Rakujitsu escrita por G_Namo


Capítulo 2
Inverno


Notas iniciais do capítulo

Como disse antes, essa fic deve ser lida com calma e o propósito dos pontos e vírgulas deve ser levado a sério, recomendo uma trilha sonora mais sossegada, as composições do Yiruma são uma ótima ou músicas típicas de países asiáticos (tipo aquelas músicas de Yoga, hah).



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日没

 

Rakujitsu


Inverno

 

 

Foi no dia que começaram a cair os primeiros flocos de neve, na manhã na qual ela acordou e sem precisar olhar pela janela vestiu seu quimono de inverno e pegou seu manto e sua pele mais quentes.

 

Seu percurso matinal o mesmo de sempre, porém diferente. Não só pela mudança da estação, mas por ser seu último dia ali, fechou os olhos ao sentir a maciez da pelugem de sua echarpe acariciar seu rosto e ao mesmo tempo uma sensação eletrizante quando o menor traço de vento entrou pela brecha em seu pescoço. Respirou profunda e calmamente.

 

Dias como esses pedem por mudanças, mudanças já estabelecidas há mais tempo do que imaginado, que não estavam a seu critério, nem de seu pai e nem mesmo do imperador, são dias como esses que a fazem sentir-se pequena como uma semente em um canteiro de grandes girassóis, como os que havia visto na viajem com sua tia no oeste distante.

 

Despediu-se Dele quando este subiu ao seu posto e brilhou mesmo estando ofuscado por nuvens cinzentas, desta vez algo de diferente, fora de sua rotina acontecendo, algo que não era uma mudança e que ela havia estabelecido na noite anterior, uma intervenção.

 

Desenrolou de seu pulso um pedaço de seda vermelha e amarrou-o na mão deteriorada de uma das estatuetas de monges na passarela, fechou os olhos e disse seus oratórios, não pediu nada em especial e tampouco tinha nada pertinente em sua mente, estava apenas prestando seus últimos respeitos aos desejos das pessoas que ela não conhecia, mas sabia que existiam.

 

- x -

 

- Você se parece tanto com ela... - ouviu sua tia dizer, o tom não era triste, mas um tom de saudades, saudade que não te faz chorar, saudade que te faz lembrar, o tipo de saudades que é boa - o cabelo -continuou a mulher mais velha passando a escova pelo longo cabelo escuro de sua sobrinha - o nariz - dessa vez sua irmã mais nova apertando de leve o pequeno nariz dela com a ponta do dedo, fazendo as três mulheres rir - a risada - ela agora olhava com carinho para sua tia que refletia o mesmo olhar - o jeito meigo - fechou os olhos quando sentiu a mão suave e quente acariciar seu rosto - tudo minha pequena Hinata, você é a imagem de Himiko, - com a ajuda de Hanabi ela agora fazia o coque - tenho certeza de que ela esta nos assistindo agora, esperando pela sua vez de voltar ao nosso mundo...

 

- Tia... - a menor disse - a senhora também vai estar comigo no dia do meu casamento, não é? - Hinata e Hinoto sorriram para a mais nova, não importava o quanto a personalidade de Hanabi fosse confiante e segura, sempre teria esse lado em que ela se tornava insegura e temia seus próprios medos, ela era apenas uma criança afinal de contas, não havia porque agir diferente.

 

- Claro que vou, - Hinata apertou a mão de sua irmãzinha de leve quando a escutou suspirar aliviada - e vou fazer o seu cabelo, sua pintura, sua vestimenta e sua irmã vai ajudar da mesma maneira que você está aqui hoje ao lado dela.

 

Colocando o ultimo enfeite no cabelo de sua sobrinha, Hinoto pousou suas duas mãos sobre os ombros da mais velha que sentava em uma cadeira, ao seu lado Hanabi estava com os braços sobre o colo de Hinata e descansava o rosto em suas mãos, as três agora olhavam para o espelho sorrindo serenamente.

 

- Quero lembrar-me de nós assim como estamos agora r13; começou ela - nada mais e nada menos - e por alguns minutos permaneceram assim, sem pensar em nada de especial, olhando para aquele espelho um tanto gasto e antigo do monastério.

 

- Com licença - escutaram alguém dizer batendo na pesada porta de madeira do aposento - a cerimônia já está quase pronta, em pouco tempo Hyuuga-sama pode deixar o quarto - assim que deu o recado o monge se retirou e apenas escutaram os passos que ecoavam pelas paredes coloridas do monastério.

 

No mesmo instante Hinata levantou-se, juntou as mãos e respirou profundamente, era hoje, hoje que ela havia de casar-se, hoje que ela havia de virar uma esposa, mudar de casa, começar uma vida nova, tudo isso soando um pouco demais para ela, apesar de que esses sentimentos permaneceriam dentro de si e apenas ela saberia deles.

 

- Querida - mais uma vez sua tia estava com as mãos sobre seus ombros, - antes de você se casar vou lhe dar alguns conselhos e avisos para que você não se assuste pequenina - agora segurava as duas mãos da sobrinha - depois que um casal se casa o casamento precisa ser consumado - pausou para ver se a mais nova estava seguindo a trilha de pensamentos, sua expressão confusa confirmando suas suspeitas - achei que seria algo parecido, seu pai não deve ter falado nada sobre isso... Não que eu realmente esperasse nada... - olhou para a mais nova - isso também há de servir para você querida Hanabi -agora ganhando a atenção da menina que brincava com os cabelos - o consumo de um casamento é quando o homem e a mulher tornam-se um só, unidos por seus corpos e mente, algo que só pode ser feito com seu marido, o homem de suas vidas, contudo, não vou mentir minhas pequenas, é comum que os homens não façam o ato apenas com suas esposas e isso é algo que se um dia venha a acontecer com alguma de vocês duas, será algo que terão de encarar com maturidade e sabedoria, pois nada poderão fazer, nem ao menos queixar-se, terão que agüentar o peso, mas rezo por vocês que nada disso ocorra em suas vidas, rezo e continuarei rezando por vocês duas como sempre fiz.

 

- E-Eu escutei a-algumas m-mulheres falando sobre i-isso na m-mansão... - Hinata costumava passar horas e horas sentada no jardim, em uma parte do jardim que dava para um pequeno riacho que era onde as mulheres da família Hyuuga costumavam lavar as roupas, então era comum ela escutar partes de algumas conversas - é-é v-verdade que... Q-Que d-dói? - o medo destacando-se em sua voz. Hanabi olhou curiosa para sua tia, porém seu medo um pouco mais bem escondido do que o de sua irmã.

 

- É sim minhas pequenas, quando você e seu marido estiverem unidos pela primeira vez há de doer, pois é nessa hora em que você perde sua pureza e irá tornar-se uma mulher, quando você deixa para trás toda a sua infância e as responsabilidades tornar-se-ão maiores. São poucas as perdas, porém grandes e ao mesmo tempo, é uma dor diferente de todas as outras dores que vocês presenciaram até hoje...

 

- É ruim? - perguntou Hanabi curiosa.

 

- Não, no começo é estranho - respondeu a tia rindo -, mas depois se torna algo inesquecível.

 

- Inesquecível como? - Hinoto riu ainda mais da curiosidade da sobrinha, tudo queria saber, fazia-a lembrar-se de sua irmã mais nova.

 

- Inesquecível do jeito que você só vai descobrir quando sua vez chegar mocinha - sorriu da expressão emburrada dela. Olhando depois para a pequena Hinata, pequenina como sua irmãzinha, tão delicada e tímida, que tentava dizer alguma coisa - sim querida?

 

- É-É-É p-por m-muito t-tempo? - suas bochechas rosadas e seus olhos focados em seus pés sem jeito, tudo que a tia pode fazer foi sorrir com simpatia.

 

- Não, não dura muito, o que acontece é que causa um grande impacto, mas não se preocupe minha querida, - Hinata assentiu com a cabeça, parecendo menos tensa - agora vamos que você ainda tem que se casar - segurou as mãos das duas sobrinhas e juntas deixaram aquele pequeno quarto.

 

- x -

 

- Já estamos chegando - seu coração dando um pequeno pulo ao escutar seu marido falar, estavam em silencio há bastante tempo, não que isso fosse ruim, era até melhor em sua opinião, não acabaria envergonhando a si mesma por causa de sua timidez, mas por causa disso estava distraída, olhando pela janela, memorizando cada mínimo detalhe do que seria sua nova cidade.

 

A mansão da família Hyuuga ficava no norte das terras, perto do mar, onde havia montanhas e quando o inverno chegava o branco era tudo o que se podia ver. A água do mar fazia com que seus dentes trincassem quando você a tocava e pequenos cubos de gelo podiam ser vistos flutuando no mar. Os lagos ficavam congelados, parte da pequena nascente perto de sua casa ficava tão congelada que até o seu reflexo você podia ver lá, Hinata e Hanabi costumavam brincar de jogar moedas em cima da nascente e ver quem conseguia pegar mais antes que a outra. Queria tanto poder brincar com sua irmã agora.

 

Ao contrário do inverno rigoroso do norte, o lugar em que eles estavam agora, que era no sul, bem na pontinha do continente, segundo sua tia, tinha um inverno mais tolerável, ainda chovia bastante e nevava, mas os lagos não ficavam congelados e não fazia tanto frio.

 

Estava gostando daqui, diferente de sua cidade, onde as casas eram todas acinzentadas, apertadas e aparentavam ser uma coisa só, o sul era colorido, nunca havia visto tantas cores juntas, talvez no monastério, que também ficava na cidade. Tons de turquesa, vermelho, amarelo, verde, dourado, azul, branco, roxo enfeitavam as construções dando um ar alegre à cidade, fazendo com que um sorriso se estampasse em seu rosto apenas de olhar para a paisagem, como se ela estivesse dando as boas vindas para sua nova moradora.

 

A carruagem foi ganhando mais velocidade e nem mais os pequenos flocos de neve ela conseguia ver, tudo virando um grande borrão. Até que ela parou.

 

- C-Chegamos...? - olhou o pouco que dava para ver da janela, pode sentir borboletas em seu estômago, um frio estranho e ao mesmo tempo gostoso na barriga.

 

Sasuke não respondeu, assentiu com a cabeça, abriu a porta e desceu, fazendo menção para que ela fizesse o mesmo.

 

Ela pegou sua mão e agradeceu, perguntando-se se ele realmente havia escutado.

 

Logo vieram os serventes para recolher as malas, dar as boas vindas aos donos da casa e fazer seus devidos trabalhos. Ela não prestou muita atenção, seus olhos estavam focados no imenso oceano atrás da casa, cumprimentou os serventes, agradeceu os que estavam levando sua bagagem e ao lado de seu marido entrou no que de agora em diante seria seu lar.

 

- Eu vou estar no escritório, se você quiser pode passear pela casa, ou alguma coisa assim... - sem nem dar tempo para que ela respondesse ou tivesse alguma reação ele saiu da entrada e sumiu no longo corredor.

 

Explorar foi o que ela fez, deixou sua geta na entrada, com o maior cuidado e pisou no chão de madeira, a casa toda era de madeira, uma madeira escura que a fez lembrar-se de sua antiga casa, a decoração era bonita e até que colorida, mas nada como a cidade. Era grande, tinha muitos quartos, mas a parte que ela mais gostou foi a grande varanda que dava para o mar, diferente de sua casa antiga, olhar para o mar dessa varanda não a assustava, porque não ficava em um penhasco, era na verdade tão próximo da água que se ela descesse pelos fundos da casa e passasse por baixo da construção, até chegar a beirinha ela conseguia tocar a água com suas mãos, ou assim ela pensou.

 

Sorriu para ninguém em particular, essa era sua nova casa, ela construiria uma vida aqui, quem sabe as coisas não seriam tão ruins assim.

 

- x -

 

Agradeceu as serventes que pentearam seu cabelo e ajudaram-na a trocar de roupa, elas se retiraram deixando-a sozinha no quarto. Já era de noite e seu marido ainda havia de voltar para o quarto. Seu coração batia tão forte no silencio do quarto que era capaz de escutá-lo, segundo sua tia a noite depois do casamento era quando ele seria consumido. Ainda não entendia direito o que seria isso, mas esperava com todas as vontades do mundo que pudesse deixar seu marido feliz... Se ele aparecesse por aqui...

 

Não fazia idéia de quantas horas e em que velocidade o tempo estava andando, mas as velas do quarto já estavam quase no final, seus olhos ficavam cada vez mais pesados e ela sentia vontade de chorar. Ele não havia aparecido ainda.

 

Deitou sua cabeça no travesseiro e fechou os olhos, conseguiu dormir, mas seu coração estava pesado como seus olhos e teve a impressão de que alguém estava cavando um buraco cada vez maior em seu peito. Por que ele não estava aqui? Talvez ele tivesse esquecido... Não! Ela não podia pensar essas coisas do seu marido, ele devia estar ocupado, o trabalho no mercado de seda é tenso e ela se lembrava das longas noites em que seu pai passara acordado assinando e lendo documentos. Tão ocupado que às vezes esquecia-se de ir para o seu quarto e Hinata em suas caminhadas matinais passava pela janela do escritório, entrava e cobria seu pai com a manta que ele sempre se esquecia de pegar.

 

Na manhã seguinte quando ela acordou para assistir o Sol nascer da varanda ainda não havia o menor vestígio de Sasuke, o canto direito do futonestava intocado como ela havia deixado na noite anterior, sorriu tristemente para o espaço vazio.

 

- x -

 

Fazia uma semana que ela estava morando nessa casa e não importava o quão errado era, não conseguia evitar pensar que estava se sentindo infeliz. Talvez não existisse época em que ela tivesse se sentido tão infeliz quanto agora.

 

Sasuke não havia consumido o casamento, tampouco feito qualquer coisa que provasse o contrário, ele raramente falava com ela. Trocavam algumas palavras no almoço e no jantar, ela perguntava sobre seu dia e ele respondia em poucas palavras, às vezes comentava sobre o tempo, mas só isso. Estava começando a pensar que Sasuke podia odiá-la.

 

Tomou mais um gole de seu chá, deixou a xícara sobre a bandeja, seu braço agora ganhando seu interesse, olhou para os lados para ver se não tinha ninguém, a varanda estava vazia, puxou a manga de seu quimono até que parasse em seus cotovelos, seu braço havia afinado desde a última vez que ela notara. Suspirou, quão ruim podia ser tudo isso?

 

- x -

 

- Então você é a tia Hinata? - olhou o par de olhos verdes curiosos que espelhavam os seus. Sorriu.

 

- Sou sim - acariciou a cabeça do menino assim que ele a abraçou, fazendo com que seu pai sorrisse.

 

- É um prazer finalmente revê-la Hinata-san - cumprimentou o homem, um sorriso gentil em seu rosto, Sasuke realmente se parecia com seu irmão mais velho, pensou se ele também teria essa mesma expressão se sorrisse.

 

- O-O prazer é t-todo meu Itachi-san - ela se divertia acariciando o cabelo da criança em seu colo, era tão macio e ele se parecia tanto com o pai, tirando os olhos e o narizinho ele era a imagem perfeita de Uchiha Itachi.

 

- Natsume - chamou Itachi ganhando a atenção do pequenino que se entretinha com os cabelos de Hinata - ouvi dizer que na floresta aqui atrás da casa tem uma árvore tão grande que ninguém nunca conseguiu escalar.

 

- Nunca? Não acredito pai! Você ta mentindo, como uma árvore que ninguém nunca escalou? - Hinata tentou suprimir uma risada da expressão indignada do menininho.

 

- Bem, foi o que eu ouvi falar do seu tio Sasuke, nem ele conseguiu escalar - quem conhecesse mais Itachi teria reconhecido aquele brilho nos seus olhos, que ele ganhava quando mencionava seu irmão em alguma brincadeira.

 

- Nem o tio Sasuke? Aposto que eu consigo subir nessa árvore! - ele agora estava confiante, ia subir nessa árvore e provar o contrário.

 

- Não sei... Pode ser difícil demais para você...

 

- Não é difícil! Eu consigo! Você vai ver pai! - num pulo o pequeno já estava de pé e o seu acompanhante logo atrás.

 

- E-Ele parece s-ser um menino t-tão energético - comentou sorrindo, os dois olhando pela porta que o pequeno Natsume havia acabado de sair.

 

- Sim, às vezes nem eu consigo manter o ritmo desse menino, a mãe dele era igualzinha - Itachi-san deveria realmente sentir falta de sua esposa, imaginava se um dia Sasuke iria falar dela com esse mesmo tom de voz e esse olhar carinhoso que seu irmão mais velho mostrou quando falou de sua esposa.

 

- E-Ela d-devia ser uma m-mulher muito b-boa - corou quando ele a olhou um pouco intrigado, não gostava muito de quando a olhavam assim diretamente.

 

- Era sim, na verdade ela não era muito mais velha do que você... Todas as vezes que olho os olhos do meu filho me lembro dela... Mas chega de falar da minha vida entediante - não! Não era nem um pouco entediante! Na verdade ela estava adorando escutar ele falar de sua ex-esposa, se perguntou se talvez... Quando Itachi e sua esposa se casaram, se eles passaram por alguma coisa parecida como a qual ela estava passando com seu irmão mais novo - como andam as coisas por aqui? - nem disfarçar sua expressão triste ela conseguiu, as coisas não andavam muito bem...

 

- É-É... B-Bem e-eu acho... - como se ela tivesse sido convincente.

 

- Hinata-san, Sasuke é bastante ruim em expressar seus sentimentos, sempre foi, desde que éramos pequenos, dê a ele um pouco de tempo, provavelmente ele deve estar se sentindo um pouco inconfortável, já que ele também nunca foi muito bom com palavras - o último comentário fazendo Itachi rir e Hinata sorrir, isso era verdade, ele conseguia ser pior do que ela.

 

- E-Eu s-só t-tenho medo q-que ele p-possa me odiar... - disse baixinho.

 

- Duvido muito, como alguém pode odiar uma menina tão adorável como você Hinata-san? - sorriu ao ver o rosto vermelho da menina.

 

- Pai! Tia Hinata! - ouviram o pequeno Natsume chamar assim que entrou correndo na varanda, dessa vez ele não hesitou em correr para o colo de Hinata que logo começou acariciar seus cabelos novamente.

 

- Conseguiu subir na árvore? - perguntou Itachi.

 

- Não, o Yuujincho - disse referindo-se ao seu acompanhante - disse que ia começar a chover e achou melhor a gente voltar antes da... Da... Yuujincho, qual era mesmo o nome? - perguntou ao homem parado ao lado da porta que dava para a sala.

 

- Tempestade.

 

- Isso, antes da tempestade começar - finalizou orgulhoso.

 

- Entendo...

 

- Sabe o que seria legal tia Hinata? - perguntou olhando para a menina que o segurava em seu colo.

 

- O que? - perguntou de volta sorrindo, os olhos dele eram realmente maravilhosos, verdes e grandes, ela poderia passar o dia olhando aquele par de olhos.

 

- Um balanço! Eu tava passando ali em baixo e dava pra fazer um balanço muito legal ali - apontou para o fim da varanda - daí ele ficava pend... Pendota... Pen...

 

- Pendurado - ajudou Itachi.

 

- Isso, pendurado na casa, que nem se você pudesse colocar o pé na água! - disse entusiasmado.

 

- Hm... Um balanço seria divertido mesmo... - imaginou que com um balanço ela teria algo divertido para fazer, já que não tinha muitas coisas interessantes para se fazer aqui na casa.

 

- Sasuke! - disse Itachi cumprimentado seu irmão mais novo que aparecera.

 

- Itachi - cumprimentou de volta.

 

- Tio Sasuke! - exclamou o pequeno Natsume pulando do colo de Hinata e saindo correndo para seu tio, que o pegou em seus braços, ela pode jurar que viu um sorriso se formar no rosto de seu marido.

 

- B-Boa t-tarde - disse, não esperava que ninguém escutasse, mas corou assim que percebeu que Itachi a olhava um tanto intrigado e ainda mais assim que notou o olhar de Sasuke.

 

- Boa tarde - respondeu ele.

 

Talvez... Talvez se Itachi-san estivesse realmente certo, então ela daria o melhor de si para que a relação entre os dois melhorasse, ia ser difícil, já que os dois eram ruins no departamento de interação com outras pessoas, mas esse era o seu casamento e ela se esforçaria ao máximo para que funcionasse. Ficar se lamentando não faria bem nenhum a ninguém.

 

Sorriu para si mesma tomando um gole de chá, essa confiança deixando-a mais feliz, mesmo que fosse temporária.

 

つづく

 


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