Quem lhe ensinou a amar? escrita por La Rue


Capítulo 12
Coração partido


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos, tudo bem com vocês, voltando à programação normal de postagens. Já que da última vez o capítulo saiu depois de Fios do Destino.

Eu quis trazer meio que um sentimento de confusão então não sei se a escrita aqui foi boa, mas tentei. Esse capítulo também tem um propósito então eu quero que vocês deixem ele guardadinho na memória.

Boa leitura a todos!!!



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Clarisse não era a melhor pessoa para relacionamentos, mas até mesmo alguém como ela sabia reconhecer que algo ali não estava se encaixando. Ela dera o espaço que julgou ser necessário, ah sim, ela tentou não agir de forma estúpida como normalmente algum de seus irmãos faria - e completamente sem remorso -, mas Silena não estava colaborando muito para que mantivesse a cabeça no lugar. Em um momento elas estavam bem, felizes, traçando planos para um futuro que devido suas condições de semideusas poderia não chegar – principalmente com La Rue sendo filha de Ares -, mas mesmo assim queriam arriscar e no outro estava lhe tratando como um nada.

Após o encontro com Afrodite as campistas não conversaram, quando as coisas ficaram estranhas no Olimpo elas se separaram, sequer trocaram algum olhar em meio aquela confusão, uma vez talvez, mas nada mais que isso; ter algum diálogo com outros semideuses curiosos compactados em um mesmo espaço? Não, obrigada! Completamente sem chances. Ela não era fã de plateias, muito menos quando se tratava de sua conturbada vida pessoal e se fosse para Silena acabar com tudo preferia que fosse longe de terceiros.

Se ela dormiu? Definitivamente não, nem se quisesse muito séria capaz… Em um momento pensava na conselheira, nos belos olhos azuis, na feição bonita e feliz se convertendo em desapontamento, se sentia impotente; em seguida as palavras de Afrodite em sua mente, a própria deusa do amor tentara da forma menos dolorosa possível lhe dizer a verdade, não queria admitir, mas seu receio sempre foi a confirmação daquilo que suspeitava; depois as cenas horripilantes que tivera quando seu pai lhe dirigiu o olhar, aquilo foi tão real que sequer conseguiu se mexer, não foi o "oi" mais amigável que já recebera, mas finalmente tivera a oportunidade de saber quem era seu o seu pai.

Ficou em um looping quase que infinito, para logo em seguida se afogar em dúvidas e questionamentos. Como algo poderia ser tão complicado? Polos deuses, ela preferia mil vezes ter que lutar contra uma horda de monstros diretamente do submundo do que aquilo. Será que Beauregard tinha dúvidas quanto aos seus sentimentos? Bem, ela sabia que não era nem de longe das criaturas mais fáceis, mas ela estava se esforçando para se abrir e demonstrar o suficiente. Ambas resolveram se arriscar naquele envolvimento, Silena tinha total conhecimento da sua confusão pessoal, ela sabia sobre a ligação, sabia sobre a filha de Athena, algo que nunca compartilhara nem mesmo com Mark e ele era a pessoa com quem mais conversava.

Aquele maldito fio, era tudo culpa dele, mas nem mesmo assim ela conseguia sentir raiva de Harmonia, ela só queria entender o propósito… Olhou para o pulso esquerdo quase como se carregasse algum tipo de maldição, se não fosse por aquela ligação ela e Silena não estariam daquela forma. Agora mais do que nunca se perguntava qual o sentido de estar presa a uma pessoa que nem mesmo sentia alguma falta da sua presença, que lhe ignorava como se não existisse. Sentiu um leve aperto no peito e isso lhe deu vontade de socar a própria cara, contudo não queria que achassem que estava louca.

Porque até mesmo quando estava confusa com relação a sua namorada - que sequer sabia realmente se ainda era sua namorada - ela pensava na filha de Athena? Não era justo com Silena, muito menos com ela que estava tentando levar alguma espécie de vida "normal" pela primeira vez. Será que Beauregard finalmente constatara que merecia alguém melhor e que não precisava lutar por uma filha de Ares que jamais corresponderia aos seus sentimentos de forma plena?

Socou o chão com força, mas não o suficiente para trincar o piso, não queria mais problemas para si ou para o conselheiro, Mark roncava ao seu lado, mas não fez mais nenhum sinal para demonstrar que estava vivo. Continuou em total silêncio e imóvel ao escutar um movimento próximo aos seus companheiros de chalé, talvez tivesse acordado algum semideus ou mais alguém não conseguira dormir e estava em alerta. Tentou controlar a raiva, mas seria em vão, enquanto não conversasse com Silena não teria um só segundo de paz, se bem que paz não era exatamente algo que filhos de Ares poderiam se dar ao luxo de ter, ou quem sabe apenas ela tivesse sido sorteada com tamanho infortúnio.

 

~***~

 

—Sua cara está péssima… - comentou o irmão quando todos já estavam prontos e sendo alinhados, em breve retornariam ao Acampamento Meio-Sangue.

—Não me enche a paciência. - resmungou de forma baixa, sem realmente lhe direcionar o olhar, mesmo sabendo que os olhos escuros estavam lhe fuzilando nesse exato momento.

Deixaram o Empire State Building em pequenos grupos, afinal não caberiam tantos semideuses assim em apenas um elevador. Os grupos não foram divididos por ordem de chalé, mas mesmo assim Argos e seus diversos olhos mantinham tudo sobre controle, saberia se estivesse faltando algum semideus metido a engraçadinho. Clarisse manteve a sua máscara de poucos amigos, quando adentrou o veículo, como já era de se esperar na atual conjuntura Silena lhe tratou com indiferença, estava com um dos seus irmãos logo nas primeiras fileiras e não fez questão de lhe olhar mesmo que tivesse parado ali por alguns instantes para lhe observar… Também parecia visivelmente cansada. 

Deu mais alguns passos desgarrados, trombou em alguém, era tudo o que precisava para arrumar uma briga, aquilo lhe acendeu um fio de esperança. Contudo sentiu a raiva se esvair como um balão quando encontrara os olhos cinzentos de Annabeth, estavam fixos nos seus, a garota não se desviou. Sabia que não tardaria para aquela língua afiada prontamente lhe dar algum tipo de resposta, mas por algum motivo havia recuado e descartou a possibilidade.

—Você quer alguma coisa, La Rue? - a pergunta saiu baixa, os olhos ainda conectados firmemente aos da garota que trombou sem muita gentileza contra o seu corpo. Não era a primeira vez que a semideusa lhe encarava daquela forma, acontecera o mesmo quando ela perdera pela primeira vez a caça a bandeira para a filha de Ares, quase podia sentir sua nuca se arrepiar ao relembrar o contato do corpo da mais velha contra o seu. 

Ah, sim... Clarisse queria sim algumas coisas, dentre elas se livrar daquela ligação injusta que lhe confundia não somente a mente, mas também o coração, ao mesmo tempo que queria extravasar toda a raiva que estava sentindo ela queria acima de tudo jogar qualquer resquício de racionalidade que ainda possuía e de uma vez por todas avançar contra os lábios da sabidinha perfeita de Athena. Respirou fundo, travou o maxilar, ela não poderia ter um acesso de raiva justo ali. Sentiu a barra que usara para se sustentar e passar entre o amontoado de adolescentes ceder poucos milímetros com a pressão que exerceu, ela queria muito que a líder do chalé de Athena parasse de lhe encarar daquela forma ou não responderia pelos seus atos.

—Clarisse, aqui! - chamou Mark em alto e bom tom, assustando os pobres semideuses que estavam no banco da frente. - vem logo! 

Os olhos verdes se voltaram para o irmão que acenava da última fileira como se ela tivesse se perdido do bando. Agradeceu mentalmente por aquilo, se não fosse por seu líder teria cometido alguma asneira que se arrependeria amargamente. Deixou-se afundar ao lado do mais velho, sem palavras ou qualquer coisa do tipo.

—Que porra foi essa? - murmurou ele com o olhar confuso, poucos foram os que realmente notaram a breve interação entre as campistas de chalés rivais. - eu pensei que você e a garotinha fossem se engalfinhar ali mesmo e não estou dizendo que na base da porrada. 

Não obteve nenhum retorno, às mãos de Clarisse ainda tremiam, não sabia o que tinha acontecido, mas com certeza era devido a tudo que deixara acumulado durante a noite não dormida. Na verdade aquilo fora apenas o estopim, La Rue vinha guardando muitas coisas a tempo demais, uma hora toda aquela pressão teria um retorno. 

—Parece que o encontro com a sogra não foi dos mais animadores, não é mesmo?! - tentou usar do seu tom mais brincalhão, passando o braço forte pelos ombros da mais nova e lhe dando um breve sacolejo, nem isso foi efetivo o suficiente para que a outra reagisse.

Achou que Clarisse lhe daria um soco, achou que ela lhe diria alguns xingamentos em grego e a sua irmã parecia ter uma boa coleção deles, duvidava muito que Quíron tivesse lhe ensinado isso, mas não, a única coisa que La Rue fez foi se encolher e afundar ainda mais naquele banco desconfortável como se quisesse se fundir ao mesmo sem ser incomodada. O loiro permaneceu em silêncio, por mais que torcesse para que as coisas dessem certo para sua irmã ele sabia que em algum momento aquele triângulo que não era exatamente um triângulo causaria seus estragos.

 

~***~

 

Ela tentou manter-se controlada quando finalmente retornaram ao acampamento, agradecia por estar de volta e segura, a sensação de que poderiam ser atacados a qualquer momento não era nada agradável. Seu irmão não lhe deu nenhuma piadinha ou sequer tentou puxar conversa e isso era muito pior, não queria que tivesse pena dela, preferia qualquer coisa a isso. Deixou o veículo em silêncio, mesmo assim deveria estar parecendo àqueles touros enraivecidos, pois nenhum campista se atreveu a ficar no seu caminho ou talvez tivessem presenciado seu quase surto com a conselheira Chase. Silena não queria conversar? Ótimo! Deveria ser compreensiva e dar espaço para a garota, era isso o que as pessoas faziam não é mesmo?! Qualquer um que entendesse o mínimo sobre relacionamentos sabia como funcionava. 

Até a pequena Lucy ela tentara evitar para não acabar descontando sua frustração na menina, mesmo que ela fizesse dezenas de perguntas por segundo sobre como fora a excursão. Mark passou treinos extras assim como Quíron havia recomendado naquele tipo de situação, segundo o centauro descarregar a raiva de forma "saudável" era o meio mais eficiente de conter a explosão. Era pra dar uma volta pelo perímetro? Deu duas, com a maior quantidade de pesos que conseguia suportar. Mais uma série de exercícios? Ótimo, porque não dobrá-los também?! Até mesmo o conselheiro sabia que naquele ritmo ela terminaria o dia mexendo o dedo mindinho com dor.  

Os dois já estavam treinando pesado as técnicas de combate há quase uma hora, não tivera coragem o suficiente para designar algum outro par para a irmã mais nova que não fosse ele, poderia ter colocado a menina para treinar com Sherman - o semideus com certeza adoraria ter a oportunidade de espetar acidentalmente La Rue com sua lança - porém ele sempre preferia escutar aquele leve alerta de perigo em seu inconsciente.

Treinaram os dois em silêncio, o único som presente era das hastes das lanças se chocando quando tinham de bloquear um golpe mais preciso. Era a primeira vez que ele via a irmã daquela forma e se não tomasse cuidado poderia ser atingido. Não falou nada, não lhe advertiu, nem lhe incentivou, mas aos poucos a garota foi ficando mais rápida… Não era pra estar daquela forma, até mesmo ele estava se sentindo cansado.

—Clarisse. - advertiu ele de forma branda, apenas para lhe chamar a atenção, aquilo era pra ser um treino e não uma simulação de batalha.

Não surtira efeito algum, os olhos da campista estavam nublados, como se estivesse desligada daquele plano, mesmo assim os movimentos eram coordenados e precisos. Escapou fazendo uma finta com a própria lança, mas ou ele estava ficando muito lento ou realmente a semideusa estava aumentando ainda mais o ritmo.

—Clarisse! - a voz saiu mais potente, tinha de usar da sua intimidação para tirar a garota daquele torpor.

Baixou sua guarda quando a garota lhe deu um chute rasteiro, varrendo uma de suas pernas, jogou a lança de lado quando La Rue executou um movimento de La Na Jia curto, para tentar agarrar a arma que veio em sua direção. A ponta da lança elétrica faiscava próxima a sua garganta, Clarisse ofegava, o olhar confuso de quem aos poucos percebia o que acabara de fazer… Se fosse uma disputa oficial, seu irmão teria sido derrotado ali mesmo, ele também lhe olhava da mesma forma, como se a possibilidade também estivesse passando por sua mente. Recuou logo em seguida e ofereceu-lhe a mão para que pudesse levantar, o mesmo aceitou, mas ainda sem palavras sobre o que havia acontecido.

Ao final do dia todos os membros do chalé de Ares estavam quase implorando por alguma clemência, não aguentavam se firmar nas próprias pernas, mas La Rue continuava de pé, visivelmente esgotada e seu corpo dando sinais de desgaste, mas as pernas trêmulas conseguiam sustentar o próprio peso.

—Estão liberados por hoje. - anunciou vendo os sorrisos de alívio e corpos que finalmente se renderam ao desabar no chão quase que imediatamente. Clarisse estava mais afastada, deixara ela sozinha antes que acabasse machucando alguém, a garota no máximo apoiou as mãos nos joelhos e tentou recuperar um pouco mais o fôlego quando tudo terminou. - que tal um banho para esfriar a cabeça?

—Não precisa se importar comigo. - rebateu após retomar a respiração e ajeitar a postura, mesmo que sentisse dor em cada músculo ao fazer isso. - não sou melhor que qualquer um deles. - o tom denotava que ainda estava chateada com o que havia acontecido, poderia ter machucado o irmão, mesmo que de forma não intencional.

Enxugou o rosto e recolheu suas coisas sem se importar se Mark lhe falaria alguma coisa ou não. Ela não era um bebê, poderia lidar com os seus problemas sozinha, afinal sempre foi desse jeito, não foi?!

—Clarisse… - chamou em tom mais ameno, mesmo que não fosse do seu feitio e segurou em seu braço, podia sentir a tensão dos músculos, ponderou o que iria falar, sabia que uma vírgula de forma errada seria motivos o suficiente para a morena colocar tudo o que estava sentindo pra fora. - não se cobre tanto, as coisas vão se acertar, cedo ou tarde. 

Ele não era idiota, sabia que aquele assunto mal resolvido envolvia tanto Silena como Annabeth, porém não tinha dimensão do quanto isso afetaria a irmã. Com certeza tinha muita coisa ali, mas preferiu não deixá-la ainda mais conturbada, no momento certo ele estaria lá para lhe dar algum suporte, nem que fosse ao estilo Ares.

 

~***~

 

Nos anos que esteve no acampamento uma das primeiras coisas que aprendeu foi que deveria respeitar os deuses, gostando ou não deles. Era de bom tom não ficar por aí falando seus nomes em vão, não desafia-los, mas precisava fazer aquilo, ela não conseguiu processar aquela história. Parecia que ia cair a cada passo dado, estava exausta, mas continuou firme até chegar à entrada do templo da deusa.

Subiu os degraus, a cabeça bem mais bagunçada que antes, todo o seu autocontrole que tentou manter durante o dia havia se dissipado, suas pernas tremiam e seu coração estava pesado como chumbo. Ela bateu com força as mãos espalmadas no altar, os itens ali presentes emitindo barulho com o choque enquanto seus olhos se voltaram para a estátua à sua frente, queria sentir raiva, mas só conseguia ser invadida pela dor.

—Você está errada! - afirmou a plenos pulmões, seus olhos vidrados na bela figura esculpida. - eu não vou desistir dela, deve haver algum jeito e eu vou descobrir com ou sem sua ajuda… Você está me ouvindo?!

O cheiro de rosas invadiu o seu olfato, preenchendo o ambiente, cerrou os punhos tentando não se deixar levar por aquele torpor. Preferia sentir dor, pelo menos sabia que aquilo era um sentimento real.

—Não preciso do seu consolo… - sussurrou quase que de forma inaudível, baixou os olhos, suas mãos ainda tremiam. - eu não quero!

Deu as costas, tinha de sair dali, se Afrodite ainda lhe tinha algum apreço definitivamente havia rompido com qualquer elo existente após esse desabafo. Porém alguém estava a sua espera, o sorriso sarcástico apareceu em seus lábios, só poderia ser algum tipo de piada… Seus passos pesados seguiram o caminho desejado, mas as mãos delicadas seguraram seus braços com a força que possuía.

—O que você quer? - a voz saiu baixa e ríspida, ela nunca se dirigiu a campista daquela forma, mas não conseguia segurar. - teve um lapso de memória e lembrou que existo?!

Tentou se soltar, não conseguiu, tentou desviar dos olhos azuis, mas Silena tinha uma forma de lhe olhar que dificilmente resistia e não tinha nenhuma ligação com os dons de Afrodite.

—Eu sempre sinto quando você precisa de conforto. - lembrou-lhe, mesmo que seu tom fosse triste. - tente entender Clarisse… Eu só preciso de um tempo, isso não é fácil pra mim, bem como também não é pra você.

—Eu fui apenas um passatempo… Não é mesmo? - sua voz saiu baixa, cansada e ressentida demais. Pensar naquela possibilidade lhe doía, bem mais que uma dor física. - só isso explica essa mudança, deve ter sido divertido pelo menos… Você conseguiu me enganar, parabéns por me fazer acreditar que pelo menos uma vez eu poderia ter uma vida normal. 

—Eu nunca faria isso com você, sua idiota e estúpida! - as mãos deixaram os braços da guerreira e lhe seguraram com firmeza o rosto, trazendo-a para perto. - você não tem noção do quanto eu amo você!

—Então por que isso agora? - disparou tentando manter o tom controlado rodeando a cintura da filha de Afrodite de forma possessiva.

Chegava a ser patético como não conseguia sentir raiva de Silena, mesmo agora prestes a explodir ela só queria lhe manter por perto. 

—Porque você ama a Annabeth, porque você sempre vai amar ela. - acariciou o rosto da morena de olhos verdes, lhe matava ver Clarisse daquela forma, mas sabia que sua mãe estava certa, que Harmonia estava certa. - eu preciso me afastar, por você, por mim e por ela… Eu nunca duvidei dos seus sentimentos, mas não é fácil sentir que você está em conflito, que tenta não se sentir assim quando estamos juntas.

Clarisse lhe abraçou mais forte contra o seu corpo, pouco se importando com a dor que estava sentindo, lhe beijou a têmpora. Beauregard estava certa, odiava admitir isso, mas ela estava certa e era egoísmo da sua parte continuarem daquela forma sem saber ao certo onde iriam chegar - se é que conseguiriam chegar a algum lugar.

—Não quero perder você. - confessou tentando não parecer idiota, porém não conseguia esconder seus sentimentos.

—Você não vai me perder, nunca… - rebateu quase que instantaneamente, levando seus lábios aos da mais alta de forma breve. - eu não quis magoar você, eu só… - respirou fundo. - você pode não entender hoje Clarisse e talvez ainda demore, mas essa confusão vai passar.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram do capítulo? Pelos deuses, eu sou uma pessoa extremamente chorona e me partiu o coração ter que escrevê-lo. Acho que veio junto todos aqueles sentimentos entre os capítulos 9, 10 e 11 de Fios do Destino.

Eu queria conseguir descrever o que é o movimento de La Na Jia pra vocês, mas só sei fazer, desculpa kkkkk... Mas se procurarem é um movimento de lança de defesa, esquiva e finalizado com ataque, existe o curto, médio e longo.

Deve ter sido perceptível – ou não – eu coloquei o Mark pra usar uma das habilidades passivas dos filhos de Ares, no caso a intimidação.

Obrigada a todos, um forte abraço e vejo vocês nos comentários.



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