Caixão De Cristal. escrita por Any Sciuto


Capítulo 1
Caixão De Cristal




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Aquela manhã começou como todos os dias para a equipe e para Penelope.

Hotch estava claramente em um mal momento porque ele praticamente exigira que ela fosse recuperar computadores em uma das cenas de crimes recentes. Apesar de Derek se oferecer para ir com ela, mas Pen achou melhor que ele ficasse.

Seria uma simples coleta de computadores, já que ela era a analista mais precisa de todo o departamento e teria mais cuidado.

— Eu vou em um pé e volto no outro, Hot Stuff. – Penelope sorriu para seu melhor amigo. – Saiba que eu te amo.

— Eu também, Baby Girl. – Derek a beijou, quase como uma necessidade. – Quando voltar, eu quero contar a todos sobre nós dois.

— Nós vamos contar sim. – Penelope o beijou com carinho. – Eu volto.

Derek sentiu uma necessidade de não deixar Pen ir, mas Hotch já estava bravo com ela esta manhã, sem motivo. Ele não a queria em mais problemas.

Então, ele a deixou ir.

Penelope pegou um dos carros do FBI. Foi a primeira vez no utilitário e ela adorou estar no controle de um daqueles carros maravilhosos.

Chegando a casa da vítima mais recente, Penelope pegou seu telefone e distintivo. Ela pegou cases para os laptops e caixas grandes para os CPU’s.

Entrando na casa, Penelope sentiu um calafrio. A poça de sangue estava limpa, mas o lugar parecia incrivelmente silencioso.

Clara Lisbon havia sido morta naquela casa com seu marido e sua filha de seis meses. Penelope pegou uma foto da bebê e a colocou na sua bolsa. Era o que faria ela trabalhar mais rápido.

Subindo as escadas, ela entrou no primeiro quarto da casa e pegou o computador de cima da escrivaninha. Fechou e guardou no case. Ouvindo um rangido, ela achou que fosse o vento e voltou ao trabalho.

Jake Matters era irmão de Clara. Ele estava com vontade de se vingar da equipe do FBI. Eles poderiam ter evitado que sua irmã, cunhado e sobrinha fossem assassinadas. Ele esperava que algum deles voltasse e viu Penelope chegando.

Seria ela. Ele se vingaria da equipe através dessa moça. Ela era linda, totalmente loira, com curvas sexy, lábios vermelhos assassinos.

Enchendo um lenço cheio de clorofórmio, ele entrou no quarto onde Penelope estava coletando os computadores e a pegou por trás. Colocando o lenço no nariz de Penelope, ele prendeu ambos os braços dela em seu corpo e a sentiu se contorcer.

— Não, me deixe em paz. – Penelope sentiu que sua cabeça estava começando a girar. – Eu quero ir embora.

— Respire, doce senhorita. – Jake começou a tocar o cabelo de Penelope e a viu cada vez mais inconsciente, até que a sentiu pesada contra seu corpo.

As mãos dela caíram pelo lado e o celular bateu no chão, iniciando uma chamada para Derek sem querer.

— Baby Girl. – Derek ouviu o silencio do outro lado do telefone. – Baby?

— Venha doce senhora. – Jake nem percebeu o telefonema em andamento. – Hora de sua equipe receber uma punição.

Derek desligou o celular e correu para Hotch. Entrando de repente, ele viu as caras de Hotch e Rossi parecendo incrivelmente assustadas.

— Acho que Penelope foi sequestrada. – Derek estava com raiva de Hotch. – E foi a sua insistência em mandar ela para a cena do crime que fez isso.

— Vamos. – Foi tudo o que Hotch disse.

Ele sabia que uma vez que Penelope estivesse segura, Derek e ele precisaria conversar.

Penelope foi colocada dentro de uma van grande, com as mãos algemadas sob a cabeça e os pés do mesmo jeito. Um pano servia como mordaça e ela estava completamente alheia a realidade do momento.

JJ, Reid, Emily, Rossi e Hotch correram para a cena do crime em dois SUV’s com as sirenes ligadas no volume máximo. O coração de Derek doía ao imaginar o que havia acontecido e se eles haviam chegado tarde.

A van deixou a casa da vítima segundos antes de o time chegar a casa. O SUV parou na porta, Derek correu para fora nem esperando o carro parar de verdade e sabia que Penelope havia sido levada.

— PENELOPE! –Derek literalmente gritou na porta da casa com a arma em punho.

As chaves do SUV que Penelope havia pego naquele dia, a bolsa dela em cima da mesa com a foto da bebê talvez como uma lembrança para se lembrar de que esse caso se tratava da pequena criança morta com seus pais.

Na parte de cima o computador embalado e um segundo apenas dentro do case semifechado.

— Ela foi levada. – Derek quase gritou quando Hotch entrou no mesmo cômodo. – Entendeu porque eu não a queria aqui? Ainda mais sozinha.

— Precisa se acalmar Derek. – Rossi segurou Morgan longe. – Nada disso vai resolver esse problema agora. Penelope foi levada e não precisamos de agressões nesse lugar.

— Quando ela for resgatada, eu vou garantir que você saiba que Penelope não é Haley. – Derek bateu a porta do quarto quando saiu, deixando todos chocados.

Hotch suspirou quando ouviu a porta se fechar. Ele sabia que Derek estava frustrado naquele momento, mas ele também estava frustrado e consigo mesmo.

Ele estava irritado com Haley por ter levado Jack para uma viagem e ter que ficar longe de seu filho por duas semanas. Então, ele descontou em Penelope, que nada tinha a ver com seu problema.

Penelope acordou por alguns minutos dentro da van. Ela sabia que algo estava terrivelmente errado quando sentiu o veículo parar de repente. Passos vieram em sua direção e ela sentiu mais uma vez o pano molhado sobre sua boca. Pen caiu em um estado inconsciente batendo a cabeça no processo.

O homem havia chegado ao seu lugar pretendido e desamarrou Penelope, a pegando nos braços ele a levou para uma espécie de cova preparada com um caixão transparente no fundo.

Penelope foi colocada em um tipo de pose fúnebre com um gravador, alguns filetes de luz, uma arma e algum tipo de chave.

Jake foi para a sala que construirá ao lado de onde havia enterrado Penelope e se sentou. Ligando as luzes do caixão, que agora fora coberto com terra e pedras, ele fez uma captura de tela e a enviou com uma mecha de cabelo de Penelope pelo correio até a sede do FBI. Sua irmã havia morrido e se a equipe não conseguisse achar o culpado a tempo, Penelope também.

Para ele, era a lei de talião. Olho por olho, dente por dente. Sua irmã não foi salva e se a equipe não conseguisse, Penelope também não seria.

Derek não queria nem conversa com Hotch naquele momento. Fora a ira que ele sentia do chefe e a falta de proteção que ele mesmo negou a Penelope, ele precisava de momentos sozinho.

— Morgan, essa bomba não fica pronta nunca? ­— A voz de Penelope surgiu em sua mente.

Estou nas últimas peças e por Deus, não sei onde vão. – Derek disse jogando um dos pedaços da bomba na mesa. – Podem nem fazer parte da bomba.

— Por que? – Penelope falou jogando seu mini game. – Eu te daria um B+.

— Obrigado. – Derek deu uma risada fofa. – Quando eu montar tudo vamos ver algum tipo de assinatura. Certo tipo de pó, certo tipo de cano.

— Se tivesse outra vara assim... – Penelope pegou um pedaço de uma vara.

— Não, eu já tentei. – Derek quase riu da curiosa Penelope o ajudando.

Não, pode ter sido um pedaço maior de uma vara. – Pen inseriu seu lápis para provar e Derek a olhou incrédulo. – Tetris.

— Morgan? – A voz chateada de Hotch tirou o agente de sua lembrança. – Eu queria me desculpar.

— Desculpar? – Derek se levantou. – Sobre o que?

— Sobre obrigar Pen a ir sozinha pegar os computadores. – Hotch se sentou na frente de seu agente. – Eu sei que provavelmente eu deveria ter deixado você ir junto dela.

— Eu também preciso me desculpar. – Derek suspirou. – Não foi minha intenção te atacar usando sua ex-esposa.

— Está tudo bem, Morgan. – Hotch suspirou em seguida. – Acho que deveríamos pôr panos quentes sobre isso e ir em busca de Penelope.

Eles apertaram a mão e concordaram em uma trégua. Por Penelope eles fariam isso.


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