Os Fins justificam os meios? escrita por DarkyPhoenix


Capítulo 1
Oneshot


Notas iniciais do capítulo

Eu tinha essa história na cabeça durante um tempo depois de ver um tweet do Thomas Astruc em que ele diz a possibilidade de Adrien morrer na quarta temporada e de Marinette usar o poder absoluto para trazê-lo de volta na quinta.

Por isso não ache tão surreal assim eu ter feito a Mari usar o poder absoluto dessa forma.

Esse paralelo entre a Marinette e o Gabriel foi o que eu mais gostei de fazer nessa estória porque nem só no talento para estilista eles são parecidos né? ksks

Boa Leitura

PS: Eu adorei a imagem abaixo desse capítulo, ela é tão pesada, e fiquei surpresa com o quanto se encaixa perfeitamente com o que eu escrevi.



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“ Saiu o veredito do julgamento de Gabriel Agreste,conhecido como Hawk Moth: Prisão Perpétua, pelo reinado de terror infligido sobre Paris e pelo homicídio de Adrien Agreste, o falecido herói de Paris: Chat Noir”

 

Uma foto de Adrien e uma foto de Chat Noir, foram mostradas lado a lado no noticiário, com a mensagem: Descanse em paz...Era uma mensagem muito pequena para expressar a onda de luto na qual Paris havia se afundado.

 

Nino Lahiffe, Chloe Bourgeois e Kagami Tsurugi que sentiam falta de seu amigo querido, Mestre Fu que se sentia extremamente culpado por ter colocado uma responsabilidade tão grande nos ombros de um jovem, a cidade inteira que havia perdido um de seus defensores.

 

Porém quem mais sofria, sem dúvidas era Marinette Dupain Cheng, que descobrira da pior maneira possível que seu parceiro de batalha e seu amor platônico eram a mesma pessoa...Tudo o que ela conseguia enxergar nos últimos dias era sangue, apesar de não ter desferido o golpe fatal, o sangue de Adrien estava em suas mãos afinal ele se sacrificou na batalha final por ela.

 

Quando fechava os olhos, sua mente insistia em torturá-la mostrando o acontecimento diversas vezes, um replay infinito de culpa e sofrimento.

 

. Ladybug e Chat Noir, ela girou o ioiô em posição de ataque enquanto ele apontava o seu bastão pronto para o comando de ataque de sua parceira. Ambos estavam em uma sala escura, cheia de borboletas brancas que se tornavam os tão polêmicos akumas, os quais transformavam os bons cidadãos de Paris em vilões, durante o menor momento de fraqueza.

 

Haviam conseguido a façanha de se infiltrar no esconderijo de Hawk Moth, iniciando a tão aguardada batalha final, a qual se intensificava a cada minuto afinal Ladybug e Chat Noir estavam mais preparados para o grande vilão do que estavam no primeiro confronto, no dia dos heróis.

 

Cat Noir estava com o instinto felino mais apurado e conseguiu prever a tempo um ataque em direção a Ladybug, o qual ela não teria tempo de desviar,  seu senso de autopreservação desapareceu completamente, tudo o que ele conseguia pensar era em salvar a vida da garota que amava, tomou um impulso para frente, recebendo o golpe no lugar dela.

 

Ignorou a dor alucinante por um instante aproveitando a proximidade de Hawk Moth para estender a mão e arrancar o miraculous dele, expondo sua verdadeira identidade, os olhos verdes saltaram incrédulos ao encontrar a figura de seu pai ali aonde há alguns segundos atrás estava o vilão.

 

—Pai?- sussurrou o garoto atônito sentindo uma dor no peito muito forte, e não era por causa do ferimento, e sim pela decepção em descobrir que durante todo o tempo em que lutou para proteger Paris, a grande ameaça a cidade sempre foi o seu próprio pai.

 

—CHAT NOIR! NÃO- Gritou Ladybug quando o parceiro caiu em seus braços, sangrando e muito, o líquido escarlate formava uma poça no chão e sujar o uniforme da heroína.

 

Ladybug pegou a mão do parceiro tentando confortá-lo e colocou por cima do ferimento tentando estancar-lo, ela chorava desconsoladamente. Ambos sabiam que o tempo de vida de Chat Noir estava contato, mas o próprio não se incomodava em morrer, não se fosse para salvar sua amada, para ele a vida dela valia mais.

 

—My lady- ele tirou a mão do próprio peito e acariciou a bochecha dela suavemente, inevitavelmente manchando-a com o seu sangue, mas o gesto era tão terno e carinhoso que ela não se incomodou.

 

Assim que o coração do herói parou de bater, sua transformação encerrou expulsando o Kwami preto do anel e revelando sua verdadeira identidade. ..Ladybug desmoronou no momento em que viu a vida deixando aqueles olhos de esmeralda que ela tanto amava.

 

—NÃO- Gabriel Agreste fritou horrificado ao se dar conta da barbaridade que acabara de cometer, percebeu que havia matado o seu próprio filho, a quem tentava a todo custo proteger. Já havia pensando na possibilidade de Adrien ser o Chat Noir, mas já a havia descartado, ficara tão cego pela possibilidade de trazer a esposa de volta.

 

Se ajoelhou no chão arrasado, percebendo que sua busca pelos miraculous só havia trazido desgraça, a si mesmo e a toda cidade. Emilie jamais o perdoaria se soubesse o que ele havia feito, deveria tê-la deixado partir quando teve a chance e agora perdera os dois.

 

—Você é um monstro- Ladybug acusou com a voz rouca de tanto chorar, porém carregada de raiva.

 

—Ainda posso trazê-lo de volta- garantiu Gabriel encarando o corpo do filho com claro remorso e dor- Se me entregar os miraculous.

 

—Nunca- respondeu Ladybug furiosa e usou o seu ioiô para capturá-lo indefeso e sem o seu miraculous.

 

Se arrependeu daquela resposta, era o que pensava deitada na cama, olhando as fotos de Adrien na parede  com um imenso aperto no coração e culpa. Culpa por ser a maldita Ladybug, ser a heroína que salvou a todos, mas que falhou em salvar a pessoa mais importante para si, falhou em salvar o garoto que amava.

 

Adrien

 

Chat Noir

 

Ambos eram a mesma pessoa e ambos se foram, tinha sido imprudente, colocada a vida de Ladybug à frente da própria. Ela se sentia quebrada, desolada, sentia que nunca mais seria a mesma, sua vida não teria sentido sem Adrien e Chat Noir. Ambos, o coração e alma de Marinette estavam despedaçados, a angústia era simplesmente demais para alguém tão jovem.  

 

Sabine entra no quarto deixando o prato de refeição para sua filha, olhando a com preocupação e pena, já faziam duas semanas que Marinette não deixava o quarto, ela não conseguia ir para a escola, ou sequer caminhar nas ruas de Paris e encarar milhares de outdoors, nos quais estavam estampadas imagens de Adrien como homenagem. Então Sabine se encarregava de trazer as refeições de sua filha com esperança de que ela comesse, mas se decepcionava ao recolher os pratos praticamente intocados.

 

Marinette não conseguia comer, não conseguia fazer nada que não fosse chorar e lamentar a perda de Adrien Agreste. Pensara que se tomasse um tempo sozinha, iria melhorar e ser capaz de suportar a dor esmagadora, “digerir” o que havia acontecido e seguir em frente, mas não foi o que acontecera, muito pelo contrário, ela estava sendo lentamente sufocada por tais sentimentos, não sentia mais prazer em nada, não queria ver nenhum dos seus amigos, incluindo Tikki que não via desde que tirara os brincos e os guardara na gaveta junto ao anel do gato preto, porque simplesmente não fazia mais sentido ser a Ladybug sem um Chat Noir, sem as cantadas e piadas horríveis, sem ouvi-lo chamá-la de milady ou bugboo.

 

—Eu só quero ele de volta!- diz entre soluços para ninguém em específico- Eu preciso dele de volta!

 

Mas ele se foi e não havia nada o que ela pudesse fazer para mudar isso...A Não ser...A Garota de cabelos azulados enxugou as lágrimas e caminhou até a cômoda decidida, abriu a gaveta e de lá tirou seus brincos de joaninha e o anel do gato preto, fechou a gaveta novamente deixando lá apenas o broche da borboleta.

 

A Dor por perder Adrien havia sido tão repentina e avassaladora que a impedira de ir até a casa de Mestre Fu e devolver os três miraculous. Analisou as joias por um breve momento pensando no que estava prestes a fazer, respirou fundo pensando no que o guardião havia lhe dito sobre o poder absoluto. Um Preço!

 

Não Importa! Decidiu Marinette colocando os brincos de volta na orelha e colocando o anel no dedo anelar movida pelo desejo incessante de ver Adrien novamente, os olhos esmeralda perfeita que sempre em forma de Chat Noir refletiam tanto amor incondicional para com ela, aquele sorriso maravilhoso que sempre a tirava do sério.

 

—Marinette o que está fazendo?- Questionou Tikki com aquele tom de crítica que ela conhecia bem-  Não pode usar o poder abso…

 

—Agora não torrãozinho de açúcar- interrompeu Plagg usando uma patinha para cobrir a boca da Kwami vermelha- Sabe o que está fazendo Marinette?

 

—Não- confessou ela envergonhada- Não vai me tentar me convencer do contrário?

 

—Não sou a Tikki- respondeu o kwami abatido- Também quero o garoto de volta.

 

Percebeu no instante em que os Kwamis se fundiram, que não era muito diferente de Hawk Moth, de Gabriel Agreste que estava tão desesperado para trazer a esposa de volta que recorrera a medidas extremas, machucando e aterrorizando inocentes, tão cego na busca pelo desejo do poder absoluto que matara o seu próprio filho sem perceber.

 

Mas Marinette sabia que não importava o quão forte a dor da ausência de seu amado fosse, ela jamais faria tudo o que Hawk Moth fez e  também havia uma diferença crucial...Ela tinha o miraculous da criação e da destruição no momento e não precisava machucar ninguém para consegui-los, bastava fazer o seu pedido, consertar o erro de Hawk Moth porque no final das contas, os fins justificam os meios.

 

—Olá Senhorita Dupain Cheng- cumprimentou o kwami de cor lilás com olhos dourados e uma tiara de ouro na pequena cabeça lhe fazendo uma reverência- Qual o desejo que seu coração clama para ser concretizado?

 

—Eu desejo... 


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Notas finais do capítulo

Não me matem okay?

O meu objetivo foi justamente deixar o desejo da Mari em aberto para cada leitor interpretar como quiser.

Me digam o que acham que ela desejou.

Também não se preocupem, não descarto a possibilidade de fazer um bônus caso queiram bastante um final feliz, mas por enquanto deixo essa fanfic em terminada.

Obrigada por ler e espero que tenha conseguido partir seu coração.



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