Estações Perdidas escrita por Diana Borges


Capítulo 1
Inquieto


Notas iniciais do capítulo

Olá venho com uma nova historia , em um fandom diferente dessa, me apaixonei por esse universo e espero que gostem desse pequeno texto
Agradecimento especial a Ane Belle, por betar e fazer essa capa maravilhosa pra mim, obrigada flor, amei de verdade



Mo Dao Zu Shi não me pertence



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/783571/chapter/1

Meu nome ecoa, antes e mesmo agora, treze anos passados, eles dizem o infame patriarca, apenas você olhou além e enxergou meu verdadeiro coração.

Âmbar derretido em teus olhos, tal qual como ouro mais puro, frio como neve, o sentimento mais caloroso que conheci.

Enquanto todos me bajulam, és o único a advertir-me, em reverso todos me julgam, é o único que permanece ao meu lado.

Atrevido, debochado, impertinente, sagaz, porém cego, tolo e inseguro, diante do fogo que nos consome, este sol que queima eternamente em tua geleira me faz voltar ao seu lado, testemunha de um acaso, penso que o destino traça nossas almas, irrelevante ao desejo que nos conduz.

Ao som da melodia composta certificando sentimentos em vida e morte, resta-nos abrandar a melancolia da lua, quem toca aos espíritos, desesperado entre lágrimas, ouve somente o silêncio do meu coração frívolo, negando-se a esquecer.

O tempo passado são ventos sem direção, minha memória oscila, o que a alma recusa esquecer.

Olhos dourados em chamas recordam todos os segundos compartilhados – perdoe este abstraído ribaldo pelas vozes dos outros – mantem aspecto indolente, álgido perante quaisquer outrem, vestido em disfarce, desnudado em compasso diante a quem quer revelar.

Fui-me uma noite dentro do seu olhar, tendo seu rosto um último instante mitigar a fúria da dor ofuscando o fraterno perdido.

Dentre as estações ausentes, flutuei no limbo sem me encontrar, tuas lágrimas e açoites marcaram o tempo com ferro e brasa tua pele tal qual a minha.

O fardo que carreguei foi por intolerar a indiferença aos fracos e inocentes subjugados aos desmandos de interesses cegos de ambição.

Desfiz-me de meu valor em benefício dourado em prol da irmandade sem busca de gratidão, apenas o fiz acalentando manter minha consciência alva afastando o lamento.

Ante a maestria natural e cogente, pensei somente em retribuição aqueles em que me encontrei em irmãos.

Dividas não as tenho mais, todas as cobranças pertencem ao passado, daqui em diante tanto faz, o que fiz passou em outra existência.

Que nós enterneçamos as falhas de outrem, temos nossas próprias condenações fadados um ao outro, perfeitos opostos, sublime almas gêmeas.

A cobiça alheia escapa ao nosso destino, Lan WangJi deixe-os cultivar os tesouros de tolos, encontramos a verdadeira riqueza que habita nossos apaixonados corações, que eles fiquem com os falsos prazeres mundanos.

Diga-me: Quem sois os verdadeiros afortunados?

Vivo em duas vidas, a passada, suspeito ter desperdiçado a real felicidade, nesta, irei certificar-me de aproveitar todos os dias que irei abster-me de seu imprescindível abraço, que me mantém cativo alegremente aquecendo minha existência até o alvorecer em sintonia.

Sou tua vida, assim como és a minha, inseparáveis seguimos quebrando todas as regras como os ventos do outono arrastando as folhas caídas no chão.

Seguiremos lado a lado unidos por uma fita, seja branca como as nuvens ou escarlate como o sangue, colhendo as sementes de lótus pelos rios navegamos, abrandando a saudade de quem jamais esquecerei; a shijie que me protegeu, a irmã a quem amei.

Agora sorrimos e brincamos, deixamos que o amor nos conduza e brindamos sorrindo como o imperador.

Temos a frente todo futuro em harmonia, espirito livre, detentor da rebeldia. Se a face me falta, tens de sobra em tua imponente figura, és o guardião de meu deboche e ousadia.

Não temo afrontar quem me desafia, não há ninguém que refute minhas palavras ditas em segurança desmedida. Estas ao meu lado incondicionalmente, protegendo-me com seu amor, mesmo que renegue toda sua herança, enfrentando a quem sempre obteve respeito valoroso. Questionando se realmente o bom é mal ou se o mal é bom. Mostrou coragem por duvidar a todos os princípios que conhecia, obedecendo fielmente ao que sentia, seguro de que o certo era o que o sentimento lhe conduzia.

Assegurou-se que toda a teimosia lhe cabia a nobreza que tua alma clamava em agonia, negando-se a titubear que um engano cometia.

Agarrando-se firmemente ao discernimento que o julgamento que fazia, não abalava o caráter que conhecia.

Confiante na emoção pura e verdadeira, seguindo firmemente, crestes não ter cometido erros.

Pois vejas bem Lan Zhan, tudo agora é passado, nada mais há nebuloso em nossa frente, seguiremos aproveitando todos os novos dias que tenhamos, com altivez e coragem, a consciência tranquila, a certeza de fazer o bem, seguindo o caos onde estiver, brindando nossas noites com carinho e cuidado, dizendo nossos nomes com gemidos entrecortados com gritos alardeando-o por todo recesso das nuvens, todo dia até o findar de nossas vidas


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por ler, se quiserem sintam-se a vontade pra deixar comentários

Beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Estações Perdidas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.