Miraculous - Decisões de um Coração Partido escrita por Lia Araujo


Capítulo 12
Dia Seguinte


Notas iniciais do capítulo

COMUNICADO IMPORTANTE!

CUIDADO! VOCÊS PODEM SER ROUBADOS.

Recentemente surgiu um site chamado TRUYEN que tem o objetivo implantar vírus em seus dispositivos e roubar senhas, dados bancários, e-mails e outros.

Eles tem duplicado as histórias do Wattpad lá e também oferecem o download das histórias, mas não caiam nisso. O Wattpad está ciente do site (TRUYEN) e está fazendo o possível para o tirar do ar.

Eu posto apenas no Wattpad, Nyah! Fanfiction e Social Spirit. Qualquer outro site que tenha as minhas histórias e usuário, peço que não acessem.

Para mais informações, visitem o mural do meu perfil.

Boa leitura!



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POV Adrien

Assim que entrei no quarto, fui tomar um banho, foi um dia com agitos e emoções demais. Me vesti uma cueca e uma bermuda, arrumei a almofada do Plagg e deixei um pedaço de queijo para quando ele voltasse, estava ajeitando os lençóis da cama para me deitar quando ouvi leves batidas na porta e a abri vendo a Marinette.

— Desculpa incomodar - ela falou um pouco sem jeito

— Não é incômodo - falei olhando-a e dei espaço - Quer entrar?

— Obrigada - ela respondeu entrando, fechei a porta e ela me olhou - Eu só vim agradecer o que fez pela Emma, sabe... os bonecos.

— Ela conseguiu dormir? - perguntei me sentando na cama e a Mari continuava em pé

— Sim, ela... parecia mais tranquila depois que entregou as pelúcias - ela falou olhando para o e levantou o olhar para mim - Não sabia que eles estavam com você.

— Olha, parece que a grande Guardiã não sabe tudo sobre mim - brinquei e ela deu ar de riso - No dia seguinte ao enterro, fui com a Alya a casa dos seus pais, pedimos para ir ao seu quarto, foi quando vi as cartas e os bonecos, Alya e Nino estão com os deles.

— Entendi - ela falou olhando para o chão

— Tem notícia dos seus pais? - perguntei e ela assentiu

— Sim, estão bem - ela respondeu com um sorriso triste - A nova padaria do papai tá fazendo sucesso.

— Sente falta deles - afirmei olhando-a - Vai lá, conta a verdade a eles.

— E falar o quê? - ela perguntou me olhando - "Oi, mãe! Oi, pai! Sou eu, voltei depois de dez anos fingindo estar morta"?

— Sei que se explicar a eles, irão entender - falei me levantando da cama e me aproximei dela

— Você não conhece meus pais - ela falou simplesmente

— Conheci muito bem eles depois que partiu, eles te amam mais do que tudo - falei olhando-a - Eles ficariam muito feliz em te ver novamente.

— Se eu fizer, eles vão querer voltar a Paris, vão querer que voltemos a ser uma família - Mari falou como se isso explicasse tudo

— E isso por acaso é ruim? - questionei intrigado e ela suspirou passando a mão pelo cabelo

— A Marinette morreu - ela falou me olhando - Se meus pais voltarem para sermos uma família, podem descobrir que estou viva, Lila sabe que sou a Ladybug. Não posso expor os meus pais, o templo e as crianças a esse risco.

— Entendi - falei entendo o ponto de vista dela

— Pedi pro Plagg ficar de olho na Emma com a Tikki caso ela tenha algum pesadelo, tudo bem? - ela perguntou e assenti - Eu preciso ir.

Ela começou a andar em direção a porta

— Ela estava com medo quando a encontramos - falei e a Mari parou para me olhar - Mas assim que soube que você estava lá, a Emma entrou em desespero. Naquele momento eu me vi com 16 anos novamente, vendo você fundir os Miraculous.

Me sentei novamente e Mari deu alguns passos na minha direção.

— Ela correu até aquela sala depois que viu o estado do Miguel, ela temeu pela sua vida - falei e sorri levemente - Eu achava que ninguém conseguiria te amar tanto quanto eu, mas sei que a Emma ama.

— Onde quer chegar? - ela perguntou receosa

— Que eu fico feliz que durante os últimos seis anos teve alguém que te ama dessa forma - falei olhando-a - Só que não vai mais ser assim.

— O quê? - ela perguntou levemente nervosa

— Tudo o que aconteceu hoje, não muda em nada o que eu te disse naquele corredor - falei me aproximando - Não vou te perder outra vez. Não vou mais sair da sua vida.

— Adrien... - ela começou, mas a interrompi

— Sei que pode não ser tão simples, temos que ir com calma para a Emma entender as coisas - falei olhando-a nos olhos - Mas acho que não vai demorar tanto, ela é um garota inteligente.

— E quanto a sua família? - ela falou me olhando - Tem seu pai, sua mãe, você está prestes a assumir a presidência da empresa do seu pai.

— Meus pais ficarão bem - afirmei olhando-a - E isso não afeta em nada a empresa, meu pai passou anos trabalhando. Vai ser até bom, assim podemos manter a nossa vida longe da mídia.

— Tem certeza? - ela perguntou me olhando fixamente

— Nunca tive tão certo - falei firme e a beijei

Foi um beijo breve, mas suave, repleto de carinho e amor.

— Eu te amo, Adrien - ela sussurrou após o beijo

— Também te amo, Mari - sussurrei de volta e ela me deu um selinho

— Amanhã preciso resolver algumas coisas e precisamos dormir - ela disse começando a se afastar, mas a puxei para perto

— Dorme aqui - falei simplesmente

— Adrien - ele falou baixo me repreender

— O quê? - perguntei confuso - Não seria a primeira vez.

— A Emma está do outro lado do corredor - ela falou como se fosse óbvio

— Mais uma razão para dormir aqui é mais próximo caso ela acorde - falei dando de ombros e ela riu - E estou falando de dormir no sentido literal.

— Tá bem - ela falou e fomos até a cama.

Deitei primeiro e ela se acomodou ao meu lado usando o meu peito como travesseiro, a abracei e ela envolveu meu abdômen com o braço, não demorou muito para que o cansaço nos dominasse e a gente dormisse.

Na Manhã Seguinte

Quando acordei notei que a Mari não estava mais no quarto, me levantei fiz minha higiene matinal e coloquei una camisa e fui a cozinha, assim que cheguei vi a Alya e o Nino tomando café da manhã.

— Bom dia - Eles falaram ao me verem

— Bom dia - respondi e olhei em volta - Cadê a Mari?

— Ela foi tomar café no refeitório, disse que iria conversar com as crianças depois da refeição - Alya respondeu enquanto me sentava

— Como foi descobrir tudo? - Nino perguntou me olhando

— Souberam da Emma? - perguntei olhando-os

— Quando o portal foi fechado e a Emma viu o Guilhermo, correu até ele dizendo que estava com medo e que a mãe estava machucada - Alya falou me olhando - Ele tentou acalma-la dizendo que a Marine ficaria bem.

— Depois que cuidamos das crianças ele nos contou que a Emma era filha adotiva da Mari - Nino completou

— Foi um susto bem grande, mas depois de saber o que aconteceu, compreendi a Mari - falei olhando-os

— Eu tinha notado que vocês estavam se aproximando, como vão ficar as coisas? - Alya perguntou me olhando

— Nunca foi segredo para ninguém que sempre fui apaixonado pela Mari, mesmo nos dez anos sem ela - falei com convicção - Eu não vou desistir dela agora. Enquanto ela me quiser na vida dela, eu estarei.

— Bom, a gente sabe que a Mari você conquistou, falta a Emma - Nino falou em tom brincalhão, me fazendo rir

— Já conheceram a Emma? - perguntei olhando-os

— Rapidamente, ela me lembrou a Marinette quando éramos crianças, era muito mais tímida do que quando a conheceu - Nino falou sorrindo levemente com a lembrança

— A Emma é tão fofa! Os olhos dela são idênticos aos da Marinette - Alya falou empolgada - Ela é muito linda.

— Ela tem muito da Marinette - concordei com os dois, a porta da sala foi aberta e olhamos na direção vendo a Emma e a Mari entrando

— Tem mesmo que ir? - Emma perguntou olhando-a tristinha

— Tenho, meu Amor, mas vou fazer de tudo pra não demorar - Mari falou fechando a porta

— Promete? - Emma perguntou

— Prometo - Mari respondeu se virando para ela

— Bom dia - falei e elas olharam na minha direção

— Bom dia, Adrien - Marinette respondeu

— Bom dia - Emma respondeu um pouco sem jeito

— Conseguiu dormir? - perguntei olhando a menina que assentiu

— Vão sair? - Alya perguntou olhando-as

— Eu vou, a Emy vai ficar com o Guilhermo - Mari respondeu

— Não quero que você vá - Emma murmurou se sentando no sofá

— O que aconteceu? - perguntei me levantando

— As crianças querem ir hoje fazer o reconhecimento das pessoas que as sequestraram - Marinette respondeu me olhando - E tenho que ir com eles, mas a Emma quer que eu fique.

— Aquela mulher vai tá lá - Emma falou preocupada - E se ela tentar algo contra você de novo?

— Emma... - Mari falou calma, mas a menina não deixou ela concluir

— Ela disse que quer te matar - Emma falou deixando algumas lágrimas rolarem e a Mari sentou ao lado dela

— O quê? - ela perguntou olhando a filha

— Quando me colocaram no isolamento, ela falou comigo - Emma respondeu chorando - Ela me olhou e falou que faria com você o que fez com o outro guardião.

Emma começou a chorar, Mari estava assustada, mas abraçou a filha, olhei na direção do Nino e da Alya que se aproximavam surpresos assim como eu. Como a Lila pode falar isso para uma criança? O som do soluço da Emma me trouxe de volta a realidade e me aproximei dela.

— Ei, olhe pra mim - pedi e ela o fez - Sei que está com medo, mas não vai acontecer nada a sua mãe. Ela precisa ir porque é o único jeito de ter certeza de que aquele monstro não vai machucar mais ninguém.

— Não quero a mamãe perto dela - Emma falou e assenti

— Eu também não quero, por isso eu vou com ela - afirmei olhando-a - Não vou deixar aquela mulher chegar perto dela novamente.

— Promete? - ela perguntou baixo e me olhando

— É claro. O Chat Noir sempre protege a sua Lady - falei olhando-a e decidi mudar de assunto - Já comeu?

Emma assentiu desviando o olhar e secou as lágrimas enquanto a Mari fazia carinho na filha.

— Não senti muita firmeza - falei e ela me olhou

— Ela só quis tomar suco - Mari falou olhando a filha

— Sabe qual o segredo pra ser um bom Chat Noir? - perguntei, ela me olhou curiosa

— Ser corajoso? - ela perguntou baixo e me olhando

— Também, mas tem uma coisa tão importante quanto - falei olhando-a - Se alimentar bem.

— É? - ela perguntou um pouco confusa

— É claro, porque acha que o Plagg come tanto queijo? - perguntei, ela deu ar de riso e sorri levemente - Ainda não tomei um café, me acompanha?

Emma olhou para a mãe como se pedisse permissão, Mari deu um beijo no topo da cabeça da filha.

— Vai lá - Mari falou, Emma se levantou e segurou minha mão que estava estendida na direção dela, me levantei olhando pra Mari - Obrigada!

Simplesmente pisquei um olho e fui para a cozinha com a Emma. Ela se sentou em uma das cadeiras vagas, vimos a Mari ir em direção ao corredor acompanhada da Alya e do Nino.

— Torradas com geléia? - perguntei olhando-a

— Nutella - Emma respondeu me olhando, preparei a torrada e as coloquei em um prato colocando em frente a ela - Obrigada

— Suco? - perguntei e ela assentiu começando a comer uma torrada

Coloquei suco em um copo deixando em frente a ela. Me sentei e comecei a me servir, Emma comia devagar e parecia pensativa, olhando para um ponto qualquer da mesa

— Uma torrada com Nutella, pelos seus pensamentos - falei e ela me olhou - O que tá te incomodando?

— Nada - ela respondeu desviando o olhar e mordeu um pedaço da torrada

— Não é o que parece - falei olhando-a

— Só não sei porque aquilo tinha que acontecer - ela falou sem me olhar - Porque ela tinha que levar a gente?

Eu parei olhando-a, pensei um pouco e suspirei pesadamente deixando a minha comida de lado.

— Olha, gatinha - falei e ela me olhou - Aquela mulher é uma mentirosa, que tem muito rancor no coração. Quando soube de vocês, achou que poderia atingir a sua mãe levando-os daqui.

— Porque ela quer fazer mal a minha mãe? - ela perguntou baixo e me olhando

— No mundo, infelizmente existem pessoas más, dispostas a fazer muita perversidade, ela não foi a primeira pessoa e nem será a última - falei e a Emma abaixou o olhar - Mas é por isso que os heróis existem. Para deter pessoas ruins como aquela mulher. E enquanto existirem pessoas boas como a sua mãe, o Guilhermo e outros bons portadores, faremos o possível para proteger quem precisa e levar as pessoas ruins a justiça.

— O que vai acontecer com aquela mulher? - Emma questionou

— Ela vai ser julgada e condenada - respondi olhando-a - E vamos garantir que fique muito tempo em um lugar onde ela não possa fazer mal a mais ninguém.

— E quando ela sair? - Emma questionou

— Vamos estar aqui pra proteger vocês - respondi olhando-a nos olhos - Não se preocupe, nem sua mãe e nem eu deixaremos que nem aquela mulher e ninguém faça mal a você ou as outras crianças.

— Obrigada, Adrien - ela falou me olhando

— De nada - respondi sorrindo - Sabe, acho que uma certa gatinha tem que terminar de comer, não é?

— Tá bem - Emma falou, voltou a comer e fiz o mesmo.

Olhando aquela garotinha a minha frente. Me questiono, como a Lila teve coragem de fazer uma coisa dessa? Falar para uma criança que iria matar a mãe dela, isso é tortura psicológica e por quê? Porque não soube lidar com as consequências das mentiras que criou e das péssimas decisões que tomou. Decisão ainda pior foi esse sequestro, colocar em risco a vida de crianças, em busca de uma vingança sem sentido, fruto de uma birra de adolescência.

Sei que a Mari e o Guilhermo darão todo o apoio necessário a essas crianças, sei que eles não as deixaram passarem por essa situação sozinhos, espero apenas que a justiça seja feita e que a Lila pague por todo mal que causou.

 


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