Miraculous - Decisões de um Coração Partido escrita por Lia Araujo
Notas iniciais do capítulo
COMUNICADO IMPORTANTE!
CUIDADO! VOCÊS PODEM SER ROUBADOS.
Recentemente surgiu um site chamado TRUYEN que tem o objetivo implantar vírus em seus dispositivos e roubar senhas, dados bancários, e-mails e outros.
Eles tem duplicado as histórias do Wattpad lá e também oferecem o download das histórias, mas não caiam nisso. O Wattpad está ciente do site (TRUYEN) e está fazendo o possível para o tirar do ar.
Eu posto apenas no Wattpad, Nyah! Fanfiction e Social Spirit. Qualquer outro site que tenha as minhas histórias e usuário, peço que não acessem.
Para mais informações, visitem o mural do meu perfil.
Boa leitura!
POV Adrien
Assim que entrei no quarto, fui tomar um banho, foi um dia com agitos e emoções demais. Me vesti uma cueca e uma bermuda, arrumei a almofada do Plagg e deixei um pedaço de queijo para quando ele voltasse, estava ajeitando os lençóis da cama para me deitar quando ouvi leves batidas na porta e a abri vendo a Marinette.
— Desculpa incomodar - ela falou um pouco sem jeito
— Não é incômodo - falei olhando-a e dei espaço - Quer entrar?
— Obrigada - ela respondeu entrando, fechei a porta e ela me olhou - Eu só vim agradecer o que fez pela Emma, sabe... os bonecos.
— Ela conseguiu dormir? - perguntei me sentando na cama e a Mari continuava em pé
— Sim, ela... parecia mais tranquila depois que entregou as pelúcias - ela falou olhando para o e levantou o olhar para mim - Não sabia que eles estavam com você.
— Olha, parece que a grande Guardiã não sabe tudo sobre mim - brinquei e ela deu ar de riso - No dia seguinte ao enterro, fui com a Alya a casa dos seus pais, pedimos para ir ao seu quarto, foi quando vi as cartas e os bonecos, Alya e Nino estão com os deles.
— Entendi - ela falou olhando para o chão
— Tem notícia dos seus pais? - perguntei e ela assentiu
— Sim, estão bem - ela respondeu com um sorriso triste - A nova padaria do papai tá fazendo sucesso.
— Sente falta deles - afirmei olhando-a - Vai lá, conta a verdade a eles.
— E falar o quê? - ela perguntou me olhando - "Oi, mãe! Oi, pai! Sou eu, voltei depois de dez anos fingindo estar morta"?
— Sei que se explicar a eles, irão entender - falei me levantando da cama e me aproximei dela
— Você não conhece meus pais - ela falou simplesmente
— Conheci muito bem eles depois que partiu, eles te amam mais do que tudo - falei olhando-a - Eles ficariam muito feliz em te ver novamente.
— Se eu fizer, eles vão querer voltar a Paris, vão querer que voltemos a ser uma família - Mari falou como se isso explicasse tudo
— E isso por acaso é ruim? - questionei intrigado e ela suspirou passando a mão pelo cabelo
— A Marinette morreu - ela falou me olhando - Se meus pais voltarem para sermos uma família, podem descobrir que estou viva, Lila sabe que sou a Ladybug. Não posso expor os meus pais, o templo e as crianças a esse risco.
— Entendi - falei entendo o ponto de vista dela
— Pedi pro Plagg ficar de olho na Emma com a Tikki caso ela tenha algum pesadelo, tudo bem? - ela perguntou e assenti - Eu preciso ir.
Ela começou a andar em direção a porta
— Ela estava com medo quando a encontramos - falei e a Mari parou para me olhar - Mas assim que soube que você estava lá, a Emma entrou em desespero. Naquele momento eu me vi com 16 anos novamente, vendo você fundir os Miraculous.
Me sentei novamente e Mari deu alguns passos na minha direção.
— Ela correu até aquela sala depois que viu o estado do Miguel, ela temeu pela sua vida - falei e sorri levemente - Eu achava que ninguém conseguiria te amar tanto quanto eu, mas sei que a Emma ama.
— Onde quer chegar? - ela perguntou receosa
— Que eu fico feliz que durante os últimos seis anos teve alguém que te ama dessa forma - falei olhando-a - Só que não vai mais ser assim.
— O quê? - ela perguntou levemente nervosa
— Tudo o que aconteceu hoje, não muda em nada o que eu te disse naquele corredor - falei me aproximando - Não vou te perder outra vez. Não vou mais sair da sua vida.
— Adrien... - ela começou, mas a interrompi
— Sei que pode não ser tão simples, temos que ir com calma para a Emma entender as coisas - falei olhando-a nos olhos - Mas acho que não vai demorar tanto, ela é um garota inteligente.
— E quanto a sua família? - ela falou me olhando - Tem seu pai, sua mãe, você está prestes a assumir a presidência da empresa do seu pai.
— Meus pais ficarão bem - afirmei olhando-a - E isso não afeta em nada a empresa, meu pai passou anos trabalhando. Vai ser até bom, assim podemos manter a nossa vida longe da mídia.
— Tem certeza? - ela perguntou me olhando fixamente
— Nunca tive tão certo - falei firme e a beijei
Foi um beijo breve, mas suave, repleto de carinho e amor.
— Eu te amo, Adrien - ela sussurrou após o beijo
— Também te amo, Mari - sussurrei de volta e ela me deu um selinho
— Amanhã preciso resolver algumas coisas e precisamos dormir - ela disse começando a se afastar, mas a puxei para perto
— Dorme aqui - falei simplesmente
— Adrien - ele falou baixo me repreender
— O quê? - perguntei confuso - Não seria a primeira vez.
— A Emma está do outro lado do corredor - ela falou como se fosse óbvio
— Mais uma razão para dormir aqui é mais próximo caso ela acorde - falei dando de ombros e ela riu - E estou falando de dormir no sentido literal.
— Tá bem - ela falou e fomos até a cama.
Deitei primeiro e ela se acomodou ao meu lado usando o meu peito como travesseiro, a abracei e ela envolveu meu abdômen com o braço, não demorou muito para que o cansaço nos dominasse e a gente dormisse.
Na Manhã Seguinte
Quando acordei notei que a Mari não estava mais no quarto, me levantei fiz minha higiene matinal e coloquei una camisa e fui a cozinha, assim que cheguei vi a Alya e o Nino tomando café da manhã.
— Bom dia - Eles falaram ao me verem
— Bom dia - respondi e olhei em volta - Cadê a Mari?
— Ela foi tomar café no refeitório, disse que iria conversar com as crianças depois da refeição - Alya respondeu enquanto me sentava
— Como foi descobrir tudo? - Nino perguntou me olhando
— Souberam da Emma? - perguntei olhando-os
— Quando o portal foi fechado e a Emma viu o Guilhermo, correu até ele dizendo que estava com medo e que a mãe estava machucada - Alya falou me olhando - Ele tentou acalma-la dizendo que a Marine ficaria bem.
— Depois que cuidamos das crianças ele nos contou que a Emma era filha adotiva da Mari - Nino completou
— Foi um susto bem grande, mas depois de saber o que aconteceu, compreendi a Mari - falei olhando-os
— Eu tinha notado que vocês estavam se aproximando, como vão ficar as coisas? - Alya perguntou me olhando
— Nunca foi segredo para ninguém que sempre fui apaixonado pela Mari, mesmo nos dez anos sem ela - falei com convicção - Eu não vou desistir dela agora. Enquanto ela me quiser na vida dela, eu estarei.
— Bom, a gente sabe que a Mari você conquistou, falta a Emma - Nino falou em tom brincalhão, me fazendo rir
— Já conheceram a Emma? - perguntei olhando-os
— Rapidamente, ela me lembrou a Marinette quando éramos crianças, era muito mais tímida do que quando a conheceu - Nino falou sorrindo levemente com a lembrança
— A Emma é tão fofa! Os olhos dela são idênticos aos da Marinette - Alya falou empolgada - Ela é muito linda.
— Ela tem muito da Marinette - concordei com os dois, a porta da sala foi aberta e olhamos na direção vendo a Emma e a Mari entrando
— Tem mesmo que ir? - Emma perguntou olhando-a tristinha
— Tenho, meu Amor, mas vou fazer de tudo pra não demorar - Mari falou fechando a porta
— Promete? - Emma perguntou
— Prometo - Mari respondeu se virando para ela
— Bom dia - falei e elas olharam na minha direção
— Bom dia, Adrien - Marinette respondeu
— Bom dia - Emma respondeu um pouco sem jeito
— Conseguiu dormir? - perguntei olhando a menina que assentiu
— Vão sair? - Alya perguntou olhando-as
— Eu vou, a Emy vai ficar com o Guilhermo - Mari respondeu
— Não quero que você vá - Emma murmurou se sentando no sofá
— O que aconteceu? - perguntei me levantando
— As crianças querem ir hoje fazer o reconhecimento das pessoas que as sequestraram - Marinette respondeu me olhando - E tenho que ir com eles, mas a Emma quer que eu fique.
— Aquela mulher vai tá lá - Emma falou preocupada - E se ela tentar algo contra você de novo?
— Emma... - Mari falou calma, mas a menina não deixou ela concluir
— Ela disse que quer te matar - Emma falou deixando algumas lágrimas rolarem e a Mari sentou ao lado dela
— O quê? - ela perguntou olhando a filha
— Quando me colocaram no isolamento, ela falou comigo - Emma respondeu chorando - Ela me olhou e falou que faria com você o que fez com o outro guardião.
Emma começou a chorar, Mari estava assustada, mas abraçou a filha, olhei na direção do Nino e da Alya que se aproximavam surpresos assim como eu. Como a Lila pode falar isso para uma criança? O som do soluço da Emma me trouxe de volta a realidade e me aproximei dela.
— Ei, olhe pra mim - pedi e ela o fez - Sei que está com medo, mas não vai acontecer nada a sua mãe. Ela precisa ir porque é o único jeito de ter certeza de que aquele monstro não vai machucar mais ninguém.
— Não quero a mamãe perto dela - Emma falou e assenti
— Eu também não quero, por isso eu vou com ela - afirmei olhando-a - Não vou deixar aquela mulher chegar perto dela novamente.
— Promete? - ela perguntou baixo e me olhando
— É claro. O Chat Noir sempre protege a sua Lady - falei olhando-a e decidi mudar de assunto - Já comeu?
Emma assentiu desviando o olhar e secou as lágrimas enquanto a Mari fazia carinho na filha.
— Não senti muita firmeza - falei e ela me olhou
— Ela só quis tomar suco - Mari falou olhando a filha
— Sabe qual o segredo pra ser um bom Chat Noir? - perguntei, ela me olhou curiosa
— Ser corajoso? - ela perguntou baixo e me olhando
— Também, mas tem uma coisa tão importante quanto - falei olhando-a - Se alimentar bem.
— É? - ela perguntou um pouco confusa
— É claro, porque acha que o Plagg come tanto queijo? - perguntei, ela deu ar de riso e sorri levemente - Ainda não tomei um café, me acompanha?
Emma olhou para a mãe como se pedisse permissão, Mari deu um beijo no topo da cabeça da filha.
— Vai lá - Mari falou, Emma se levantou e segurou minha mão que estava estendida na direção dela, me levantei olhando pra Mari - Obrigada!
Simplesmente pisquei um olho e fui para a cozinha com a Emma. Ela se sentou em uma das cadeiras vagas, vimos a Mari ir em direção ao corredor acompanhada da Alya e do Nino.
— Torradas com geléia? - perguntei olhando-a
— Nutella - Emma respondeu me olhando, preparei a torrada e as coloquei em um prato colocando em frente a ela - Obrigada
— Suco? - perguntei e ela assentiu começando a comer uma torrada
Coloquei suco em um copo deixando em frente a ela. Me sentei e comecei a me servir, Emma comia devagar e parecia pensativa, olhando para um ponto qualquer da mesa
— Uma torrada com Nutella, pelos seus pensamentos - falei e ela me olhou - O que tá te incomodando?
— Nada - ela respondeu desviando o olhar e mordeu um pedaço da torrada
— Não é o que parece - falei olhando-a
— Só não sei porque aquilo tinha que acontecer - ela falou sem me olhar - Porque ela tinha que levar a gente?
Eu parei olhando-a, pensei um pouco e suspirei pesadamente deixando a minha comida de lado.
— Olha, gatinha - falei e ela me olhou - Aquela mulher é uma mentirosa, que tem muito rancor no coração. Quando soube de vocês, achou que poderia atingir a sua mãe levando-os daqui.
— Porque ela quer fazer mal a minha mãe? - ela perguntou baixo e me olhando
— No mundo, infelizmente existem pessoas más, dispostas a fazer muita perversidade, ela não foi a primeira pessoa e nem será a última - falei e a Emma abaixou o olhar - Mas é por isso que os heróis existem. Para deter pessoas ruins como aquela mulher. E enquanto existirem pessoas boas como a sua mãe, o Guilhermo e outros bons portadores, faremos o possível para proteger quem precisa e levar as pessoas ruins a justiça.
— O que vai acontecer com aquela mulher? - Emma questionou
— Ela vai ser julgada e condenada - respondi olhando-a - E vamos garantir que fique muito tempo em um lugar onde ela não possa fazer mal a mais ninguém.
— E quando ela sair? - Emma questionou
— Vamos estar aqui pra proteger vocês - respondi olhando-a nos olhos - Não se preocupe, nem sua mãe e nem eu deixaremos que nem aquela mulher e ninguém faça mal a você ou as outras crianças.
— Obrigada, Adrien - ela falou me olhando
— De nada - respondi sorrindo - Sabe, acho que uma certa gatinha tem que terminar de comer, não é?
— Tá bem - Emma falou, voltou a comer e fiz o mesmo.
Olhando aquela garotinha a minha frente. Me questiono, como a Lila teve coragem de fazer uma coisa dessa? Falar para uma criança que iria matar a mãe dela, isso é tortura psicológica e por quê? Porque não soube lidar com as consequências das mentiras que criou e das péssimas decisões que tomou. Decisão ainda pior foi esse sequestro, colocar em risco a vida de crianças, em busca de uma vingança sem sentido, fruto de uma birra de adolescência.
Sei que a Mari e o Guilhermo darão todo o apoio necessário a essas crianças, sei que eles não as deixaram passarem por essa situação sozinhos, espero apenas que a justiça seja feita e que a Lila pague por todo mal que causou.
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