Dragon Fang escrita por Só Mais Um


Capítulo 4
O Que São Kyūs




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Mason e Nezumi se encaram por alguns segundos.

[Mason] - O QUÊ !?!!
[Nezumi] - O QUÊ !?!!

Todos começam a olhar para eles.

[Professora] - Algum problema ?

[Mason] - N-Nenhum ! Esquece !

[Nezumi] - É-É ! Nós, uh, só lembramos de uma coisa que esquecemos de fazer !

[Chronos] - O que você está fazendo aqui, humana assassina ?!

[Nezumi] - Hã ?

Mason cobre sua mão.

[Mason] - Coff Coff ! Cara, eu não tô legal !

[Chronos] - Pare de me esconder !

Arcene rapidamente anda até Mason e segura sua mão direita com ambas as mãos e começa a balançá-la.

[Arcene] - Puxa ! Você parece ser uma pessoa muito legal ! Quer ser meu amigo ? Tenho certeza de que nós vamos nos dar bem ! Qual seu nome ?

[Mason] - E-Ei ! Corta essa

Arcene o puxa para perto, abraça Mason e começa a cochichar.

[Arcene] - É o seguinte, ariano, ou você entra no jogo, ou vai ter meio quilo de chumbo, ferro e prata enfiados na sua cabeça, sacou ?

Ela pega a mão direita de Mason.

[Arcene] - Você também, passagem pra minha riqueza. Se não fechar esse seu bico desgraçado de merda, eu faço questão de descobrir como tirar você de dentro desse otário e eu vou te torturar tanto que, quando eu parar, você vai implorar pra não ter sido criado. Agora, vocês dois vão ficar quietos e fingir que começamos a ser maravilhosos amigos, entenderam ? Nem se preocupem em responder.

Ela solta a mão de Mason.

[Arcene] - Eu adoro abraçar pessoas ! É-É um costume de onde eu venho, sabe ! Hehehe !

[Mason] - Uhhh… O-Ok ! Hehehe…

Nezumi puxa ele.

[Nezumi] - -O que ela tá fazendo aqui ?!-

[Mason] - -Eu não sei ! Por favor, não faz perguntas !-

Ele se senta no lugar.

[Professora] - O lugar de onde você vem deve ser bem amigável e pacífico. Que legal !

[Arcene] - Hã ?- Ah ! É-É ! Lá é bem legal mesmo ! Bom, eu vou me sentar agora !

[Professora] - Ora ! Por favor !

[Arcene] - Vejamos… Ei, garoto ariano !

Mason aponta para o próprio rosto.

[Arcene] - É, você mesmo ! Eu vou me sentar atrás de você, ok ?

[Professora] - Ótima escolha ! Mason, por favor, ensine a menina nova como funciona a escola.

[Mason] - E-Eu !?
[Nezumi] - E-Ele !?

[Professora] - Ora ! E quem seria melhor pra fazer isso ?

Arcene levanta a mão.

[Professora] - Sim...

[Arcene] - Na verdade, professora, eu gostaria de saber se posso pedir um tour pela escola. É que eu fico com medo de me perder. Hehehe.

[Professora] - Não vejo porquê não. Mason...

[Mason] - Ah, não ! Não mesmo !

[Professora] - Deixe des ser teimoso ! Vamos, ande logo !

[Mason] - Mas-
[Professora] - Já !!

[Mason] - Sigh.

Ele se levanta e leva Arcene para fora da sala.

[Mason] - Aqui é o corredor-

Arcene dá um soco no peito dele.

[Mason] - Que droga foi essa ?!

[Arcene] - Cê sabe o porquê ! Isso foi por me fazer agir que nem uma idiota !

[Mason] - Não precisa de muito pra fazer isso, não…

[Arcene] - . . . Tá tirando uma com a minha cara ?

[Mason] - Jamais.

[Arcene] - Eu tenho certeza de que- Não, eu não tô nem aí !

[Mason] - Hã ?

[Arcene] - Vamos logo, antes que eu perca a paciência.

Ela começa a andar rapidamente, batendo os pés no chão.

[Mason] - Perca a paciência, huh ?- P-Perai ! "Vamos" aonde ?!

Ele sai correndo atrás de Arcene.

[Mason] - E-Ei ! Espera aí, Arcene ! Aonde "nós" vamos ?!

[Arcene] - Sigh. Cê só finge que é idiota, né ? Isso é só um papel, né ?

[Mason] - Hã !?

[Arcene] - Como você é um retardado completo, e eu sou uma ótima pessoa, nós estamos indo treinar.

[Mason] - T-Treinar !?

[Arcene] - Não sei se já se viu em combate, mas você é um saco. Fora o fato de que nós PRECISAMOS treinar.

[Mason] - Por quê ?!

[Arcene] - Bom, ainda na animação de ter criado uma guilda, e saber que ia receber meu dinheiro de volta, eu acabei nos inscrevendo em uma pequena competiçãozinha.

[Mason] - . . . Não.

[Arcene] - Hã ?

[Mason] - Não.

[Arcene] - Não o quê ?

[Mason] - É isso, você é completamente perturbada !

[Arcene] - O quê ?!

[Mason] - Eu não vou ficar andando por aí que nem um idiota, só porque você manda eu fazer !

[Arcene] - Acho que não nos apresentamos direto. Ahem ! Prazer, Arcene, a garota que não aceita um não como resposta.

[Mason] - Vai se foder, você e esse seu "não aceito não como resposta" ! Eu tô cansado disso !

[Arcene] - Sigh. Deixa eu esclarecer as coisas…

Ela pega a pistola e encosta na barriga de Mason.

[Arcene] - Você VAI pra competição. VAI ganhar o prêmio. E VAI fazer tudo isso quietinho. Estamos claros ?

[Mason] - Quer saber ? Atira ! Vai lá, atira ! Quero ver se você tem mesmo coragem pra fazer iss-

Arcene atira na barriga dele. Mason põe a mão no ferimento e fica assustado com o ocorrido.

[Mason] - Ugh !!- Gah !!

Arcene segura ele pelo pescoço, encosta Mason na parede e o levanta.

[Arcene] - Vamos esclarecer mais uma coisinha aqui, ariano pivete. VOCÊ pode ser o mestre da guilda, mas EU é quem mando, entendeu ?

Mason concorda com a cabeça.

[Arcene] - Ótimo. Agora, vê se para de ser um bebê chorão. Esse tiro nem foi de verdade. Eu só usei alguns truques pra parecer que isso é sangue.

Ela solta Mason, que cai no chão.

[Mason] - V-Você é uma psicopata !

[Arcene] - Psicopata não ! Caçador de recompensas também tem sentimentos, sabia ?

Mason se levanta.

[Arcene] - Viu só ? Não é difícil se levantar e ficar quietin-

Mason dá um soco no rosto dela.

[Mason] - Você é uma vadia psicopata.

Ele começa a andar.

[Arcene] - . . . Você…

[Mason] - D-Droga ! Eu queria mostrar que sou eu quem mando, mas acho que deu merda !

[Arcene] - …tem razão.

[Mason] - . . . Hã ?

[Arcene] - Se eu agir mais calma com você, promete treinar e ficar mais forte ?

[Mason] - H-Hein !? A atitude dela mudou completamente ! Agora ela tá mais calma e... de certa forma... mais fofa... O que aconteceu ?  P-Prometo.

[Chronos] - Eu sabia ! É só levar um leve soco e você põe o rabo entre as per-

Arcene segura a mão direita de Mason com força.

[Arcene] - Quieto, passagem pra minha riqueza ! Minha promessa é com esse idio-- Ahem ! --ariano aqui ! Então, é melhor ficar quieto !

[Chronos] - H-Humana insolente ! Sorte sua de eu não estar com vontade de lhe matar !

[Arcene] - Sorte minha, huh ?

Ela solta a mão de Mason.

[Arcene] - Agora, pelo amor de Deus, vamos treinar logo !

[Mason] - M-Mas estamos em aula !

[Arcene] - Isso pode ser resolvido facinho, facinho.

Ela pega a pistola.

[Mason] - Ah, não ! Isso de novo não !

[Arcene] - Sigh. Frouxo.

Ela aponta a pistola para o braço e atira. Arcene cai no chão.

[Mason] - H-HÃ !?!!

Vários alunos começam a vir e se assustar com a cena.

[Aluno] - Gasp ! O que aconteceu aqui !?

[Aluna] - Alguém, chame uma ambulância !

[Maeon] - E-Eu… Eu juro que não tenho nada haver com isso !

[Professora] - Mason, o que aconteceu !?

[Mason] - E-Eu não-
[Arcene] - …Foi… uma outra pessoa… O senpai não… fez isso…

[Professora] - Arcene ! Oh, meu Deus ! Precisamos chamar uma ambulância, rápido !

[Arcene] - …Tudo… Tudo bem… Mason… pode me levar a um hospital… por… favor… ?

Ela se levanta com dificuldade e se apóia em Mason.

[Mason] - E-Eu… Tá, eu levo !

[Arcene] - …O… brigado…

Mason sai andando com ela. Minutos depois, no terraço da escola. Os dois estão sentados, conversando.

[Arcene] - Ufa ! Finalmente eu me livrei daquele povo chato.

[Mason] - M-Mas seu ombro ainda tá sangrando !

[Arcene] - O meu o quê ? Aaahhh ! Tranquilo, era bala de festim.

[Mason] - Tranquilo ? Tranquilo ?! Você podia ter se machucado !

[Arcene] - Cara, era só festim.

[Mason] - Você é perturbada mesmo ! Quem é idiota o suficiente pra atirar em si mesmo ?!

[Arcene]- Não sei nem do que tá reclamando, eu ainda dei crédito pra você ! Agora as garotas te acham valente e corajoso, o que você não é !

[Mason] - Quer saber ?! Esquece ! Só fala logo o que você quer.

[Arcene] - Sigh. Você é um pé no saco. Toma.

Ela entrega um papel para Mason.

[Mason] - O que é isso ?

[Arcene] - Lê que você descobre.

[Mason] - Você é muito otária.

[Arcene] - É, eu sei. Agora, pode ir lendo, enquanto eu vou alí rapidinho.

Ela se levanta e vai para trás de um ar condicionado.

[Mason] - Estranha… Bom- Ahem ! "Classe da missão: C. Descrição: Socorro ! Nós preparamos um ótimo carregamento de ferro para o reino de Vaati, mas não podemos o mandar porque a mina se encheu de Rastreadores. Precisamos de guerreiros aptos ao serviço. Assinado: Minerador chefe de Vahlik."

[Arcene] - Hmm… Então essa é a missão, huh ? Parece fácil !

[Mason] - Tá brincando, né ? Têm Rastreadores lá dentro ! Nem fodendo que a gente vai lá !

[Chronos] - Com medo de simples Rastreadores ?

[Mason] - Você quieto é um poeta, Chronos !

[Chronos] - Ora, seu-
[Arcene] - Quieto, mão falante !

[Chronos] - Sorte a sua eu estar de bom humor.

[Arcene] - Enfim…

Ela volta até Mason, vestindo uma camiseta preta, uma jaqueta vermelho carmesim aberta, uma saia preta e um par de sapatos também pretos.

[Mason] - Que isso ?

[Arcene] - Roupa de caçadora de recompensas. Por quê ? Tem algum problema com a minha vestimenta ?!

[Mason] - N-Não, senhora !

[Arcene] - Ótimo. Agora, vamos andando ! Temos que passar em um amigo meu. Preciso repôr meu estoque de munição, e ele vai dar uma olhada nessa coisa na sua mão aí.

[Mason] - Hein !? S-Se você conhecia alguém que sabe sobre o Chronos, então por que não falou logo de uma vez ?! Isso poderia ter evitado muitas coisas ! Uma delas é essa guilda estúpida !

[Arcene] - . . . Eu esqueci.

[Mason] - Tá brincando…

[Arcene] - Vamos embora logo.

Ela vai até a ponta do terraço e começa a analisar alguma coisa.

[Mason] - Você não vai fazer o que eu tô pensando que você vai fazer, né ?

Arcene encara ele por alguns segundos e depois pula do terraço. Mason corre até a borda. Arcene está bem, segura e no chão.

[Mason] - C-Como !?

[Arcene] - Eu desci, agora é a sua vez. Ah ! Se vira pra me achar depois. Você é muito lento, sabe.

Ela sai andando.

[Mason] - H-Hã !? Ela não vai…

[Chronos] - Ela vai...

[Mason] - Droga ! Por que ela é tão idiota assim ?!

Ele sai correndo por uma porta. Enquanto isso, em cima da porta que Mason acabou de passar por. Nezumi está agachada.

[Nezumi] - O que tá acontecendo ? Eu sabia que aquelas vozes não eram coisa da minha cabeça… O Mason tá agindo muito estranho, fora o fato de que aquela garota ruiva ainda tá aqui… Não deu pra ouvir a conversa deles direito, mas eu ouvi alguma coisa sobre guilda. Quem chamaria o Mason ? Ele não tem magia, e isso é o mais importante pras guildas… Preciso investigar…

Ela sai correndo pela mesma porta que Mason. Algum tempo depois. Mason chega na porta de uma loja de antiguidades.

[Mason] - Huff Huff Huff ! Cara... eu juro que…se ela não entrou aqui… eu dou meia volta e… esqueço de tudo…

Ele se recompõe e entra na loja. Ao passar pela porta, um pequeno sino toca.

[Mason] - Chique, não vou mentir.

Dentro da loja, há vários objetos velhos como vasos, pedras brilhantes, robes meio rasgados e pedaços de pedra com escritas ilegíveis. Mason começa a vagar pela loja, olhando tudo.

[Mason] - Aqui tem muita coisa velha… É, esquece. Nunca que aquela psicopata ia vir pra cá.

[Chronos] - Finalmente concordamos em algo, humano.

[Mason] - Vamos embora. Eu tô começando a ficar com fome, e não vai ser aqui que eu vou encontrar comida.

[???] - Perdão ?

[Mason] - Hã !?

Ele se vira. Um jovem de cabelo curto preto, até as orelhas, olhos vermelhos, olhar sereno, pele clara, vestindo um robe verde com pedras vermelhas nas mangas e botões, um par de botas marrons e com uma bolsa pendurada de lado no pescoço aparece atrás de Mason. Ao ver o jovem, ele se assusta e esbarra em um jarro.

[Mason] -D-Droga !

O jovem rapidamente pega o jarro e o põe no lugar.

[Mason] - Woah… Cara, bons reflexos.

[Jovem] - Perdão, mas creio que deveria estar mais preocupado com o meu jarro do que com meus reflexos.

[Mason] - A-Ah, é ! Foi mal ! Hehehe !

[Jovem] - Tudo bem. Gostaria de dizer que isso acontece com frequência, mas ninguém fora do comum frequenta essa loja a um bom tempo.

Mason fala com sigo mesmo.

[Mason] - -Então ela não veio aqui, huh.-

[Jovem] - Não sei se percebeu, mas está em uma loja quieta. Posso ouvir tudo o que diz.

[Mason] - É-É mesmo ! Hehehe… Então… Uhhh...

[Jovem] - Sigh. Você pode se considerar um cara de sorte.

[Mason] - Hã ?

[Jovem] - Meu nome é Bastiel. Sou o dono desta loja de antiguidades em que reside no momento.

[Mason] - …Tá… ?

[Bastiel] - Creio que você não tenha entrado aqui por acaso, não é ?

[Mason] - B-Bom, não ! Eu vim procurando uma conhecida minha.

[Bastiel] - E é exatamente por isso que pode se considerar uma pessoa de sorte, Mason Tyrant.

[Mason] - Não creio que conhecer ela foi muita sorte, mas- Espera aí… Como sabe meu nome ?!

Bastiel pega um livro e começa a foleá-lo.

[Bastiel] - Onde está… Onde está… Aqui. "Às dez e quarenta da manhã Mason Tyrant entrou pela porta de minha loja. Às dez e quarenta e um ele esbarra em um jarro. O mesmo se quebra."

[Mason] - Mas o jarro não quebrou...

[Bastiel] - Exatamente.

Ele fecha o livro e o guarda na bolsa.

[Mason] - Só um segundo aí ! C-C-Como é que você sabia que essas coisas iriam acontecer !?

[Bastiel] - Esse, meu caro convidado, é o poder de minha Mirai no Kyū.

[Mason] - Mirai no… Kyū ?

Nota: Mirai no Kyū = Esfera do Futuro.

[Bastiel] - Tão simples quanto.

[Mason] - Não entendi.

[Bastiel] - Observe...

Ele pega o livro novamente.

[Bastiel] - Ahem ! "Às onze e dois um raio acerta a cabeça de Mason."

[Mason] - Tá, legal. Eu tô dentro de uma loja, e aquele relógio ali tá dizendo que falta quinze segundos pra dar onde e dois. Se eu não sair da loja, não tem como um raio me-

Um raio acerta Mason. Ele fica chocado ao ver que Bastiel estava certo.

[Mason] - C-C-C-C-COMO !?!!

[Bastiel] - Oh ! Então foi aí que você foi parar, Nimbus. Volte para seu pote, criatura travessa.

Uma nuvem negra que estava acima de Mason sai da sala.

[Mason] - M-Mas, hein !?

[Bastiel] - Ótimo. Agora que estamos apresentados, vamos ao que realmente interessa. Venha.

Ele vai até uma porta, atrás do balcão da loja. Mason o acompanha. Depois, os dois começam a descer uma escada caracol de pedra para baixo iluminada por tochas na parede.

[Mason] - É melhor esse cara não tentar nenhuma gracinha !

Segundos depois. Os dois saem em uma sala repleta de estantes cheias de livros de todas as cores, tamanhos e grossuras.

[Mason] - Woah… Cara, aqui é…

[Bastiel] - A verdadeira Biblioteca de Alexandria-
[Mason] - …um saco !

[Bastiel] - Como ?!

[Mason] - Olha, não me leva a mal não, mas eu odeio ler. Claro, eu li pra cacete quando queria ir pra Rising Doom, mas foi só pra entrar na guilda. Agora que eles não me querem, eu não preciso mais ler não

A feição de Bastiel muda. Agora, em vez de sereno, ele parece irado.

[Bastiel] - Ora, seu ! Não ouse insultar qualquer um desses livros !

[Mason] - C-Calma aí ! Foi mal, mano !

Bastiel volta ao seu olhar sereno e calmo.

[Bastiel] - Humpf ! Não é como se isso fosse culpa sua. Algumas pessoas realmente não nasceram para apreciar a cultura que os livros têm a oferecer. Agora, onde estávamos ?

[Mason] - Na real, eu não faço ideia.

[Bastiel] - Não ? Arcene não lhe mandou aqui ?

[Mason] - Você nem falou dela no começo !

[Bastiel] - Oh ! Perdoe-me, então. Caso não esteja a par do que está acontecendo, eu lhe explicarei.

[Mason] - Finalmente !

[Bastiel] - Eu sou o que é conhecido como "faz tudo".

[Mason] - Hã ?

[Bastiel] - Minha função é exercer todas as funções. Sou um pouco de cada coisa. Um pouco de mago, cavaleiro, sacerdote, necromante, mercador, atirador...

Ele começa a listar muitas coisas.

[Mason] - E-Espera aí ! Minha cabeça tá começando a rodar !

[Bastiel] - Enfim. Estou aqui para estudar sobre sua Kyū, Mason Tyrant. E, claro, lhe ensinar o básico sobre combate.

[Mason] - Deixa eu adivinhar, isso tudo é obra daquela psicopata, né ?

[Bastiel] - Afirmativo. Mas torno a repetir: você tem sorte de conhecê-la.

[Mason] - Cara, eu não diria sorte. Tá mais pra azar.

[Bastiel] - Não. É sorte mesmo. Se não fosse sorte, nem iria saber da existência dela, já que você estaria abaixo de sete palmos agora.

[Mason] - Eeekkk !!

[Bastiel] - Não se preocupe, se ainda não morreu, é porque ela tem planos para você. Sejam eles ruins, ou bons, é claro.

[Mason] - Não tá ajudando…

[Bastiel] - Bom, vamos ao que importa. Sente-se.

[Mason] - Sentar ? On-

Bastiel estala os dedos. Uma cadeira é arrastada até atrás de Mason, que se desequilíbra e cai sentado.

[Mason] - Woah… Como ?!

[Bastiel] - A Biblioteca de Alexandria não é um lugar qualquer, Mason.

[Chronos] - Humano, este outro ser de sua espécie tem razão. Consigo sentir a magia exalando a cada centímetro deste local.

[Bastiel] - Uhm ? O que temos aqui ?

[Mason] - Ah ! Esse aqui é o Chronos. Ele é meio que um bônus que veio junto com a pedra que eu quebrei.

[Bastiel] - Uma Esfera com um ser dentro ? Hmm… Seu caso é mais interessante do que eu pensei.

[Mason] - Uma pergunta. O que são essas esferas ? Tipo, eu tenho uma, mas é por acidente.

[Bastiel] - Hmm… Tudo bem. Acho que há tempo para isso. Enquanto eu estou examinando sua Kyū, irei lhe contar a história.

[Mason] - …O… k… ?

[Chronos] - Não ! Eu não autorizo qualquer outro humano encostar em mim !

[Mason] - Aww~ Você se reserva pra mim ?

[Chronos] - Ora, sua raça desgraçada ! Não ouse por palavras em minha boca !

[Bastiel] - Creio que não tenha muita escolha.

Ele estala os dedos. A cadeira em que Mason está sentado se deita. Uma luz vermelha começa a iluminar a mão direita de Mason. Bastiel chega perto e começa a mexer na mão de Mason.

[Bastiel] - Kyūs, o que são e qual sua história ? Bom-
[Mason] - Por favor, encurta.

[Bastiel] - Sigh. Certas pessoas não apreciam as belezas que são ler e ouvir histórias. Enfim… A lenda das Kyūs é antiga e bem enigmática. Ao certo, não se sabe muito sobre elas. Lendas dizem que um antigo mago criou várias esferas que garantiam poderes únicos as pessoas. O problema é, tais esferas, por conterem um grande poder particular em si, corromperam a mente humana, transformando uma raça que se dizia superior em uma raça cega por poder. Muitas guerras, conflitos, confusões e derramamento de sangue aconteceram por causa delas. Ao todo, não se sabem quantas são, mas se sabe o perigo que elas oferecem.

[Mason] - . . . Hã ?

[Bastiel] - O quê ?

[Mason] - Olha, sem querer duvidar da vossa inteligência aí, mas o Chronos não me parece tão perigoso assim não…

[Chronos] - Grr ! Humano insolente ! Sabe o quão temido eu fui antes de ficar preso a esta maldita esfera ?! Não existia coisa que não tremia ao meu olhar ! Alguns de meus inimigos até morriam só de ouvir meu nome !

[Mason] - Sei...

[Chronos] - Ora, seu ! Pra mim já chega ! Você, humano mais educado que ele, me tire daqui ! Mostrarei ao mundo novamente todo o meu poder !

[Bastiel] - Creio que isso não será possível.

[Chronos] - Como ?

[Bastiel] - Eu sinto um grande lacre mágico prendendo você a Mason.

[Mason] - H-Hã !?

[Chronos] - Não, você está mentindo ! Isto não pode ser verdade !

Bastiel se espanta quando lê algo em seu livro.

[Bastiel] - N-Não é possível !

[Mason] - O-O quê ?! Eu tô doente ?!

[Bastiel] - Não ! Este é o menor dos problemas, no momento !

[Mason] - Então, o que foi ?!

[Bastiel] - Este lacre não consta em nenhum lugar do meu livro !

[Mason] - . . . Tanto drama pra nada ?

[Bastiel] - Você não entende mesmo, não é ?! Meu livro possuí as magias mais poderosas e proibidas já inventadas neste mundo !

[Mason] - Woah… Que legal !

[Bastiel] - Isso não é legal ! Significa que, se este lacre não consta no meu livro, isso significa que não é uma magia conhecia por alguém !

Ele pega a mão de Mason desesperadamente.

[Bastiel] - Chronos, por favor, me conte ! Como você foi colocado aí dentro ?! Que tipo de feitiço usaram, e quem o praticou ?!

[Mason] - E-Ei ! Calma aí, cara ! Essa mão ainda é minha ! E você tá quase arrancando ela fora !

[Chronos] - . . .

[Bastiel] - Por favor, conte-me !

[Mason] - Que estranho... Normalmente o Chronos estaria xingando ele de idiota, raça inferior ou alguma coisa desse tipo... Por que ele tá tão quieto ?

[Bastiel] - Ei ! Está aí, não está ?! Me conte !

[Chronos] - . . . Jamais. Esta conversa termina aqui.

[Bastiel] - Ei !!

Ele começa a balançar a mão de Mason mais forte.

[Mason] - E-Ei ! Qual é a sua ?! Isso tá doendo !

Bastiel para.

[Bastiel] - Ahem ! Perdoe minha falta de educação. O problema é, quando vejo uma magia que não conheço, preciso aprendê-la imediatamente.

[Mason] - Uhhh… Bem estranho, não vou mentir…

[Bastiel] - Onde estávamos ? Oh, claro. Sua Kyū, não é ?

[Mason] - Acho que… sim… ?

[Bastiel] - Bom, pelo tempo que ficou aqui, eu pude ter uma noção. Sua Kyū é-

Ele é interrompido por um alto alarme que começa a tocar.

[Mason] - O-O que é isso !?

[Bastiel] - Alguém está entrando na biblioteca sem minha permissão !

[Mason] - U-Um inimigo !?

[Bastiel] - Creio que sim.

Ele pega um livro de sua bolsa.

[Bastiel] - Fique atento. Não deixe com que ele machuque qualquer livro daqui.

[Mason] - Beleza ! Heh, finalmente eu vou poder bater em alguma coisa. First Impact !

Passos podem ser ouvidos, descendo as escadas de pedra.

[Bastiel] - Aí vem ele.

[Mason] - Vamos nessa !


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