Miraculous - Decisões de um Coração Partido escrita por Lia Araujo


Capítulo 9
Resgate




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POV Autora

Algumas horas se passaram até que o Max e o Markov conseguiram a localização. O Chat Noir mandou uma mensagem para Ladybug informando que tinham novas informações, quinze minutos depois o portal se abriu e a Ladybug passou por ele.

— O que descobriram? - ela perguntou assim que chegou

— O Max quer falar com a gente - Chat Noir respondeu e eles foram em direção a sala em que todos estavam

— Como foi no templo? - Monkey King perguntou olhando-a se aproximar

— Conversamos sobre isso depois - Ladybug respondeu simplesmente - Quais as novidades?

— Consegui localizar o suspeito que uma das crianças reconheceu - Max falou olhando-os - Consegui rastrear o celular dele, sei exatamente onde ele está.

— Então vamos resgatar os reféns - Rena Rouge falou séria

— Isso é estranho - Monkey King comentou - Porque eles tiveram tanto trabalho pra sequestrar as crianças sem deixar rastros, para simplesmente vacilarem com um dos capangas?

— Eles querem ser encontrados? - Carapace questionou

— Querem que a gente vá até eles - Monkey King respondeu

— É uma armadilha - Ladybug falou e olhou o grupo - Temos que ter um plano de ação.

— O melhor jeito de fazer um bom plano é conhecendo o local - Max falou olhando-a - Temos que fazer o reconhecimento da área e ter certeza de que os reféns estão lá.

— O que sugere? - Chat Noir perguntou

— O Markov pode ir e fazer o reconhecimento da área e escanear o local com sensor de calor para saber quantas pessoas tem lá - Max falou ajustando o óculos

— É uma ótima idéia - Ladybug falou olhando-o - Rena Rouge, certifique-se de que não verão o Markov.

— Pode deixar - Rena respondeu

— Monkey, dê ao Max o Miraculous do cavalo, ele sabe a localização e abrirá o portal para lá- Ladybug falou olhando para a equipe - Nos vemos assim que o Markov voltar do reconhecimento.

Max, pegou o Miraculous se transformando em Pégaso, abrindo o portal e indo com Rena Rouge e Markov para o local que suspeitavam estar os reféns, enquanto o restante dos heróis seguiram para a casa da Guardiã.

— Vai nos dizer como foi a conversa no Templo? - Guilhermo perguntou quando entrou na casa desfazendo a transformação

— Diferente do que esperava, Guilhermo, não fui proibida de ir na missão de resgate - Marinette respondeu após desfazer a transformação - Continuo sendo a principal Guardiã da Caixa e desse Templo.

— Porque deixaria de ser a guardiã? - Adrien perguntou olhando-a

— Alegaram que estou emocionalmente instável para essa missão - ela respondeu olhando para o Guilhermo - Mas os guardiões supremos conversaram e viram que estou bem.

— Estava preocupado, você ficou dois dias seguidos sem dormir procurando por eles, quando desfez a transformação a Tikki passou horas apagada de exaustão - Guilhermo falou preocupado

— Já tive que lidar com meus sentimentos antes... - ela não teve tempo de terminar a fala

— E isso quase te matou - Guilhermo rebateu a silenciando - Sempre leva seus sentimentos em consideração, isso é uma enorme qualidade, mas também seu ponto fraco.

— Achou que eu faria o quê? - Marinette perguntou olhando-o

— Que fará o que for preciso para traze-los de volta - Guilhermo respondeu com sinceridade - Só tenho medo que o preço seja muito alto.

— No dia da última batalha com Hawk Moth - Adrien começou a falar atraindo a atenção para si - Ela só fez aquilo porque achou que tinha que resolver sozinha.

— Mas dessa vez, ela fez diferente - Nino falou olhando-os - Ela nos chamou, pediu ajuda porque sabe que juntos podemos ter mais êxito.

— Mas não deixo de me preocupar com ela - Guilhermo falou - Ela é como uma irmã pra mim, desde que fui pro templo ela é o mais próximo de família que eu tenho.

— Eu estou bem, Gui - Marinette falou olhando-o - Não vou fazer nenhuma loucura, prometo.

— Está bem, Mari - Guilhermo falou se aproximando dela.

— Vamos conseguir trazer todos de volta - Mari falou olhando-o - Vamos ficar bem.

Guilhermo assentiu e a abraçou forte.

— Me desculpe por ter agido pelas suas costas, eu só não sabia mais o que fazer - Guilhermo sussurrou abraçando-a

— Vamos esquecer isso? - ela perguntou e desfez o abraço - Estamos bem?

— Estamos - Guilhermo respondeu com sinceridade e ela sorriu

— Tenta descansar um pouco, teremos uma noite agitada - Marinette falou com carinho e o Guilhermo assentiu se afastando

— Deveria fazer o mesmo - Nino falou olhando-a - Esteve sob muita pressão no últimos dias

— Avisamos assim que a Alya e o Markov voltarem - Adrien falou olhando-a

— Eles têm razão, Marinette - Tikki falou carinhosamente

— Você mesma disse que hoje será uma noite agitada - Plagg comentou e Marinette assentiu

— Obrigada, por tudo - Marinette falou olhando para os amigos e os kwamis antes de ir em direção ao corredor

Todos os kwamis foram para a cozinha se alimentar para estarem preparados pro momento do resgate.

Adrien e Nino acharam melhor irem descansar um pouco enquanto aguardavam o retorno da amiga. Depois de trinta minutos no quarto de hóspedes, Adrien quis ver se Marinette realmente estava descansando, afinal ele sabe como sua Lady pode ser cabeça dura as vezes.

Seguiu pelo corredor indo em direção ao quarto da Marinette, mas parou ao ouvir uma porta sendo aberta alguns metros atrás de si, virou -se na direção e viu a Mari fechando a porta.

— Não deveria estar descansando?- Adrien perguntou olhando-a, que virou na direção dele.

— Estava arrumando algumas coisas - ela respondeu simplesmente

— Poderia ter pedido ajuda - ele falou enquanto ela se aproximava

— Não havia necessidade - Marinette respondeu se aproximando dele - Onde estava indo?

— Ao seu quarto, queria te ver - Adrien respondeu com sinceridade

— Estou aqui agora - ela falou olhando-o nos olhos

Adrien se aproximou dela e uniu os seus lábios em um beijo lento, repleto de carinho.

— Eu... Temos que conversar - Marinette falou segundos depois que romperam o beijo e os guiou para o quarto dela

— Algum problema? - Adrien perguntou fechando a porta enquanto ela caminhava até a cama

— Não - ela respondeu se sentando

— É sobre o resgate? - ele perguntou se aproximando

— Mais ou menos - ela respondeu após um pesado suspiro

— Amor, sei que tá preocupada, eu também estou - ele falou se sentando e segurou a mão dela - Principalmente com a Emma, ela é muito nova pra tá passando por uma situação dessa.

— Adrien... - ele não a deixou falar

— Mas precisamos acreditar que eles estão bem e sei que vamos traze-los em segurança - Adrien falou firme e Marinette assentiu

— Eu tenho que te contar uma coisa sobre mim - ela falou olhando-o - É muito importante, você tem que saber.

— Vamos fazer um acordo? - Adrien pediu olhando-a - Uma coisa de cada vez, vamos focar e priorizar o resgate. Quando tudo se resolver, teremos todo o tempo do mundo para conversar. Está bem?

— Está bem - ela falou e o abraçou - Obrigada, Adrien.

— Não precisa agradecer - ele sussurrou fazendo carinho nela - Eu e você contra o mundo, juntos até o fim. Lembra?

— Lembro, gatinho - ela sussurrou desfazendo o abraço - Eu te amo, Adrien

— Eu também te amo, Mari - ele falou e depositou um beijo em cada uma das mãos dela fazendo-a sorrir

O celular da Marinette tocou indicando uma nova mensagem, Adrien soltou uma das mais dela para pegar o aparelho, ela desbloqueou a tela e olhou a mensagem.

— Eles voltaram - Marinette falou olhando para o Adrien

— Vai, vou chamar o Nino e nos encontramos lá - Adrien falou, Marinette se despediu com um beijo e saíram

Adrien saiu indo em direção ao quarto que o Nino estava, não demorou muito para que eles já estivessem transformados e na sala onde os outros heróis estavam reunidos.

— Digam que tem boas notícias? - Chat Noir perguntou ao se aproximar

— Achamos o local, é um galpão de dois andares - Markov respondeu - Usando os sensores de calor, vi que tem cerca de 36 pessoas lá e 20 estão armados.

— Porque tanta gente? - Carapace questionou

— Quinze deles são reféns - Ladybug falou - Temos vinte e um inimigos lá.

— Como as pessoas armadas estão distribuídas? - Monkey King questionou

— Tem cinco espalhadas no térreo, tem treze no primeiro andar e dois no segundo andar - Markov respondeu

— Algum ponto de entrada? - Ladybug perguntou

— Pelo térreo apenas a porta principal - Markov falou - E tem uma claraboia no teto.

— Os locais se acesso ao galpão está pouco vigiado, eles querem que entremos - Rena Rouge falou

— O andar com a maior quantidade de pessoas armadas é onde estão os reféns, por isso estão fazendo guarda - Pégaso falou olhando-os

— Consegue fazer o Markov transmitir as imagens ao vivo para nossos monitores? - Ladybug perguntou e Pégaso assentiu - Ótimo, vamos precisar disso.

— Conheço esse olhar - Chat Noir falou olhando-a - Qual é o plano, My Lady?

Ela rapidamente contou como iriam entrar e como seria feito o resgate. Era um plano simples, mas eficaz.

— Monkey, posso falar com você? - Ladybug perguntou, ele assentiu e se afastaram dos demais.

— Aconteceu alguma coisa? - ele perguntou intrigado

— Preciso que fique no templo - ela falou olhando-o

— Vai ser perigoso, algo que há muito não enfrentamos, quanto mais gente lá, melhor - Monkey King rebateu e Ladybug assentiu

— Justamente por ser perigoso que preciso que fique no templo, você é um dos guardiões - Ladybug falou - Precisa estar aqui pra cuidar da Caixa, das outras crianças e...

— E, o quê, Ladybug? - Monkey King

— Cuidar de todos caso algo de errado - ela falou olhando-o nos olhos e ele entendeu o significado daquelas palavras

— Não, não me pede isso - Monkey King falou em um misto de surpresa e preocupação

— Você é o único que poderia caso, algo acontecesse comigo - Ladybug falou - Formamos uma família ao longo dos anos, só confio em você para fazer isso.

— Tudo bem, mas por favor, volta pra casa - Monkey King pediu quase implorando e Ladybug assentiu o abraçando forte.

— Estamos prontos - Rena Rouge falou, Ladybug e Monkey King seguiram em direção a eles

— Estão lembrados do plano? - todos assentiram - Monkey King, vai nos passar as informações dadas pelo Markov através dos comunicadores.

— Vou mante-los atualizados sobre a movimentação do local constantemente - Monkey King falou enquanto colocavamos nossos comunicadores.

— Lembrem-se, eles matarão vocês se tiverem chance, não vamos dar essa chance a eles - Ladybug falou firme

— Vamos traze-los de volta - Carapace falou

Pégaso abriu os portais para leva-los aos respectivos locais. Ladybug e Markov foram direto para o telhado, assim que chegaram, Markov saiu voando para transmitir as imagens em uma perspectiva melhor pro Monkey King.

— Estou em posição - Ladybug falou pelo comunicador

— Muito bem, Rena Rouge é com você - Monkey King falou no comunicador

Rena Rouge tocou a melodia da sua flauta e fez com que os guardas do térreo se transformassem nos heróis de Paris. Do lado de fora, os heróis apenas ouviram os tiros de dentro do galpão.

— O térreo está limpo, houve movimentação no primeiro andar estão se posicionando nos corredores de frente a escada principal, outros na porta da escada de emergência - Monkey King falou pelos comunicadores - Ladybug, movimentação do segundo andar, três de quatro pessoas foram pro primeiro. Essa é a sua chance.

Sem pensar duas vezes, Ladybug abriu a claraboia e desceu, se ocultando nas sombras do local.

— Estou dentro - Ladybug falou nos comunidores

— Ladybug tem uma pequena fonte de calor a esquerda e está diminuindo - Monkey King falou.

— Ok - Ladybug falou, usou seu ioiô para de lançar para cima e ter uma visão melhor do andar - Chat Noir, tá na hora do Cataclismo.

— Pode deixar, My Lady - Chat Noir falou e no segundo seguinte ele usou o cataclismo no portão, fazendo desmoronar fazendo barulho

— A distração funcionou, tem guardas descendo - Monkey King falou

— Carapace, nos dê cobertura - Chat Noir e começaram a lutar com os guardas.

Os que ousaram enfrentar os heróis acabaram desarmados e inconscientes.

— Já sabe o que fazer - Chat falou olhando a Rena Rouge que assentiu e tocou a flauta.

Ela se transformou em um dos guardas, o mesmo aconteceu com o Pégaso.

— Sabe nossas posições - Carapace falou indicando o local, Rena assentiu

Eles subiram, menos de dois minutos guardas começaram a descer atirando, eles estavam escondidos, quando dois portais se abriram na frente deles. Ele atravessaram, reapareceram no primeiro andar, atacando os guardas pro trás, logo o andar estava limpo. Carapace e Rena Rouge cuidaram da escada para deter os guardas que desceram, os barulhos era tudo que a Ladybug precisava para andar pelo andar, todos estavam ocupados.

Ela procurava a pessoa que era a fonte de calor.

— Ladybug, o calor emanado está diminuindo - Monkey King falou no comunicador

— O alvo mudou de posição? - ela perguntou baixo

— Está imóvel - Monkey King respondeu

— Isso é estranho, com toda essa confusão, era pra ter... - ela perdeu a voz quando avistou o alvo

— Ladybug? - Monkey King chamou, como não obteve resposta criou uma linha única para se comunicar apenas com ela - Ladybug, está me ouvindo?

— Não, não pode ser - ela sussurava

— O que você está vendo, Ladybug? - Monkey perguntou e viu pelas imagens de calor ela se aproximando do que seria o alvo.

Ela andou a passos calmos, a cada passo sentia seus olhos arderem, tocou o rosto da pessoa inconsciente a sua frente.

— O que fizeram com você, Miguel? - ela perguntou, com muito esforço conseguiu solta-lo

Ela conseguiu ampara-lo antes que atingisse o chão, o deitou com cuidado e analisou os ferimentos, a respiração dele estava fraca, vários ossos visivelmente quebrados, claros sinais de tortura, algumas lágrimas rolarem pelo seu rosto

— Ladybug, o que aconteceu? - Monkey King questionou preocupado

— O Miguel... Está muito ferido... - Ladybug respondeu tentando controlar o choro

— Vou mandar uma ambulância para o local - Monkey King falou e quando olhou novamente pro monitor viu alguém se aproximando do local que ela estava - Ladybug tem alguém se aproximando.

Rapidamente, Ladybug se escondeu atrás de uma coluna de sustentação.

— Há quanto tempo não nos vemos, Ladybug? - uma voz de mulher se fez presente - Uma bela distração você proporcionou aos meus capangas, também me distrair com seu amigo, espero que não se importe.

Ladybug, permaneceu escondida ouvindo os passos da mulher indo para o centro do andar.

— Eu sei que está aqui, Ladybug - a mulher falou naturalmente - Não vai dar um "oi" a uma velha amiga?

— Quem é você? - a voz da Ladybug saiu das sombras, a mulher apenas sorriu

— Não se lembra de mim? - a pergunta foi em tom sarcástico, Ladybug respirou fundo e saiu do seu esconderijo a passos lentos e firmes, o olhar da mulher que usava o Miraculous do Tigre se tornou de ódio - Não se lembra de como ferrou com a minha vida?

— Do que está falando? - Ladybug perguntou intrigada

— Deixe-me refrescar a sua memória - a mulher de cabelos longos falou - Há 12 anos, havia me mudado para Paris, tinha um garoto da escola que eu gostava, estava conseguindo conquista-lo, até que você apareceu do nada, me chamou de mentirosa e ele nunca mais me deu uma chance.

— Lila Rossi? - Ladybug questionou surpresa e a mulher sorriu em confirmação

— Então se lembra - Lila disse em ironia - Então estamos quites.

— Como assim? - Ladybug perguntou confusa

— Porque eu sei, quem você é Ladybug - Lila disse sorrindo - Ou devo chama-la de Srta Chang-Fu?

— O quê? - Ladybug disse surpresa

— Deve estar se perguntando como eu descobri - Lila falou sabendo que não obteria resposta - Por cinco anos, achei que você fosse outra pessoa, uma idiota que estudou comigo e morreu no suposto dia da sua morte, não podia ser coincidência, não é? 

A cada palavra, Ladybug sentia seu sangue gelar, ela sempre foi tão cuidadosa, como isso poderia ter acontecido?

— Mas em um dos tedioso jantares de trabalho da minha mãe, que fui obrigada a ir, tinha um juiz - Lila falou simplesmente - Depois de três taças de vinho, estava contando a minha mãe que havia recebido a visita da Ladybug em seu apartamento. Lembra de ter feito essa visita, Ladybug?

— Lembro - ela respondeu simplesmente

— Quando ele contou dessa visitar, só precisei juntar as peças do quebra-cabeças - Lila falou sorrindo - Pesquisei muito sobre você e por cinco anos planejei para que pudéssemos estar aqui hoje, onde farei fazer você pagar por tudo que me fez?

— Ou o quê? - Ladybug falou olhando-a

— Ou a pequena Emma, pagará caro - Lila falou sorrindo cruelmente

— A minha equipe já está tirando os reféns daqui - Ladybug falou firme e Lila riu

— Acha que sou burra de deixar a minha rainha, com os peões no tabuleiro? - Lila perguntou confiante

— Vou mandar ajuda - Monkey King falou pelo comunicador

— Vasculhem cada canto desse prédio, tirem todos daqui - Ladybug falou seriamente sem desviar o olhar da Lila - Isso é um problema meu.

Lila deu um sorriso vitorioso, finalmente teria a sua chance de ter sua vingança.


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