E se hoje fosse o ultimo dia? escrita por cleopetra


Capítulo 1
One-shot


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu com mais uma vez estou a publicar algo um pouco...trágico!
Mas acho que já estão habituados.
Bom, isto é mais considerado uma pequena reflexão de alguém que vê que a vida que pode acabar em apenas num dia, num minuto ou num segundo.
Sei que não esta muito correto ao ver de todos, mas mesmo assim espero que todos gostem, tanto como eu.



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Se hoje fosse o meu ultimo dia o que faria?

O que faria para estar com as pessoas mais importantes na minha vida?

E se o amanha fosse tarde de mais para dizer-lhe o quanto amava?

 E o que eu faria se hoje fosse o último dia?

Eu nunca pensei nisto antes, nunca me importei se alguma vez eu fosse, o que diria as pessoas que eu amo ou me amam!

Nunca na minha vida me importei com nada se não com coisas idiotas e sem noção alguma dos erros que eu cometia. Não por querer, mas por ser imaturo demais. Eu não pensava nas consequências dos meus atos ou dos meus pensamentos. Nunca pensei no quão errado, as coisas podiam-se tornar e ser.

Mas isso mudou quando finalmente cresci e vi como as coisas não são como nos pensamos ou imaginamos que seriam.

As coisas são mais que isso.

São muito mais que ir a festas, curtir ou ate mesmo andar á porrada porque nos tiraram o lugar do almoço.

As coisas são ainda mais belas quando finalmente entendemos tudo. Quando finalmente abrimos os olhos, as nossas mentes, e principalmente quando sentimos de verdade. Quando finalmente os nossos sentimentos são o mais puro possível.

Eu finalmente me permiti sentir!

Me permiti sentir todos os sentimentos possíveis que antes eu diria que nunca na minha vida iria sentir.

Me permiti, quando ela apareceu na minha vida com aquele sorriso luminoso e perfeito. Com aquele olhar tao meigo e que me podia ler a alma e perdoar tudo o que eu fazia errado.

Eu passei a sentir amor! Quem me disse-se que eu um dia iria-me apaixonar por alguém, se não eu, eu riria sem parar na cara da pessoa. Eu nunca iria aceitar amar ninguém, nunca.

Mas eu não pode evitar. O meu coração apaixonou-se, os meus olhos que viam a perfeição que ela era, apaixonaram-se. Fazendo assim uma ligação entre os meus olhos que tudo viam, e mesmo assim nada viam, com o meu coração que tudo sentia e nada sentia.

É estranho, eu sei, mas não consigo explicar melhor. Mas mesmo assim deve surgir a dúvida quando digo, os meus olhos que tudo viam, e mesmo assim nada viam, com o meu coração que tudo sentia e nada sentia.

Eu passo a explicar!

Tudo o que eu via, nunca olhei com olhos de observador de entender tudo o que acontecia á minha volta ou o que se passava naquele momento. Um dia esplendor, onde estas num prado totalmente verdejante, um céu imensamente azul e perfeito, o canto dos pássaros, as borboletas com as suas imensas cores tão vivas e tao imensamente chamativas. Basta um olhar para entender o quanto é bela uma imagem tão perfeita e tão delicada e principalmente tão significativa como esta. Eu antes não me importava com nada disto, nem sequer me importava o que aquela paisagem significava e o que nos poderia transmitir, se nos permitisse-mos observar e olhar com clareza.

E agora posso passar a vos dizer, que nada é mais belo que esta imagem que simplesmente não sai dos meus pensamentos. Nada é mais bonito que a realidade, que a natureza nos transmite. Porque a natureza transmite-nos amor, harmonia, calor. É ela que nos dá tudo o que nos precisamos e necessitamos para viver uma vida mais completa e realizada.

Por isso digo, os olhos que tudo viam, e ao mesmo tempo nada viam. Afinal eu era totalmente fechado a tudo o que me rodeava.

O meu coração finalmente se acalmou quando eu passei a sentir o que ele sentia. Porque eu acho que ele nos diz o que podemos e o que devemos sentir. Mas nos é que escolhemos se o sentimos ou não! E esse é o nosso erro, porque o que não devemos sentir, é a primeira coisa que nos aclamamos como se fosse uma vitória. É a primeira coisa que nos passamos acreditar quando esses sentimentos, não são nada. Não são bons, tanto para nos como para o nosso coração. Eu finalmente fiz as pazes com ele, e passei aceitar o que ele sentia e queria sentir. Porque ele sim, sabia o que deveria acreditar e no que não deveria acreditar. Ele sim sempre foi o órgão mais esperto, porque ele tinha e sempre tinha um aliado! E o seu aliado eram os olhos, porque eram eles que viam e depois transmitiam tudo ao nosso coração. Eram eles que diziam se era errado ou não, e o coração é que passava a concordar ou não com eles, mas não era por isso que se passavam a odiar, quando um não concordava com o outro.

Eles sim é que sempre viam tudo, quando eu preferia não ver nada.

Mas naquele dia preferia abrir os olhos e permitir-me amar e sentir tudo o que eu tinha de direito.

Permiti sorrir pela primeira vez naquele dia assim que os nossos olhares se cruzaram.

Ónix com perolas. Quem diria que essa combinação ficava tão perfeita junta.

Passei observa-la de longe. Não sabia como haveria de lhe dizer o quanto estava apaixonado por ela e o quanto estava perdido de amores por ela.

Mas o destino ajudou-me. Ajudou-me a confessar-lhe tudo o que eu sentia por ela.

Num dia ensolarado, encontrei-a num pequeno parque.

Estava num pequeno balanço enquanto admirava a paisagem á sua frente, de uma forma tão admirada e carinhosa ao mesmo tempo. Ela acreditava no que via á sua frente, e isso me alegrava.

Aproximei-me com cuidado. Toquei-a com leveza no ombro. Ela acordou do seu pequeno transe e dos muitos pensamentos que estava a ter até àquele momento.

Perguntei se podia ficar ali ao seu lado, e ela disse que sim. Meu coração se encheu de esperança.

Perguntei o que ela fazia ali sozinha. Ela simplesmente disse-me que ali havia muita tranquilidade e que podia ver tudo com clareza, o que não conseguia num sítio com demasiadas pessoas.

Suspirei e concordei. Entendia, tudo ali era mais fácil para por os seus pensamentos em ordem e finalmente entender tudo o que sentia.

Ficamos a tarde toda a conversar banalidades ate que começou a escurecer rápido demais. Queria mais tempo ali com ela.

Mas não esperei mais e beijei-a. Beijei-a como se não houvesse amanha, como se hoje fosse o ultimo dia.

Beijei-a como se o mundo fosse acabar naqueles minutos.

Beijei-a como se eu dependesse tanto dos seus lábios nos meus, que eu não viveria mais um segundo se não a beija-se.

Beijei-a com a intensão de lhe mostrar o quanto a amava e o quanto estava feliz por ela corresponder. Tentei de tudo para ela poder notar que o que eu sentia por ela era o mais puro sentimento que alguém como eu iria sentir alguma vez por alguém puro como ela.

Depois do beijo, encostamos as nossas testas uma na outra ainda de olhos fechados.

Meu coração mandava-me dizer-lhe o quanto a amava e o quanto eu a queria.

Mas eu tinha medo de receber um não.

Mas o meu amor falou mais alto que aminha negatividade e o meu medo.

Simplesmente sussurrei, amo-te, contra os seus lábios.

Qual não foi o meu espanto quando o dissemos ao mesmo tempo. Qual não foi o meu espanto por saber o quanto era correspondido e o quanto eu estava feliz por saber que finalmente era e iria ser sempre amado por ela.

Eu sentia que eu estaria sempre ali ao lado dela e ela ao meu lado.

Não perdi mais tempo e voltei a beija-la. Beijei-a desta vez como se não ouve-se mais tempo para desfrutar dos nossos beijos.

Pedia em namoro e ela aceitou.

Nunca me senti tao feliz na minha vida, como naquele momento.

Finalmente fui correspondido, finalmente o meu coração estava feliz. Feliz por finalmente ser correspondido na mesma intensidade, por finalmente ser dependente de alguém, que não só a mim.

Finalmente os meus olhos poderão conhecer e viver outras cores. Por finalmente poderem observar algo tão belo e tão perfeito, como ela.

Sorri para ela. Coloquei os meus braços á volta de sua cintura fina, e levantei-a. Rodopiei com ela, como se um de nos pode-se partir naquele momento.

Ouvi-la rir, fez-me feliz.

Fez o meu coração feliz.

Fez os meus olhos felizes, por poder presenciar aquele sorriso tão grande e belo da minha Hime.

Coloquei-a no chão com muito cuidado. Tinha medo de a machucar.

Entrelacei a minha mão com a dela.

Era tão bom ver como as nossas mãos se encaixavam uma na outra tão perfeitamente, assim como o meu coração era o par perfeito para o seu coração.

Seguimos caminho para casa, com as mãos entrelaçadas uma na outra.

Estou tão feliz naquele momento, que se morresse agora mesmo, morreria feliz, por saber que o meu coração amava e era amado. Que os meus olhos viam e eram vistos.

Levei-a a casa em meio a tantos beijos e brincadeiras. Quando chegamos á entrada de sua casa, senti um aperto estranho no coração. Não consegui entender o porque de sentir aquela sensação tão estranha.

Estava tão feliz naquele momento, então porque sentir aquilo? Ainda, por cima ali. O que queria dizer?

Pela primeira vez não compreendi o meu coração!

Mas mesmo não o compreendendo-o, ele ajudou-me a fazer aquilo que eu não sabia que deviria fazer.

—Hina, meu amor, só quero que saibas que te amo, e sempre te amarei, aconteça o que acontecer, eu sempre amar-te-ei. Nunca te esqueças disso! Ok?

—Sasu-kun, porque estas a disser isso? Estas a deixar-me preocupada.

Eu sei que ela está a ficar desesperada com o porque de eu estar a disser tudo aquilo para ela.

Mas eu também estou, porque não sei o que aquilo significa, só sei que o tinha que dizer, mesmo não sabendo o porquê!

—Só me promete que nunca te esquecerás de mim! Promete-me Hina!

—Eu prometo Sasu-kun. Eu nunca, nunca te esquecerei de ti. Eu amo-te e sempre te irei amar meu amor. Eu também não quero que tu te esqueças disso Sasu-kun!

—Eu nunca me esquecerei disso meu amor. Eu nunca esquecei o nosso amor. Amo-te.

Não permiti que ela disse-se mais nada, beijei-a.

Senti naquele momento que os meus lábios provavelmente nunca mais tocariam nos dela!

Senti que os meus olhos nunca mais viram os delas.

Senti que o meu coração, nunca mais bateria perto dela.

Queria chorar, queria fazer aquela dor tão grande desaparecer do meu peito. Mas o que mais me transtornava é que eu não sei o que ela significa e o porque de a sentir!

Abracei-a forte, com a sensação que os meus braços nunca mais abraçaram o seu corpo. Que nunca mais iram levanta-la do chão para a rodopiar. Que não a pegaram, quando dissermos sim, em cima do altar. Que não a pegaram quando formos de lua-de-mel, e a pegar para entrarmos na nossa casa.

Continuei aperta-la forte.

Não queria larga-la por mais nada deste mundo.

Simplesmente não podia.

Quando ia para lhe dar outro beijo, seu pai apareceu á porta, mandando-a entrar.

Ela pediu mais uns segundos comigo, mas ele era demasiado autoritário para ser descordado.

Não mandou duas vezes.

Simplesmente agarrou o braço da minha princesa e puxou-a com demasiada força para dentro.

Senti raiva por não ter feito nada. Mas o que eu poderia fazer? Ele era o pai dela.

Gritei, Amo-te, para ela ouvir.

Esperei um pouco para ouvi-la a disser que me amava também, mesmo que eu soube-se não me cansava de a ouvir dize-lo.

Quando estava para virar-me, fui surpreendido com a porta abrir-se rapidamente, e de la sair a minha morena, que correu para os meus braços.

Nos beija-mos.

Sei que era o nosso beijo de despedida, e também sei que ela percebeu isso, porque abraçou-me com mais força ainda.

—Amo-te!

Dissemos em simultâneo.

Sorrimos uma última vez um para o outro.

Mais um aperto forte no meu peito.

O que aquilo significava afinal?

Porque que eu sentia que aquilo era e seria para sempre o fim da nossa história juntos?

Olhei uma última vez para a porta com esperança de ela sair de la para me abraçar e nos beija-mos novamente.

Mas isso não aconteceu.

Virei-me e comecei o meu caminho para casa.

Quanto mais caminhava, mais o aperto se tornava mais forte.

Doí-a muito.

Chegava a ser uma dor insuportável.

Estava tão perdido em pensamentos, que não me apercebi o que estava a acontecer e onde eu me encontrava.

Sai da trilha mais calma que ia dar á minha casa, e foi de encontro á estrada com demasiado transito que ali existia.

Estava a pensar nela, quando eu atravessei a estrada, vindo um carro em alta velocidade, ao meu encontro.

Não consegui reagir.

Simplesmente sorri, porque nos últimos segundos, eu só via a ela.

A minha Hime com um sorriso enorme.

E eu finalmente entendi o que aqueles apertos queriam disser quando estava com ela.

Eles avisavam-me para ama-la e demostrar tudo o que sentia a ela, porque naquele dia, o nosso fim chegaria.

Só não consegui entender a tempo o que o meu coração dizia.

Uma vez perguntaram-me o que faria se só tivesses um dia de vida?

E eu respondi com toda a sinceridade.

Aproveitaria todos os segundos que me restavam, para estar com quem eu mais amava.

Diria milhares de vezes á minha Hime o quanto amava.

 O quanto era feliz a observa-la, e o quanto era feliz em abraça-la.

O quanto me sentia realizado ao beija-la.

E aqui estou eu, a dizer o quanto a amo, mesmo ela não podendo ouvir-me!


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Notas finais do capítulo

Agradeço a todos que a leram.
Espero que tenham gostado, por mais que este pequeno texto esteja confuso.
Inspirei-me apenas um pouco na música If Today Was Your Last Day- nickelback.
Mais uma vez obrigada a quem leu. :)



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