Start over escrita por Allissa


Capítulo 5
Sempre é tempo de recomeçar


Notas iniciais do capítulo

Ufa! Consegui postar a tempo.

Espero que gostem do capítulo.



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Todos os detalhes da mudança já estavam resolvidos, só faltava ela, Morgan e seus pertences pessoais, para fazer da nova casa um lar.

Pepper estava ansiosa, pois sabia que seu maior desafio seria a adaptação de Morgan.

Morar em uma ilha foi uma escolha que ambas fizeram juntas, sua pequena ficou empolgada em viver perto do mar.

— Mamãe, na casa nova vou poder nadar todos os dias, né?

— Sim filha, todos os dias de sol.

— Eu só fui a praia uma vez.

— Sei, pequena, mas agora vamos poder ir sempre que tiver sol.

— Mamãe, seu celular está tocando. - Pepper atendeu.

— Pepper, bom dia! Sou eu Bruce.

— Oi! Bruce. Como vão às coisas?

— Tenho boas notícias.

— Se for sobre algum dos projetos, por favor liga para empresa…

— Pepper é sobre um dos projetos sim, mas eu preciso falar com você.

— Bruce estou fora da empresa, Morgan e eu estamos nos mudando para fora do país.

— O que tenho para contar é sobre o andamento de um dos projetos, precisa ficar restrito, por enquanto. Só confio em você.

Pepper ficou preocupada, aquela divisão da empresa foi criada por Tony, que escolhia com muito cuidado, os projetos que fariam parte daquele estudo.

Ela nunca soube exatamente, qual a finalidade daquela divisão, só sabia que seu marido estava muito interessado e intensamente envolvido com tudo aquilo.

Se Bruce achava que só ela era confiável para saber o que havia descoberto, ele devia ter alguma razão.

— Você pode adiantar o assunto?

— Preciso que você veja com seus próprios olhos, temos que conversar pessoalmente.

— Não posso fazer uma viagem dessas sem Morgan e…

— Ela pode vir também, é até melhor, prefiro que ninguém saiba desse encontro, até que fique resolvido o que fazer.

— É tão sério assim?

— Neste primeiro momento o sigilo é essencial.

— Tudo bem, viajarei depois de amanhã.

— Boa viagem! Pepper, nos vemos em dois dias.

Depois que desligou o telefone, ela ficou pensando no risco que corria, viajando com a filha sem ninguém saber para aonde ia.

De alguma forma, a confiança que tinha em Bruce era maior que seus medos e isso fez ela se arriscar, mesmo sabendo que seu maior tesouro estaria com ela.

Com os preparativos para a viagem e a chegada de July madrinha de Morgan, que veio para ajudar nos detalhes da mudança, o dia passou depressa.

Quando a noite chegou Morgan decidiu ver TV enquanto elas preparavam o jantar.

July não parava de falar das vantagens que às duas teriam morando tão próximas.

— Shhhhh!

— O que houve Virgínia?

— A Morgan está chorando?

— Não!

— Está sim!  - Pepper correu em direção a sala e encontrou sua filha chorando, olhou a TV e viu imagens de Tony, mas a reportagem estava terminando e ela não conseguiu entender do que se tratava.

— Filha o que houve?

— A moça disse que o papai não era meu pai.

— Que moça? - Perguntou July.

Morgan já estava aos prantos.

— Filha, é lógico que ele é seu pai, você deve ter entendido errado.

— Não!  A moça falou sim!

— Vem, vamos tomar um banho, lavar esse rosto e jantar.

 Durante todo o jantar Morgan ficou triste e amuada.

Quando Pepper foi colocar a pequena para dormir e perguntou qual a história que ela queria ouvir, ela pediu que a mãe cantasse para ela a música que o pai costumava cantar.

Mãe e filha começaram a cantar com lágrimas nos olhos.

“Eu tenho a luz do sol num dia nublado

Quando está frio lá fora

Eu tenho o mês de maio

Eu suponho que você diria

O que pode me fazer sentir deste jeito?

Minha garota (minha garota, minha garota) ...

.... Eu não preciso de nenhum dinheiro fortuna ou fama

Eu tenho todas as riquezas, baby

Que um homem possa exigir”

Às duas dormiram abraçadas e quando Pepper se deu conta tinha cochilado por uns vinte minutos.

Ela chegou na sala e viu July assistindo um programa de fofocas.

Quando July notou que ela estava presente desligou a TV, mas Pepper já havia ouvido tudo.

— Se o Tony não estivesse morto eu mesmo o mataria. Onde já se viu? Fazer um exame de DNA na minha filha.

— Pode ser mentira.

— Eles não arriscariam, os documentos devem ser verdadeiros. Eu só não entendo o porquê.

— Calma, eu não acho que ele desconfiasse de você.

— Então, porque ele fez isso? Porque não me disse nada?

— O que me chateia é ver a minha filha passando por isso.

— Pepper, vocês estão indo embora para um paraíso, lá você e a Morgan vão estar bem longe de tudo isso.

Mais dia menos dia tudo vai se esclarecer.

— Você está certa, vou esquecer isso, por enquanto.

Ninguém sabia que ela iria a Malibu encontrar Bruce, mas lá ela descobriria tudo,

se alguém devia saber desse exame de DNA seria Bruce.

— Acho melhor irmos dormir amanhã temos que acordar muito cedo. - Disse July.

— Que venham os recomeços!

— Sim e que sejam o início de dias melhores.

— Boa noite! - Disse Pepper.

Finalmente o dia da viagem chegou e depois que todas as malas e pertences foram despachados, às duas se despediram de Happy, Rhodes e July que ficaria para despachar o restante das coisas.

— Liga quando chegar. - Disse Happy.

— Pode deixar, ligarei. Vocês também, liguem sempre e estão convidados para nos visitar a hora que quiserem.

Ao entrar no avião, Pepper avisou ao piloto e toda a tripulação que mudariam a rota, mas que seria um segredo por enquanto, estavam indo à Malibu e passariam uma semana por lá.

Enquanto o avião decolava, ela contou tudo a sua pequena que perguntou:

— Porque não vamos para casa nova?

— O tio Bruce quer falar comigo.

— Oba! O tio Bruce é legal!

Nesse momento Stacy, a aeromoça, se aproximava.

— Bom dia, Sra. Stark.

— Bom dia, Stacy.

— Você é a famosa, Morgan? - A pequena agarrou a mãe e não respondeu.

— Responde, filha!

— Você conhece ela mamãe?

— Claro, filha! Antes de você nascer eu viajava muito, foi assim que conheci a Stacy e toda a tripulação.

— Ah!

— Posso te levar para conhecer o piloto. Você quer?

— Quero!!!

— Se comporte, bonequinha!

A menina nem olhou para trás, estava tão empolgada com a novidade que nem se

preocupou em responder.

Pepper mexeu em sua bolsa e olhou para o Ipod, tentou jogar aquilo fora várias vezes, mas não conseguiu e quando arrumou suas coisas para a mudança, jogou ele ali.

Amava aquelas músicas, porque, no fundo elas representavam o amor que ela nunca achou que ele fosse capaz de sentir por ela.

Um amor que era só seu e da pequena, Morgan...

Quando sua garotinha voltou, mal conseguiu comer e já começou a bocejar.

— Está com sono, filha?

— Um pouquinho. - Disse a menina sonolenta por ter acordado tão cedo.

— Vamos para cama, então.

— Aqui tem cama?

— Tem.

— Aqui é um avião ou uma casa? - Pepper riu.

Depois que Morgan nasceu, eles viveram uma vida tranquila na cabana, o que não incluía as comodidades e luxos ao que estavam acostumados, por esse motivo a pequena só conhecia o lado simples da vida.

Assim que deitou, a menina pegou no sono e a mãe dormiu logo depois.

Pepper acordou e descobriu que tinha dormido apenas alguns minutos, voltou para seu assento e mais uma vez pegou o Ipod.

Decidiu ligá-lo e mais uma vez a música que ouviu trouxe fortes lembranças dele.

Naquele momento a letra da música colocava seus sentimentos em palavras.

“Ainda ontem eu descansava meus olhos

Em seu rosto maravilhoso

Mais isso foi ontem

Agora é apenas um sonho

Um sonho que permanece em minhas recordações

Gostaria que fosse realidade...

...De vez em quando eu chamo seu nome em voz alta

Esperando que você ouça

Esperando que minha prece traga você aqui”

“Esperando que minha prece traga você aqui. ” Ah! Se isso fosse possível, se sua prece tivesse essa força. Estar nos braços dele era tudo o que ela queria.

Quando se deu conta, horas haviam se passado e ela estava ali perdida em seus sonhos.

Pepper levantou e foi ver sua filha, que àquela altura já devia estar acordando.

Chegando ao quarto seu anjinho ainda estava dormindo, ela abraçou a pequena e começou a acordá-la.

Como Pepper já desconfiava uns minutos após Morgan acordar Stacy anunciou que aterrissariam.

Estava tudo organizado para que ninguém desconfiasse que elas estavam em L.A.

Uma van estava pronta para busca-las com as bagagens que elas precisariam para ficar, o restante seria levado para a Grécia, eliminando assim qualquer suspeita.

Quando chegaram ao complexo de pesquisas, Pepper mal podia acreditar, sabia que era grandioso, mas nunca tinha tido a oportunidade de ir lá.

Tony tinha criado aquele complexo para fazer pesquisas avançadas, ironia do destino, ele achava que um dia uma daquelas pesquisas poderia salvar o mundo e nenhuma delas conseguiram salva-lo.

Conforme a tinham informado Bruce foi requisitado para uma emergência em um dos laboratórios, uma das assistentes levou as duas até a ala de dormitórios.

Tony havia pensado em tudo, os dormitórios não eram luxuosos, mas eram confortáveis e funcionais.

Morgan estava deslumbrada com tudo que via, às duas haviam sido convidadas para conhecer algumas dependências do complexo. Era tudo grandioso com tecnologia de ponta, não era à-toa que Tony gastava uma parte considerável do seu tempo com a manutenção e melhorias daquele projeto.

Quando voltaram ao dormitório a pequena já estava cansada e após um rápido lanche a menina foi vencida pelo sono.

Poucos minutos depois Bruce chegou, pedindo desculpas pela demora, mas algo importante havia acontecido e ele precisava dar atenção a esse “projeto”.

— Bruce, o que houve? É alguma coisa com a Morgan?

— Calma, Pepper o que tenho a dizer é surpreendente, mas é bom.

— Então não me deixa nessa ansiedade, até porque acho que depois de tudo, nada pode me surpreender.

— Me acompanha e eu te mostro, vamos ver se eu consigo te surpreender.

Bruce guiou-a pelo labirinto de corredores para uma ala onde ela e a pequena não tiveram permissão para entrar. Lá eles encontraram uma cientista que lhe foi apresentada com doutora Cho.

Doutora Hellen Cho ela lembrava de Tony ter comentado sobre ela e um “aparelho” que ela inventou… um tal berço de regeneração.

— Temos todo o tipo de pesquisa aqui, mas o Tony decidiu que o foco seria DNA e regeneração.

— Eu sei disso, mas o que faz de tudo isso tão pessoal que você só pode contar para mim?

— Calma! Preciso que você esteja calma para te mostrar os avanços de uma pesquisa em especial.

— Bruce, promete que isso não tem nada a ver com a Morgan?

— Você verá com seus próprios olhos, me acompanhe.

Nesse mesmo instante ela o acompanhou para dentro de uma sala com uma cortina de vidro que tinha vista para uma espécie de enfermaria com máquina imensa no meio. O berço da doutora Cho ela pensou.

— Vem, Pepper, pode se aproximar. - Disse Bruce.

Pepper se aproximou e não conseguiu acreditar no que viu.

Ela queria gritar, mas a voz não saia.

Deus ouviu sua prece, ele estava ali…

De repente tudo escureceu…


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Notas finais do capítulo

Preciso que vocês comentem o que estão achando.



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