Filho, Meu Filho escrita por unalternagi


Capítulo 10
Capítulo X. Eu nunca iria correr para longe de você


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente!

Chego hoje com o último capítulo dessa história que, apesar de conturbada, eu adorei desenvolver. O baixo lado dela não foi feito em uma separação da Bella e do Edward, mas sim na tentativa constante dos dois de se encontrarem.

Espero que gostem de como escolhi finalizar essa história, muito obrigada a todxs que comentaram e acompanharam.

Boa leitura!



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Capítulo X. Eu nunca iria correr para longe de você

Entre o depoimento que Riley deu em frente ao juiz sobre sua vida com seus pais e seus sentimentos por Rosalie, até ter que escutar tudo na íntegra do que realmente escutou na cabana que ficava escondida no meio da floresta de Forks, Edward sentiu seus dias pesados e o cansaço tomarem-lhe por completo em cada singular minuto que ele passou sentado na cadeira acolchoada da sala de audiência do Tribunal do Condado de Clallam.

Então Rosalie foi perguntada sobre sua real intenção em relação à Riley e Edward sentiu seu coração parar por alguns minutos.

—Meritíssimo, eu não preciso de tempo – ele escutou Rosalie dizer e, a falta do olhar dela em direção a ele, ou Isabella, fez os pelos do corpo de Edward se arrepiarem – Pelos últimos anos Isabella e Edward Cullen nutriram, amaram, cuidaram e se doaram para Riley. Eu não sou a mãe dele, fui a barriga que o gerou, mas os únicos pais dessa criança são Isabella e Edward Cullen – a mulher disse claramente – Meu advogado entrou com a cessão de direitos no processo da guarda dele. Eu já abdiquei de tudo e passei para o casal Cullen, de plena e espontânea vontade com todo o amor que nutro por eles e pelo filho deles – Rosalie falou certa daquilo e sorriu em direção a Edward e Bella quando acabou de dizer tudo, aquecendo o coração do médico que, por todo o discurso dela, manteve-se forte para não se debulhar em lágrimas, mas naquele momento não foi forte o bastante, nem quis ser.

Bella o abraçou, dividindo a emoção e lágrimas com ele.

Quando Royce e a senhora Hale foram condenados a, mais do que anos presos, mas também pagarem uma gorda multa por danos morais para Isabella, Rosalie e até Alice, Edward sentiu seu coração se tranquilizar, mas a paz só o alcançou de fato quando viu, no final do julgamento, as três se abraçarem na antessala.

Alice não demorou em sair daquela cidade. Dois dias depois do julgamento, Bella e Edward foram se despedir dela e de Jasper na pousada em que eles estavam ficando.

—Obrigada por me deixar vir – Bella disse quando Alice se levantou no hall da pousada.

A herdeira dos Brandon sorriu docemente, assentindo.

—Obrigada por querer vir – ela respondeu.

Edward abraçou Jasper prometendo manterem contato e o surfista fez o mesmo com Bella.

—Deixe-me saber como acontece o tratamento dela, por favor – Bella pediu e Jasper concordou com ela.

Edward assistiu o carro dos Brandon se afastar e, surpreso, sentiu Isabella se afundando em seu peito, chorando alto por um tempo.

—Ela vai ficar bem? – ela pediu com a voz abafada.

—Jasper vai cuidar dela, amor – Edward disse o que poderia garantir.

Porque a condição de Alice era sensível. Ela ainda mudava muito de uma personalidade para a outra e tinha o novo trauma de passar dias torturando um homem, por mais nojento que ele fosse, e a mulher estava bem mexida conforme se lembrava das coisas que viu nos últimos dois meses.

Na casa do chefe Swan, Charlie esperava Bella ansioso.

—Qual o problema, Charlie?

—Querida, não é problema algum – o chefe garantiu antes de os encorajarem a sentar no sofá da sala – Bem, você sabe que a notícia sobre o caso de vocês virou de âmbito quase mundial, certo? – Charlie testou, recebendo a afirmativa do casal – E, claro que os Uley ficaram sabendo. Emily pediu-me para lhe passar esse telefone dela, ela não quer nada mais do que ouvir sua voz e saber que você está bem, se não quiser-

—Charlie? – Bella pediu encarando o papel que ele a entregou – Pensa que posso ir visita-los? – ela indagou o encarando.

Charlie sorriu, animado. Com o passar dos anos, havia virado amigo do casal e sabia que adoravam Marie e nunca realmente deixaram de se preocupar com ela, então assentiu de pronto para o pedido da garota.

No final daquela tarde, com uma mão segurando firmemente a de Bella e outra tocando a campainha da bonita casa de madeira, Edward sentiu o coração acelerar em ansiedade e animação de conhecer as pessoas que cuidaram de Bella por um tempo.

—Poderemos ir à praia depois? – Riley pediu.

—A gente vê jajá, está bem? – Edward disse percebendo que Bella parecia petrificada.

Tinha sido uma boa ideia de Edward de ele e Riley a ladearem, parecia que ela poderia usar o suporte emocional.

A porta da casa foi aberta por uma bonita senhora de cabelos negros e sorriso gentil. Ela encarava Isabella com adoração, parecia realmente surpresa de ver a mulher ali. Bella não estava respirando.

—Marie? – quem Edward pensou ser Emily, chamou para ter certeza.

—Sra. Uley – Bella sorriu minimamente, parecendo realmente envergonhada.

Emily se jogou em Bella e Edward foi para o lado de Riley, dando para as duas um pouco de espaço.

—Não sabe o quanto me preocupei, o quanto procurei por você. Eu não acreditei quando vi Rosalie em um jornal e – a mulher se obrigou a parar de falar, se afastou um pouco de Bella, que a esse ponto chorava, e acariciou-lhe os cabelos – Eu sinto tanto, querida, por tudo.

Bella a abraçou novamente e foi quando Edward reparou que a sala da casa estava cheia. Tinha um senhor mais velho e quatro homens jovens, todos acompanhados e algumas crianças. Edward sorriu para todos, cordialmente, se lembrou de quando Bella contou que a sua família adotiva era grande.

Eles entraram quando Emily os convidou e Bella apresentou o marido e filho com orgulho, fazendo todos na sala sorrirem amplamente, então passou de abraço em abraço, apesar de serem sem graça e, em sua maioria, rápidos, ela parecia feliz de ter passado ali.

Emily os convenceu de ficar para jantar.

Edward foi para a cozinha atrás de Bella depois de passar um tempo jogando futebol com o filho, as crianças e os – quase – irmãos de Marie. Bella estava sentada na mesa que tinha ali e sorriu amplamente ao ver Edward.

—Como Riley está? – ela indagou imediatista.

—Feliz demais para alguém que passou dias longe dos pais e me expulsou do jogo com os amigos dele – Edward bufou fazendo a esposa rir.

A noite foi agradável para todos, a família Uley estava bem em saber que Marie tinha conseguido a felicidade que eles não foram capazes de lhe proporcionar.

Depois daquilo, o resto da viagem foi recheada de tensões e burocracias. Edward e Bella não poderiam sair dos Estados Unidos antes de expedirem a verdadeira certidão de nascimento de Riley e, depois daquilo, o passaporte e dupla cidadania dele – a segunda parte seria feita na Inglaterra, então ele precisaria de permissão para entrar no país.

Rosalie foi para o cartório com Bella porque ela também precisaria de uma certidão de nascimento em seu nome já que nunca teve uma e, apesar de inúmeras possibilidades terem sido apresentadas para a mulher, ela não quis outra coisa que não o nome de Rosalie, sozinho, na certidão dela.

Ela preenchia o formulário sorridente.

Nome: Isabella Marie Hale

Nome do pai: ----

Nome da mãe: Rosalie Lilian Hale

Data de Nascimento: 13 de setembro

Ela passou o formulário para Rosalie assinar e a mulher parecia emocionada com aquilo tudo.

—Obrigada por fazer isso – Rose disse quando a certidão foi expedida.

Bella e o agente Swan acompanharam Rosalie e a família de Kate para o aeroporto naquela noite.

—Prometa-me que enviará, ao menos, um e-mail por semana e sempre que pudermos, nos ligaremos – Rosalie demandou.

—Parece bom para mim – Bella sorriu contente – E, quando voltar do Alasca, você vai ir nos visitar em Londres, certo?

—Parece bom para mim – Rosalie disse igualmente animada.

Kate se emocionava facilmente vendo a interação de Rosalie com as filhas dela. A irmã mais velha se despediu de Isabella carinhosamente, pedindo para que a mesma a fosse visitar o quanto antes e Bella sentiu-se amada por sua família de sangue como achou que nunca seria.

—Está pronta para ir, garota? – Emmett perguntou sorridente.

—Obrigada por me acompanhar, Emm – ela falou novamente.

—Não foi nada dolorido – ele disse sorridente – Agora vamos senão o Edward tem um aneurisma, o homem sabe ser ansioso.

E na praia de La Push em que Edward aguardava, ele estava mesmo ansioso.

Quando Emmett estacionou o carro no estacionamento da praia, Bella franziu o cenho, confusa.

—Achei que jantaríamos no restaurante que fomos aquele dia... – Bella começou a dizer, confusa.

Emmett não precisou se preocupar em responder.

A porta de Isabella foi aberta por Charlie que sorria para a garota.

—Tem alguém te esperando ali – Charlie avisou a ajudando a sair do carro e, depois, lhe entregou um girassol.

—Que lindo – Bella comentou sorridente.

Charlie não disse nada, apenas a indicou onde ela encontraria Victoria, que lhe entregou outro girassol e lhe indicou Laurent, que lhe deu outro girassol e a indicou Carlisle – que já estava na ponta da praia. Da onde ela encontrou o sogro, conseguiu enxergar Riley num começo de caminho iluminado por pequenas tochas. O sogro lhe entregou mais um girassol.

—Pode chamar Riley para mim? – Carlisle falou sorridente.

Bella o abraçou antes de andar até seu filho.

—O que está aprontando, Smiley? – Bella pediu amorosamente e o garoto sorriu.

—São para você – Riley anunciou entregando mais quatro girassóis para Bella.

Ela sorriu para o buquê que se formou em sua mão, e encarou Riley, curiosa.

—Acaba aqui? – ela indagou.

Riley sorriu.

—Papai disse que a luz vai guiar teu caminho – Riley falou dando um beijo no rosto da mãe antes de correr até o avô.

Bella o encarou até ele alcançar Carlisle, então suspirou e caminhou por entre as tochas até uma árvore caída onde Edward lhe aguardava, ele parecia ansioso e ela sorriu quando o viu ali.

—O que tudo isso significa? – ela perguntou e Edward levantou a cabeça a vendo, sorriu torto para a mulher curiosa.

—Sente-se aqui – ele pediu delicadamente e ela o fez.

De onde estavam, a visão era linda. As ondas quebravam na praia, a brisa da praia balançava-lhes os cabelos delicadamente e Bella sentiu a paz lhe tomar por completo quando a mão de Edward segurou a sua.

Então ele retirou a aliança de casamento do dedo dela, a causando confusão.

—Qual é o problema? – ela pediu.

—Uma pergunta de cada vez, meu amor – Edward avisou guardando a aliança no bolso de sua jaqueta – Primeiro perguntou o que isso significava – ele lembrou e sorriu antes de apontar para os girassóis no colo de Bella – A flor de girassol significa felicidade. A cor amarela das pétalas simbolizam calor, lealdade, entusiasmo e vitalidade, pois refletem a energia positiva do sol. É o que espero do que nossa nova vida seja cheia.

Bella sorriu emocionada para ele.

—Eu também, Edward, agora vem a paz – ela disse anestesiada com o pensamento.

Ele depositou um beijo casto no lábio de Bella, antes de se afastar, forçando um rosto triste.

—O problema é que, tudo o que vivemos é uma mentira – ele disse suspirando – Agora que você e Riley têm suas certidões de nascimento, a nossa de casamento é anulada e, nem é como se fosse apenas um pedaço de papel, porque nós realmente nunca tivemos uma cerimônia e nem nada – ele lembrou.

Bella franziu o cenho.

—O que está inferindo? – Bella perguntou.

Edward abaixou a cabeça, alcançou a caixa de veludo em seu bolso e respirou fundo antes de se levantar na frente de Bella.

—Que agora parece tolo continuarmos nesse casamento de fachada – anunciou.

O coração de Bella parou quando ela o interpretou errado e, quando o choque começou a liberar sua mente, ela reparou que Edward se abaixava e, com um joelho no chão, ele a deixou ver a caixinha que era aberta lhe mostrando uma linda aliança prateada com uma pedra no meio.

—Eu pensava que lhe amava desde o primeiro dia em que a vi, mas nada mais era do que agrado pelos seus belos traços e seu jeito sempre ponderado e quase amedrontado. Eu quis a proteger porque você gritava por teus olhos que poderia usar um pouco de cuidado. Então os anos passaram e a garota que eu achei que tinha salvado, na verdade, era quem era minha salvadora. E eu a vi crescer, amadurecer, se tornar uma mulher independente e o grande amor da minha vida – ele iniciou, se emocionando – Eu não achava que poderia lhe amar mais do que o fazia naquele momento. Minha esposa, mãe do meu filho. Então, você finalmente me deixou entrar e que privilégio esse é, Bella, conhecer a ti em cada singular nuance que você apresenta, com cada cicatriz exposta, entender a ti. Finalmente te conhecer por completo... Eu estava enganado, eu consegui te amar mais. Eu te amo mais. Desde a irmã mais velha admirável, até a filha carinhosa, a mulher corajosa... Você é tudo e merece cada singular coisa que começaremos a conquistar a partir de agora, por isso eu preciso que isso aqui seja real em todos os aspectos – Edward falava chorando como a mulher em sua frente – Então casa comigo, meu amor, agora de verdade.

Bella escondeu o rosto nas mãos, chorando verdadeiramente com soluços e tudo o que se permitiu. Porque primeiro ela nunca pensou que teria espaço para amar alguém como amava Edward, mas ele tinha feito espaço no peito dela e, agora, ter a certeza que ela era completamente correspondida, era demais para ela, ela nem sabia se merecia tudo aquilo.

—Tem certeza? Você viu, Edward, não há nada bonito sobre meu passado – ela falou quando conseguiu recuperar o fôlego.

—O meu também não é nada admirável, mas, Isabella Marie Hale – ele repetiu o nome que ela tinha contado a ele que escolhera – o único passado feio foi o que nos manteve separados, desde que entrou em minha vida, você só trouxe beleza, eu espero ter feito algo semelhante a ti, por isso te volto a pedir, casa comigo, amor, a gente ainda tem muito encanto para compartilhar em nossas vidas, com o nosso filho.

Ela sorriu amplamente, Edward sorriu igual a ela, virando a palma dela para colocar a caixa de veludo ali.

—Casa comigo – ele repetiu.

—É claro que sim – ela disse por fim.

Edward se levantou em um átimo a puxando para seus braços, em um abraço cheio de tudo. Todos os sentimentos e momentos que dividiram. Então ele colocou o anel no dedo anelar dela, pronto para compartilhar toda a continuação de sua vida com ela.

.

~~Três anos depois~~

—Ela está estranha, eu estou te falando, Vic – Edward falou preocupado para a irmã que tinha ido almoçar com ele.

—Claro, Edward, você está um cu com essa pós – Victoria falou sem interesse, comendo sua sala – Você me enrolou por quase uma semana para me ver depois de eu passar quatro meses fora com a companhia de dança. E ainda não me perguntou como foi a turnê.

—Garota, eu fui à sua estreia – ele riu do drama da irmã – E sei que você é a melhor bailarina do mundo, é claro que a turnê foi maravilhosa.

—Claro – Victoria riu, cheia de si.

—Desculpa o atraso – Laurent falou rapidamente se sentando na cadeira vaga na mesa.

—Vocês são dois restos de placenta, eu merecia mais no quesito irmão – Victoria falou encarando Laurent com raiva.

—Gente, o que está acontecendo aqui? – o irmão perguntou risonho, enquanto olhava o cardápio.

—Edward acha que Bella quer o divórcio – Victoria contou e Laurent se engasgou com a água que roubou de Edward.

Irmãos caçulas.

—O que você fez, imbecil? – Laurent demandou raivoso.

—Mas que merda, vocês são meus irmãos – Edward falou bufando – E eu não fiz nada, mas ela está se distanciando de uma forma estranha de mim, dormiu com Riley duas vezes essa semana e, sempre que eu pergunto, ela desconversa. Tem acordado mais cedo do que eu...

—Ela deve ter um amante – Victoria zombou.

—Vai para o inferno – Edward disse irritado.

—Vá você, ela não quer olhar para a sua cara, grandes bostas, eu não sei como ela aceitou se casar com você de primeira – Laurent riu antes de pedir sua escolha ao garçom que logo saiu da mesa – Agora, o que realmente me preocupa, quem diabos é Alistair? – ele perguntou a Victoria que arregalou os olhos.

—Como você sabe sobre ele? – Victoria demandou surpresa.

—Você ficaria surpresa com as coisas que eu sei – Laurent riu misteriosamente.

—Aí, começou as charadas – Edward bufou – Eu não acredito que vou perder minha hora de almoço com vocês quando eu poderia estar no hospital tentando fazer minha esposa sentar comigo na lanchonete – o irmão mais velho disse e, quando escutou o que saiu de sua boca, bateu a mão no rosto – Quão patético eu soei?

—Muito – Victoria falou rapidamente, a cara desgostosa.

—Foi vergonhoso – Laurent disse debochado.

Os gêmeos disseram aquilo em uníssono recebendo um dedo do meio do irmão.

Eles comeram seus pratos principais meio a alfinetadas, provocações e muitas risadas. Cada hora um era o alvo dos outros dois e, tudo bem, Edward estava preocupado com o futuro de seu casamento e também com sua esposa, mas não negaria que tinha sido um almoço muito agradável com os gêmeos e ele os amava tanto.

—Obrigado pela distração – ele falou depois de pagar a conta.

—Obrigado você por bancar nossa alimentação desde sempre – Laurent riu abraçando o ombro do irmão.

—E eu? – Victoria reclamou se enfiando no meio dos dois.

Edward passou o resto do dia mais leve, não encontrou com Bella pelo hospital, o que era pouco usual – normalmente se encontravam porque, como Carlisle havia virado o diretor do mesmo, Bella como sua assistente pessoal passava nos mais diversos setores e estava sempre batendo perna por ali.

Mais tarde, leu a mensagem de Riley avisando que ele estava na casa da avó porque a mãe ainda não tinha aparecido. Edward sentiu sua espinha gelar ao se lembrar de quando foi a última vez que aquilo aconteceu, mas sem pensar muito no caso, seguiu para a casa de seus pais.

Quando Carlisle levou Riley até Forks para conseguirem finalizar todo o processo de acusação contra Royce King II, deu um ultimato para a esposa: ela poderia esquecer-se de Carlisle, assim como havia feito com Edward, ou dedicar atenção e carinho para o filho mais velho do mesmo jeito que fazia para com os gêmeos e Riley. Não foi fácil, Esme fazia constantes terapias e tratou muito o repúdio que sentia pelo ex-marido e pela imagem dele, perdoando assim Edward por se parecer tanto com seu pai biológico.

Por isso, aquela noite, quando chegou na casa dos pais, foi recebido por um abraço caloroso de sua mãe.

—Riley está irrequieto – ela contou.

—Ele está aqui faz tempo?

—Veio direto depois da escola – Esme contou entrando com Edward em seu enlaço.

Edward encontrou Riley e sorriu para o filho com seus catorze anos. Ele estava tão alto e bonito, parecia um pouco mais Bella e, agora, ele conseguia ver muito de Rosalie no menino também, contente que quase nada de Royce o mesmo tinha. Não era uma lembrança que ele gostaria que Bella tivesse, mesmo sabendo que ela sequer conseguia fazer qualquer associação de um com outro.

—E então, preparado para descobrir qual é a questão com a rainha? – Edward brincou.

—Ficarei feliz em lutar ao seu lado – Riley continuou, a voz da puberdade era hilária para Edward, mas ele resolveu não comentar nada naquela noite.

—Obrigado por deixar esse adolescente chato ficar aqui, mãe – Edward falou e Esme riu dos dois.

Beijou-lhes o rosto garantindo que sempre era um prazer, então os dois entraram no volvo de Edward, seguindo para a casa um pouco afastada do centro da cidade, a mesma onde Riley cresceu e que Bella e Edward amavam.

A casa estava apagada e Edward sentiu sua espinha gelar.

—Não é possível – ele murmurou e entrou em casa apressado.

Passou acendendo todos os cômodos e chamando pela esposa, desesperado. Entrou em seu quarto com medo, mas tudo parecia no lugar, da mesma forma que ela deixava todos os dias.

Com passos calmos ele andou devagar até o banheiro e abriu a porta. Um bilhete singelo no espelho do banheiro.

Já checou no quarto de “hóspedes”?

—Mamãe

Edward franziu o cenho e seguiu até onde o bilhete indicava. Estranhou a falta de Riley, mas tudo o que parecia enxergar naquele corredor era a luz que escapava embaixo da porta do quarto de hóspedes.

O médico respirou profundamente antes de abrir a porta devagar e sentir tudo dentro de si se realocar.

Antes o quarto tinha uma cama de casal, tons contrastantes de marrom e bege e alguns adornos que o deixava apenas confortável para possíveis visitas, então a mudança lá era óbvia.

As paredes estava brancas, com desenhos geométricos das mais diversas cores, todas em tons pastéis, alguns nichos com bichos de pelúcia, toda a mobília em branco. O protetor de berço tinha as mesmas cores das formas geométricas. O quarto estava pronto para o bebê que Bella e Edward tinham planejado tentar conceber no ano novo.

Ainda era fevereiro, ele não conseguia acreditar naquilo.

Riley estava no canto do quarto com o celular filmando a reação do pai, ele sorriu quando Edward olhou para Bella que estava sentada pacificamente na cadeira de amamentação.

—Amor?

Ela sorriu amplamente antes de se levantar e mostrar a barriga dela com uma barra de carregamento mostrando 30% completos. Edward começou a chorar e correu para abraçar a esposa, se abaixando para beijar a barriga dela várias vezes.

—Obrigado, meu amor – ele balbuciou.

Riley virou a câmera para seu rosto e sorriu mostrando sua camiseta escrita “Oficialmente irmão mais velho”.

—Espero que estejam prontos – o garoto riu antes de enviar o vídeo no grupo da família e se apressar para o lado dos pais querendo fazer parte do momento.


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Notas finais do capítulo

E FIIIIM

Olha, foi uma montanha-russa isso tudo. E eu fiquei muito feliz por ter tido gente aqui lendo e comentando e me encorajando a escrever mais.

Esse é o final da história Beward dessa saga, porém, ainda teremos o Jazz e depois o Emm... Por fim atualizarei Entre Nós com um pouco das três vítimas, espero ver vocês em todos os pontos da história.

Muito, muito, obrigada! Espero que tenham gostado.

Para saber sobre minhas próximas histórias, vocês podem me seguir no twitter: @porgiovannad.

Um beijão ♥