Tomado de súbito encorajamento, vis-à-vis com a criatura que trava meu braço entre seus dentes, decido fazer uma ação aparentemente impensada: paro de resistir.

Inalo profundamente, encaro seus olhos, e sorrio da forma mais calma possível; relaxo os músculos e resisto à dor lacerante como se a mesma não existisse.

"Resta esperar que surta efeito."

A pressão da mordida aumenta mais e mais, até meu braço ser totalmente atravessado por ela.

Ambas as arcadas, como que etéreas, deslizam para fora, e uma mancha roxa espalha-se no local.

— Vejo que finalmente lembrou de mim — rosna. Pena que ainda seja tão fraco.