O Fim da Inocência escrita por Janus


Capítulo 11
Capítulo 11




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Avaliou mais uma vez a lista que tinha recebido pela comunicação do visor e comparou com os pedidos. Mesmo com o pouco tempo que Rita teve disponível ela tinha efetuado a compra dos insumos.

Despediu-se de Rita e desligou o visor, recostando-se melhor na sua cama. Olhou para as camas arrumadas de suas irmãs e forçou-se a sorrir. Não fosse por seu pai, naquela semana os vendedores ambulantes não teriam o fornecimento semanal. Ela mal se lembrara daquilo, e francamente não estava com a mente sã o suficiente para fazê-lo.

Mas seus pais como sempre lhe ensinavam sobre a vida. O gado de uma fazenda não quer saber que o filho do fazendeiro morreu na véspera, alguém terá de ordenhá-lo. Assim como alguém precisa alimentar as galinhas de uma granja. Ou, nesse caso, pegar os pedidos dos vendedores e passar a lista para Rita comprar o material. Seu pai a lembrou disto perto do fim da tarde, logo depois de contar que Anne iria melhorar.

Não fosse por isso, não ia nem passar perto do megaparque. Bom, iriam receber tudo no dia seguinte, e seguiriam a rotina de pegar o quarto de hospedes para fazerem os salgados. Talvez já fosse hora de contratar um serviço de pedidos comercial.

Não... Joynah não estava muito interessada naquilo. Ainda preferia o jeito “caseiro” de fazer, limitando a quantidade de clientes a cento e doze. Cento e doze vendedores que deixavam todo o resto morrendo de inveja. Até já tinham recebido algumas “ameaças” dos que não as tinham conhecido a tempo.

Saiu de seu quarto e parou no corredor, observando a sala de estar abaixo. Cruzou os braços por sobre o corrimão e deitou a cabeça sobre eles. Sentia-se preguiçosa no momento. Marina estava vendo holovisão e seus pais estavam fora ainda. Joynah provavelmente estava no escritório conversando com Herochi com o seu visor. Pelo menos não estavam mais presas na casa de Rita.

Que bela bagunça fizeram por lá... e acabaram com o estoque de comida também.

- Marina – chamou ela sem vontade – vamos fazer nossos quitutes amanhã.

- Esta brincando! – disse ela pulando do sofá e olhando para cima, direto em seus olhos – eu já tinha um compromisso!

- Como assim compromisso? Fazemos isso todas as segundas.

- Mas pensei que não íamos fazer desta vez. Minha saída normal de domingo eu ia fazer amanhã...

- Que saída? – ela devolveu a encarada nos olhos e sorriu. Desde que os treinamentos aos sábados tinham terminado que ela começou a sair no domingo no inicio da noite, e voltava tarde. Quase sempre com alguns machucados. Devia estar treinando escondida em algum lugar. Nas vezes em que sua mãe as treinava já tinha notado que estava apanhando muito dela.

- É particular – ela cruzou os braços e ficou emburrada.

- Não me interessa se você está namorando escondido como a Joynah fez – ela tinha levantado a cabeça de sobre os braços cruzados – ambas somos sócias da nossa pequena empresa... se você tirar o seu cristal fora amanhã, vou pedir para o papai te achar...

Ela não retrucou, apenas lhe mostrou a língua e sentou-se novamente, procurando por algum programa no aparelho de holovisão. Já satisfeita por ter perturbado a caçula, Allete tinha começado a se afastar quando ouviu o noticiário onde Marina tinha posto o aparelho.

“- ...ernada por aproximadamente quatro horas, sem maiores explicações sobre o motivo. Segundo algumas noticias fornecidas pelos funcionários do hospital, a jovem sailor desfaleceu enquanto estava com a doutora Kurame Amy, a mesma médica que operou a sailor Titã no dia de ontem...”

Ela apoiou-se no corrimão e pulou para a sala de estar, pousando ao lado do sofá onde uma assustada Marina olhou para ela. Realmente sua mãe estava certa. Quanto mais treinasse sem se transformar, mais o seu corpo iria se desenvolver. Mas até então não tinha testado isso.

A imagem holográfica mostrava a face de sua irmã, mas transformada em sailor Terra. Ninguém tinha lhe contado que ela tinha ficado internada naquele domingo.

Ficou prestando atenção ao noticiário junto com Marina, mas nada mais falaram do assunto. Talvez fosse melhor ter informações diretas na fonte.

Sem dizer nada, foi em direção as escadas, dando as costas para a holovisão.

- Onde vai?

- Onde acha? Falar com Joynah.

Subiu as escadas e ouviu o som que Marina fez nelas logo depois, seguindo-a. Elas passaram pelo quarto de hospedes e na próxima porta entraram. Joynah estava lá no escritório, sentada no assento estofado com as pernas em cima da escrivaninha. Ela estava usando seu visor de sailor.

- Claro que estou bem – falava ela – só senti fome, mas valeu a pena.

- Joynah – começou Marina – você ficou internada no hospital?

O timbre alto da voz dela mais a surpresa quase a fizeram cair de costas.

- Que susto – ralhou ela – amor, me da um minutinho. O que você quer saber?

- Ouvimos que você ficou internada hoje. O que aconteceu?

- Ah... olha mana... encurtando muito a historia, a dona Amy usou meu sangue para fazer soro para Anne. Ela me disse que funcionou muito bem.

- Ficou internada por isso? – quis saber Allete.

- Na verdade eu desmaiei quando ela retirava sangue. Mas foi só um susto. Ninguém te contou? A mamãe foi me buscar lá.

- Não.. mas ela não veio para casa ainda.

- Ela esta em reunião com a rainha e a mãe da Rita, coisa de inner senshi – ela fez um sorriso de zombeteira – só isso. Agora se não quiserem mais nada comigo, quero agendar com meu namorado a data do noivado.

Um pouco irritadas as duas a deixaram sozinha no escritório, mas antes de sair Allete lembrou-se de que tinha algo a dizer.

- A Rita fez as compras, vai chegar tudo amanhã. E veja se desta vez você não inventa nada novo!

- Legal mana – disse ela – hum... essa daí não é minha camisa?

- É sim... – ela pegou a camiseta com os dedos e puxou um pouco na gola – serve direitinho agora.

Joynah já tinha tirado o visor do modo de espera, mas estava observando Allete e Marina – que tinha ficado esperando a irmã ruiva na porta – atentamente.

- Nossa! – exclamou ela – nós três estamos praticamente com o mesmo manequim! Nossa única diferença é o busto.

- E os três centímetros a mais que você tem de altura – Allete sorriu, imaginando o porque dela comentar aquilo.

- Vamos gastar tudo em roupas semana que vem?

Allete olhou para Marina e ambas sorriram

- Com certeza! – disseram ambas.

Todas riram levemente e depois cada uma voltou ao que fazia antes. Allete preferiu tomar um banho antes de dormir.

 

-x-

 

A porta foi aberta com certa fúria, não o suficiente para que esta batesse na parede oposta, mas era evidente que quem entrava no porão estava alterado.

Olhou para as três figuras ali que observavam uma grande esfera de cristal flutuando no centro da sala, logo acima de um aparelho de tampo circular onde densas luzes coloridas o iluminavam. Fechou os seus olhos felinos e rosnou levemente, aguardando que eles começassem a falar.

Mas nada tinha sido dito. Na verdade ele ouviu um leve suspiro de desprezo vindo de Prismey, e mais nada.

- Não vão me criticar por ter fracassado? – urrou ele com fúria. Sabia que seria criticado, e só por isso não se apressou para chegar a nova base que tinham. Tinha tanta certeza de que iriam humilhá-lo que no caminho ficou imaginando  todos os insultos que iria receber, de forma que agora estava com sua raiva bem elevada.

- Não vale a pena – respondeu o hermeniano digitando em um teclado virtual – nem mesmo estamos incomodados pelo fato de você ter fracassado em pegar o broche.

Semicerrou os olhos e observou os três atentamente. Prismey e Hefesto observavam o globo incompleto de cristal flutuando, ao passo que Jother concentrava-se em digitar no teclado e observar o monitor holográfico. Sobre a mesa vários cristais de cores diferentes e de formato prismatico repousavam.

- Mas estão incomodados com algo. É porque matei a menina?

Dos três, apenas Prismey olhou em sua direção, e havia uma ameaçadora expressão em seu rosto. Era tão ameaçadora que ele retesou os sues músculos e se preparou para lutar por sua vida.

- Só não arranco sua cabeça porque ela sobreviveu – disse ela em voz baixa, quase sussurrando.

- Preocupada em não conseguir sua vingança? – ele sorriu mostrando os caninos brancos – sei que a considera responsável por tudo o que houve.

Ela apenas bufou antes de responder segundos depois.

- Vingança contra uma criança, é o que você pensa... – maneou a cabeça – ela tem o conhecimento de Neya. É mais do que suficiente para derrotar você e Jother, especialmente com aquele escudo de defesa - Mas você está certo em um ponto: Eu quero ter o prazer de matá-la. Mas não vou ficar triste se ela morrer por outras mãos.

- Então porque iria arrancar minha cabeça se ela tivesse morrido?

- Vamos precisar dela – murmurou Hefesto ainda com os braços cruzados e observando o globo de cristal – dela e da jovem venusiana.

- Pensei que precisávamos só do cristal – respondeu ele confuso. Não tinham lhe contado tudo então? O enviaram em uma missão de obter o cristal sem informar tudo o que iriam precisar?

- Eu disse que o cristal daqueles broches poderia nos ajudar – interveio Jother na conversa – mas não era garantido. Capturar essas duas ilesas seria nosso plano secundário. E mesmo assim preciso avaliar se o poder delas seria o bastante. Aquele poder da venusiana que causou toda a devastação na nossa antiga base pode muito bem fundir o globo de cristal de Kaos. Mas ainda assim precisa ser amplificado. É por isso que precisamos das duas – olhou diretamente em seus olhos felinos – Titã pode amplificar o poder de suas companheiras. Se ela tivesse morrido seria inútil pegar a jovem loira.

- Me desculpe se não fiquei bancando o bisbilhoteiro e observando a vida íntima de todos eles – disse com desprezo.

- Se tivesse feito isso, iria melhor preparado na sua missão. Aposto que foi a malviana que o descobriu, não foi?

Ele apenas grunhiu uma resposta ininteligível.

- Falando em malvianos, onde está Kirratur?

- Identificando um bom lugar para testarmos nossos futuros soldados – Primsey sorriu levemente – Jother conseguiu unir os cristais de youma que ele pegou naquele museu com os poucos zangões que foram salvos.

Olhou para baixo, para o piso que era mantido limpo com a ajuda de pequenos robôs de limpeza que tinham roubado de algumas lojas da cidade alguns meses antes. Perderem cento e cinqüenta bilhões de zangões. Cento e cinqüenta bilhões! Um exercito suficiente para conquistar dezenas de planetas destruído por algumas crianças.

- Já que por enquanto não querem fazer nada contra as sailors, eu gostaria de pelo menos descarregar parte da raiva naquela joviana que estava com elas na base.

Três pares de olhos fixaram-se na sua direção, deixando-o de sobreaviso.

- Nem sabe o nome dela, não é mesmo?

- E você sabe, Prismey?

- Maya – respondeu sorrindo – Mora em uma fazenda em um pais de outro continente. Tem dois irmãos e é filha mestiça de um joviano e uma plutoniana. Na verdade é aquela fazenda onde você pegou os cristais alguns anos atrás.

Ele rosnou novamente, desta vez com um misto de vergonha e raiva.

- O que fazemos agora? – questionou ele desistindo de tomar qualquer iniciativa.

- O que você mais detesta – tornou Hefesto – esperar. Não temos meios ainda de pegar o pedaço de cristal que falta de dentro do castelo.  Mas se estes soldados novos que Jother está criando forem tudo o que os testes indicam, vamos poder deixar os defensores deste reino muito ocupados.

- Preciso fazer uns testes de campo para avaliar – Jother o olhou de forma séria - Só temos dezesseis cristais. Provavelmente iremos perder alguns em testes. Acredito ser melhor testarmos o primeiro com uma sailor experiente, que não costume ficar no castelo e nem esteja atarefada diretamente com a situação de Titã. Seria bom ela enfrentar nossa criatura sozinha.

- Júpiter ou Marte – respondeu Primsey – Mercúrio não vai sair do lado de Titã, assim como as mães desta. Saturno provavelmente também irá ficar próxima dela. Plutão e Vênus costumam ir ao castelo com freqüência – ela sorriu de forma malévola – Marte... acho que é uma boa escolha. Vamos chamar aquele gato vira-lata e pedir para localizar um bom local para encurralarmos a sailor do planeta vermelho.

Djogor não se incomodou com o resto da conversa. Sem dizer nada ele saiu do porão e subiu para o cômodo superior. Pelo menos agora estava limpo e arrumado. Não era mais uma casa abandonada como antes. Como ficaram sem sua base, tiverem que arrumar outro local para isso, e nada melhor que aquele que utilizaram como base avançada por todos aqueles anos.

Certo, precisaram fazer uma faxina ali e também obter alguns itens mínimos de conforto - fruto de roubos diversos de lojas da cidade – mas pelo menos era possível ficar ali com mais tranqüilidade.

Sentou-se no chão do que antes tinha sido uma grande sala de estar e observou os poucos moveis e utensílios dali. Talvez fosse bom comer alguma coisa, sentia um pouco de fome. De certa forma sentia falta de caçar sua comida como fazia antes, mas não podia negar o conforto de abrir uma geladeira e pegar um pedaço de carne a qualquer momento para se saciar.

Rosnou involuntariamente. A raiva e a ira por ter sido derrotado meses atrás surgiu dentro dele repentinamente. Acontecia de vez em quando. Era natural de sua raça emoções aflorarem junto com lembranças.

A vantagem que tinham se tornou desvantagem. Não tinham mais seu exercito, nem sua base. E alem da rainha havia outra pessoa de igual poder no planeta. Sem contar que Lorehei fora morta, provavelmente por uma das crianças.

Modul estava morto também. Cortesia de Sohar. Agora estavam em quatro. Nem tinham mais a vantagem dos defensores do planeta não saberem que havia mais um entre os seus inimigos. Sailor Saturno imaginava inicialmente que apenas seis dele estavam ali. Mas eram sete com Jother. Ele era o coringa escondido deles. Mas ele foi descoberto no palácio pelo seu compatriota.

Dois deles foram mortos.

Apertou os lábios e lembrou-se novamente do que tinha acontecido quando tentou roubar o broche da criança. Nem a tinha visto ali. Atingi-la violentamente daquela forma tinha sido uma total surpresa. Surpresa maior foi quase ser morto pela malviana transformada em sailor e pela neta de Hefesto. Fora prudente em se esquivar e fugir diretamente deixando-as preocupadas com a companheira ferida. Tinha certeza de que ela iria morrer – se já não estava morta. Impressionante ela ter sobrevivido.

Apesar de ser um completo tédio para ele, talvez devesse mesmo fazer como os outros, usar a capacidade que tinham de acessar as imagens das diversas câmeras de vigilância da cidade e observar de perto seus oponentes. Mas a esmagadora maioria das vezes só via coisas inúteis! Crianças na escola, passeios, compras, aquelas meninas fazendo comida, ou aquela venusiana procurando por um par a cada esquina – e conseguindo!

 Não, ele não conseguiria ficar quieto observando isso.

Deitou-se no piso da sala e ficou olhando o teto, mas com seus sentidos atentos para qualquer movimento próximo.

Estava imaginando se valia a pena obter a sua semente estelar agora. Considerando tudo o que perderam, o preço já tinha sido alto. Enquanto estiveram agindo as ocultas tudo foi perfeito. Quando tiveram de encarar o inimigo de frente perceberam com quem estavam lidando.

Se uma criança tinha sido capaz de derrotar Lorehei, Prismey tinha razão em se preocupar com a albina. Seja como for, não iriam fazer nada de forma direta no momento. Sua incursão para obter o cristal fora a primeira em meses, e quase morreu na tentativa.

Pelo menos ainda tinham alguns trunfos. Faltava apenas um pequeno pedaço do cristal para este ficar completo. E quando estivesse terminado... ficariam livres!

 

-x-

 

Hum... estou cansada agora... sinto a cabeça pesada. Esquisito... minha cabeça está no travesseiro... como posso senti-la pesada? Pelo menos, os cavalos pararam de sambar e parece que agora estão em uma tranqüila valsa. Ainda bem... já não agüentava mais aquelas marteladas na cabeça.

- hungh...

Ora... eu soltei um som? Abro os olhos e percebo, para minha alegria, que aquela coisa não está mais na minha boca. Eu posso falar!!!! Bom, quer dizer, eu poderei falar assim que descobrir porque minha língua parece uma bexiga inchada. Dá para ver o quarto direito agora. Hum... quem deixou estas flores ai? Petunias... adoro elas... tão bonitas... quantas são? Sete? Dez? O que importa? Alguém me mandou flores, e isso já me deixa satisfeita.

Epa! Flores em uma unidade intensiva? Quem foi o imbecil que permitiu isso? Movo a cabeça – oba!!! Posso mexer ela de novo – tentando encontrar alguém ali. E encontro... puxa... minha maninha Saturno... deitada no sofá-cama dos acompanhantes de quarto. Deve ter ficado a noite inteira acordada, pois está dormindo tão gostoso... tão gostoso que nem se incomoda dos raios de Sol já estarem em sua cara...

Raios... de... Sol...? De onde veio esta janela? Ora... eu não estou mais na terapia intensiva, estou em um quarto normal. Hum... devo estar bem melhor agora. Será que, finalmente... Eu consegui!!!! Consegui levantar minha mão. Não estou mais presa. Ai!!! Que bom!!! Agora posso parar de usar esse piniquinho. Bom... pelo menos, eu posso tentar.

- Ho... Hota...

Que coisa! Eu não tenho fôlego. Não consigo chamar ela. Ai, ai... o jeito é relaxar um pouco mais, e esperar que ela acorde. Bom, agora que posso me mover de novo, deixa eu ver se consigo ficar em uma posição mais confortável. AI!!! Do lado direito não dá... hum... é... dá para ficar virada para o lado esquerdo. Puxa... que alívio! Detesto dormir com as costas na cama. Detesto mesmo. Até mais tarde... maninha Saturno...


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