Angel escrita por DarkyPhoenix


Capítulo 2
Bônus


Notas iniciais do capítulo

Então aproveitando o clima macabro de halloween, eu trouxe um capítulo bônus com muito mais ação e sangue como havia deixado inferido no anterior.

Porque o anterior havia sido mais uma história contada no passado sem muita ação, mas o bônus é no presente sim e conta também com uma cena extra.

Então boa leitura



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Quando voltei a morar em Paris com Audrey, fiquei até surpresa do meu plano ter funcionado tão bem...Havia um vilão chamado Hawk Moth que estava transformando pessoas comuns em vilões com o objetivo único de tomar os miraculous da criação e da destruição de Ladybug e Cat Noir. 

Não precisava somar dois mais dois para saber que Hawk Moth era nada mais, nada menos do que o meu marido Gabriel Agreste e ele estava atrás do poder absoluto para me trazer de volta a vida, sem nem desconfiar que eu estou vivíssima e mais perto do que ele imagina. 

Assistindo tudo de camarote, controlando sempre bem minhas emoções para o miraculous da borboleta não pegar nenhuma emoção negativa vinda de mim e me descobrir de uma forma tão imbecil. Felizmente eu não era mais descuidada desde minha gravidez indesejada do Adrien e minhas emoções estavam sempre bem dormentes e controladas. 

Esperei que Hawk Moth tivesse sucesso, o que não aconteceu antes dele ter a audácia de entregar meu miraculous para a amante, aquilo foi realmente o cúmulo. O Ùnico conforto que me dava, era saber que eu mesma havia danificado aquele miraculous e Nathalie sofreria gravemente as consequências de usá-lo. 

Depois de akumatizar a filha da Audrey em Miracle Queen, ter portadores de miraculous sob o controle dela e ainda assim falhar miseravelmente em vencer dois adolescentes brincando de super heróis. Foi aí que me caiu a ficha de eu que tinha me casado com um incompetente. 

Resolvi tomar a situação nas minhas próprias mãos. 

Armei uma emboscada para os heróis, o que acabou atraindo inevitavelmente Hawk Moth e Mayura. Foi estupidamente fácil, só precisei armar o palco para os heróis para os vilões se enfrentarem mais uma vez.

E foi um show interessante de se assistir, até que eu percebi Mayura tendo uma crise de falta de ar, caindo no chão em desespero e Hawk Moth a aninhou entre seus braços tentando ajudá-la, aquilo fez o meu sangue ferver. 

—Mas eu consertei o miraculuos do pavão- murmurou Hawk Moth confuso e desesperado, o que me fez revirar os olhos diante de tanta fraqueza. 

—Não importa- disse com a voz firme saindo das sombras- Ela usou o miraculous danificado por muito tempo e causou algumas sequelas permanentes. 

—EMILIE?- Hawk Moth arregalou os olhos largando a Nathalie no chão convulsionando e vindo em minha direção. 

Cat Noir e Ladybug estavam tão surpresos quanto, e eu vi um misto de alegria e incredulidade nos olhos verdes do primeiro, dolorosamente familiares. 

—Não sabem o quanto é bom estar de volta, depois de estar sabe…- finjo pensar por um momento e abro um sorrisinho irônico- Desaparecida vulgo morta. 

—Não pode ser- murmurava repetidamente Cat Noir não acreditando no que via. 

—Como?- Hawk Moth questionou com um misto de alegria em me ver de novo, decepção e tristeza. 

—Você sempre me subestimou Gabriel- digo com um sorrisinho- Me via seu anjo, aquela mulher boazinha, gentil, delicada e frágil...Coisas que eu nunca fui.

—Por que forjar a própria morte e desaparecer sem deixar rastros? E quem é aquela lá na cúpula? 

—Tsc Tsc uma pergunta de cada vez: Você quer sinceridade? Eu estava de saco cheio de fingir ser a boa esposa que você queria que eu fosse, fingir ser a boa mãe, fingir ser a bondade encarnada quando na verdade eu sou bem pior do que você bancando Hawk Moth Gabriel!

—Gabriel?- perguntou Cat Noir ainda mais apreensivo e incrédulo- Você é Gabriel Agreste? 

—O Primeiro e único- respondo tirando o miraculuos da roupa dele e mostrando sua verdadeira identidade- Já que estamos revelando identidades, é hora de devolver meu miraculous não acha Nathalie? Você nunca foi digna dele. 

Eu arranquei o broche do pavão do traje da Mayura e revirei os olhos para com os protestos da Nathalie. 

—Você tinha de me trocar justamente por essazinha Gabriel? 

—Eu não te troquei Emilie!

—Ah não? Só me traiu mesmo e com a secretária- retruco com o humor ácido- Agora uma mulher que você gosta vai realmente morrer por sua culpa Gabriel e dessa vez não serei eu. 

O Estado da Nathalie foi ficando pior gradativamente, para ela estava ficando cada vez mais difícil respirar e ver o olhar de desespero e agonia nos olhos daquela vadia foi delicioso, extremamente satisfatória ver aquela destruidora de lares se contorcendo em pura agonia. Mas eu ainda queria ser a única a dar o golpe final. 

—Ah pelo amor- digo tirando uma arma da cintura, meu dedo ansioso no gatilho, mirei perfeitamente na cabeça dela e disparei. 

O Som do tiro ecoou por todo o local e o corpo sem vida de Nathalie jazia em uma poça de sangue no chão, como um animal abatido que demorou até demorou para morrer. 

—Emilie você matou alguém- Gabriel disse chocado e eu apenas revirei os olhos- Nathalie! 

—Como pôde?- Ladybug se manifestou chorando pela vida perdida e eu só pensei no quanto ela era patética de derramar lágrimas por aquela vadia. 

—Não venha com moralismo agora Gabriel! Nunca pensou em quantos cidadãos inocentes você matou nessa sua empreitada para conseguir o poder absoluto..Incluindo as vezes que você arriscou a segurança do nosso filho, acha que eu não sei?  Idiota

—Eu fiz isso por você- tentou argumentar irritado. 

—Tsc Tsc não justifica!- digo cantarolando andando em volta deles- No começo é meio difícil mesmo, lidar com a culpa, mas depois, você até começa a gostar. 

Ouvi como uma bela sinfonia aos meus ouvidos, o último apitado dos miraculous de Ladybug e Cat Noir, eles sabiam que eu os havia encurralado e não tinham para onde escapar, arrancei os brincos das orelhas dela e o anel do dedo dele antes que sequer o tempo acabasse. 

—Adrien?- Gabriel e eu perguntamos em uníssono chocados em ver que era nosso filho que vestia aquele traje idiota de Cat Noir e salvava Paris todos os dias. 

—Mãe?- Adrien ignorou o pai e correu na minha direção parecendo receoso e apreensivo- O que você fez? Quem você é?

—Eu sou um monstro- respondi sinceramente- Tentei lutar tanto contra isso por você, tentei ser aquele anjo, ser uma boa mãe, tomei todos aqueles comprimidos por você meu filho, mas nada disso funcionou porque não dá para negar para sempre sua própria natureza. 

—Podemos dar um jeito- ofereceu Gabriel embora não parecesse acreditar no que acabara de dizer. 

—Você pode melhorar, voltar a tomar os remédios- ofereceu Adrien com uma fagulha de esperança que me causou um aperto no peito, não podia mais mentir para mim mesma e para o meu filho. 

—Não posso porque não há como vocês mudarem a minha mente, não existe cura para o que eu sou, eu até deixaria vocês tentarem procurar uma, mas deixar vocês viverem não está nos meus planos. 

—O que?- os três praticamente gritaram correndo para tentar encontrar uma saída mas eu havia me antecipado e lacrado tudo. 

—Está vendo? Uma pequena ameaça e já estão tentando fugir- digo carregando a arma com uma risada- É muito fácil falar, mas são tão previsíveis. 

—Uni duni tê- revezo apontando a arma para cada um até parar no Gabriel- Você ferrou a minha vida por tempo suficiente querido. 

Um segundo disparo, com a pontaria certeira, o corpo do meu marido caiu em um baque, desfalecido no chão. 

—Mãe! Por Favor você não quer fazer isso- Adrien disse puxando a parceira para trás, a protegendo com o seu corpo- Ela não! Por Favor!

—Por favor não nos mate! -implorou a garota apertando ainda mais o garoto de cabelos loiros. 

—Tem uma coisa sobre heróis minhas crianças- digo com uma voz pesarosa e um sorriso sádico- Eles sempre vão cair porque são bons demais para uma humanidade doente. 

Mais dois disparos, dessa vez eu errara de propósito! 

Assisti com um olhar sombrio e ofegante pela adrenalina,o meu reflexo no espelho apontando uma pistola carregada para o meu próprio filho e para a garota que ele amava...Meus olhos estavam vazio de expressão como eu, como meu maldito coração, eu não parecia mais um anjo e sim uma louca varrida e psicótica, o que é  tecnicamente o que eu sou. 

Como eu havia chegado a tal ponto? Mon Dieu! Precisava parar a mim mesma antes que cometesse uma atrocidade que não me deixaria suportar vivendo, precisava me impedir de tirar a vida da única pessoa que eu já amei verdadeiramente na vida. 

Gritei enlouquecida e angustiada, fechei meus olhos os apertando dolorosamente como se pudesse fazer desaparecer toda aquela cena, não queria vê-lo, não queria ver todo o horror causado por mim. Senti minha garganta doer, com desespero excruciante fluindo como um canal.

Sangue

Dor

Adrien

Morte 

Loucura 

Amor 

—Eu sinto tanto Adrien- murmurei com a voz sôfrega carregada de dor, senti meus olhos começando a embaçar com lágrimas genuínas...Assim como naquele dia na maternidade em que eu pegara o Adrien recém- nascido e não conseguira afogá-lo, eu não conseguiria atirar nele agora. 

Mudei a direção da arma apontando para a minha própria cabeça, e respirei fundo, essa era a única forma de silenciar as vozes que me atormentava, era a única forma de eu garantir que nunca mais iria machucar meu filho. 

—Mãe Não!- Adrien gritou exasperado, seus olhos verdes assustados se enchendo de lágrimas. 

Apertei o gatilho! Não senti, na verdade tinha sido uma morte muito curta e simples, incrivelmente rápido comparando com a tortura com a qual eu os submeti.

Olhei horrorizada para mim mesma pelo espelho, meus cabelos loiros sedosos e dourados, assim como a pele branca, manchando uma cor vermelha intensa...Percebi que o sangue corria sem parar, formando uma poça que se espalhava ao meu redor, me fazendo sentir frio, estava deitada ao lado do cadáver do Gabriel e da Nathalie, que ironia amarga não? 

—Eu amo você meu filho...E me desculpe por ter te deixado órfão!- murmurei sentindo minhas pálpebras ficando cada vez mais pesadas, o sono da morte me alcançando rápido...Sem mais papéis para interpretar, apenas eu mesma, indo em direção ao desconhecido proporcionado pela morte. 

—Eu também te amo mamãe. 

*CENA EXTRA*

—Então- perguntou Marinette apreensiva para médico psiquiatra- Como ele está? 

—Adrien Agreste não tem feito nenhum progresso desde que chegou aqui, está inventando delírios de que o pai dele era Hawk Moth, depois da morte dos pais, ele está bem abalado.

Marinette Dupain Cheng apenas revirou os olhos irritada, ainda não acreditava que ninguém havia acreditado que Gabriel Agreste era Hawk Moth. 

—Então?- perguntou Marinette sabendo que o médico estava ocultando uma informação importantíssima. 

—Andei averiguando o quadro psiquiátrico de Emilie Agreste e lamentavelmente constatei  que a condição dela é genética. 

—Espera está me dizendo que o Adrien tem os mesmos problemas psiquiátricos da mãe dele? 

—Os mais graves, pelo menos- o médico deu de ombros como se não fosse nada- Não haviam se manifestado até que um grande trauma os trouxe para a luz..Ele desenvolveu alguns problemas próprios é claro, depois de perder os pais e a governanta de uma maneira tão brutal. 

Depois da conversa com o psiquiatra chefe da clínica, Marinette foi visitar o amor da sua vida em seu quarto, seu coração apertou e seu estômago revirou ao vê-lo em um estado tão deplorável: seus cabelos loiros estavam sujos e desgrenhados, seus olhos verdes antes tão brilhante e cheios de vida, estavam desfocados e vazios, havia um ar de morbidez e loucura nele que nunca estiveram lá antes, aguçados ainda mais pelo uso da camisa de força.

Ela se aproximou devagar e cautelosamente, com muito medo de perturbá-lo com a sua presença, era insuportável vê-lo naquela condição, sentia  vontade de tirá-lo daquela camisa de força, de dar um banho nele e depois enchê-lo de amor até que voltasse a ser aquele Adrien, o qual ela tanto amava. 

—Não se acanhe Marinette- disse ele olhando-a com um sorriso sádico, a olhando de uma forma possessiva e sinistra- Eu amo a sua presença meu anjo.


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Notas finais do capítulo

Foi isso, espero que tenha ficado sanguinário e macabro o suficiente.

Primeiramente eu iria fazer a Emilie matar geral incluindo o Adrien e Marinette, mas aí eu pensei melhor no que poderia ser meio que o ciclo da Emilie e do Gabriel recomeçando, só que dessa com Adrien e a Marinette.

Não resisti a ideia de fazer essa ceninha extra, por favor não me matem porque se gostaram não terão outros capítulos especiais de feriado.

Bye meus leitores trevosos e Feliz Halloween para todos vocês.



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