Beijo escrita por Hi Aniki


Capítulo 1
Formas de Beijo


Notas iniciais do capítulo

Eu penso que esse trio deva ser mais enaltecido porque eles são umas fofuras juntos ♥
Zenitsu crys in bissexual :p
É quase que um fato que Inosuke não faz a mínima ideia do que é um beijo, e claro que seus amigos vão ajudá-lo :)
Essa é uma das mais de 20 histórias de kny que tenho que terminar (sem brincadeira kk)
Espero que gostem ^-^
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Boa leitura



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O trio – ou quarteto incluindo Nezuko que dormia dentro da caixa – estava em mais uma viajem para sua nova missão em uma pequena vila mais ao sul. Como de costume, eles iam conversando sobre coisas diversas e brincando de coisas simples o suficiente para que Inosuke não ficasse de fora; tais brincadeiras eram bem infantis, mas para alguém como o Hashibira, que não tinha quase nenhum senso comum, elas eram a parte da infância que ele nunca teve e Tanjirou gostava de ensiná-lo sobre essas coisas. Zenitsu já não participava mais da brincadeira que Tanjirou e Inosuke estavam tão entretidos, já que pensava em mil e uma coisas e nada ao mesmo tempo; o loiro as vezes começava a divagar sobre sua existência enquanto olhava para o céu e ouvia todo tipo de som ao seu redor. Ao que algo passou por sua mente, ele suspirou triste e com um semblante derrotado, o que chamou a atenção dos amigos pela reação inesperada.

— O que foi Zenitsu? Você tá bem? – Tanjirou foi o primeiro a perguntar por aparentar se importar mais com o loiro.

— Hm? Ah, sim, estou bem. Apenas pensando que talvez essa seja minha última missão e nunca cheguei a dar um beijo em nenhuma bela moça. – Ele disse com uma voz chorosa, usual.

Tanjirou e Inosuke rolaram os olhos com o comentário dramático do rapaz; e lá vamos nós de novo.

— Nee, Tanjiru-kun – O loiro abriu um sorriso bobo no rosto e cutucava os indicadores um no outro. – Eu poderia b-

— Não. – O ruivo disse firme e com um sorriso no rosto.

— Mas você nem sabe-

— Você vai pedir para eu te deixar dar um beijo na Nezuko e a resposta é não. – O rapaz interrompeu novamente o amigo que o segurou pelos ombros.

— Por favor Tanjirou, eu posso morrer daqui a cinco minutos sem nunca ter encostado meus lábios em outros. Você pode imaginar a minha dor de nunca ter beijado ninguém? Oh, pobre de mim. – Zenitsu abraçou o corpo com seu drama. Inosuke odiava aquilo.

— Porque você vive falando nessa coisa de beijo Benitsu? O que tem de tão especial nisso? – Inosuke precisou perguntar antes que batesse naquela cabeça loira.

— Ah, você nunca entenderia porco, nem você ou Tanjirou. Se eu conseguir um beijo, sentirei que meu papel como um homem adepto ao romance foi cumprido. – Disse motivado e orgulhoso.

— Tá, mas o que é um beijo? – Inosuke perguntou bufando por ainda não entender a linha de pensamento do rapaz.

Zenitsu e Tanjiru encararam o amigo com certa pena e se entreolharam com uma leve dor no coração. Era meio óbvio que Inosuke não sabia o que era um beijo, visto que ele tinha conhecimento nenhum sobre coisas mais básicas até; senso comum ou atitudes de cunho interpessoal – interação entre as pessoas – não eram de conhecimento do rapaz, nem ler ou escrever ele sabia, então claro que não saberia o que era um beijo. Entretanto, Tanjirou viu ali uma oportunidade de ouro que não poderia passar, chegou até a corar levemente com seus pensamentos; Zenitsu olhou para o ruivo ao que percebeu s batimentos dele aumentarem.

— Bom, nós podemos te ensinar sobre isso Inosuke, se quiser é claro. – Tanjirou falou feliz e sorrindo. Segurou as mãos de Inosuke e o encarou nos olhos, ou ao menos tentou, já que a máscara atrapalhava. – Quer que nós te ensinemos sobre beijos? – Sua animação se assemelhava a de uma criança que ia ao amiguinho ensinar algo que acreditava ser a coisa mais incrível do mundo.

— Hmph, tudo bem, o Grande Inosuke-sama vai permitir que você me ensine sobre isso. – O rapaz javali fez uma pose grandiosa e riu de seu próprio comentário, tudo para não parecer curioso demais.

— Certo! Vem, vamos nos sentar primeiro. – Tanjirou comemorou animado e puxou os amigos pelos pulsos para se sentarem á sombra de uma árvore.

Enquanto Inosuke saiu na frente para achar o lugar ideal, Zenitsu se aproximou do ruivo e cochichou em seu ouvido.

— Tem certeza que é uma boa ideia Tanjirou? – Ele não parecia levar fé em ensinar algo daquele tipo para o colega.

— Não precisa se preocupar com nada Zenitsu. Confie em mim. – O sorriso confiante de Tanjirou foi o bastante para Zenitsu acenar com a cabeça.

Ao que os três finalmente se sentaram, Tanjirou tirou a caixa das costas e deixou mais ao lado para que ela não lhe atrapalhasse; Nezuko ainda dormia e queria deixar ela de forma mais confortável. Inosuke estava de um lado do ruivo, enquanto Zenitsu se encontrava do outro.

— Pois bem Inosuke, pra começar, existem dois tipos de beijo. – Tanjirou começou, vendo o amigo prestar atenção em si. – O primeiro é o beijo mais suave, aquele que as pessoas dão na bochecha, testa ou mão dos outros.

— Ah, tipo o que você faz com a Sanuko? – Inosuke perguntou começando a entender.

— O nome dela é Nezuko e sim. – Ficou feliz pelo amigo entender com tão pouco. – O segundo beijo é quando os lábios de duas pessoas se unem, e esse também tem dois jeitos. – Inosuke tombou a cabeça por um instante. – O primeiro tipo nós chamamos de “selinho”, que é apenas um pequeno contato entre os lábios, um roçar digamos assim. O segundo é o “beijo de língua”, que é quando – Tanjirou parou um instante, a vergonha de explicar aquilo apareceu. – Quando as língua se e-entrelaçam juntas...entende?

— Hm, não entendi direito. Me mostra. – Insouke disse e pegou os dois rapazes de surpresa.

— Mostrar? – Zenitsu perguntou incrédulo. Como iriam mostrar aquilo?

— É. É mais fácil mostrar pra mim como faz pra eu entender melhor. – Insouke até mesmo tirou a cabeça de javali para poder prestar melhor atenção.

— M-mas nós não temos nenhuma menina pra mostrar isso. – O loiro tentou se explicar.

— Precisa ser só entre um menino e uma menina? Que coisa pouco evoluída. – Inosuke zombou do amigo que não gostou.

— Tá tudo bem Zenitsu, a gente pode se beijar e mostrar pro Inosuke. – Tanjirou disse de forma simples sem qualquer vergonha. Zenitsu, por outro lado, ficou vermelho quase que instantaneamente.

— N-nos beijar?

— É. Ah sim, você quer que seu primeiro beijo seja com uma menina correto? Desculpa, eu me exaltei um pouco. – Tanjirou pareceu realmente culpado por perguntar aquilo.

— N-não, digo, sim mas...se for com você, não tem problema. – Zenitsu sorriu meio tímido. Sempre acreditou que beijos eram pra serem trocados com alguém que gosta, e Tanjirou era seu amigo e também muito bonito. Talvez quem sabe pudesse conseguir um beijo de Nezuko-chan daquela forma? – Ok, eu topo.

— Jura? Obrigado Zenitsu. – Tanjirou sorriu e se virou para Inosuke. – Certo, vamos te mostrar primeiro o selinho ok? – O rapaz mais baixo afirmou com a cabeça.

Zenitsu e Tanjirou então ficaram de frente um para o outro, de forma que Inosuke os observasse de lado para compreender como era um beijo. Os meninos estavam envergonhados, aquele era o primeiro beijo de ambos, mas Tanjirou parecia mais confiante do que o loiro, então deu o primeiro passo. Segurou as bochechas do amigo nas mãos e aproximou os rostos; quando seus narizes se encostaram, os dos fecharam os olhos por vergonha e em seguida foi a vez dos lábios. O toque foi singelo e suave, mas durou por alguns longos segundos, na qual eles movimentaram os lábios algumas vezes para melhorar a forma na qual suas bocas se encaixavam. Quando acharam suficiente, se afastaram cm sorrisos bestas e bochechas vermelhas.

— Entendeu o que é um beijo Inosuke? – Tanjirou foi o primeiro a perguntar, já que zenitsu estava murmurando coisas com as mãos no rosto.

— Sim.

— E o que achou?

— Estranho. As pessoas realmente fazem isso?

— É claro que sim. É normal. – Zenitsu disse dessa vez.

— Porque?

— Porque – Zenitsu não soube como responder.

De fato aquela era uma excelente pergunta. As pessoas se beijavam porque consideravam como sendo algo bom, mas fora isso, não havia nenhuma outra razão. Beijar era um sinônimo de afeto, mas passou a se perguntar quem foi que teve essa ideia e descobriu que era algo prazeroso. Inosuke podia ser até meio burro, mas fazia umas perguntas que colocavam os outros para terem discussões filosóficas, como na vez que se perguntou porque as pessoas se abraçavam sem ser para se protegerem e se esquentarem no frio.

— Beijar é uma forma de demonstrar afeto. Não existe um porque, é apenas assim. – Tanjirou disse e Inosuke assentiu.

— Porque as pessoas fecham os olhos quando se beijam?

— Acredito que é para sentir melhor. – Tanjirou colocou o dedo no queixo pensativo.

— Ah tá, ok, agora me mostrem o outro beijo.

O ruivo e o loiro se encararam ainda mais vermelhos, mas decidiram que iam fazer isso. Tanjirou segurou a nuca de Zenitsu com uma mão e a bochecha com a outra enquanto o loiro segurava em seus ombros. Eles fecharam os olhos e se beijaram sem nenhuma pressa, com gentileza e calma. Os lábios se encostaram e se abriram um pouco para que as línguas pudesse se encontrar uma com a outra, Zenitsu moveu a cabeça para o lado para que as bocas se encaixassem melhor e apertou os ombros de Tanjirou. Aquela era a melhor sensação que já havia sentido em toda sua vida. A línguas dançavam nas bocas de forma suave e delicada, com muito carinho e era deveras prazeroso. Eles poderiam ficar ali por um longo tempo por saberem como controlar suas respirações e prolongarem o ato, mas acabaram por se afastar e cortar o beijo. Tanjirou olhou para Inosuke que parecia estranhamente animado.

— Conseguiu ver Inosuke? – O ruivo perguntou limpando o canto da boca que tinha um resquício de saliva.

— Só quando vocês abriram a boca antes, mas depois não. – Parecia emburrado por isso, mas Tanjirou riu. – Ei Monjirou, me beije também, a melhor forma de aprender é fazendo. – Seus olhos brilharam com a frase que claramente não era sua. Tanjirou ficou corado mas sorriu.

— É claro. – Tanjirou quase não conteve sua empolgação. Já fazia um tempo que desejava beijar o amigo mas nunca soube como poderia fazê-lo. – Primeiro o selinho. – Ele disse e o outro assentiu.

Tanjirou segurou as bochechas de Inosuke em suas mãos e o rapaz lhe imitou. Tanjirou pediu para eles fecharem os olhos quando, ao que estavam quase se beijando, as íris esverdeadas lhe encaravam. Meio a contra gosto, Inosuke obedeceu e assim seus lábios se encostaram. A sensação era diferente, um pouco estranha, mas Inosuke não achou ruim. Quando se afastaram, ouviu Tanjirou falando que agora era a vez do outro beijo e suas bocas se encontraram de novo, dessa vez com mais intensidade. Zenitsu estava bastante envergonhado em ver seus amigos fazendo aquilo, mas sentia tesão também; devido á sua audição aguçada, e pela proximidade com os rapazes, conseguia escutar o som quase obsceno que as línguas de Inosuke e Tanjirou faziam dentro das bocas, conseguia quase imaginar a cena dentro das cavidades. Era notável que o ruivo estava gostando – e muito – do ato, já que era realmente quem ansiava por ele a tempos, mas Inosuke poderia dizer com certeza que, depois de tempura, aquele tipo de beijo era a coisa que mais gostou de experimentar.

Quando eles não conseguiam mais manter o ósculo, se separaram com certa dificuldade pois Inosuke não queria que parasse, mas já não conseguia respirar direito. Suas bochechas – em especial de Tanjirou – estavam vermelhas e os lábios de mesma cor, levemente inchados. Os três se olharam e riram baixinho, aquilo havia sido uma loucura completamente inesperada. Mas quando Zenitsu achou que havia acabado e que agora poderiam voltar a sua viagem, Inosuke o puxou pela manga de seu haori e lhe olhou com um brilho no olhar.

— Agora é a sua vez Monitsu. – Nem o loiro ou o ruivo acreditaram nas palavras do garoto javali, que simplesmente pulou em cima de Zenitsu, o jogando no chão e prendendo seus pulsos quando ele começou a se debater pelo susto.

Inosuke, ao perceber que o loiro tentava fugir, o apertou com mais força e prendeu suas pernas por cima das do amigo, não dando escapatória para ele, mas antes que tentasse forçar um beijo, Tanjirou interveio, o segurando pelos ombros e puxando-o para trás; era possível ver o quase desespero no rosto de Zenitsu que estava prestes a chorar.

— Inosuke, você tem que ter calma, assustou o Zenitsu. – Disse suave enquanto o rapaz abaixo do outro o xingava de doido. – Você tem que ser gentil, igual eu fiz contigo. Tudo bem? Gentil.

— Hmph, ok, eu consigo ser gentil. – Deu de ombros e bufou, olhando para Zenitsu abaixo de si.

Devagar, soltou seus pulsos e segurou em suas bochechas, as apertando e formando um biquinho engraçado, fazendo tanto Inosuke quanto Tanjirou rirem. Se abaixou suave para não assustar mais ainda o garoto medroso que tentou desviar o olhar, mas a cada centímetro que Inosuke se aproximava, ficava mais fixado em seus grandes olhos verdes. Zenitsu estava se sentindo quase que nas nuvens por ver um rosto tão feminino e tal belo se aproximando do seu daquela forma; saber que aqueles pequenos e rosados lábios iriam se encostar nos seus era de enlouquecer, e se não soubesse que o dono daquele rosto encantador era Inosuke – um rapaz de voz rasgada, corpo trincado e personalidade selvagem – com certeza teria se apaixonado com força. Quando os lábios se tocaram em um breve selinho, os dois fecharam os olhos. Uma vez, dois, três beijinhos depois e eles finalmente abriram levemente os lábios, permitindo que suas línguas se encontrassem dessa vez, e Zenitsu agarrou com vontade nos cabelos de Inosuke, quase não acreditando em como beijá-lo era tão bom quanto foi beijar Tanjirou.

E por falar no ruivo, ele se sentia quente ao mesmo tempo que sentia ciúmes e inveja da cena, mas não conseguia dizer nada por pura vergonha, então deixou que os amigos se beijassem um pouco mais, até que eles se afastaram por falta de fôlego e então ajudou Zenitsu a se sentar depois que Inosuke saiu de cima de si. O loiro ainda estava meio atordoado pelo beijo e seu cabelo meio desarrumado, o que fez os outros dois rirem de sua cara e se levantaram; já era hora de seguirem viagem. Enquanto Tanjirou colocava a caixa nas costas, Zenitsu era levantado com ajuda de Inosuke, que se vangloriava de ser um “beijador” melhor. Bom, aquela experiência de fato não foi algo que nenhum dos três imaginou que aconteceria.

— Ei Tanjirou. – Zenitsu o chamaou enquanto voltavam a andar.

— Hm?

— Será que agora eu posso beijar a Nezuko-chan? – Ele tentou persuadir o amigo.

— Eu acredito que isso deva ser algo para ela decidir.

— Mas Nezuko-chan não pode falar.

— Então é não. Quando ela voltar a ter plena consciência de tudo e aceitar, então tudo bem, até lá, não. – Tanjirou sorriu largamente enquanto Zentsu voltava a fazer drama.

Bem, agora Inosuke entendia porque Zenitsu vivia falando de beijos.


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Notas finais do capítulo

Sinto muito por qualquer erro que tenha tido (ainda tô me acostumando com o teclado novo)
Mas eis a questão que fica: será que o Zeniboy vai conseguir um beijo da Nezuko-chan?
E outro fato é que Inosuke não sabe nem liga para coisas como sexualidade
Espero que tenham gostado ^-^
Se alguém quiser fazer uma capa pra mim eu agradeço kkk
Até outro dia *3*



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