Eu queria que aquele momento se eternizasse. Era tão bom te-la ali. Era tão gostoso sentir sua pele e ouvir sua voz rouca em meu ouvido. Era tão bom que mal sabia se poderia suportar mais tempo longe dela. Talvez fosse esse motivo por cada vez mais eu estar voltando mais rápido e mais rápido para ela. Era tão... estranho ficar longe dela. Eu já não sabia viver longe dela (era cômico falar de vida, quando se trata de morte.)
- Sabe que não pode. - Ela me soltou com raiva me jogando contra a parede.
Bati com força contra a mesma mas nada me aconteceu. Nenhuma dor me alcançou.
- O quê? - Me levantei rápido e corri atrás de quem fugia.
- Sabe das normas, Elis. - Como era estranho vê-la daquela forma tão rancorosa.
- Normas, normas e normas... Por que sempre tem que me lembrar delas? - Agora quem começava a ficar agressiva era eu.
Não era a primeira vez que tínhamos aquela discussão. Ela já havia me explicado mais de uma vez sobre as malditas normas que nos mantinham tão longes. Já não era mais o suficiente ve-la vez ou outra, eu queria estar com ela sempre.
- Se não fosse por elas nunca teríamos nos conhecido! Ou se esqueceu disso também? - Disse de uma vez só, e só depois de me ver quase chorando sentou-se ao meu lado um pouco mais calma e tentou se explicar. - Tem que voltar. Um dia quem sabe, poderemos ficar o tempo que você desejar. Pense sobre isso e conversaremos quando você voltar.

Ela sorrio e me pegou nos braços. Me deu um prolongado beijo e deixou suas mãos deslizarem me fazendo ficar com raiva das normas e mais vontade de ficar com ela.