A Namorada Do Papai escrita por Thay Paixão


Capítulo 33
A complicação extra


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui exatamente no dia que disse que viria! quero parabens por isso. kkk
Serio, obrigada por cada cobrança por capitulo, porque isso me ajuda mesmo a escrever.
Boa leitura e desculpe pelo capitulo pequeno. Foi necessário.



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Isabella.

 

—Eles se beijaram! - Bella voltou dando literalmente ‘’pulinhos’’.

—Acho que eles podem ouvir você quase demolindo a casa. 

—Não seja estraga prazeres. Ele veio até aqui para encontrar ela! Isso foi tão romântico! 

—E agora o...garoto, está dando uns amassos na minha filha no andar de baixo. Eu não quero pensar muito nisso.

Ele estava sentado na minha cama, pernas cruzadas, braços cruzados, e a expressão fechada.

—Edward… achei que você gostasse do Alec. - Me joguei ao seu lado o abraçando pelos ombros.

—Gostar é uma palavra forte demais, Bella. - resmungou.

—Achasse ele tolerável? - Tentei puxando seu rosto para ver sua expressão. 

—Quando ele não está enfiando a língua na garganta da minha filha.

Não aguentei, soltei uma risada.

—Não tem graça.

—Tem toda graça sim.

Edward se jogou de costas na cama.

—Ele é um bom rapaz, Edward.

—É, eu sei. Eu só não quero que ela se magoe de novo.

—Vamos deixar esse menino no nosso terreno, observar todas as atitudes dele. Ele estará sob nosso controle. - Prometi.

—Gosto de como pensa. - Edward finalmente sorriu, segurou meu rosto e buscou meus lábios.

Algum dia eu me cansaria daquilo? Dos seus lábios nos meus, se movendo em harmonia, das sensações que ele despertava em mim…

suas mãos passeando pelo meu corpo, descendo pela minha cintura, apertando meu quadril, descendo mais até se infiltrar por dentro do meu vestido…

—Não vai rolar sexo de Natal aqui. - Avisei.

—Eu quero o meu presente.

—Não com os meus pais dormindo no quarto ao lado. Se coloque no lugar de Charlie… ah, você já está nessa posição. - Lembrar de Renesmee e Alec em outra sessão de amassos no andar de baixo me fez rir de novo. 

—Ok, perdi qualquer vontade de fazer amor hoje. -Ele voltou a expressão de menino contrariado.

—Ah Edward… eu amo tanto você! 

E eu estava tão feliz! Aquele sem dúvida era o melhor Natal de todos.

—Prometa que esse será o nosso primeiro de muitos natais. - Pedi.

—Eu prometo. Nada mais tem graça pra mim sem você.

Nos beijamos, esquecendo de onde estavamos… apenas seu corpo no meu e…

o celular dele tocou. Ele estava olhando muito aquele aparelho, mas agora, não deixou de me beijar para atender.

—Quem é? - Arfei afastando meu lábios.

—Não deve ser nada importante.

— ‘Nada importante’’ não liga na noite de Natal. 

Ele se deu por vencido, se afastando um pouco. Eu não gostava nada daquela expressão.

—Edward, tem algo errado. - Não era mesmo uma pergunta, eu já o conhecia muito bem.

A tensão súbita em seu corpo.

—Eu queria esperar as festas terminarem para te falar, mas acho que não vai ter jeito. Primeiro, prometa que confia em mim, e nada vai abalar essa confiança.

Eu me preparei, nada depois de um pedido de confiança poderia ser coisa boa.

—Eu confio em você. - Falei. - Só você pode fazer algo para abalar essa confiança.

Ele bufou.

—Eu não fiz nada, tenho certeza. Mas as coisas podem… indicar que eu fiz.

Cansa e tensa com o que quer que fosse, me afastei dele, sentei na beirada da cama, de costas.

—Ok, Edward. Apenas diga.

—Me prometa…

—Não vou prometer nada! Apenas diga logo!

—Tudo bem! Só não tem motivo para todo esse drama, você confia em mim? vou precisar que confie em mim…

—Se continua a exigir uma confiança seca, eu vou supor que não posso confiar em você.

—Tá bom! Vou dizer de uma vez…

Me endireitei para olhar para ele.

Parecia nervoso.

—Tem essa mulher… Tara.

—Ah não, Edward! Por que você sempre tem um problema com mulheres?!

Eu poderia estar exagerando, mas só um pouco. Só parecia que TODOS os meus problemas com Edward eram acorrentados por uma mulher.

—Posso falar?

—Diga logo. - Eu estava de pé agora. 

—Eu fiquei com ela uma única vez, no ano passado. Foi uma coisa totalmente inesperada, nós nos conhecemos…

—A forma como vocês se conheceram faz muita diferença para o que você quer me dizer sobre ela?

—Faz… para você acreditar que eu não tenho nada a ver com o que ela está falando.

—Ai minha santa das mulheres virtuosas, me de forças. - Pedi.

—Essa santa existe?

—É melhor que exista, porque estou prestar a cometer um homicídio! Fala logo Edward!

—Você está muito nervosa.

—É culpa de quem? - Ironizei.

—Pois bem. Tara está me ligando e mandando mensagens pedindo ajuda. Ela teve um bebê a alguns meses, e precisa de ajuda financeira com ele. 

—Não me diga… -Pedi. Eu não iria engolir essa. Não mesmo! Era melhor ele nem falar se ainda me queria na vida dele.

—Ela está dizendo que o filho é meu.

Ele disse.

Ele fudidamente disse.

Era bom que estivessemos em Forks e o meu pai fosse o chefe de polícia. Ele iria burlar a lei por mim, pelo menos eu esperava.

Se não… as florestas de Forks eram perfeitas para esconder um corpo.

—Puta que pariu, Edward! - Joguei a primeira coisa que vi pela frente nele. Era um livro.

—Ai!

—Ai?! Como assim você tem outro filho?

—Shi! Quer acordar seus pais?

—Foda-se! Você não pode fazer isso com a gente!

—Bella, tem que confiar em mim! Esse filho não é meu!

—Como pode ter certeza?

—Eu usei camisinha! Sempre uso! Não com você.

—Vai se fuder! - Joguei outra coisa nele, era uma das bolsinhas de maquiagem.

—Para com isso!

—Você foi um idiota! Como pode ter certeza de que usou camisinha? Que propósito essa…

—Tara.

—To me fudendo pro nome dela!

—Nunca ouvi você falar tanto palavrão. É meio sexy.

—Sexy é eu escondendo o seu corpo na floresta! Como pode?

—Por isso não queria te contar. Bella, esse filho não é meu. Ela pode ter os motivos dela para dizer isso, como eu disse ela precisa de ajuda financeira. Talvez acreditasse que só assim eu iria ajudar, mas não. Eu vou ajudar, e te provar que esse filho não é meu. 

Ele parecia calmo e seguro.

Mas eu não. 

Senti que estava prestes a chorar.

—E se for seu filho? - Perguntei no tom mais normal que consegui.

—Não é, não precisamos pensar na possibilidade.

—Mas e se…

Ele se aproximou com um pouco de cautela, os olhos pedindo para que eu não arremessasse mais nada nele. Permiti que se aproximasse.

Segurou meu rosto entre as mãos. 

—Não é meu filho. Tara é uma mulher… com problemas. Eu não a conhecia muito bem quando… tivemos esse caso de uma noite, mas depois Jasper me falou dela. Um pouco. Imagino que isso a tenha feita dizer essas coisas, mas esse filho não é meu.

—A quanto tempo está sabendo disso?

—Foi no dia em que chegamos.

—Deveria ter me dito.

—Não queria estragar o Natal.

—Se quer tanto que eu confie em você. aprenda a dividir as coisas comigo.

Não queria mais ouvir nada dele, desci ao primeiro andar, era melhor ver como Alec iria se acomodar e colocar Renesmee para o quarto.

Os dias para  o ano novo foram estranhos, entre Edward e eu. Alec pediu para namorar Renesmee, e minha mãe só parecia se derreter aos pés do garoto de tão apaixonada que estava por ele. James nos deixou antes do ao novo, ele faria um show privado em Seattle e eu quase decidi ir com ele, só para estar longe de Edward, mas isso não seria certo com meus pais ou com Renesmee.

Então fiz a coisa mais madura que sabia; limitei a troca de palavras com ele.

Passei a maior parte do tempo com a minha mãe, agora que Alec estava aqui tínhamos perdido Renesmee, ele faziam caminhadas pela cidade, conhecendo o pouco que havia sobre Forks.

Foi um alívio quando fomos para Nova York dia dois de janeiro.

—Sua greve de palavras vai durar muito mais? - Edward me questionou no assento da primeira classe no avião de volta. 

—Até resolvermos o assunto ‘’Tara’’. 

—Bella, eu disse; esse filho não é meu.

—Tem certeza?

—Tenho. - Ele me disse com firmeza. Mas como fazê-lo entender que só o fato de existir essa mulher, com essa possibilidade me perturbava?

—Edward, o que você faria se eu tivesse um filho? 

—O que?

—Você entendeu a pergunta.

—Sim, mas não entendi o propósito.

—Apenas responda, o que você faria se eu tivesse um filho? 

—Iria amá-lo, porque é um parte de você.

—O que você faria se tivesse de lidar com o pai dele? Comigo, tendo que ver e conversar com um ex, com que eu tive um filho e fui feliz de alguma forma? O que você faria se a cada momento surgisse uma história minha com um ex? 

Ele ficou calado, devia estar refletindo.

—Não precisa responder. Só queria que entendesse… não foi fácil me encaixar na sua vida,principalmente por causa do seu histórico de ex. Espero que a Tara, seja a última surpresa. 

Coloquei os fones de ouvido e tentei me concentrar no filme que passava com todas as forças. 

 

—Não é meu. - Edward jogou uns papéis na mesa de centro. Eu estava sentada no sofá digitando no meu notebook o que vinha a mente sobre o livro. Não estávamos bem desde o Natal. Ele tinha insistido para que eu fosse com ele conhecer a tal mulher, acompanhasse ele no exame de DNA. Mas eu não quis ir. Não me dizia respeito. 

—Devo te dar os parabéns?- Perguntei.

—Eu nunca achei que fosse meu. - Ele disse sério. 

Deixei o aparelho de lado.

—E como ficou a situação?

—Eu não era o único cara lá para fazer o teste DNA. O bebê tem leucemia.

—Ai meu Deus. - Sussurrei. 

—Prometi ajudar com o tratamento, Jasper também. Ela queria se desculpar por ter dito que era meu mesmo quando sabia que não era… não imaginou que eu pudesse querer ajudar de outra forma. Não sabia que eu tinha alguém e isso me colocaria em problemas.

—Isso só serviu para mais uma vez mostrar a fragilidade do nosso relacionamento.

—Não faz isso. - Ele se sentou ao meu lado, pegou minhas mãos.

—Eu pensei muito naquilo que você disse no avião, sobre se… em palavras simples a história se invertesse. Eu… ficaria puto, Bella. Imaginar que você tivesse outro homem em sua vida, como eu tive outras mulheres… que tivessem com outro homem o que eu tive com Tanya. Eu iria aceitar um filho seu, é claro. Eu faria tudo para essa criança me amar… mas ficaria puto com a história, com o elo que você teria com outro alguém. 

—Eu sei. - Sorri.

—Sei que não quer ouvir com detalhes o meu passado, do mesmo jeito que eu não quero ouvir o seu, por menor que seja. Mas eu te prometo, isso não vai mais acontecer. 

—Nenhuma ex maluca com uma criança a tira colo?

—Nenhuma. - Ele riu. -Mas…

—Ah não Edward!

—É brincadeira. Só quero acrescentar que seja o que for, eu vou te contar. Primeiro. 

—Confiança.

—Confiança. 

 Tocamos nossas testas.

—Agora que você entendeu o meu ponto… que tal aproveitar que temos a casa só para nós…

—Por favor!

Ri quando ele me pegou no colo, só para me deitar no tapete da sala, seu corpo sobre o meu.

—Tara… nunca ouvi falar nessa mulher. - Rosalie disse deixando mais um macacão de bebê no balcão. -Vou levar esse também. - Disse para a vendedora.

—Jasper me falou, era uma amiga dele. Ele a apresentou ao Edward.-  Alice sem meteu trazendo sapatinhos de bebês.

—Essa criança vai ter mais roupas do que tempo para usar. - Resmunguei.

—Odeio quando diz ‘’era uma amiga’’. Eles não são mais?

Alice deu de ombros. 

—Ele mesmo falou dela nesses termos, quem sou eu para contrariar?

—Ela precisa de ajudado com o bebê, devia estar desesperada, por isso inventou que era o Edward. - Expliquei.

—Tipico, te digo mais, Bella; se não fosse você na vida do Edward, ele iria assumir essa criança.

—Rosalie! - Alice ralhou chocada.

—O que? Você o conhece, mesmo sabendo que o filho não era dele, ele poderia acabar assumindo só por caridade.

—Quem assume um filho por caridade?

—Meu irmão. - As duas falaram juntas e riram.

—E o Petter, Rosalie? - Perguntei para mudar de assunto.

—Continua a se fazer presente mesmo longe. Tem dias que eu durmo com o celular encostado na barriga para o bebê ouvir a voz dele. Ele diz que o filho precisa reconhecer a voz dele quando nascer.

—Acho que isso não faz bem ao bebê, você sabe, com essas coisas de ondas eletromagnéticas… - Alice disse.

—Acho que é lenda.

—Não tenho certeza, Rose, talvez Alice esteja certa.

—Vou perguntar a minha médica. De qualquer forma, é engraçado, mas ele não faz falta. 

—Rosalie! - Foi a minha vez de me juntar a Alice na repreensão.

—O que? eu só sou sincera. Mesmo que eu goste da companhia dele, é bom ter a minha casa, o meu espaço, o meu tempo com meu bebê… - Ela acariciou a barriga. 

—Pensa em dar o pé nele? - Alice perguntou sem prestar atenção a irmã, tinha voltado a olhar os sapatinhos de bebê com atenção.

Prendi a minha nos vestidos de babados.

—Acho que sim… é estranho eu não sentir falta dele, não é? Estou carregando a criança dele, e me sinto cada vez mais indiferente a ele.

—Acho que você ainda gosta do Emmett, só é cabeça dura para perdoar. 

—Alice! - ralhei. Esperava que ela não concluisse isso dizendo que eu fui a pessoa que observou isso para ela, eu não queria contrariar Rosalie.

—Quem te disse isso?

—Ninguém precisaria me dizer isso. Afinal, eu vi você e ele fazendo um lanchinho na casa da mamãe e do papai.

—Foi mesmo? - Me meti. Rosalie corou.

—Mamãe armou para mim. Ela me chamou para tomar um café, mas chamou ele também. Esqueceu de mencionar essa parte, e a que ela tinha marcado de comparecer em um chá beneficente.

—Mamãe torce por você e Emmett, e isso não é segredo nenhum. 

—Emmett e eu não temos volta, Alice. Posso conviver com ele… mas não seremos mais um casal.

Alice revirou os olhos sem a irmã ver, parecia completamente convencida de que voltaria a chamar Emmett de cunhado. Bom, se fosse uma aposta, eu não apostaria contra Alice. 

Ao contrário de outros anos, Janeiro parecia voar. Logo eu teria que estar cumprindo agenda de eventos para o lançamento do livro. Que seria no dia dos namorados, em fevereiro.

Renesmee estava animada com tudo, e quase nas nuvens com o atual namorado.

—Acha que podemos ir com você na Premiere do filme? 

—Quantas pessoas?

—Todo mundo, Alec, Jane, Seth, Bree e Diego. 

—Fico feliz pelas coisas terem se acertado entre você e Bree.

Renesmee deu de ombros sem dar grande importância.

—Somos amigas há muito tempo. Não poderia ser de outro jeito. Agora, namorando o Diego sem mentiras, ela parece melhor. Eu também tenho sido uma pessoa melhor.

—Vou ver o que consigo fazer.-  Prometi. Estávamos cuidando do jantar, já que Maria a empregada que Renesmee trouxe quando se mudou de vez, estava de folga.

Era divertido cozinhar com ela, a cada dia que passava ela mostrava mais habilidades.

—Fiquei feliz por você não ter dado o chute no meu pai depois daquela história da Tara. 

Ela tinha me contato que tinha visto a mensagem da mulher no celular do pai.

—Eu amo o seu pai, mas odeio o passado libertino dele. 

—Com tada a razão. Ainda bem que não deu em nada, não sei se poderia desempenhar um bom papel de irmã mais velha nessa situação.

—Em qual situação seria ideal?

—Na situação onde você é a mãe. Só espere o momento de tia Rosalie e Jane passar, por favor. - Ela riu.

—Vou ver o que posso fazer. - Prometi. Ter um bebê não estava passando pela minha cabeça, tínhamos pouco tempo juntos.

—Deveriam se casar, isso sim. -Ela disse concentrada na panela no fogão onde mexia o molho. - Já vivem como se fossem casados, uma festa de casamento seria ótima.

—De a dica para o seu pai, eu não me oporia a ter um lindo diamante nos dedos. - Brinquei.

—Estou dando a dica para você. - Ela se virou para piscar para mim.

Pedir Edward em casamento?

Eu?

—Vamos ver, estou concentrada no lançamento do filme, então tem o próximo livro… planejar um casamento não é o dia para noite.

—Vocês poderiam ficar noivos apenas. Seria lindo! Podíamos fazer uma linda festa de noivado… no dia dos namorado!

—Calma! Da onde vem toda essa onda de cupido?

—O amor está no ar, Isabella? Não vê? Está no ar. - Ela suspirou.

—Ela estava tão feliz com o namoro com Alec, que só podia imaginar coisas assim para todos a sua volta.

—Vamos deixar essa história de noivado para outra hora, quem sabe se o seu pai e eu sobrevivemos ao primeiro ano de namoro?

—Humpf. - Ela fez o som. -Você parece mais romântica nos livros. -Queixou-se.

Fiquei quieta, depois dos altos em baixo com Edward, eu estava mesmo mais romântica apenas nos livros. 


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Notas finais do capítulo

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