Mais um longo silêncio se fez. O cômodo parecia, de certa forma, undoso, não sei se devido ao meu corpo que tremia, das lágrimas que insistiam em cair ou se pela náusea que me atingiu junto com o tapa.

Olhei ela se sentar e respirar fundo como se não tivesse acabado de me bater, quando seus lábios abriram novamente ela disse calma…

— Me explica direito, você tem família, teria apoio, pra que fazer... isso?

Um desconforto percorreu o meu corpo e se transformou em nó quando chegou na garganta, não pude responder, afinal o que teria mais para ser explicado?