A Namorada Do Papai escrita por Thay Paixão


Capítulo 9
A confusão que mora em mim


Notas iniciais do capítulo

Meninas! Entrei pra postar e me deparo com uma recomendação *_* eu tô muito feliz! Capítulo dedicado a Emily Smock, muito obg pela recomendação! Me passa seu número ou email por para eu te mandar o mimi, capítulo bônus exclusivo :D
Agora eu escrevi ouvindo https://m.youtube.com/watch?v=sfixHYBWaiU
Recomendo ouvirem lá pela segunda parte do capítulo.
Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/782863/chapter/9

 

*Antes dos eventos do capítulo anterior.*

 

Renesmee.

 

—Menina? Acorde, ou vai se atrasar para a escola. - A voz de Maria era baixa e reconfortante, quase como uma carícia ao me acordar. Me fez lembrar de vovó Esme e eu quis correr para os braços dela.

—Mais cinco minutos. - Resmunguei cobrindo a cabeça com o cobertor.

—Não menina, você precisa levantar. Sua mãe está tomando café, e disse que só vai sair depois de falar com você.

Mamãe.

—Não quero falar com ela. Não quero saber dela. - Gemi de frustração lembrando como ela me preteriu na noite anterior.

—Vamos meninas, sua mãe parece de muito bom humor hoje. - Maria disse muito animada, completamente alheia a tudo o que aconteceu ontem.

—O bom humor de Tanya não é algo que posso me alegrar.

—Pois deveria, ela é sua mãe. Vamos logo, deixa essa cama!

—Ai! - Reclamei quando ela puxou toda a coberta do meu corpo. - Maria!

—Levanta logo dessa cama! - Ela levou meu cobertor do quarto.

Eu podia ficar na cama, não conseguia imaginar ninguém me obrigando a sair de casa, mas eu faria o que o dia todo naquele quarto?

Durante o banho notei o hematoma que tinha se formado no meu quadril graças a queda de ontem. Eu queria que Félix ardesse no inferno por aquilo. Poderia até levar Tanya junto que eu não iria me importar.

—Onde ela está? - Perguntei a Maria quando já estava pronta para a escola.

—Recebeu uma ligação e teve que sair. - Maria me explicou.

—Típico. Maria, minha mãe estava sozinha quando você chegou?

—Que tipo de pergunta é essa menina? Claro que sim, já estava pronta para o trabalho até.

—Entendi. - Talvez ela tivesse dispensado Felix, mas porque não teria me procurado depois? Não, era mais provável que ele tivesse convencido ela de alguma forma a aceitar o tipo de relacionamento que ele podia e queria ter com ela, depois corrido para esposa.

Típico de novo.

—Tinha algum homem aqui com ela? - Perguntei mesmo assim.

—Claro que não. Deveria ter?

—Eu não sei. - Sussurrei.

—Senta menina, vou colocar seu café da manhã.

—Não estou com fome.

—Eu não perguntei se você está com fome. - Ela disse rude. Me sentei na cozinha sem vontade de perder a paciência com Maria, logo agora que ela tinha voltado.

Meu celular vibrou com uma notificação. Meu coração disparou.

Riley.

Tem sinal no inferno? Como ele descobriu meu número?! Eu troquei de número quando ele terminou comigo antes das férias, todas as pessoas que conhecíamos queriam saber como eu estava, o que tinha acontecido para ele me deixar por Victoria, e o próprio queria se explicar. 

Uma desculpa como ‘’ não consigo controlar meu pinto’’ não era algo aceitável, eu não queria mais ouvir ele.

Pensei em excluir a mensagem sem ler, só que já fazia tanto tempo, talvez não fosse nada demais, talvez fosse algo importante…

sim, a sua avó. Riley tinha uma avó que vivia numa casa de repouso, nós sempre visitávamos a velha aos domingos. Eu gostava dela, talvez tivesse acontecido algo…

Prendi a respiração para abrir a mensagem.

… 5599: Ei, você ainda tem meu número? É o Riley aqui. Sinto sua falta Nessie, podemos conversar?

 

Maldito Riley! Eu não precisava ter o numero dele salvo para me lembrar! Eu sabia de cor!

Eu devia responder?

Por favor, Renesmee! Já faz meses! É faz meses, mas todo mundo ainda comenta a merda que ele fez com você!

Minhas mãos começaram a suar frio e tremer. O que eu iria fazer?

—Larga esse telefone e come! - Maria ordenou colocando um copo de leite diante de mim, e junto com um prato com omeletes.

—Obrigado, Maria. - Agradeci, eu iria comer primeiro, pronto depois pensava se responderia Riley ou não.

Ele nem merecia que eu o respondesse! Pelo menos merecia que eu demorasse a responder…

Comi devagar pensando sobre isso. Engoli a comida sem sentir gosto de nada, jogando o leite por cima em pequenos goles.

—Já vou, Maria! - Gritei porque ela não estava vista.

—Que o menino Jesus te acompanhe! - Ela gritou de volta. Logo que fechei a porta do apartamento e me vi no corredor sozinha, celular na mão. 

Que se exploda!

Digitei uma resposta.

Infelizmente eu não preciso ter seu número salvo para me lembrar de você.

A resposta veio rápida.

Sabia que tinha deixado minha marca. :D

Ridículo! Mas porque meu coração estava batendo tão rápido?

O que você quer, Riley?

Podemos conversar pessoalmente? Você nunca me deu a oportunidade.

HA! Eu te pedi, te implorei para ficar comigo! Eu quis te perdoar por me trair, que ridículo! E mesmo assim você terminou comigo!

Fiquei parada na frente do elevador esperando a resposta dele. Demorou um pouco, chamei o elevador.

Você precisa muito ir a escola hoje? Posso te pegar lá e a gente conversa em algum lugar?

Riley me pegando na escola, para todo mundo ver?

ótimo, de chifruda merecida, eu iria virar a amante. Não mesmo!

Não apareça na escola, Riley. E esqueça que eu existo!

Ele respondeu com uma carinha triste. 

Que ele enfie essa carinha triste onde o sol não bate!

—Grande dia de merda! - Reclamei dentro do elevador, joguei o corpo na parede ao lado, esquecendo do meu quadril roxo e senti a pontada consequente ao contato. Eu devia ter pedido um remédio a Maria, agora já era tarde.

Pronto, meu dia de merda tinha extrapolado os níveis aceitáveis, meu quadril estava latejando  eu apenas não podia ir para escola.

Não iria sobreviver aqueles idiotas sussurrando sobre mim, sobre Riley logo hoje que ele tinha voltado dos mortos, e ainda aqueles idiotas parecendo fazer tudo para me irritar ou diminuir. Hoje não, não depois da traição de Tanya ontem.

Meus pensamentos voltaram para minha mãe, um bolo se formando na minha garganta.

Como minha mãe podia escolher aquele homem ao invés de mim? Por que ela continuava a acreditar nele? Tanya podia ter qualquer homem que quisesse! Era linda, bem sucedida, divertida… porque ela insistia em Félix?!

Quando cheguei ao térreo meu coração parecia mais acelerado do que antes, minha respiração ofegante como se eu tivesse corrido. Tanya, Riley… papai.

—Eu preciso de você papai. - Sussurrei. O tio da recepção não estava lá, me sentei no sofá agradecendo por não ter ninguém que visse minha crise de quase choro. Eu devia subir e me trancar no meu quarto pelo resto do dia! Tombei a cabeça nas mãos, segurando meus cabelos, quando meu celular vibrou com uma chamada.

Por que Bree estava me ligando?

Se ela quisesse uma carona para a escola era uma perda de tempo, eu não iria atravessar a cidade até a casa dela.

Respirei fundo algumas vezes e atendi o telefone.

—Diz. - Minha voz saiu normal por um milagre.

—Nessie, o que acha de um dia diferente? Salão, compras… - Ela disse com a voz alta e animada.

—Jane propos?

—Você sabe que não, ela já deve estar na escola uma hora dessas.

—E você? - Como morava longe, ela chegava na escola bem cedo para não se atrasar.

—Estou na esquina da escola, ainda não entrei. Podemos matar aula juntas! Vamos? Vai ser divertido!

Bree, você hoje é meu bote salva vidas.

—Continue ai, vou buscar você. - Prometi.

—Tudo bem, jovem? - O tio da portaria apareceu.

—Sim senhor, já estou de saída. - Me levantei sorrindo amarelo para o homem. Isso, meu dia não precisava ser uma completa perda de tempo.

—Sinto falta de quando Jane não tinha namorado. Éramos como as três espiãs demais!* -Bree disse entre as araras.

—E eu era a clover?-Brinquei.

—Claro! Todos os meninos queriam você!

Eu não podia discordar.

—Mas quando Jane não namorava com Seth, eu namorava com… Riley. -Pigarreei no final ao falar o nome dele.

—Sente falta dele, não é? -Ela perguntou de mansinho.

—Sim. -Sussurrei. Bree era minha amiga há tempo o bastante para eu poder ser sincera com ela. Por mais que ela me irritava às vezes.

—Foi tudo tão rápido na época… -Ela disse mexendo nas roupas. - vocês deveriam ter tido mais tempo.

—Não acho que mais tempo para meu chifre aumentar seria algo bom.

—Riley amava você, tenho certeza disso.

—Se me amasse não teria feito o que fez. -Falei ácida. -Vamos, o salão já abriu. Vamos fazer unha, cabelo… e esquecer de tudo!

—É… bem, eu… não tenho dinheiro. -ela disse olhando para baixo.

Revirei os olhos.

—E quando foi que você teve? -Brinquei puxando seu braço para entrelaçar no meu. -Isso não é problema, vamos!

Caminhamos para fora da loja, visando o salão do outro lado do shopping.

 

Era o fim de tarde e estávamos jogados no meu quarto. Cabelos hidratados e escovados, unhas impecáveis. Algumas sacolas de roupa.

—Você devia ter comprado algo para a sua mãe. -Comentei.

—Ela não gosta você sabe. - Bree disse.

—E como ela está?

—Trabalhando demais, como sempre. Mas não posso reclamar, os Volturi são muito bons para nossa família.

—É verdade. - Os Volturi, a família de Jane era o motivo para conhecermos Bree e ela frequentar nossa roda de amigos. A mãe dela trabalhava para a família de Jane, que por sua vez custeava os estudos dos filhos da empregada. 

—Nós devíamos sair! - Bree pulou da cama, correu para as sacolas de roupas. - Usar algo novo!

—Será que Jane viria? - Perguntei, minha atenção parcial no feed do instagram.

—Duvido, ela acabou de postar uma foto no no shopping com o Seth, junto da hashtag "cinema".

Atualizei meu feed e constatei. Era uma merda desde que aqueles dois se juntaram, eu tinha perdido minha amiga para ele!

—Maravilha-Resmunguei.

—Mas estamos aqui e lindas! precisamos sair! -Ela choramingou.

—O que podemos fazer no meio da semana? Todo mundo que a gente conhece deve estar em casa hoje.

—Não mesmo! Só o pessoal da faculdade sai durante a semana, podemos pegar os melhores gatos!

—Gatos? você quer saber do Diego. - Diego era um cara nerd e bonitinho do primeiro ano de TI. Eu tinha ficado com ele no aniversário de Jacob, mas tinha notado o interesse de Bree nele.

Ela corou como um tomate maduro com a minha frase.

—C-claro que não! Eu nem fico stalkeando ele ou algo assim. - Ela começou a retirar as roupas e colocando a nova.

—Claro que fica. - Atirei uma almofada nele rindo. - Mas quer saber? Tem razão, estamos lindas demais para ficar em casa! E se vermos o Diego… - Ela prendeu a respiração com o meu suspense. - Vou sugerir muito sutilmente a ele para ficar com você.

—Renesmee!

—O que?

—Nada… mas o Diego não é para mim.

—Por que diz isso? - Comecei a vasculhar as sacolas atrás da roupa que queria. 

—Você sabe. "Mundos diferentes".

—Bree, acorda, você está no mesmo mundo que ele. Não estou dizendo para você casar com o cara, por mais que eu ache que você deve casar com um cara rico como ele. -Diego iria herdar a empresa de tecnologia do pai. - Apenas ‘’Pegue e não se apegue’’. Deixe ele ficar louco por você. - A puxei para o espelho, me prostrando atrás dela, ergui seus longos cabelos para deixar o rosto dela em evidência. -Diga para si mesma todos os dias ‘’Não há portas que não se abrirão para esse rosto.’’ E vá. Não importa se ele é podre de rico e você é a filha da empregada. Se ele se apaixonar… será seu. E quer saber? Diego é do tipo que se apaixona, aposto.

—Quer dizer que ele está apaixonado por você?

—Não… mas poderia se eu desse bola para ele. O que não fiz, porque sou sua amiga. Me ame mais. -Pisquei para ela.

—Você é a melhor amiga no mundo todinho! -Ela jogou os braços à minha volta.

—Eu sei! Agora vamos nos arrumar!

Maria queria nos convencer a jantar antes de sair, tentei convencê-la  de que era ridículo uma vez que podíamos comer na rua. Mas Bree quis comer, porque o cheiro que vinha da cozinha era realmente bom.

Comi um pouco, mas a comida me deixou enjoada e acabei vomitando no banheiro quando escovei os dentes. Como não apareceu nenhum sintoma extra- não me senti tonta ou suada - retoquei a maquiagem e seguimos com o plano de nos divertimos.

Ignorei as chamadas de Tanya, eu não queria falar com ela tão cedo. Se ela estivesse preocupada que se explodisse. Contudo eu não acreditava que pudesse estar uma vez que meu pai ainda não tinha me ligado. Ele sempre me ligava quando ela ficava muito desesperada atrás de mim, porque ela corria para ele.

Não foi preciso mostrar nossas identidades falsas na entrada, já éramos reconhecidas. Nos juntamos as pessoas que conhecíamos da faculdade, todos de rostos, eu não sabia seus nomes e não me importava realmente. Fizemos stories, tiramos fotos e dançamos.

—O amigo do seu pai vai tocar hoje! - Bree gritou no meu ouvido. Será que Jasper contaria ao meu pai que eu estava aqui, bebendo drinks suspeitos? Era melhor não arriscar, me afastei da pista de dança, ficando nos cantos. Bree estava muito animada dançando e conversando com as pessoas. Até que Diego apareceu, como se estivesse sendo obrigado a estar ali e ela teve um mini infarto pela cara que fez. Eu ri e gesticulei para que ela fosse até ele. Ela me olhou apavorada e eu taquei o foda-se. Bree merecia isso, estava sendo legal comigo de um jeito que minha própria melhor amiga conhecida como Jane Volturi, não estava sabendo ser.

Dancei até Diego, logo que me viu ele abriu um sorriso e umedeceu os lábios.

Guarde isto para minha amiga, lindinho.

—Ei você. - Falei de modo alegre quando ele colocou ambas as mãos em minha cintura. 

—Ei você.  -Ele retrucou sorrindo. A música era muito alta, o som vibrando em nossos corpos. Dançando, aproximei meu corpo mais do dele para sussurrar em seu ouvido.

—Conheço alguém que está muito afim de você hoje. - Falei. Senti seu corpo tremer com o contato, ótimo, eu o tinha.

—Eu também estou muito afim dela. - Ele devolveu, a voz em um tom meio rouco e eu lembrei do meu pai, para meu completo horror. meu pai e Isabella fazendo aquelas coisas na cozinha!

Ri de nervoso me afastando um pouco dele.

—Não sou eu. É a Bree. -Falei direta para cortar a onda dele.

—Bree? - Ele repetiu com certeza sem lembrar de quem se tratava.

—Aquela linda baixinha ali. -Direcionei seu olhar para ela, mantendo nossa dança de balançar para um lado e para o outro. Bree agindo como uma idiota que sabia que o que estava se passando entre nós, arregalou os olhos e virou todo o corpo de costas para nós. Diego riu e eu o acompanhei.

—Ela é fofa. - Ele disse.

—Por que não vai lá conferir o quão fofa ela pode ser? - Estalei a língua. Diego mordeu os lábio ainda avaliando minha amiga, depois me olhou.

—Entre nós… não vai rolar, não é?

Sacudi a cabeça para ele numa falsa expressão de tristeza.

—Ela é minha amiga. Seja bonzinho.

Diego se inclinou um pouco, era alto para Bree, não tanto para mim, seus olho castanhos brilhando com o jogo de luz do salão. Eu tinha certeza de que ele iria me beijar, e desviei a tempo, seus lábios terminando em minha bochecha em um beijo demorado.

—Eu sempre sou muito bonzinho. - Ele disse com o olhar quente. Nerd safado.

—Vá! - O empurrei em direção a pista de dança.

Pronto, meu ato de caridade feito com maestria.

Jasper foi anunciado para assumir o palco e eu me afastei por entre as pessoas, era melhor eu garantir que o amigo do meu pai não faria fofoca por aí.

Fiquei próxima ao bar, mexendo no meu celular sem grande vontade, no twitter as contas que eu seguia só falavam do filme ‘’meia noite dos vampiros’’ as gravações tinham começados. 

—Parabéns pelo sucesso, Isa. -Falei para o telefone em deboche, eu não tinha nem vontade de participar do assunto desde que tinha descoberto que a minha autora era namorada do meu pai.

Ladra de pais. 

—Uma bebida por um beijo.-  Minha bochecha recebeu um beijo estalado de ninguém menos que Jacob Black.

—Jacob. - Resmunguei revirando os olhos. - Achei que ficaria preso.

—Meu velho não permitiria isso. -Ele riu.-Você já me deu um beijo, agora eu pago sua bebida.

Ele passou para mim um copo com um líquido vermelho vindo sei lá de onde.

—Já sou bem grandinha, posso perdir minha própria bebida. -E não sou doida ao ponto de aceitar bebida de estranhos. Ou quase estranho. Ou simplesmente suspeito. Me levantei do balcão.

—Por que está sempre fugindo de mim? - Ele segurou meu braço.

—Primeiro: me solte, não sou sua propriedade. - Ele retirou a mão de mim de forma teatral. - Segundo: Renesmee Carlie Cullen não foge de ninguém.

—Danali.

—O que?

—Seus pais não são casados, nunca foram. Seu nome completo inclui Danali.

—Vá se fuder, Black. - Dei as costas.

—Ness, espera! -Ele me seguiu, eu só queria chegar a parte menos movimentada da boate, e ficar sozinha.

—Isso é sério, porque não gosta de mim? - Ele correu para me passar, parou na minha frente. Sua expressão sincera me desarmou.

—Hum… eu gosto de você. Fui ao seu aniversário, te dei presentes! - O lembrei. Um relógio muito caro diga-se de passagem.

—Esse aqui. - Ele sorriu estendendo o braço. Era o bendito relógio.

—Isto. - Concordo.

—Mas nunca… me dá a menor bola. -Agora ele tinha um biquinho que poderia ser fofo, se viesse de uma criança. Mas não de Jacob Black com seu grandes dentes brancos e olhar malicioso.

Respirei fundo.

—Jacob… você não faz o meu tipo. - Falei uma verdade. Tinha muitos outros motivos, mas este já estava bom.

—Nem para ser seu amigo? - Ele arregalou os olhos em falso alarde.

—Eu não sei. Nós… não somos próximos o bastante. - Dei de ombros pela verdade. 

—Então o que eu preciso fazer para ser seu amigo?

Ele estava sorrindo de novo.

—Eu… eu não sei! Amizade não é algo que se force.

—É algo para se dar uma chance. - Ele levantou o dedo indicador. -Tem uma coisa que quero te mostrar. 

Ele estendeu a mão num convite cafona.

O olhei cética. Algo que quer me mostrar? Sério? Dá pra ser mais óbvio?

—Tem a minha palavra que estará em completa segurança e vou te trazer de volta para cá rapidinho.

—Sua palavra não vale muita coisa. -Brinquei. Ele colocou as mãos no coração de forma teatral.

—Isso magoou. Mas sou forte. Vamos?

Olhei para trás, a pista movimentada cheia de pessoas.

—Ei, se não confia em mim pode confiar na sua mãe.

voltei para ele.

—Minha mãe?!

—Sim, ela já me livrou de ser preso e acusado duas vezes. A mulher é implacável! Não quero que ela me odeie ou me coloque na cadeia por desrespeitar a filha dele.

Ele tinha um ponto.

—Tudo bem. - Aceitei segui-lo, mas não peguei sua mão. Andamos por um corredor estreito, eu não conhecia aquela parte da boate e me perguntei como Jacob conhecia.

—Já estamos chegando. - Ele me fez subir uma escada, ali o som era mais brando, não precisavamos gritar para sermos ouvidos. Jacob parou de frente para um porta preta, e a abriu. Parei desconfiada do lado dele, olhando para dentro com cautela.

Dei uma estudada para dentro.

Minha boca se abriu com o que vi. Ali dentro daquela sala escura, tinha um brilho mágico, proveniente de estrelas e planetas.

—O que… é isso? - Sussurrei entrando. Era como estar no espaço, planetas girando, estrelas, corpos celestes…

—Incrível não é? Eu amo astrologia. - Ele sussurrou também, tinha fechado a porta.

—Como… você fez isso? - Estendi a mão e ela passou por um planeta.

—São projetores, claro. - Ele disse. Eu não conseguia ver de onde viam os projetores, por isso era tão genial a ideia.

—Vi isso uma vez num planetário e quis reproduzir. 

—Por que aqui? - Olhei.

—Ganhei esse lugar de presente de aniversário. Sou o dono agora.

—Acho que vou pedir uma boate de aniversário também. - Ri. Jacob se aproximou mais, eu estava muito entretida com o que acontecia à nossa volta para me importar. Ele segurou uma mecha do meu cabelo, seus dedos tocaram minha bochecha no processo.

—Você é tão linda. - Ele disse.

—Eu sei. - Respondi o que o fez rir. Continuei a absorver o máximo daquilo. - Preciso postar isso. - Falei pegando meu celular.

—Depois. - Ele segurou minhas mãos, estávamos muito perto e não sei se foi o ambiente mágico, meu coração bateu mais forte. O cheiro dele, amadeirado, forte, com certeza um perfume da Carolina Herrera, me inebriou.

—Jacob…- tentei alertá-lo.

—Se deixa levar. -Sussurrou de volta, e eu permiti que seus lábios tocassem os meus. Eram quentes e macios, fechei os olhos aproveitando a sensação, sentimento meu corpo reagir ao seu toque. Abri meus lábios devagar, testando…

péssima ideia, ele me atacou, com fome e desejo. Um mão em minha cintura, a outra em meu rosto, agora tudo era calor e lábios quentes. Sua língua exigente na minha boca, e eu correspondi afoita.

Segurei em seus ombros fortes, o puxando mais e mais para mim, Jacob me inclinou sobre uma superfície macia e eu me deixei levar. Ele abandonou meus lábios para explorar meu pescoço, arfei, gemi.

—Jacob… 

—Isso… diz meu nome. - Ele deu pequenas mordidas no local.

—Me segura forte. - Falei me espremendo mais de encontro a ele, sem me reconhecer.

—Sim, baby. -Nos beijamos de novo, suas mãos tentando explorar meu corpo.

—Assim… - Falei quando senti seu quadril empurrar em direção a meu pela roupa.

O que iria acontecer?!

—Calma baby, eu te dou. - Ele disse descendo pelo meu colo.

Ele empurrou mais seu quadril e esfregou junto ao meu.

A realidade me atingiu como um soco no estômago e eu o empurrei.

—Não, eu preciso voltar. -Falei respirando pesado.

—Tem certeza? Parece que você quer ficar. - Ele passou a língua pelos lábios.

—Tenho certeza, Bree deve estar preocupada.

—Ela parecia muito envolvida com Diego mais cedo…

—Preciso sair, Jacob! - Falei dura me aproximando da porta.

Ele abriu os braços como que rendido.

—A porta está aberta. - sinalizou. Abri a mesma constatando o que ele havia dito.

Ofegante e com o rosto em chamas, voltei para a pista de dança para encontrar Bree dançando com Diego. Quando me viu pareceu nervosa, mas eu não conseguia me importar com seus motivos, talvez pela minha cara ela tenha imaginado que eu a chamaria para ir embora.

—O que houve? - Ela gritou para mim.

—Preciso me recompor.

Ela olhou em volta nervosa.

—Sim, banheiro! Vá ao banheiro, você está péssima! -Disse.

—Uau, obrigado pela sinceridade. - Retruquei. Andei em direção aos banheiros, tentando recuperar minha respiração.

O que tinha acabado de acontecer?

Jacob?

Jacob Black?

Eu beijei Jacob Black!

E tinha gostado muito disso.

Era um pesadelo senhor.

—É um pesadelo. - Gemi me encostando na parede do corredor vazio.

—Acho que eu estou mais para sonho. -Todo o meu corpo se retesou com aquela voz. Que eu esteja tendo uma alucinação!

Abri os olhos para encontrar o rosto… perfeito de Riley na minha frente.

Por sorte meu choque só durou um segundo, logo me recompus.

—O que faz aqui? - Cuspi com nojo.

—Buscando diversão, como você. -Ele disse me olhando dos pés a cabeça.

—Está errado, eu busco distância de você. - Fiquei ereta e o dei as costas. Ele segurou o meu braço. O que na maldita terra, havia de errado com esses homens segurando meu braço?!

—Me solta, porra! - Puxei o braço com força.

—Você já foi mais educada. -Ele reprovou.

—Guardo as minhas boas maneiras para quem merece. - Cruzei os braços sob os seios, uma proteção. Também os deixam mais empinados e bonitos, não que eu quisesse que ele notasse como tinham crescido desde da última vez em que ele os viu…

—Continua de pavio curto. Senti sua falta, Nessie.

—Eu não posso dizer o mesmo. Onde está sua namorada?

Riley fechou os olhos, parecia sentir dor. Tentei não deixar que aquilo me afetasse.

—Então Riley?

—Nessie… eu sinto muito. Por… tudo?

—Por nascer?- Debochei. - Um pedido de desculpas deve ser detalhado.

—Você aceitaria um por escrito? - Ele sorriu torto, o perfeito sorriso do cafajeste, e eu odiei a reação que o meu coração teve.

Não, Renesmee, você não é apaixonada por esse cara!

ou sou?

—Com eu disse por mensagem… enfie onde o sol não bate!

—Renesmee. - Pronto, ele disse meu nome daquele jeito. Naquele tom. Por que existiam malditas borboletas no meu estômago? Fechei os olhos, era isso, se eu não olhasse para ele poderia ser mais fácil.

—O que você quer, Riley? - Já não brincou comigo o bastante?

—Sinto sua falta. - Quando foi que ele se aproximou desse jeito?! Sua respiração estava a centímetros do meu rosto. -Sei que também sente a minha. Foi um erro estúpido terminar, Nessie.

—Foi você quem quis.- Doía falar a verdade, mas eu quis perdoar a traição. Ele terminou comigo por aquela ruiva de farmácia!

—Desculpe, Laranjinha. - Ele sussurrou o apelido ridículo que me chamava. Eu não tinha desculpas para o que aconteceu depois disso. Eu amoleci, quando senti seus lábios nos meus eu o beijei de volta.

O beijo não foi calmo, tinha saudades e uma dose exagerada de raiva da minha parte. Eu queria puni-lo com aquele beijo. Minhas mãos foram para seus cabelos, mordi seus lábios e ele gemeu. Senti o gosto de ferro do sangue dele na boca. 

—Selvagem. - Ele sussurrou me apertando mais. Puxou meu quadril de encontro ao seu, enfatizando sua ereção. Foi a minha vez de gemer.

Aquilo não era certo, não podia ser assim.

Ele não podia ter aquele tipo de poder sobre mim.

—Riley… menos. Nós não estamos bem. - Falei.

—Que isso Ness?! Você me quer. Sei disso.- Ele disse rápido.

—Não muda o que você fez! - Retruquei.

—Não muda o que você me fez fazer! - A devolução dele foi como um soco na boca o estômago. O segundo da noite.

Então ele continuava a me culpar por não ter transado com ele?!

—Tá vendo? Você continua um babaca! Eu vou embora! - Gritei o empurrando.

Dei as costas a ele, meu cabelo voando e o atingindo no rosto. Ele pegou a droga do meu braço de novo! -hey… não. Desculpa. Eu… eu fui um idiota. Antes com todo o lace da Vick. E agora. Me desculpa.

Sua voz foi suplicante. Mas eu estava magoada.

—Você me traiu com ela! Eu confiava em você! Eu gostava de você! - Eu gosto de você! Infelizmente eu gosto de você!

É claro que ele iria se defender.

—Eu estava com muita pressão. Todo o lance da candidatura do meu pai a prefeitura, depois pressão para a faculdade… um cara tem que se aliviar, Nessie.

A maldita pressão em cima dele. Eu conhecia seus pais, sabia de toda a cobrança em cima dele desde sempre… o sexo era para isso, certo? Principalmente para os homens… se aliviar.

Será que serviria para mim? Para aplacar esse… vazio no meu peito?

Será que eu estava pronta agora?

Meus pensamentos foram para Jacob, nosso beijo na sala escura mais cedo. Ele com certeza estava acostumado com sexo fácil. Será que eu teria… feito aquilo com ele?

Eu estava pronta para fazer agora com Riley?

—Eu… não estava pronta. Não gosto de ser pressionada. - Falei com a voz falhada. Eu me sentia muito exposta diante de Riley. Era como se seus olhos pudessem ver minha alma.

 

—O lance com a Vick acabou, Ness. Vamos voltar a ser eu e você? Seria perfeito. Até meu pai iria amar. Você é a norinha dele, sabe disso.

—Riley… - Falei mole. Sua voz, seu cheiro… tudo nele era atrativo para mim.

—Vamos para o meu apartamento. É novinho, você não conhece. Vamos Estreá-lo juntos, voltar em grande estilo.

Voltar! Quantas vezes eu quis isso nesse tempo de separação?

—Eu não sei… - tentei lutar. Minha voz era fraca, Riley me tinha.

—Renesmee, finalmente te achei! -A voz veio de perto, e senti meu corpo gelar mais uma vez.

Se Isabella estava aqui, significava que meu pai estava aqui também?

*Tempo atual*

 

Agora eu pensava em tudo isso, sentada na poltrona puída no antiquário do senhor Joshua, pai de Kaure, amiga do meu pai. 

—Aqui criança. - Ele me trouxe um copo de leite com biscoitos.

—Não estou com fome. - Contei. Deveria estar já que não tinha comido nada.

—Vocês crianças. - Ele torceu os lábios enrugados. - Precisam comer, comida de verdade não essas coisas industrializadas. Beba esse leite. - Ele ordenou e eu peguei o copo sorvendo um pouco do líquido.

—O que tira a tua paz criança? -Ele perguntou com seus olhos cansados sobre mim.

—Minha mãe me odeia. - Falei com o nó voltando a minha garganta.

—Tsc… mães não odeiam seus filhos.

—A minha odeia. - Contei.

—E você?

—Eu?

—Você a odeia?

A pergunta me pegou de surpresa. Eu odiava Tanya?

Não foi a imagem dessa manhã que veio a minha mente, e sim uma que estava muito enterrada dentro de mim. Tanya abraçada a mim em baixo das cobertas durante o inverno, seu cheiro, seu cafuné. Ela murmurando uma melodia doce para mim.

Eu nunca poderia odiar minha mãe.

outra imagem, nós duas no chão da sala conversando antes de Félix chegar. Eu me senti realmente conectada a ela naquele momento.

—Eu amo a minha mãe.- Falei e o nó se rompeu, eu estava chorando.

—Isso criança, pode chorar. chorar faz muito bem. -Ele deu tapinhas nas minhas costas. Tampei o rosto com as mãos e chorei.

—Eu...não sei… porque essas coisas...acon...a...acontecem comigo! Não sei porque meu peito parece ter um buraco o tempo todo! E eu não consigo respirar!

Ele não disse nada, continuou a afagar minhas costas, permitindo que eu chorasse e reclamasse.

—E pra piorar tudo, meu pai agora tem uma namorada perfeita, que vai ter a família perfeita com ele, e eu… serei o erro dele. -Terminei contando sobre meu pai.

O senhor Joshua ficou em silêncio, fitando suas mãos enrugadas. Parecia que eu estava ali a muito tempo, nenhum cliente tinha entrado. Reparei que ele tinha virado a plaquinha de ‘’aberto’’ para ‘’fechado’’ na porta. 

—Eu conheço o seu pai desde que ele era um vara pau. - Ele disse se referindo a adolescência do meu pai. - Um menino muito bom, ele e a minha Kaure ficavam por entre esses livro durante horas!

Fiquei quieta, finalmente eu conseguia respirar direito.

—Eu olho para minha filha, para Edward, para todos os amigos dela… e vejo as crianças cheias de sonho que foram. Isso incluiu a sua mãe.

Continuei esperando sem saber onde ele queria chegar.

—Havia um cantor brasileiro que eu gostava muito. Ele era um poeta, de verdade. - Ele se levantou, ouvi os movimentos dela a minha volta. Ele voltou com um disco de vinil.

—Se prepare para ouvir música de verdade. - Ele me sorriu.

—Se o senhor me dizer o nome eu posso colocar no youtube. - Falei.

Youtube, youtube. Vocês não sentem a música, não apreciam em sua essência. - Ele colocou o velho disco em uma vitrola.

Nossa, aquela coisa funcionava mesmo?

Uma melodia suave foi nos envolvendo, calma, leve. A voz do cantor nos envolveu, tão suave quanto. Eu não entendia o que ele estava dizendo muito bem, e podia estar me confundindo, meu espanhol não era tão bom, e ele só me confundia se eu ouvisse algo em português. 

O refrão era cantado com paixão. Eu não sabia o que ele estava dizendo, e não queria confiar no meu espanhol para comparar… mas mexeu com algo dentro de mim e eu voltei a chorar.

—Eu não sei o que ele está falando, e mesmo assim eu estou chorando. - Limpei algumas lágrimas.

—Você conhece a linguagem da música. - Senhor Joshua disse. -A sua mãe, o seu pai… são crianças como você. O que você vai ser quando você crescer*. Tenha mais calma com eles, e fale como você se sente.

—Não é fácil dizer, senhor Joshua. Não é fácil quando eu não faço ideia de como me sinto.

—Diga isso a eles. - Ele sorriu. -Conte a eles o que me contou… eu não tive dificuldades para me conectar com seus sentimentos. 

—Por que o senhor é um anjo! - Eu ri, mas engasguei por causa do choro.

—Não sou criança. Converse com seus pais. Diga tudo, grite. Coloque para fora. Não guarde nadinha. 

—Senhor Joshua… -eu não sabia o que dizer, eu tinha chegado ali uma bagunça e agora esse senhor simpático me trazia de volta a realidade.

—Você pode começar com aquele moço ali. - Ele indicou um ponto atrás de mim.

Parado na entrada da sala, meu pai estava com os olhos reservados.

—Vou deixá-los conversar. - Senhor Joshua disse saindo devagar.

—Legião Urbana… grande Raul Seixas. - Meu pai disse contornando a poltrona onde eu estava. Ele mexeu na vitrola e a música voltou ao começo.

—Eu nunca tinha ouvido essa música. -Contei.

—Eu e sua mãe cantávamos para você. Quando você era um bebezinho. - Papai falou com o olhar distância. -Até que Rosalie brigou conosco porque é uma música muito triste. ‘’Vão deixar a criança deprimida’’! -Ele disse com a voz da tia Rosalie em sua imitação perfeita dela.

—Ela queria me proteger com certeza. 

—Sim. -Ele se sentou no chão empoeirado de frente para mim. - Grande noite ontem?

A pergunta me pegou de surpresa… o que Isabella tinha dito a ele?

—A semana toda tem sido grande. - Fugi.

—Desculpe se andei meio ausente. -Ele fez uma careta - Resolve se eu dizer que fui apenas humano?

—Se você fizer vitamina para mim todos os dias e levar na cama… talvez. -Fiz charme. 

—Tudo que você quiser monstrinha. - Ele abriu os braços e me joguei ali. Dessa vez não senti vontade de chorar, eu estava em casa. O abraço do meu pai juntava todos os meus pedacinhos.

—Eu posso ficar na sua casa? 

—É a sua também. - Ele disse nos meus cabelos me apertando mais forte.

—Briguei com Tanya hoje.

—É, eu soube.

—Ela insiste em ficar com aquele cara casado. - Meu tom era revoltado.

—Filha… só você importa agora, ok?

Assenti.

—Eu vou conversar com a sua mãe, você vai ficar comigo o tempo que quiser. Mas não quero que fiquem brigadas, vocês vão conversar.

Assenti de novo. 

—Bella me alertou para um… provável distúrbio alimentar em você.

é o que?!

—Pai, o meu único problema é Tanya com aquele cara ridículo! E o Riley que resolver surgiu de novo na minha vida, e agora… a Bella que acha que sabe alguma coisa sobre mim!

Eu estava olhando para ele agora, pronto falei!

—Talvez ela saiba uma ou duas coisas. - Ele disse muito calmo. - Vamos para casa, sua mãe vai nos encontrar lá para conversarmos mais tarde.

—Claro que ela vai mais tarde, talvez muito tarde, depois que todos os compromissos importantes dela acabarem! - Me levantei buscando minha mochila e marchei para fora da sala. Quase trombei com o senhor Joshua.

—Já vão? - Ele perguntou.

—Sim senhor, muito obrigada. Por tudo. - Agradeci.

—Obrigada por cuidar dela. - Meu pai disse.

—O que é isso, eu criei uma menina sozinho. Entendo de mulheres.  -Ele disse divertido.

—Ensina algo ao meu pai, senhor Joshua. - Falei os deixando a sós.

O carro do meu pai estava na frente da loja, fiquei do lado do veículo aguardando ele.

—Renesmee, eu não quero problemas entre você e Isabella, ok? - Foi a primeira coisa que ele me disse quando saiu. 

Ele achava que eu criaria problemas com Isabella? Era essa a preocupação dele sobre tudo? Sobre mim?

Se eu causaria problemas com Isabella?

—Não se preocupe, papai. - Sussurrei engolindo meu orgulho.

Eu não causaria problemas.

Eu seria O PROBLEMA.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*desenho animado, no estilo "as panteras".
*Trecho da música "Pais e filhos" do Legião Urbana.
Agora... segurem os forninhos que vem confusão Bella X Renesmee por aí!
Bjs, vejo vcs nos comentários, tt, Ig, whats...kkk