Laços Fraternos escrita por ImperatrizPersefone


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Queridos Leitores

Essa é a quinta oneshot sobre as famílias dos dourados baseada na fanfic vida dos golds.
Espero que gostem dessa história.



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Andressa

 

 

A minha infância foi muito difícil, perdi a minha mãe quando era muito pequena, alguns meses depois, meu pai casou novamente e essa mulher que nunca chamarei de mãe me tratava muito mal, me batia sem motivos nenhum, me colocava para arrumar casa quando tinha apenas 7 anos.

Quando eles bebiam, me batiam o dobro e ainda tinha que limpar o chão sujo de vômito, não suportava a vida que tinha e quando fiz 11 anos fugi daquela casa que para mim parecia uma prisão.

Andei muito sem saber para onde ir, tinha apenas uma mochila nas costas com algumas roupas, um cobertor e dois sanduíches que eu mesma fiz, quando já tinha comido o último sanduíche e já estava cansada de andar, entrei em uma igreja, sentei no último banco, olhei para o altar e comecei a chorar.

Não fui criada com o hábito de frequentar uma igreja, pouco estudei porque ninguém em casa ligava para mim, sequer me compravam materiais escolares, o que usava era doado, mas na escola ouvi falar da bondade de DEUS e agora só me resta ter fé e esperança.

Chorei tanto que acabei dormindo no banco duro da igreja, acordei com uma senhora tocando no meu ombro, ela perguntou porque estava dormindo na igreja e lhe contei toda a minha história, ela me ouviu atentamente, viu as marcas das agressões nos meus braços, me abraçou com carinho e falou que falou que não permitiria que ninguém voltasse a me fazer mal.

Aquela senhora era viúva e não tinha filhos, ela me levou para sua casa, curou todas as minhas feridas tanto emocionais como físicas, me deu comida, roupas e calçados novos, acima de tudo me deu amor que nunca tive, ela conseguiu a minha guarda legalmente já que a justiça tirou a minha guarda do meu pai biológico que só me maltratou.

O meu coração se encheu de amor, aquela mulher é a mãe que nunca tive, ela me colocou em uma boa escola, graças a ela consegui me formar em medicina, me tornei pediatra pois o meu maior sonho é poder ajudar crianças que sofrem.

Infelizmente a minha querida mãe adotiva está doente, faço tudo que está no meu alcance para ela melhorar, cuido dela com o todo o meu amor, me dedico a ela da mesma maneira que fez quando era adolescente, ela é tudo que tenho na vida pois como tenho traumas de homens, não me interessei em namorar e constituir uma família.

A única família biológica que eu considero ter é o meu irmão mais velho, mas pouco me lembro dele, só sei que ele também sofreu muito nas mãos do meu pai e por causa disso fui de casa quando tinha 8 anos, faz anos que procuro o meu irmão e tenho esperança que um dia o conhecerei.

Só tenho uma foto dele onde está comigo no colo e sorrimos como duas crianças inocentes que não sabem o perigo que correm dentro de sua própria casa, fiz cadastro em vários sites de crianças desaparecidas mas infelizmente sem nenhum resultado, só espero que aonde ele estiver que bem e feliz.

 

 

 

Shura

 

 

Estou arrumando meu quarto quando encontro um álbum de fotografia, sento na cama e começo a olhar aquelas fotos, a primeira é a única que tenho da minha infância, nela estou com a minha irmã nos braços, lembro de como era uma menina doce, mesmo minha mãe e o meu padrasto me tratando muito mal, sempre amei a minha irmã que não tinha culpa de termos uma família ruim.

Como gostaria de ter voltado naquela casa e tirado a minha irmã daquele lugar que sem dúvidas ela sofreu muito, mas era apenas uma criança quando fugi de casa, não tinha para onde ir e depois que vim para o santuário sabia que esse desejo era impossível de ser realizado pois ela não podia viver aqui.

Um sentimento de tristeza invadi o meu coração, como gostaria de saber se ela está bem, se constituiu família, mesmo que não podemos vivermos perto, nada impedi que possa a conhecer e a visitar sempre que tiver tempo, isso se eu sobreviver a guerra que terei que enfrentar.

Não quero pensar em coisas ruins agora, saio da minha casa, chego no décimo terceiro templo e converso com Shion, não temos muitas tecnologias no santuário mas temos contato com a empresa que pertenci a Saori e foi através dela que alguns golds conseguiram encontrarem suas famílias, então tenho muita esperança que possam encontrar a minha irmã.

Cinco dias depois, recebo a informação que eles encontraram a minha irmã que há anos, isso me deixou muito feliz, pois mesmo sendo muito pequena no dia em que sai de casa, os laços que nos unem fizeram com que nunca se esquecesse de mim.

Mandei uma carta Andressa e alguns dias depois recebi a sua resposta, ela vive em Madri, é médica e ajuda muitas crianças, falou como conseguiu ficar livre do seu pai que sempre foi cruel, nesse momento uma tristeza invade o meu coração e choro bastante, nunca imaginei que a minha irmã sofreu tanto nas mãos daquele homem, mas felizmente isso é passado.

Arrumo uma mala para viajar, voltar a minha cidade natal me deixa feliz e ao mesmo tempo triste, porque mesmo após tantos anos as lembranças dolorosas ainda estão na minha mente e no meu coração, mas também tenho os bons momentos, lembro como os vizinhos me tratavam bem, as minhas amizades de infância.

No dia 15 de março chego em Madri, viajei na classe econômica em um avião, é a primeira vez que viajo normalmente pois normalmente viajo através do teletransporte que é uma maneira rápida, fácil e gratos para viajarmos, tenho uma vida simples mas sou feliz em ser um guerreiro.

Saio do aeroporto e ando pelas ruas da cidade, vejo que muitas coisas mudaram nesses anos, a praça onde brincava quando era criança está reformada e abro um sorriso ao ver muitas crianças brincando, é tão bom saber que as crianças possuem inocência nesse mundo cheio de maldades, entro em um hotel, peço uma suíte, subo pela escadaria até o terceiro andar, gosto de caminhar e não vejo necessidade de utilizar elevador, chego na suíte 308, deixo a minha mala no chão e sento na cama imaginando como será encontrar a minha irmã no dia seguinte.

Andressa: Estou muito emocionada, finalmente encontrarei o meu único e querido irmão, não vejo a hora de o abraçar, imagino que seja bem mais alto que eu que tenho 1.66 de altura, mas isso não importa, imagino que continue lindo e seja um homem bondoso.

As 11:00 chego no restaurante que tínhamos marcado de almoçarmos, quando entro no estabelecimento, vejo um homem sentado em uma mesa perto de uma janela, não tenho dúvidas que é o meu amado irmão, chego perto dele e abro os meus braços.

Shura: Levanto e abraço a minha irmã com muito carinho enquanto acaricio os seus longos cabelos pretos, me sinto tão confortável perto dela, mesmo tendo muitos amigos no santuário, nunca me senti tão bem com eles como sinto com ela.

Após um longo abraço, sentamos a mesa e temos uma conversa longa e muito agradável, fico muito feliz ao saber mais da sua vida, ela se tornou uma mulher maravilhosa e até penso que no futuro terei muitos sobrinhos.

Depois do almoço, ela me leva para a sua casa onde mora com sua mãe adotiva que me trata muito bem, é tão bom saber que essa senhora apareceu na sua vida e lhe deu o amor materno que nenhum de nós teve com sinceridade, elas me convidam para ficar uns dias na sua casa e aceito por sentir que fazem esse convite com sinceridade.

Passo quinze dias ao lado delas e também reencontro alguns amigos da minha infância, mas infelizmente os dias passam rapidamente e preciso voltar a Grécia, digo a todos que trabalho em uma grande empresa como segurança e ganho bem, sei que os meus poderes não podendo serem revelados. 

Vou para o aeroporto muito feliz por ter passado ótimos momentos ao lado de pessoas tão queridas, trocamos contatos pois quero os visitar novamente e penso que se for possível, no futuro voltarei a morar na minha terra natal, vivo bem na Grécia mas os laços que me unem a Madri são fortes e agora consigo imaginar em ter uma vida tranquila ao lado da minha querida irmã.

As vezes o destino nos afasta dos nossos irmãos, mas o amor e carinho que sentimos por eles continuam vivos  nossos corações, não é algo que o tempo e a distância podem apagar, mesmo longe um do outro fisicamente, sempre levaremos em nossos corações a esperança de um dia os encontrarmos.

 


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Notas finais do capítulo

Um grande abraço a todos e até breve.



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