Uma Canção de Sakura e Tomoyo: Finalmente Juntas escrita por Braunjakga


Capítulo 75
Queria saber se você era tudo isso mesmo




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Capítulo 73

Queria saber se você era tudo isso mesmo

 

I

Madrid, Espanha

Noite do dia 30 de Julho de 2017

 

Os portões do palácio real de Madrid já estavam verdes de tanto que foram corroídos pelo tempo e pelas chuvas ácidas, mas ainda estavam lá, firmes, intactos, desde que foram postos pelo rei Sergi I há cem anos. Olhando para eles, estava Maitê Ferrer, que viveu a vida toda naquele castelo, mas agora não estava mais lá. Dentro de sua armadura negra, não escondia a nostalgia de olhar para aquela construção. Mas não tinha tempo a perder com lembranças.

Atrás dela, cerca de trinta homens e mulheres de armadura vermelha esperavam por ordens.

— Vocês sabem que o nosso objetivo é a Idoia Fuentes de Madrid. Pra chegar no nosso objetivo, uns tem que sacudir a árvore, enquanto outros recolhem as nozes. Ela tá trajada de Guarda Real, eu cuido dela. Distraiam a Gotzone enquanto isso. Dispensados! — disse Maitê, erguendo a mão. Os soldados da Ordem sob o comando dela deram um pulo no ar e se dispersaram. A ex-interventora deu alguns passos até que uma foice caiu na frente dela. 

— Parada aí! — disse uma voz feminina. Era uma Interventora da Ordem do Dragão em cima dos portões que Maitê tanto contemplava. Estava sem capacete, com os cabelos presos em um rabo de cavalo.

 

II

 

Dentro do palácio real, Felipe estava sentado em uma cadeira, segurando um livro. Sobre sua perna direita, estava Sophia, sua filha. Na outra perna estava Carmen. A menina de cabelos escuros e curtos acompanhava as gravuras do livro com atenção, enquanto que a princesa não desgrudava a cara do pai. 

— … E assim, termina mais um capítulo da nossa história. Amanhã tem mais. — disse Felipe, fechando o livro. Carmen saiu de imediato de cima dele enquanto que Sophia ainda continuava lá. Felipe teve que agarrá-la pela cintura e colocá-la na cama. — E então, gostou, filha? — perguntou El Rey.

— Papai, você demorou… — disse a princesa. O monarca sentiu dentro de si o questionamento dela.

— Filha… Eu não tô podendo vir aqui sempre, você sabe… — disse El Rey. Ele se ajoelhou e tentou fazer um afago na bochecha dela, mas nem assim ela saía da posição irredutível que se encontrava. Continuava com as bochechas rígidas e os olhos voltados para o tapete. Felipe, então, tentou mudar de assunto. — Sabia que essa cara que você faz é digna de uma rainha? Você nunca pode se deixar levar pelo que os outros falam, você tem que dar valor para aquilo que você acredita e acha que é certo, desde que não machuque ninguém, nem você mesmo, é claro! — disse Felipe. 

— Fiz sete anos, pai, você nem tava aqui… Vou fazer oito anos em novembro. Nem sei se você vai tá aqui… — disse Sophia, frustrada. 

— Você ganhou presente, Sophia! Todo mundo te deu presente! A Tomoyo, El Rey, sua tia Uxue, a Marcela, advogada de El Rey, todo mundo! — disse Carmen, tentando acalmar Carmen.

— A Tomoyo vem aqui direito… O papai nem isso… — disse Sophia, tristonha.

— Alteza, vamos dormir, vai! Você parece criança! Você tem que se comportar! — disse Carmen, empurrando a amiguinha para a cama com um sorriso descarado no rosto. 

— Mais eu sou criança e vou me comportar como criança! — replicou Sophia.

Felipe sorria. A porta do quarto se abriu. Uma mulher, fardada com o blazer Guarda Real, apareceu na porta junto com Kero, em sua forma verdadeira.  

— Majestade, é hora. — disse a mulher.

— Já vou, Idoia, Kero. Só vou rezar com as meninas um pouco e já saio! — disse Felipe, cobrindo as pernas delas com o cobertor. Sophia não deixou de reparar em Kero. 

— Oh! El Ninyot ha aparegut més tard avui! Ha quedat gegant! (Oh! O boneco apareceu mais tarde hoje! Ficou grande!) — disse Sophia, tirando sarro. Kero já sabia que era dele quem ela estava falando.

— Um dia, vou saber o que tão falando e vão ver so! — disse o guardião, resmungando. 

— Calma, Kero, calma! — disse Idoia, fazendo um afago na cabeça dele. 

 

III

 

Diante do portão do palácio real de Madrid…

— Então, você é a Infanta Maitê Ferrer de Borbón! Interessante ver você de perto! Só tinha visto sua foto na Televisão! Meio triste acabar sendo chamada de traficante de drogas, não é? Justo você, quem sempre teve tudo do bom e do melhor! Até seu marido ricaço te deu a bota! — disse a Interventora, dando um salto das grades do portão e ficando na frente de Maitê, cara a cara.

— Você pode ter certeza de que eu vou dobrar a maldita da Bea Fanjul que me acusou disso! Eu vou retomar o que era meu, pouco a pouco.

— Vocês da Torre são tão patéticos! Sempre querendo ter mais do que já tem! Sempre com essa megalomania toda! Eu odeio gente rica por causa disso! — disse a Interventora. Maitê começou a se irritar.

— Uma foice… Você deve ser a Patrícia, a neta mas velha do Juan, não é? Estou com um pouco de pressa, não posso falar com você agora… 

— Sou sim! Patrícia Ortiz, nascida e criada na roça com muito orgulho! Interventora de Cáceres! Se ocê tá pensando em entrar nesse castelo, tem coisa a falar comigo sim! 

— Olha aqui, sua caipira! Eu não tenho tempo pra perder com você! Eu tenho assuntos a tratar com a pessoa que está atrás desse portão. Retire-se imediatamente! —  berrou Maitê.

— Agora ocê pegou pesado, hein, dona? Vim aqui porque queria saber se ocê era tudo isso mesmo. Tô vendo que não é! Eu ainda tenho uma chance! — disse Patrícia, oscilando a foice nas mãos. 

— Se você quer brincar, vamos brincar… — disse Maitê. A princesa pegou a arma das costas com o antebraço e ela virou o escudo que estava acostumada. Tomou um impulso para trás e Patrícia correu contra ela. A Infanta soltou o escudo e ele atravessou a foice e a pescoceira da armadura, o pescoço de Patrícia. Ela parou de andar e caiu de costas na calçada. Apenas os olhos vermelhos lacrimejantes continuavam a chorar, brilhando em vermelho. Maitê agachou-se e agarrou as bochechas dela com a mão livre.

— Pensou que ia me parar mesmo, é? Olha aqui, caipira! Se eu consegui derrubar você com um golpe só, imagine o que eu posso fazer mais pra frente. Eu vou recuperar tudo o que eu perdi, minha coroa, meu palácio, e mais ainda! — disse Maitê, soltando a bochecha de Patrícia. Os olhos dela pararam de brilhar em vermelho e se fecharam para não mais abrirem. A Infanta deu um salto para dentro do jardim e gritou:

— Barreira! — Uma cúpula negra envolveu o castelo.

 

IV

 

Os Corredores do palácio real respiravam história. Repleto de retratos nas paredes de reis, embaixadores, nobres e chefes de estado que andaram por aquele carpete vermelho e viram as frondosas árvores daquele jardim, através das janelas cobertas de cortinas vermelhas de seda. E também, foi um lugar onde muitos dos rumos da Espanha atual foram delineados, mais do que nas salas de reunião propriamente ditas. 

— E então, Kero, como anda a Sakura? — perguntou Felipe. 

— Eu não posso dizer ainda onde é que ela tá, mas ela tá bem, tá treinando tudo certinho… — respondeu Kero.

— Será que a Sakura consegue ajudar a gente, Kero? — perguntou Idoia.

— Olha, até que eu pensei nisso, mas… A gente tá buscando os mesmos objetivos da Ordem por caminhos diferentes… Por isso que eu vim aqui pra Madrid pra conversar de novo com o Felipe e você pra saber mais daquele incidente de quase um ano… — disse o Guardião.

— Bem, Kero, é como a gente tinha falado antes: a Tomoyo foi atrás de um deles, ele não gostou e acabou indo atrás da Tomoyo. Felizmente, o Marcos tava lá pra ajudar, a Marcela também. Ela tem a armadura da Rainha, né? Dá pra ela se virar… 

— A minha preocupação é essa… E se chegar uma hora que ela não vai conseguir se virar? — indagou Kero. Idoia e Felipe se olharam, tentando achar uma resposta para o problema.  

— O grande problema é que esses caras da Torre só apareceram uma vez só. Eles tão há um ano só tentando encontrar a Sakura. Queria que eles aparecem de novo, sério, assim a gente acaba com esse problema de uma vez… — disse Idoia. 

— O meu problema são os sacrifícios que a gente vai ter no meio do caminho… — comentou Felipe.

Enquanto conversavam nos corredores do palácio real de Madrid, El Rey, Idoia e Kero sentiram uma energia sinistra que cobriu o palácio. Todo mundo que não tinha magia caiu de sono dentro da barreira, deitando no exato local onde estavam. O tempo dos relógios congelou. 

— Mas o que é isso? Quem se atreveu a entrar no palácio? — indagou El Rey.

— Majestade, a Patrícia tava de guarda nos portões! Não sinto mais a presença dela! — disse Idoia, desesperada.

— Seja lá quem tenha entrado no palácio, deve ter dado um jeito de derrubar a Patrícia! — disse, Kero, com os dentes trincando de raiva.

— Maitê… Foi a Maitê… — disse El Rey, cabisbaixo. Kero e Idoia olharam surpresos para ele. — Eu conheço a magia dela… Vamos! Aparezca Dragón! — Idoia e Felipe evocaram suas armaduras e elas colocam-se de imediato nos seus corpos. Os três pularam da janela mais próxima que viram, caindo nos jardins.

 

V

 

Felipe, Kero e Idoia correram mais alguns metros e viram Maitê andando lentamente pela fileira de árvores do portão norte do Palácio. Alguns guardas reais que tinham magia apontaram armas para ela enquanto ela caminhava.

— Parada! 

Maitê levantou a mão e arremessou os guardas contra as árvores do jardim, nocauteando-os. Mais e mais guardas apareceram e ela fez a mesma coisa. 

— Maitê! — disse Felipe, encarando a irmã. 

— Ora, ora… O rei que não queria ser rei… — respondeu a princesa.

— Mas ele é o rei, Maitê! Ele é seu irmão! É o seu dever prestar lealdade à ele! — disse Idoia.

— E eu vou prestar lealdade a um criminoso de guerra? Um homem perseguido pela justiça que aparece clandestinamente aqui, sede do poder executivo do reino, ainda mais ajudado por você, quebrando todos os protocolos da Guarda Real! Não pergunte quem violou as leis primeiro, pois você também tem muita culpa nisso tudo! — disse a princesa. 

— Eu tenho minha culpa, mas você é pior ainda, Maitê! Você tentou atacar o ministério, foi acusada de tráfico! Sério mesmo? Essa é a vida que uma princesa como você merece? — perguntou Idoia. 

— Já chega disso! Eu vim aqui com o objetivo claro de te eliminar e vou fazer isso! — disse Maitê, tirando a arma em forma de escudo que tinha nas costas. — Depois que eu te eliminar, o ministério não vai ser nada pra mim! Eu vou recuperar o trono que sempre foi meu! O legítimo trono da rainha de Espanha! — berrou Maitê. Felipe se cansou do papo dela e esticou o braço, liberando um cajado dentre as dobras da capa. Ele segurou o cetro e apontou contra a irmã, soltando uma rajada de raios elétricos contra ela. A princesa tomava choque e Felipe se aproximava a cada passo. 

— Eu não preciso dizer que eu sou o rei… Eu sou o rei. Qualquer um que precisa dizer que é rei ou presidente de um lugar a toda hora, é porque não tem confiança nele mesmo! — disse Felipe. Maitê já estava ajoelhada, tentando resistir ao choque.

— Não, Irmão! Nosso avô, Felipe III, conseguiu esse trono na marra, lutando contra o tio dele. Eu vou recuperar meu trono do mesmo jeito! — disse Maitê. Ela sacou o escudo rapidamente e se protegeu. Os raios do cetro de Felipe desviaram para Kero. O guardião caiu na hora.

— Kero! — gritou Felipe. Ele correu para acudir o guardião, mas o escudo de Maitê foi mais rápido. Ela arremessou contra os pés de Felipe e ele caiu. Depois, como um bumerangue, ela mirou a arma na barriga de Idoia com a mão e o escudo cortou fundo o ventre dela, não importando se fosse uma armadura resistente ou não, onde Maitê pedia que o escudo cortasse, ele cortava. Idoia, se ajoelhou, segurando o ventre.

— Cura… cura… — disse a Interventora de Madrid. Ela não conseguia se levantar, nem curar o ferimento como das outras vezes.

— Idoia! — berrou Felipe, tentando se levantar, mas o escudo de Maitê golpeou a nuca dele e El Rey voltou a cair.  

— Tá doendo, Idoia, tá ardendo? Não consegue se mexer mais? Agradeça ao Marcos por ter ajudado a gente na nossa pesquisa! Sem ele, a gente não teria achado um jeito de acabar com vocês! Os poderes da Ordem não são nada diante dos nossos poderes agora! Aquele tolo do Ignacio, só se arriscando! — disse Maitê. Ela pegou o escudo nas mãos e se preparou para cortar a cabeça de Idoia.

Sophia apareceu correndo no jardim, com Carmen do lado dela. 

— Tia, o que você tá fazendo? — disse a princesa chorando.

— Sophia? — indagou Maitê. 

Quando as lágrimas da princesa bateram no chão, um brilho branco surgiu no jardim, saído de um círculo mágico nos pés da menina. Felipe e Kero despertaram com aquele brilho e com os berros da princesa. Um homem apareceu no meio da névoa branca. Ele era rechonchudo, cabelos grisalhos e tinha um ar de realeza. Ele olhava sério para Maitê. A ex-interventora estava surpresa, assim como Carmen e Idoia, que observavam a cena com atenção. Sophia estava inconsciente, a pupila dos olhos brancas.

— Aita (pai), é você? — perguntou Maitê.

— Você não é a rainha, Maitê, nem vai ser. Trate de não deixar de ser princesa também! — disse Dom Andoni. Ele deu alguns passos e desapareceu. Sophia caiu no chão, desmaiada. 

— Sophia! — Felipe voou como um leão para ajudar a princesa e Kero pulou na frente deles, rangendo para Maitê sem medo dela, o corpo arqueado, as asas levantadas, prontas para atacar. 

Maitê, confusa e chocada, correu para fora do palácio. A barreira se desfez.

 

VII    

 

O palácio real de Madrid tinha alguns leitos de UTI e uma mesa de cirurgia para casos de extrema necessidade e um primeiro socorro inicial, quando alguém sofresse um derrame ou uma trombose e não fosse possível o transporte imediato para o hospital. Havia também muitos médicos e enfermeiros militares entre os membros da Guarda Real. Deitada em um desses leitos, estava Idoia, sem a armadura, apenas sua farda azul de guarda real, totalmente entubada. 

Olhando pela janela da sala, estava Gotzone ao lado da Princesa Uxue.

— É incrível como um boneco de pelúcia fala! Eu sempre pensei que fosse coisa de desenho animado, mas estou vendo que não é… — comentou Uxue.

— Eu falei com o Kero também e ele tá bem. Vai voar correndo seja lá onde a Sakura esteja e só aqueles dois sabem… — disse Gotzone.

— Eu não entendo o que é esse negócio de magia. Eu não entendo nada da Ordem do Dragão, mas a Maitê costumava me dizer que tinha sido escolhida pra fazer parte dela. Ela achava aquilo tudo tão importante, sabe? Eu fico impressionada como a minha irmã deu as costas pra tudo isso em tão pouco tempo.

— Ela sempre deve ter sido assim, Alteza… — disse a loira de tranças, em profundo silêncio.

— Aquela menina no portão, ela… 

— A Patrícia, não é? — disse Gotzone, fazendo um não com a cabeça, cabisbaixa.

— Entendo… Não dá pra acreditar que a Minha irmã fez isso. Aquela menina era neta de um amigo de infância do meu marido. Como é que a gente vai falar isso pra ele lá em Badajoz? — perguntou-se Uxue. 

— Não precisa… — disse Gotzone, cabisbaixa. Uxue entendeu o que ela quis dizer e ficou pesarosa também. — Mudando de assunto, princesa, você me disse que a Sophia saiu correndo pros jardins do palácio e chamou o avô dela? 

— Sim! Pois que sim! Era meu Aita! Deu pra ver na cara! Era ele mesmo! A Sophia sempre me falava que conversava com os retratos do castelo e eu ria e pedia pra ela não continuar com isso… Eu nunca acreditei em magia, nunca nasci com magia, apesar de que meu pai, o Felipe o Jordi conseguiam curar as próprias feridas, não importa se quebravam um osso, passava uns minutos e estava tudo bem. Nunca vi eles doentes. A Maitê sempre teve um poder de aumentar a própria força assim, do nada! Parecia a Mulher Maravilha! Eu tenho medo disso, sabe, Gotzone. Eu tenho muito medo! — disse Dona Uxue, aos prantos.        

— Alteza, não precisa ter medo. Já tentaram sequestrar meus filhos e eu tô aqui ainda, firme e forte! Só lamento que a gente tenha perdido dois Interventores hoje… Só espero não perder um terceiro… — disse Gotzone. Uxue colocou a mão na boca quando ela falou do sequestro. A jogadora fez uma pausa antes de continuar. — O que dá pra aprender de hoje é que eles estão desesperados. A Maitê é muito forte, mas ela tem um ponto fraco. Os outros também. Vamos vencer, Dona Uxue, pode ter certeza! — disse Gotzone. A princesa ficou um pouco mais aliviada com as palavras dela.   

— Entendo a sua esperança… Só gostaria de entender que história de sequestro foi essa… — perguntou a princesa.

Gotzone respirou fundo antes de começar o relato.  

 

Continua… 

 

          

 


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