Ruína e Ascensão escrita por justIzadora


Capítulo 3
Capítulo 3 - Dia D de Dor




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Branwen

A magia sempre foi um assunto sensível para mim. Eu nunca fui o que você pode considerar de mago forte, até uma certa idade, — considerada até "velha" para manifestar magia — achei que não tinha magia nenhuma.

Desde que éramos pequenos, Alexis sempre fazia simples magias, como acender luz em seus dedos, para dar um ar assombroso nas histórias assustadoras que contávamos uns para os outros debaixo de uma cabana de lençóis e cobertas.

E Lilith ela... era a exploradora, por assim dizer. Ela gostava de tentar executar magias mais complexas e fortes, e na maioria das vezes, conseguia — embora as magias que naquela época, para crianças eram consideradas "fortes", hoje Lilith consegue realizá-las sem muito esforço.

E eu, bem, só assistia fascinado, sem realmente fazer nada.

Quando minha magia se manifestou, os dois ficaram mais felizes que eu, que estava decepcionado e com um pouco de ciúmes por ser o mais fraco. Então, eu aprendi a guardar minha magia para o necessário, e somente isso.

Com o tempo, eu obviamente superei o fato de que eu era o mais fraco entre eles.

Em partes.

Pra falar a verdade, o que Blake falou fazia sentido para ela, quando eu paro para pensar. Nós fomos criados de jeitos diferentes em épocas diferentes, era normal para ela magia ser natural e muito usada. Mas não pra mim. Eu tenho que "segurar" minha magia, e não desperdiçá-la.

Mas não era exatamente por isso que eu estava atônito — e todos nós, para falar a verdade, e sim pela magia dela.

Se estar perto de Lilith enquanto ela fazia magia era como ficar de um lado de um vulcão em erupção, estar perto de Blake era pular dentro do vulcão.

Eu nunca senti tanto poder assim com um feitiço tão simples.

"Ela tem que estar falando a verdade. Vocês sentiram também, certo?" perguntei, e eles concordaram no mesmo instante.

Lilith balançou a cabeça, encostando-a sobre as mãos.

"Eu sempre fui meio alheia a isso, diferente de você, mas dessa vez... é impossível não sentir a magia dela." Concordou.

E se ela sentiu, é porque realmente é forte.

Como ela mesmo disse, Lilith é muito alheia à sentir magia dos outros, mas eu não. Por muito tempo eu não tive magia, então eu era bem mais "empático" com a magia dos outros, e com facilidade conseguia dizer se a pessoa tinha pouca ou muita magia, ao vê-la realizar uma magia.

Isso funciona independente se a magia é forte ou fraca, porque quando um mago realiza uma, seu poder é conjurado, subindo à superfície, e eu consigo sentir.

"Olha, eu sei que depois disso vocês estão praticamente convencidos, mas nós precisamos ter certeza e pesquisar. Vamos continuar com o que decidimos fazer antes, ok? E depois de reunirmos as informações, teremos uma figura completa da situação" Alexis interviu.

Fazia até sentido, porque ainda havia a probabilidade de ter registros do sumiço dela, e que ela não fosse quem dizia ser. Embora todos nós estivéssemos convencidos, a razão daria o empurro final para confiarmos totalmente nela.

"Ok, é justo." concordou Lilith. "Bran, você pode avisar a minha licença? Tenho certeza que eles não vão reclamar. Nem contestar." pediu, sentando no chão e encostando as costas na parede.

Eles definitivamente não iam reclamar, Lilith além de ter um nome influente, trabalhava muito. Essa semana de férias talvez faça uma um bem tremendo para ela.

"Tudo bem." concordei com a cabeça. "Mas você tem que trazer o salgadinho que eu gosto!" dei minha condição, e ouvi Lilith bufar, provavelmente já esperando isso.

"Ah, se for assim eu quero chocolate! Todos que você compra são doces demais." Alexis disse, se levantando e também demandando algo. Sorri quando vi Lilith revirar os olhos.

"Mais alguma coisa, vossas majestades?" ironizou.

Coloquei a mão no queixo, fingindo estar pensativo.

"Já que você falou..." mal comecei e dei um passo pro lado para desviar do garfo que Lilith jogara em mim. "RÁ!" me gabei, botando as mãos na cintura.

"Crianças..." Alexis falou em tom de reprovação, entre risos, balançando a cabeça em negação.

Lilith se levantou, sorrindo, limpando suas roupas com a mão.

"Bem, vocês vão dividir o quarto ou eu arrumo o sofá?" perguntou.

Eu dei de ombros.

"Bem, nós já dividimos quartos várias e várias vezes, eu não vejo problema." olhei para Alexis, que também deu de ombros.

"Nem eu." deu sua opinião.

"Está resolvido então! Hora de dormir!" anunciou, e começou a caminhar para fora da cozinha, com nós logo atrás ao seu encalço.

Exaustos pelo dia cheio, subimos a escada lentamente, embora eu quisesse ir mais rápido para me jogar na cama, meu corpo dizia o contrário, pesando.

Lilith abriu a porta do próprio quarto assim que chegou perto, mas parou antes atrás de entrar, virando para nós.

"Boa noite. Não esqueçam do bicho papão debaixo da cama de vocês! Bu." brincou.

"Boa noite, Lilith." desejou Alexis, com um sorriso no rosto, entrando no quarto.

"Boa noite, monstrinha." disse eu, antes que ela fechasse a porta.

Entrei no quarto e me joguei na cama depois de ter colocado um pijama. Cansado e cheio de pensamentos, caí imediatamente no sono.

 

↞ •✿• ↠


Acordar era sempre um sacrifício para mim, principalmente quando eu não era acordado naturalmente pelo meu corpo por simplesmente estar descansado, mas sim pelos incômodos e desnecessários raios de sol que passavam pelo vidro da janela sem cortina. Resmunguei como a vida era injusta e me sentei na cama, soltando um bocejo e me espreguiçando.

Olhei para o lado e estranhei a falta de Alexis, que geralmente não acordava cedo se isso não fosse imposto para si. E eu não me lembrava que Alex tinha algum compromisso de manhã... isso significava que eu provavelmente havia dormido demais e estava muito atrasado.

Malditos raios de sol que não servem nem pra me acordar na hora, argh.

Levantei da cama num ímpeto, indo direto tomar uma ducha rápida no banheiro. Eu costumo guardar algumas mudas de roupas no meu quarto, para situações como essa.

Tomei praticamente um banho de gato, entrei, molhei, esfreguei, e saí. Vesti as roupas mais rápido que pude, e elas acabaram um pouco molhadas por eu não ter me secado direito.

Pequenos detalhes. O importante é que eu estava pronto, lindo, arrumado e cheiroso, em tempo recorde!

Desci a escada rapidamente, estranhando o fato de eu não conseguir ouvir nenhum barulho no andar debaixo conforme o número de degraus diminuia, indicando que todos provavelmente já saíram para realizar seus afazeres.
Andei até a cozinha para pegar rapidamente algo para comer no caminho, e vi um copo de café, já frio, e um pedaço de pão de passas, o preferido de Lilith. Peguei ambos e levei comigo.

Segui para a porta da frente e saí, dando de cara com ruas cheias e agitadas. Mulheres homens e crianças andavam de um lado pro outro, alguns a caminho do trabalho, outros da escola, ou até mesmo mercadores indo abrir suas lojas ou montar suas barracas. Pessoas de todas as raças, cores, classes sociais, sem magia ou com magia, passavam por all.

Lilith morava praticamente no centro da cidade, e consequentemente do trabalho — diferente de mim. Viver tão perto do centro tinha muitas vantagens na mobilidade, tudo era extremamente perto de casa... Mas também tem o lado ruim, Lilith paga bem mais em uma casa de três quartos no centro do que pagaria nas bordas periféricas.

Sem tempo a perder, comecei a andar apressadamente até a Central, comendo tranquilamente meu pão de passas, e bebendo café. Assim que provei-o, sorri, era o meu preferido: café, caramelo, leite e sem creme em cima. Alexis sempre sabia o que nós mais gostávamos e fazia questão de trazê-los para nós.

Fala sério, até me sinto mal de ser um cuzão as vezes, porque Alexis é incrível, claramente a melhor pessoa entre nós.

Pra ser sincero, provavelmente a melhor pessoa deste planeta.

Continuei minha incrível jornada pela cidade passsando por várias pessoas e vários vendedores de lojas de todos os tipos no caminho, e acenando para algumas pessoas que me conheciam. Não andava ali todo dia, como Lilith, mas eu conhecia uma boa quantidade de pessoas.

O trabalho me dá certos tipos de privilégios, e um deles era conhecer diversas pessoas de todos os tipos.

Não demorou muito para cheguar no meu destino, principalmente porque eu estava andando bem rápido. Parei um pouco na portaria para recuperar o fôlego que eu gastei nessa brincadeira e depois de parcialmente recuperado, me virei para entrar.

Felizmente, não havia como eu sequer esquecer meu cartão de acesso para entrar na Central, já que ele é a nossa própria magia.

O jeito que a portaria funciona é semelhante a porta da casa de Lilith, ela só se abre para pessoas autorizadas. É uma magia de alto nível, onde seu objeto alvo memoriza o mago autorizado a entrar, por meio de sua magia.

Encostei a mão na porta de vidro fosco, que se abriu para mim após eu empurrar um pouco de magia, e então entrei.

Olhei ao redor, vendo várias pessoas transitando pelo escritório, que constituía a parte da frente da Central. Atrás tínhamos uma área aberta para treinamento corpo-a-corpo, e uma área semi-aberta para treinamentos com magia. Eu estava meio incerto de por onde exatamente começar e do que fazer, já que eu meio que não deveria estar aqui, era meu dia de folga.

Bem, eu acho que deveria começar olhando pelos arquivos em geral. Pode ser que ela não tenha sido formalmente dada como desaparecida, mas possa ter sido fichada por algo que fez, o plano parecia bom, então comecei a andar em direção a sala dos arquivos, mas parei quando ouvi uma voz atrás da minhas costas, me chamando.

Virei, logo reconhecendo quem era. Genevieve vinha em minha direção, ela era uma boa colega de trabalho, ética e divertida, e também cuidava de muitas coisas por aqui.

"Bran, você não estava de folga por mais um dia?" perguntou-me com sua típica voz suave. Cocei a cabeça, dando um sorriso torto.

"Bem, imprevistos aconteceram e cá estou eu!" respondi, tentando ao máximo não dar informação nenhuma e ao mesmo tempo ser convincente o suficiente para não receber uma segunda pergunta.

Ela balançou a cabeça, em compreensão e solidariedade.

"É fogo quando eles nos fazem vir por causa de imprevistos eu entendo" disse, sorrindo. "Aliás, o supervisor quer falar com você, aparentemente sobre esse imprevisto. Ele está na sala dele." informou-me, eu acenei a cabeça, afirmando que ouvi o que ela falou.

Ri internamente, era impossível algo estar relacionado ao imprevisto que me fez vir aqui.

Porém, antes que ela fosse embora, aproveitei para pedir autorização em relação aos arquivos. Era melhor ser precavido.

"Aliás, será se eu posso dar uma olhada nos arquivos? A irmã de um primo meu está desaparecida desde ontem... queria procurar para ver se consigo achar algo." pedi. Ela pareceu pensar por um segundo, mas em seguida deu de ombros.

"Vamos, eu abro a porta pra você" disse, se virando para ir até a sala dos arquivos. Eu imediatamente a segui, um pouco atrás, e em poucos metros, lá estávamos! A observei encostar a mão na porta, abrindo-a para mim. "Ta-da!" falou, indicando a sala para eu entrar.

"Obrigada, Viv." agradeci.

"Por nada." respondeu, piscando para mim. "Só não demore muito, você sabe que ele não gosta de esperar." avisou-me.

"Não irei" prometi. "Até mais." dei um curto aceno com a mão para ela.
Sem perder muito tempo, entrei na sala e fechei a porta atrás de mim.

A parte boa e cansativa estava prestes a começar porque isso iria requerer um pouco de magia.
O único pouco que eu tenho, mas era pelo bem maior.

Decidi iniciar minhas buscas do jeito mais lógico, primeiro, iria procurar pelo nome dela.
E se não encontrasse nada, bem, eu faria outra busca mais aberta.

"Cadê você, Blake Mortensen?" lancei a primeira magia, que era antiga e forte para achar pessoas em específico.

Esperei e nada veio. Isso era bom, já que significava que provavelmente não tínhamos uma assassina fichada conosco.

"Cadê você, Blake?" tentei a mesma magia, sendo bem menos específico. Dessa vez deu resultado: cinco fichas voaram para as minhas mãos.

Abri uma por uma, passando pela foto do perfil de cada um e nenhuma batia com Blake que conhecíamos.

Ok, ela podia mentir o nome, mas não a aparência.

"Com sorte olhos dourados?" essa magia funcionava melhor com características, então encaixava melhor com o que eu queria achar dessa vez.

Uma ficha marrom empoeirada veio até mim. Arqueei as sobrancelhas, surpreso, ela parecia bem velha... Passei a mão por cima para tirar o excesso de pó, e abri.

Em choque, encarei a foto do homem na ficha por cinco minutos — que na verdade foram provavelmente alguns segundos, mas eu estava estático, então pareceram cinco minutos.

Eram os olhos dela, mas não era ela.

Este era Cyprian Mortensen. O nome dele estava escrito em letras garrafais no topo da ficha, não havia erro. E Blake tinha os olhos dele. Os mesmíssimos olhos.

Mas por que ele estava fichado? Estranhei, afinal, ele havia sido rei. Eu não havia especificado nenhum tipo de arquivo que eu estava procurando, para ter uma busca mais ampla, então qualquer tipo de motivo era possível. Preocupado, virei a página, lendo o seu conteúdo.

"Puta merda." soltei involuntariamente ao ver mais de um item em sua lista. Quase deixei escapar outro palavrão conforme lia os itens, um por um, movido pela curiosidade. Eu não sabia de nada disso. Acredito que ninguém nos dias de hoje saiba, porque essa parte de sua história não estava nos livros.

Se os livros estavam omitindo partes da história do próprio rei, nada os impedia de ter omitido as informações sobre sua filha.

Eu precisava levar isso comigo.

Eu conseguiria lançar uma magia para encolher o arquivo, mas outra para escondê-lo iria me exaurir. Os dois eram feitiços mais difíceis do que os usados para procurar as fichas, mas não é como se eu tivesse escolha. Lancei o primeiro para o encolher no tamanho de um guardanapo e botei-o no bolso da minha calça, lançando outra magia para escondê-lo, porque precaução nunca era demais.

Por fim, exausto, tirei três minutos para descansar encostado na parede, porque passar mais tempo aqui seria muito suspeito.

Após os três minutos, dei uma última respirada e saí da sala, indo em direção a sala do supervisor.

Ninguém falou comigo enquanto eu caminhava até lá, o que eu agradecia imensamente porque se isso tivesse acontecido eu provavelmente não seria convincente o suficiente nesse estado.

Ao chegar lá, bati na porta, ouvindo logo um entre como resposta. Abri porta e entrei, vendo a expressão de raiva no meu superior virar algo como alívio.

"Entre, entre, meu rapaz, e feche a porta!" disse para mim, balançando as mãos, e eu fiz o que ele me pedira. "Lilith não está com você?" perguntou após eu fechar a porta, olhando para alguns papéis em sua mesa.

"Não, ela..." tentei falar algo, mas fui cortado pelo abanar de mãos dele.

"Não tem problema, você pode ir depois dessa conversa procurá-la, porque essa é pra vocês dois. Os melhores..." disse, em tom orgulhoso, levantando de sua cadeira e andando de um lado para o outro, em um sinal claro de nervosismo.

Tudo isso era tão suspeito que meu radar de alerta não demorou nem mais um segundo para ligar e começar a apitar. Permaneci em silêncio, calmo, repetindo para mim mesmo que era só mais um caso, era impossível ter algo a ver com Blake.

"Recebemos hoje uma... missão, do Castelo. Tem alguém muito perigoso a solta nesta cidade, e eu estou contando com vocês para pegá-lo." contou.

Tarefas diretas do Castelo não eram nada comuns de se ter por aqui. Levantei uma sobrancelha, pensando quem poderia ser. Eu não havia ouvido falar de nada do tipo, e se algo estava acontecendo, eu e Lilith seríamos os primeiros a saber.

"Quem é o homem, senhor? E o que ele fez?" arrisquei, tentando tirar alguma informação. Isso o fez soltar uma risada sem graça nenhuma, vazia.

"Homem? Quem me dera. Ela é muito mais perigosa." afirmou, entrelaçando os dedos das mãos. "Não tenho informações sobre o que ela fez, é confidencial. Mas você saberá tudo com a ficha."

Isso bastou para o meu sensor de alerta explodir.

Branwen Burkhard, não entre em pânico. Não entre em pânico.

"Vou pedir para Genevieve trazer a ficha dela dos arquivos, um segundo." disse ele, saindo da sala por um momento, mas logo retornando e sentando em sua cadeira giratória de couro.

Foi tudo o que que eu precisei para me acalmar. Agora era realmente impossível ser ela. Eu tinha acabado de sair da sala dos arquivos e não tinha achado nada. Quase sorri, aliviado, mas mantive minha postura.

Apenas alguns minutos depois, Viv batia na porta com a ficha em mãos, olhando para mim rapidamente.

"Ah, aqui está!" disse ele, pegando a ficha das mãos dela, e Genevieve saiu. Ele me entregou. "Abra, abra!"

E eu abri. No mesmo instante eu sabia que tudo estava errado. Não algo, tudo, tudo.

Tentei não demonstrar nada, a indiferença que era nos ensinado no treinamento era o que preenchia meu rosto. Fechei o arquivo, olhando para ele.

"É o suficiente. Se você me permite, senhor, irei agora atrás de Lilith." disse a ele, que assentiu, me dispensando com a mão.

Tive que respirar fundo e controlar a vontade de correr e ligar imediatamente para Lilith. Em vez disso, fiz minha melhor cara de tédio e andei até a saída, com o arquivo em mãos, pesando bem mais do que aquele no meu bolso.

Apanhei meu celular assim que pisei no chão da rua, longe o suficiente. Não era o meio mais seguro de mensagem, nem o mais confiável, mas era o mais rápido, e eu estava sem magia. Disquei rapidamente o número de Lilith, que atendeu quase imediatamente e eu agradeci a todas as entidades possíveis.

"Eu tenho algo importante para falar. Pare o quê está fazendo e vá pra sua casa, agora, Lilith. É sério. Não deixe ninguém ver Blake. Precisamos conversar urgentemente. Avise Alexis e vão imediatamente para lá." e desliguei, sem deixá-la responder, porque ela faria perguntas demais, e nenhum de nós podia se dar o luxo de perder um segundo.

Olhei novamente para o arquivo em minha mão, abrindo-o só para ter certeza do que eu tinha visto na sala.

Na ficha, um nome estranho que eu nunca tinha ouvido falar, estava em destaque com letras vermelhas, e logo abaixo dizia: "altamente perigosa".

E na foto, havia uma moça com cabelos pretos e olhos de cor incrivelmente incomuns, tão incomuns que somente duas pessoas os tinham.

Cyprian, o rei, e Blake, sua filha. 




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Notas finais do capítulo

Bem, o capítulo atrasou, infelizmente, por causa do Enem ;(
E também é por causa dele que eu tive um bloqueio criativo, então, o capítulo quatro só vai sair no fim de semana depois do Enem, ou seja, entre 16 e 17 de novembro por motivos de: eu preciso adiantar a história e voltar a minha rotina de escrita.

Espero que vocês possam entender minha decisão, e que com o capítulo de hoje VOCÊS PAREM DE ODIAR MEU FILHO >:(

Brincadeiras a parte, obrigada por todo o apoio que vocês me dão!!!

P.S.: Se você não curte muito comentar, apenas peço seu favorito, desse jeito você ajuda a história, e também me avisa que está gostando do que eu estou escrevendo!

Muito obrigada e um beijo ♥



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