Hércules: o Semi-deus, o Anjo-da-guarda escrita por Docecath Rokera Nordica


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Quando você atira alguém do abismo só para você não cair nele, esse sacrificado é chamado de Anjo-da-Guarda?



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    Meu irmão mais velho disse que iria alugar um filme e queria que fosse junto. Não há nada de errado em alugar um filme em um belo dia de sábado, mas ele quis que o filme fosse surpresa até a hore de assistirmos. Não contestei, mas quis levar meu cachorro chamado Hécules, conosco, pois o dia estava ótimo e nunca pensei que algo poderia dar errado e mudar todo o clima de alegria. Mas as emergências chegam sem avisar.

   A guia da coleira qubrada, mas eu e meu irmão decidimos levá-lo mesmo assim... Para quê?

   Estavamos chegando perto da videolocadora, á mais ou menos 4 lojas de lá, quando meu irmão disse para mim:

   - Você fica aqui que eu já volto com o filme. E cuida do Hércules. Não eixa ele fugir.

   - Tá bom - Eu disse, e segurei-o no colo. Depois de um tempo eu comecei a cansar de segurá-lo, e queria chegar mias perto da videolocadora. Então, avancei duas lojas e decidi segurar o Hércules pela coleira.

   Um outro cachorro que estava por lá se aproximou olhando para o Hércules com uma cara difícil de distinguir, eu não sabia se ele queria brincar, ou só conhecer, ou talves estivesse indo para outro canto. Mas ele chegou de repente e começou a atacar o pobre Hércules que era menor do que ele. Hércules tento escapar e foi para o meio da rua. Eu só vi um carro se aproximando e fui correndo avisar o meu irmão:

   - Giovanni, corre! O Hércules foi atropelado! Tem um cachorro mordendo ele! Ai meu Deus... - Não falei muita coisa com sentido. Eu olhei para o meu irmão e depois para a rua, como se tivesse que escolher entre ajudar o meu cachorro ou explicar a situação novamente, e fui correndo para conferir  se ele foi mesmo atropelado.

   Saí correndo e quando cheguei vi umas pessoas segurando o cachorro vira-lata em um canto, e outraspreocupadas em volta do Hécules bem na entrada de uma loja de roupas femininas. Não dava para ver bem como ele estava, mas eu vi sangue no chão e temi o pior. Hérules me viu e tentou chegar até mim.

   Aquela foi  cena mais triste que eu já vi  em toda a minha vida, e eu não sei se verei algo tão trágico assim novamente: Hécules estava rastejando até mim com as duas patas dianteiras penduradas por uma fina camada de pele. Ele se apoiou em mim, como se estivesse pedindo ajuda. Naquele momento nada mais parecia coerênte, e eu só sabia gritar seu nome repetidamente, em pânico:

   - Hércules!!... Hércules!!... Não, Hércules!!...

   Foi tão assustador e triste. E nunca estive tão assustada na minha vida. Eu só acordei do meu pânico quando  um homem me puxou para longe do Hércules, se virou para mim e disse:

   - Fica calma, eu vou te ajudar! Me diga qual é o telefone da sua casa.

   O homem pegou o celular e eu disse o número de casa. Ele falou com o meu pai, pegou um cobertor dentro do seu carro e embrulhou Hércules todo ensaguentado. Eu e meu irmão  fomos juntos e ele nos levou ao veterinário mais próximo. Meu pai chegou em seguida e agradeceu o homem pela ajuda, que disse que podiamos ficar com o cobertor e foi embora, e eu nem se quer agradeci ou mesmo tive a chance de  saber seu nome.

   Enquanto eu estava esperando imapcientemente pelas notícias de Hércules, meu irmão chegou para mim tentando me animar:

   - Bom, acho que depois disso você não vai mais querer ver o filme...

   - Depende. Qual filme você alugou?

   Ele tirou da sacola o DVD e me mostrou a capa. O filme era O Dia Depois De Amanhã. Um filem sobre tragédia e o fim do mundo. Com isso eu ri, mas logo desanimei:

   - Que ótimo filme. Combinou com o clima...

   - Não fica assim, nãi. Ele vai ficar bom!

   - Espero...

   Depois de bastente tempo, o doutor chea e diz que iria ser necessário uma cirurgia e isso só seria realizado em um Hopital Veterinário. Ele também recomendou uns remédios para o Hércules.

   O veterinário, então, trouxe-o enrolado em um cobertor novo e com as patas cheias de bandagens. Percebi que ele estava fraco, mas ainda sim balançava o rado de felicidade. O doutor  se dirigiu a imim então:

   - Vamos, venha lavar essas mãos.

   Eu nem havia percebido que as minhas mãos e minhas roupas estavam cheias de sangue, foi na hora em que ele estava me implorando pela dor. Eu olhei para mim e aquilo complementou aquela cena trágicade antes. Segui o doutor que me levou na pia e lavei minhas mãos.

   Depois, nós o trouxemos para casa doto enrolado, meu irmão mais novo chegou em pranto, dirigiu-se a mim de cabeça baixa, de um jeito que seu cabelo liso e escorrido tapasse seus olhos como quando os animes ficam tristes:

   - Me conta como o Hércules foi atropelado....

   Eu não digo que sua cara de tristeza me deu prazer, mas o meu irmão pareceu um anime perfeitamente adaptado a vida real. Ele é igual ao kira, de aparência, só que na idade de criança e um pouco mais "fofinho".

   Contei tudo o que aconteceu, e a cada vez que a história rolava, suas lágrimas ameaçavam ainda mais de cair. Quando cheguei na parte em que vi Hércules se rastejando começou a cair uma lágrima após a outra. Eu terminei a história e acrescentei que se eu não o tivesse soltado, ele estaria bem agora. Mas meu irmão, mesmo triste respondeu:

   - Não foi culpa sua, Cath. Se você não o tivesse soltado, você seria mordida junto como o Hércules....

   Isso me comoveu muito, mas não me convenceu. E não cosegui dormir com medo de ter pesadelos, pois eu sentia que aquela culpa não iria sair tão fácil.

   No dia seguinte, meu pai, eu, e meus irmãos levamos Hércules ao hospital veterinário. Depois de algumas horas, vem a enfermeira com o Hércules nos braços, enrolado em um cobertor novo, com suas patas inteiramente cobertas por gesso. Mas o que foi mais estranho, era ele aparecer com um "cone" no pescoço. A enfermeira havia dito que era para não comer o gesso, e também nos receitou um monte de remédios que ele só tomaria com a comida.

   Ao longo do tempo, com os remédios em dia, e a triste visão de um cachorro engessado em uma almofada no canto da sala, dava par ver em seus olhos que estava entediado. Então, Hércules se levandou apoiando-se no gesso dura e caminhou pela casa sem problemas. E começou a ser uma luta para mantê-lo deitado e repousando. Na outra ída ao hospital, no explicamos que ele não parava de andar por nada, e a enfermeira disse que isso é bom, significa que ele vai se recupera rápido e também que ele realmente precisava de exercícios. Então nós o deixamos andar.

   Até que chegou o grande dia de tirar o gesso. Suas patas estavam quase sem pelo, além de que não tomava banho há um bom tempo. Suas patas estavam com um mau cheiro de carniça. A enfermeira disse logo depois que ele havia cortado um tendão de cada pata, por isso havia perdido bastante movimento nelas, mas isso não o empedia de andar ou até corre livremente e normalmente. Essa notícia me aliviou muito, mas depois disso eu nunca mais tive coragem de passear com ele de novo. Além de que me surgiu um ENORME medo de cães de rua.

   Suas patas ficaram tortas para a esquerda, mas mesmo assim ele não perdeu a coragem de sair correndo na rua.

   Um dia, uma coisa me surpreendeu: meu irmão mais velho quis que eu fosse junto com ele para passear com o Hércules. Eu só concordei se nós fossemos passear perto que levasse um guarda-chuva, ou cajado para protegê-lo, e meu irmão concordou. Mas ele estava arrastando a mim e ao Hércules para a "cena do crime". Ele dizia que queria me mostrar uma coisa. De repente, aquele mesmo cachorro apareceu, mas estava numa certa distância. O Hércules estava rosnando alto e puxando a coleira, enquanto aquele outro cão estava literalmente como o rabo entre as pernas e se afastando aos poucos. Eu fiquei de boca aberta. E meu irmão estava rindo daquilo. Hércules havia guardado rancor e estava pronto para dar o troco. Aquilo foi muito engraçado. Hércules estava com um sentimento que eu nunca vi nele.

   Com tudo, Hércules me mostrou que estava bem. Mas eu sentia que ele deveria estar zangado comigo, eu que tive a ideia de levá-lo naquele dia.

   Depois, no dia seguinte, minha mãe me abraçou e disseolhando para o Hércules:

   - Obrigado por cuidar da minha filha...

   - Como assim?? - Perguntei confusa.

   - Ele que te protegeu. Talves ele seja o seu Anjo-da-Guarda.

   Com isso eu me perguntei:"Quando você atira alguém do abismo só para você não cair nele, esse sacrificado é chamado de Anjo-da-Guarda?".

   E até hoje eu me pergunto isso....


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Notas finais do capítulo

GRAÇAS A DEUS O HÉRCULES ESTÁ VIVO ATÉ HOJE E COM MUITA ENERGIA. MAS PARA EU VOLTAR A PASSEAR COM ELE, SOMENTE CESAR MILLAN PODE ME CONVENCER.....