainda pode escutá-la, mas lhe dá uma sensação de conforto ficar sozinha com o talvez seu futuro genro.

— O que você acha da minha filha? — ela pergunta, quando Eros parece acomodado no sofá.

Ele é bonito, com cabelos castanhos arrumados e olhos igualmente escuros, ele tem algumas tatuagens espalhada atrás da camisa branca de botões, ele parece confortável para alguém que acabou de conhecer a futura sogra.

— Sua filha é maluca. — ele diz, depois de uma pausa, Sue se surpreende com a resposta - e com a audácia. — Ela é completamente doida, maluca, sem parafusos, mesmo. — ele ri, mas mesmo assim, parece carinhoso. — Ela é o tipo de garota que me faz escutar Ed Sheeran e pensar meu Deus, eu sou um idiota apaixonado por uma garota maluca.

Sue ri.

— Leah é minha filha — Sue diz, porque Eros pode ser quem for, Leah ainda vai ser sua garotinha, sempre e para sempre. — E não importa o que você faça, ou quem você seja, eu ainda machucarei você se machucar minha garotinha.

Eros se inclina para frente, um sorriso conquistador em seu rosto, um fio de cabelo rebelde pendendo do lado do rosto, agora Sue pode ver porque Leah se apaixonou por ele.

— Sinceramente, Leah me machucaria antes de você saber se eu a machucasse. — ele tem um sorriso carinhoso no rosto. — Leah é a mulher mais incrível do mundo.

Eros para de falar, observando Leah entrar na cozinha novamente, um sorriso de tubarão no rosto, ele se vira para Sue, diversão em seus olhos agora.

— Você deveria se preocupar comigo. — ele diz. — Leah poderia dominar o mundo se quisesse, eu sou só um pobre mortal encantado por uma deusa maravilhosa que me seduziu e me impediu de dizer não a ela.

Por um momento, Sue tem quase certeza que ela está vendo dois adolescentes, com olhos brilhantes e sorriso emocionado, gananciosos por uma nova aventura, sem medo do impossível porque eles são o impossível.

— A promessa permanece. — ela diz, sem se importar em esconder o sorriso.

Seu sexto sentido lhe diz que nada vai impedi-los de ser o impossível.

Ela deseja que eles consigam.