P.O.V. America.

Primeiramente, para quem não me conhece e caiu de paraquedas nesta história, eu sou A Khalissa America Carlton, de Zênite e Astória. Sendo que Khalissa é o meu título, significa Princesa. Zênite e Astória são dois planetas vizinhos e ficam a bilhões, trilhões de anos luz da Terra. Então, basicamente sou uma Princesa Alienígena! Minha mãe era meio humana, ela nasceu na Terra. Mas, graças ao seu D.N.A. ter sido misturado com os D.N.A.s de todos os seres sobrenaturais existentes naquele planeta, a parte biológica dela que era humana, era mínima. Como a minha.

Estamos no ano terrestre 2069, a humanidade já devastou o planeta e eu já consegui concertar. Espero que desta vez, eles tomem melhor conta dele.

Á dois meses atrás minha mãe se sacrificou por mim, ela morreu. Minha mãe era realmente uma Grande Khal, Khal quer dizer ou Rainha ou Rei, tanto faz. De qualquer forma, ela era uma Grande Khal. Fez várias mudanças, alianças, pactos de paz. Ela deixou sua marca.

Para um humano, morrer significa o fim. Para um vampiro, um zenetiano ou um astoriano, não é bem assim. É claro, vampiros são imortais e quanto ao povo de Zênite e Astória? As famílias do meu avô materno já falecido e do meu pai ainda vivo... eles desenvolveram uma tecnologia capaz de absorver e armazenar a consciência de alguém e aqui existe clonagem. Então, toda vez que o corpo morre, a tecnologia permite carregar as memórias do recém-falecido para um clone de si mesmo. Traduzindo? Imortalidade.

Mas, minha mãe e meu avô estavam cansados de serem transplantados, eles queriam morrer. Minha mãe nasceu no ano de dois mil e dezenove. Meu avô? Muito antes disso.

Isso e... minha mãe era muito poderosa e eu sou mais poderosa do que ela era, então o universo, Deus, a natureza, sei lá, alguma força maior não admitiria tamanho desequilíbrio de poder então minha mãe morreu para que eu pudesse viver.

E saber disso me afeta mais do que imaginam. Eu a vi morrer, ela absorveu a coisa que estava me matando, meu poder e aquilo começou a destruí-la, de dentro pra fora, transformá-la numa besta, uma coisa que matava tudo no caminho e ela implorou para o meu pai matá-la. E ele matou. Chorando, triste, mas matou. E quando a minha mãe morreu, o Meu Poder voltou pra mim e parou de tentar me destruir. Mas, uma parte do meu pai também morreu naquele dia.

Ele está cansado também, eu acho. Vou passar algum tempo na Terra, em Memória de Lisa Carlton, minha mãe. Tenho muito o que atingir, as expectativas são altas.

Estava me preparando quando... descubro que o palácio está sob ataque. Uma horda de seres desconhecidos está devastando o Universo sem piedade e agora chegaram aqui. Chamam eles de Furious. 

—Vossa Alteza, venha comigo.

—Serius, eu posso lutar.

—Não. Essas coisas são diferentes, não como exército que nem o General Eldran já tenha visto e ele tem dez mil ciclos, ele já viu bastante coisa. Os Furious usam a sua força contra você. E é por isso que o seu Pai me ordenou que te escoltasse para fora do Palácio, fora do planeta o mais rápido possível.

Então, o General Eldran irrompe pela porta, ele entra correndo coberto de sangue e tenta segurar a porta.

—Onde está o meu pai, General?

—Sinto muito, o Khan morreu, caiu no campo de batalha. Sua última Ordem foi que eu a escoltaria pra fora de Zênite. Serius, meu amigo, é hora de executar o plano X.

Plano de batalha X. Queima de arquivo. Destruir todos os clones, toda a tecnologia do planeta.

—Solaris vai mantê-los ocupados.

Solaris era a presença de quarto do meu avô, ela também controla toda a segurança do Palácio. Ela foi feita á imagem da versão infantil da minha mãe.

—Vocês devem partir agora. Os Furious se aproximam pelo corredor leste. Peguem os túneis de fuga.

Disse Solaris fazendo uma passagem se abrir.

—Uma nave de fuga equipada com escudos e camuflagem extras vai levá-la do planeta, Princesa.

—Obrigado, Solaris. Vou sentir sua falta.

—Vou sentir sua falta também.

Eles chegaram ás portas dos meus aposentos e eu vi o comandante do exército inimigo e quase que eu cai dura.