Miraculous - Decisões de um Coração Partido escrita por Lia Araujo
Assim que Adrien sentou ao lado da Marinette, ela contou tudo que aconteceu com o Chat Blanc.
— Porque nunca me disse? - Adrien perguntou olhando pro chão - Eu tinha o direito de saber.
— Eu não podia revelar as coisas que vi no futuro - Marinette falou simplesmente - Poderia comprometer tudo.
— Então porque contou para a Emma? - Adrien perguntou olhando-a
— Porque não temos mais 17 anos e o Howk Moth não existe mais - ela respondeu se levantando
— Quando contou a ela? - Adrien perguntou olhando-a
— Há alguns meses, ela me perguntou qual foi a minha luta mais difícil como Ladybug - Marinette respondeu olhando-o
— Porque foi tão difícil? - Adrien perguntou olhando-a - O akuma me deixou tão poderoso assim?
— Não foi pelo poder, foi porque tive que lutar contra você - Mari respondeu sentindo os olhos arderem - Fiquei com tanto medo, senti vontade de fugir, mas não podia deixar você daquela forma.
— Por isso era tão rigorosa comigo? - Adrien perguntou olhando-a - Pra ser menos impulsivo e pensar bem antes de fazer alguma coisa.
— Tinha medo de que fosse akumatizado e eu não fosse capaz de te salvar uma outra vez - Mari falou deixando as lágrimas escorrerem - Sei que tive os últimos meses pra te contar, mas não suporto reviver isso.
Adrien se aproximou dela.
— Não gosto de lembrar - ela murmurou e ele a abraçou
Naquele momento, ela sentia que nada poderia atingi-la, que estaria segura com ele.
— Sempre me salvando - Adrien falou e beijou o topo da cabeça da mulher em seus braços - Obrigado
Ela apenas o abraçou mais forte e ele retribuiu o gesto.
— O que seria de mim sem você? - ele perguntou sussurrando no ouvido da Mari que provocou um leve arrepio
Ao perceber a forma que o corpo reagiu, ele sorriu e começou a distribuir alguns beijos pelo pescoço, automaticamente a Mari fechou os olhos aproveitando o carinho e virou cabeça dando a ele mais acesso.
— Se cheguei até aqui... se estou aqui... Foi por sua causa... Você me motiva... me inspira... me faz querer ser melhor... - Adrien murmurava entre os beijos e guiando a Mari em direção a porta do quarto - Como um profissional... como homem... como pai... e vou sempre buscar... ser o marido que você merece.
— Não me dê todo crédito - Mari falou e eles se olharam brevemente antes de se beijarem
Sem romper o beijo, Adrien trancou a porta do quarto, deu impulso para ela que envolveu a cintura dele com as pernas, sem romper o beijo ele caminhou até a cama e a deitou, tendo cuidado de não deixar todo o seu peso sobre ela.
— Eu te amo, Marinette - Adrien murmurou olhando-a nos olhos
— Eu te amo, Adrien - ela respondeu com sinceridade e se beijaram com intensidade.
Na Manhã Seguinte
O despertador não havia tocado, mas Adrien acordou, ele estava abraçado a Marinette que estava envolvida apenas pelo lençol da cama. O Agreste tentou se levantar sem acorda-la, mas não teve êxito.
— Amor? - Mari falou sonolenta
— Desculpa, não queria te acordar - Adrien falou se aproximando e ela olhou o relógio que marcava 5h17min
— Ainda tá cedo, volta pra cama - Mari falou se acomodando
— Não vou demorar - Adrien falou, beijou o rosto dela e ela assentiu
Ele vestiu a cueca e a bermuda que usava na noite anterior e saiu do quarto sem fazer barulho. Caminhou até a sala, pegou o molho de chaves da Mari e foi em direção ao escritório dela no outro andar, acendeu a luz, abriu a gaveta e encontrou a pasta com os desenhos. Folheou brevemente e se encantou com os desenhos, era tão detalhado que ele podia ver cada peça pronta.






Após ver alguns desenhos, ele fechou a pasta a levando consigo, apagou a luz da sala e voltou para o andar, colocou a pasta junto com a que estava os desenhos da Agreste's e voltou para a cama. Quando o alarme tocou, eles se levantaram, Marinette foi arrumar a Emma e Adrien se arrumar para o trabalho.
Quando Adrien terminou de se arrumar, pegou as pastas e foi para a cozinha, onde encontrou a Emma sentada a mesa tomando café e Mari sentada na cadeira ao lado terminando de se servir.
— Bom dia, Princesa - Adrien falou e beijou a cabeça da filha
— Bom dia, papai - Emma falou olhando-o
— Bom dia, My Lady - Adrien falou e beijou a Mari
— Bom dia, Amor - Mari falou observando o Adrien sentar para o café e notou as pastas - Conseguiu ver as observações nos desenhos?
— Sim, mas estou interessado nesses desenhos aqui - Adrien falou mostrando um dos desenhos
— Esse... Esse desenho é meu - Mari falou pegando a folha - Onde achou isso?
— No seu escritório - ele respondeu olhando-a
— Como sabia que eu... - Mari se interrompeu e olhou para a filha - Emma.
— Eu já vou indo, pra não deixar o tio Gui esperando - Emma falou se levantando da cadeira e pagando a mochila que estava ao lado
— Emma - Mari chamou quando a garota praticamente correu em direção a porta da sala
— Tchau, amo vocês - a menina disse da porta e a fechou
— Não fica chateada com ela, fui eu quem perguntou onde guardava seus desenhos - Adrien falou olhando-a - Seus desenhos são incríveis, é uma excelente designer de moda.
— É um sonho antigo - ela falou se levantando
— É um sonho que teve que deixar de lado - Adrien rebateu olhando-a
— Exato e eu já te expliquei porquê - Mari falou simplesmente
— Talvez a gente... - Adrien começou e ela o interrompeu
— Não dá, Adrien. Eu tentei - Mari falou olhando-o e suspirou pesadamente - Quando estava terminando a faculdade, antes de ter a ajuda do governo, o templo estava com dificuldades. Vendi alguns desenhos para uma grande empresas de moda para pagar as contas, mas sem me consultar a empresa ia me lançar como designer revelação, me expondo. Fiquei com medo e foi última vez que vendi um desenho.
— Eu não sabia - Adrien falou abaixando o olhar - Mas eu não faria isso com você, não iria te expor.
— Eu sei que não faria - Mari falou e se sentou na cadeira ao lado dele - Só não quero correr risco de colocar todos em perigo.
— Eu sei, Amor - Adrien falou segurando a mão dela com carinho - Só não queria que tivesse que desistir do seu sonho. Estive pensando e acho que tem um jeito.
Mari o olhou e ele prosseguiu.
— A Agreste's poderia produzir a sua coleção, fazemos um contrato onde a cláusula seria manter o seu anonimato - Adrien falou olhando-a - Mas precisaria assinar os desenhos, para receber o valor justo pelo seu trabalho
— Para ter a mídia atrás de mim? - Mari perguntou simplesmente
— Usa um pseudônimo - Adrien falou como se fosse óbvio
— Porque eu manter Marine Chang Fu não é trabalho suficiente - Marinette falou com ironia
— Então não usa pseudônimo, usa seu sobrenome - Adrien falou olhando-a
— E voltamos para o início - ela falou se levantando - Não quero ser exposta.
— Não será exposição se o sobrenome já é público - Adrien falou tranquilamente e Mari o olhou sem entender - Em duas semanas, você será Marine Chang Agreste. Se assinar seus desenhos com o sobrenome, acredito que não será um problema.
Mari ficou pensativa e Adrien se aproximou da noiva.
— Não irei te forçar a nada, irei respeitar o que decidir - Adrien falou olhando-a - Só peço que considere não deixar seu sonho de lado.
— Tudo bem, irei pensar - Mari falou olhando-o - Só tenho receio de por o templo em perigo, se acontecesse eu...
— Você o quê? - Adrien perguntou sentindo a aflição dela
— Teria que ir embora outra vez - ela murmurou e Adrien sentiu o sangue gelar
— Não irei permitir que a imprensa te exponha - Adrien falou firme - Me protegeu e me salvou tantas vezes, só deixe fazer o mesmo por você.
Mari assentiu de leve e desviou o olhar.
— Ela saiu com tanta pressa que esqueceu o lanche - Mari falou mudando de assunto e Adrien notou a lancheira da filha no balcão
— Preciso levar os desenhos de volta com as notas de alteração - Adrien falou notando o quanto ela estava incomodada com o assunto anterior - Posso levar na escola da Emma, antes do intervalo.
— Tudo bem - Marinette falou, Adrien pegou a pasta com os desenhos dela e entregou nas mãos dela
— Não precisa ter pressa, pensa com calma - Adrien falou e deu um beijo no rosto da noiva antes de pegar a lancheira da Emma e sair
Ele foi para a empresa, entregou a pasta com os desenhos para que fizessem as alterações e foi para o escritório, resolveu alguns documentos pendentes, mas perto do horário do intervalo da Emma, ele saiu da empresa avisando a secretaria que retornaria em uma hora, desceu de elevador até o estacionamento, entrou no carro e seguiu o caminho até a escola da Emma. Estacionou na porta e uma das funcionárias abriu para que ele entrasse.
— Bom dia, senhor Agreste - a coordenadora falou ao vê-lo na escola - Posso ajudá-lo?
— Bom dia - Adrien respondeu sorrindo educadamente - A Emma esqueceu o lanche.
— Posso entregar pelo senhor - a coordenadora sugeriu
— Se a senhora não se importar, gostaria de entregar pessoalmente - Adrien falou tranquilamente
— É claro, por gentileza me acompanhe - a coordenadora falou e começou a guia-lo
— Está muito silêncio para um colégio - Adrien comentou
— Depois do ocorrido com a Emma, chamamos um palestrante para falar sobre Bullying e como pode ser nocivo - a coordenadora falou - Não queremos que isso se repita, as crianças estão nesse momento no auditório da escola.
— Obrigado, minha filha ficou muito afetada pelo que aconteceu - Adrien falou e a coordenadora tentou disfarçar a surpresa
Ao chegarem no auditório, a coordenadora bateu na porta atraindo a atenção de todos.
— Desculpa interromper, mas o pai de uma aluna está aqui - a coordenadora falou e Adrien entrou surpreendendo todos os alunos
— Pai? - Emma falou sem entender o porquê dele estar ali e Adrien sorriu indo em direção a filha
— Esqueceu o seu lanche - Adrien falou se abaixando para ficar, da altura dela
— Veio só pra trazer meu lanche? - ela perguntou olhando-o
— Claro que não, vim te ver também - Adrien respondeu e ela sorriu
— Obrigada - Emma falou pegando a lancheira e deixou o sorriso morrer - A mamãe tá chateada?
— Não, Princesa - Adrien falou carinhosamente - Está tudo bem, ela só foi pega de surpresa, mas já resolvemos isso.
— Tá bem - Emma falou olhando-o e sorriu
— Preciso voltar pra empresa, te vejo mais tarde - Adrien falou, Emma assentiu e ele beijou o rosto da filha - Te amo.
— Também te amo - Emma falou olhando-o ficar de pé - Até mais
Adrien acenou para a filha e se encaminhou para a porta do auditório.
— Espera - Adrien ouviu alguma aluna chamar e ele se virou na direção da voz - Você é mesmo o pai dela?
— Sim - Adrien respondeu tranquilamente
— O pai de verdade? - a garota insistiu
— Já chega, Bárbara - a coordenadora interveio
— Está tudo bem - Adrien falou sem desviar o olhar da garota - Sim, sou o pai da Emma. Ela pode não ter o meu sangue correndo nas veias dela, mas o que nos une e nos torna uma família é muito mais forte. E eu amo essa garotinha como se tivéssemos o mesmo sangue nas veias. Entende?
— Sim, senhor Agreste - a menina falou abaixando a cabeça
Adrien olhou pra filha que estava tentando conter o sorriso de felicidade, ele piscou o olho na direção dela e seguiu em direção em direção a saída. Foi acompanhado pela coordenadora até o portão principal.
— Suas palavras no auditório foram muito bonitas, senhor Agreste - a coordenadora falou olhando-o
— Apenas falei a verdade - Adrien falou simplesmente - A Emma é a minha filha, nada mudará isso.
— Fico feliz que a Emma a tenha pais tão amorosos - a coordenadora falou - Ela é uma criança encantadora, ainda bem que pessoas tão boas a adotaram.
Adrien parou para pensar, no que teria acontecido com a Emma se tivesse sido tirada da Marinette. Ela ainda estaria no sistema de adoção ou teria sido adotada? O casal que teria adotado a trataram bem ou seriam cruéis? Ele tentou espantar esses pensamentos, não suportava a ideia de que a por pouco a Emma poderia estar em condições bem diferentes.
— Espero que não aconteça novamente, mas... - Adrien suspirou antes de prosseguir - Se a situação se repetir, peço que ligue imediatamente para a mim ou para a Mari.
— Claro, senhor Agreste - a coordenadora falou
— Obrigado - Adrien falou e começou a se afastar indo em direção ao carro
Tirou a chave do bolso para destravar o carro, mas parou quando ouviu o celular tocar. Ele tirou o aparelho do bolso do paletó, ao ver o número reconheceu automaticamente e atendeu
— Alô - Adrien falou pondo o celular no ouvido
— Oi, Adrien - a voz feminina soou pelo dispositivo - Há quanto tempo?
— Sim, quase um ano, senhora Dupain-Cheng - Adrien respondeu - O tempo parece estar passando muito rápido.
— Verdade, querido - Sabine falou e suspirou - Estamos em Paris pela próxima semana, queria saber se você, Alya e o Nino, aceitaria jantar com a gente.
— Posso marcar com eles - Adrien falou simplesmente - Mas gostaria de convidar a senhora e o senhor Dupain para jantar na mansão.
— É claro, será um prazer - Sabine falou
— Irei cuidar dos detalhes e retorno com a data e horário, tudo bem? - Adrien perguntou abrindo a porta do carro
— Perfeito, estaremos esperando - Sabine falou tranquilamente - Até mais, Adrien.
— Até mais, senhora Dupain-Cheng - Adrien falou e eles encerraram a chamada
Rapidamente, Adrien digitou o número que sabia de cor, após poucos toques atenderam.
— Oi, Amor! Já levou o lanche da Emma? - Mari perguntou ao telefone
— Sim, acabei de entregar, mas não foi por isso que liguei - Adrien falou calmo
— Aconteceu alguma coisa? - Mari perguntou preocupada
— Acabei de receber uma ligação - Adrien informou com cautela - Era a sua mãe.
— Eles já estão em Paris? - Mari perguntou baixo
— Sim, ficarão por uma semana - Adrien falou e Mari permaneceu em silêncio - O que quer fazer?
— Acho que temos um jantar pra organizar - Mari falou um pouco nervosa
— Vai dar tudo certo - Adrien falou transmitindo confiança - Vou estar com você o tempo inteiro
— Tá bem - Mari falou mais calma
— Eu te amo - Adrien falou carinhosamente
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Feliz Ano Novo, Meus Amores
PS: Todas as fics atualizadas e fic nova chegando